Gabriel.Diniz 10/01/2024
Un pueblo sin piernas, pero que camina! Somos Latinos.
Enquanto eu for latino esse livro será relido, revisitado e revivido.
Literatura básica e fundamental, pedágio obrigatório em todas as jornadas de brasileiros lobotomizados para achar que não são latinos.
Pedágio que não te tira, mas te cobra uma troca de alto preço.
Todo aquele que se opõe a ser usado como engrenagem em favor da parasitagem burguesa e colonial achará um consolo feroz.
Galeano mistura história, economia, política, prosa, poesia, unidos e trançadas por um sentimento de fraternidade humana e revolta perante o estupro cultural e econômico da invasão europeia e da neocolonização estadunidense.
Livro banido do Brasil, Chile, Argentina e Uruguai durante suas recentíssimas ditaduras. O livro não é e não pode ser usado como um tratado historiográfico, e nem algo fixado no tempo. Mas o seu poder revolucionário, o seu espírito inflamatório, que reconta histórias de um povo que não se rende, que não aceita sua submissão, que respira luta, que dá orgulho de se fazer parte!
Ele não trás toda a rota para a descolonização, mas faz o principal: apontar a direção e nos preencher de combustível de revolta, e mais importante esperança sonho! Cada dia e ano mais necessário.
Volto a reiterar, a filosofia desse livro não é final! Mas qual realmente é que não seja pura idiotice?
Há imaturidade, ingenuidade, e muita idealização, e contra esses efeitos colaterais só um remédio: acompanhar a literatura de Galeano até o seu último livro. Guardem essas palavras.