As veias abertas da América Latina

As veias abertas da América Latina Eduardo Galeano




Resenhas - As Veias Abertas da América Latina


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leonardson 26/02/2024

Um livro pra se ler com muita calma, e com muita atenção. Acho que é meio clichê falar isso, mas todo latino americano, e pessoas de outros continentes que foram, e ainda são, explorados pelas nações do norte geográfico, deveria ler (porém, em consequência dos fatos descritos no livro,muitos nem têm a condição fazer a leitura).
Por mais que tenha muitas informações, a autor é extremamente objetivo, fazendo uma coletânea de vários fatos do porque as nações latinas estão como estão e, principalmente, quem foram os responsáveis.
No momento em que nós estamos, onde vemos bolsofascistas escancarando com orgulho bandeira de países que não estão em nada alinhado com os nossos interesses, esse livro vem muito a calhar, mas infelizmente eles preferiram ler Olavo de carvalho (duvido que eles tenham lido algo na real).
Pra concluir, tem uma frase no final do livro que contextualiza bem ele: ?As forças armadas (ditaduras) foram convocadas pelas classes dominantes para esmagar as forças de mudança, perpetuar a ordem interna de privilégios e gerar condições econômicas e políticas sedutoras para o capital estrangeiro?
Isso dá muita raiva lendo esse livro, ver que qualquer ideia de ser um continente sem pessoas morrendo de miséria foi esmagada por conta dos interesses europeus e americanos, que continuam fazendo essas atrocidades sem ninguém impedi-los.
oMatheusFa 28/02/2024minha estante
falou tudo kim kataguiri da esquerda


leonardson 10/03/2024minha estante
nossa eu te odeio ?




Jeff_Rodrigo 22/02/2024

"Gracias a Dios nací en latinoamérica".

Galeano detalhe os horrores, massacres e explorações com uma riqueza de detalhes magnífica. Ver o quê esses povos passaram, e saber como resistiram aos avanços dos impérios coloniais e às ganâncias dos centros financeiros, só me fazem ter orgulho de ser latino-americano - sem me esquecer de que ainda tem muito a se fazer.
Sra. Star Wars 04/03/2024minha estante
?




icilha 21/02/2024

Esclarecedor
Achei o livro perfeito, pelo fato das opiniões do público serem de pessoas comuns e principalmente do proletário, fica mais esclarecedor ainda os fatos que são dados. Também conta com clareza e desde o princípio do porquê os países da América Latina serem como são.

Foi uma leitura densa porque foi meu primeiro livro depois de um tempo considerável sem ler. Essa é uma leitura para se ter com calma, pois tem uma enxurrada de informações que não dá para processar às pressas. Com certeza irei reler.
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Bruno 18/02/2024

50 anos depois, as veias seguem abertas
Essa me parece ser uma leitura fundamental para qualquer latinoamericano. Aqui, Galeano faz uma recuperação histórica de diversos fatores e eventos que explicam a chaga de nosso subdesenvolvimento.

O livro demonstra com imensa riqueza de detalhes que os brutais ciclos econômicos coloniais (que expurgaram os povos originários, escravizaram os povos africanos e exploraram de maneira hedionda o nosso solo) foram substituídos por uma maneira latente de dominação através do capital financeiro. O financiamento de golpes de estado na América Latina, a imposição do livre-comércio aos países pobres pelos países ricos (que permanecem protecionistas), a exploração contínua do solo e da mão-de-obra latinoamericana por multinacionais: tudo faz parte da estrutura que mantém os povos latinoamericanos reféns de seu próprio subdesenvolvimento.

Publicado pela primeira vez em 1971, o livro é, inescapavelmente, um retrato de sua época, na qual o mundo vivia sob a bipolarização do bloco comunista ante o capitalista. Por esse motivo, alguns diagnósticos e avaliações do autor mostram-se, hoje, defasadas. Contudo, mais de cinquenta nos depois, é impressionante como as chagas apontadas pelo livro seguem atuais e, em alguns casos, ainda mais graves. Cinquenta anos depois, nossas veias seguem abertas e o chamado à reflexão de Galeano permanece atual e urgente.
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theus33 16/02/2024

? ? aquele com o subdesenvolvimento da américa latina;;
Este foi o primeiro livro que consta como uma análise de puro teor histórico. Talvez este tenha sido um dos motivos que me levou a demorar um mês e meio para completar a leitura, dentre outras coisas. Mas, de qualquer modo, valeu muito a pena.
As Veias Abertas da América Latina é um clássico do gênero e tem como foco principal realizar uma análise econômica do subdesenvolvimento da América Latina e os motivos de sua pobreza. Ao constatar a existência das chagas que rodeiam a região do problema em que habitamos, Eduardo Galeano procura entender o papel dos latino-americanos na DIT e por quais razões nosso desenvolvimento sempre foi dependente dos países desenvolvidos. A partir disso, ele nos leva desde os primórdios da colonização até os anos 70 (período em que o livro foi escrito), passando por nossa submissão aos espanhóis, portugueses, ingleses e, na contemporaneidade, aos norte-americanos.
Dito isso, As Veias é uma obra importante para entender a dinâmica econômica na qual estamos inseridos neste mundo movido pelo imperialismo. É uma ótima maneira de entender nossa posição geopolítica nos anos 70 e toda a organização socioeconômico devido aos diversos dados fornecidos pelo autor e, infelizmente, também serve para associar aos dias de hoje, uma vez que, apesar de os dados não serem mais os mesmos e muita coisa ter mudado em cinquenta anos, a divisão internacional do trabalho continua a mesma. Além disso, a forma latino-americana de fazer política continua a mesma, a atual situação da Argentina e de El Salvador são grandes exemplos, e também o atual congresso brasileiro é o pior resquício daquilo que Galeano interpretava e analisava meio século atrás.
Uma obra importante para entender porquê devemos continuar lutando por nossos direitos enquanto povo e nação, para que um dia a riqueza da América Latina deixe de ser, também, o motivo de sua pobreza.
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ana :) 16/02/2024

