Daphne (@eumelivro) 21/08/2017Lisbeth Salander é minha heroína da vida!A trilogia Millennium é uma das melhores e mais bem escritas histórias de mistério que eu já li.
No primeiro livro “Os Homens que Não Amavam as Mulheres” , o autor Stieg Larsson consegue criar uma atmosfera de suspense, intrigas, manipulações e muito mistério em torno de um caso de desaparecimento em um pequena cidade do interior da Suécia.
O protagonista, Mikael Blomkvist, jornalista da revista Millennium, perde um processo na justiça contra o empresário Wennestrom, que o acusa de difamação. Desacreditado e com a reputação abalada, ele se afasta da revista e é contratado pelo Henrik Vanger para escrever um livro sobre a história da família Vanger.
No entanto ele não sabia que sua vida havia sido dissecada e investigada pela hacker Lisbeth Salander, que prestava serviços para a empresa de segurança Milton Security. Henrik Vanger contratou a empresa para investigar a vida de Mikael antes de decidir se iria mesmo contratá-lo para a missão de escrever o livro da família.
Quando Mikael chega na pequena cidade de Hedestad para conversar com o Henrik Vanger ele descobre que na verdade ele quer que Mikael investigue o desaparecimento da sua sobrinha Hariet, ocorrido há quase quarenta anos e já considerada morta pelos familiares.
A partir daí o desenrolar da história é fascinante, envolvente, tenso e cheio de suspense. Um thriller de arrepiar.
Já no segundo livro, A Menina que Brincava com Fogo, a história é centralizada na Lisbeth e em seu passado. A atmosfera de mistério permanece tornando a leitura compulsiva assim como no primeiro.
O terceiro, A Rainha do Castelo de Ar é continuação da história do segundo, permanecendo a Lisbeth Salander como foco principal.
Fascinante!
Stieg Larsson foi de uma genialidade e sensibilidade sem tamanho para criar os personagens e a história.
Eu sempre gostei dos personagens “excluídos”. Sempre tive empatia por eles e com a Lisbeth não foi diferente.
Ela sofreu abusos pelo pai desde criança, foi internada em uma clínica psiquiatra aos 12 anos, foi considerada um fracasso social por todos e acabou se tornando uma adulta completamente fora dos padrões esperados e aceitos pela sociedade. No entanto, ela é dotada de um senso de moral e justiça muito evidente que me fez elegê-la como a minha heroína favorita. Lisbeth odeia os homens que não amam as mulheres, não confia na policia ou na justiça dos órgãos competentes. Ela faz justiça com as próprias mãos. Com essa personalidade intrigante, ela levou a forra todas as mulheres que já sofreram qualquer tipo de abuso ou violência e permaneceram no silêncio. Lisbeth vingou todas. Mesmo com ações que podem ser questionadas, ela nos dá aquele gostinho de vingança. Um sentimento que temos quando sofremos qualquer tipo de violência ou abuso gratuito. Queremos que o abusador pague pelo que fez na mesma moeda. E levando esse sentimento para a ficção, onde tudo pode acontecer, é onde todas as ações ganham força e transformam Lisbeth em uma heroína especial.
Foram lançados mais dois livros da série e ainda não sei se vou ler devido ao fato de terem sido escritos por outro autor. Tenho muita resistência quando outras pessoas dão continuidade na obra de alguém. Mas...quem sabe? Afinal, virei tão fã da Lisbeth que gostaria mesmo de vê-la novamente em outras aventuras.
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