Derrota planejada
"O banho de sangue coincidiu com um período de euforia econômica da classe dominante: é lícito confundir a prosperidade de uma classe com o bem-estar de um país?" (P. 142)

É um livro rico em acontecimentos históricos, mas não desconectados ou apenas jogados como mera curiosidade, a História é expostas e conectada para que possamos perceber que a vida não é fruto do acaso, que o subdesenvolvimento não está falta de esforço ou resultado de gente preguiçosa, mas sim uma miséria arquitetada desde o colonialismo até o capitalismo contemporâneo para que polos europeus e estadunidenses pudessem "prosperar".

O autor aborda o genocídio dos povos originários, a subversão humana a qual pessoas escravizadas foram forçadas a passar, o que não pode confundir com submissão. No início houve resistência e hoje ainda há resistência.

Não é a matéria-prima que condena a América Latina, é a posição no mercado internacional que restringe os imensos campos a uma monocultura para o exterior, enquanto os trabalhadores padecem de baixos salários, severas crises alimentares e a violência.

"O gaúcho das estampas folclóricas, tema de pinturas e poemas, têm pouco a ver com o peão que trabalha em extensas e alheias terras. As alpargatas desfiadas tomaram o lugar das botas de couro; um cinto comum, ou às vezes uma simples corda, substituiu o largo cinturão com enfeites de ouro e prata. Quem produz a carne perdeu o direito de comê-la." (P. 164)
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Renan 13/02/2024

Perspectivas e nuances
Já tinha ouvido falar muito desse aqui, faz anos que enrolava pra ler. Pois bem, é exatamente tudo o que ouvi dizer, narra de modo simples todo a história da América Latina, mesclando acontecimentos históricos com fatos políticos e decisões econômicas que ajudam a entender um pouco o processo de formação desses países.

A linguagem é simples e clara, de modo que é possível entender coisas mais complexas como os investimentos externos, juros e afins.

Mesmo sabendo do que se tratava o livro eu acabava postergando a leitura, depois de começar eu consegui entender o porquê. É revoltante você finalmente conseguir entender que as coisas estão como estão porque são parte de um sistema maior e que isso dificilmente mudaria. Alguns capítulos sobre a parte da cana e do café são revoltantes, mas o que me surpreendeu mesmo foi a guerra do Paraguai. Uma perspectiva diferente para as razões pra que a guerra acontecesse. Enfim, recomendo a leitura porque ajuda a ampliar a perspectiva histórica que recebemos na escola, muitíssimo interessante (e revoltante).
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Taylor36 12/02/2024

Com suor e sangue é escrita nossa história.
Com suor e sangue é escrita nossa história, desde os primórdios da chegada da ?civilidade? europeia até os dias de hoje, a América Latina é explorada até seu último recurso, e fazem sangrar a terra e os trabalhadores latinos.
Constituímos ao mundo imperialista uma terra com um simples objetivo, retirar todas as riquezas ao maior lucro possível, servindo apenas como moeda de troca ao mundo capitalista moderno.
Nossa população vive em pleno século XXI uma escravidão econômica, ideológica e laboral para as grandes indústrias estadunidenses e europeias, essas que, nos veem como carne e como trabalhadores iletrados e inferiores.
O livro me faz sentir o mais puro ódio do sistema capitalista e de seus criadores.
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Andrews5 12/02/2024

América Latina: somos o que nos roubaram
?O atual processo de integração não nos leva a reencontrar nossas origens nem nos aproxima de nossas metas. Já Bolívar havia afirmado, certeira profecia, que os Estados Unidos pareciam destinados pela Providência a encher a América de misérias em nome da liberdade. Não serão a General Motors e a IBM que farão a gentileza de levantar, por nós, as velhas bandeiras da unidade e da emancipação caídas na luta, nem serão os traidores contemporâneos que farão, hoje, a redenção dos heróis ontem traídos. Há muita podridão para lançar ao mar no caminho da reconstrução da América Latina. Os despojados, os humilhados, os amaldiçoados, eles sim têm em suas mãos a tarefa. A causa nacional latino-americana é, antes de tudo, uma causa social: para que a América Latina possa nascer de novo, será preciso derrubar seus donos, país por país. Abrem-se tempos de rebelião e de mudança. Há quem acredite que o destino descansa nos joelhos dos deuses, mas a verdade é que trabalha, como um desafio candente, sobre as consciências dos homens.?
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Gabriel.Henrique 11/02/2024

As veias mais que abertas...
Ler este livro é um misto de sentimentos, revolta, ódio, desesperança. A forma como a América latina foi e é tratada pelo resto do mundo é tão doído e sentido que minha nossa. Como dizem, "América latina, um povo sem pernas, mas que caminha"... E assim vamos seguindo, umas das melhores leituras.
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mia 07/02/2024

A verdade nua e crua
Esse livro mostra o que todos nós sabemos inconscientemente: O Brasil, desde a sua colonização, foi condenado à uma eterna submissão aos imperialistas. Em 1500, eram os portugueses. Hoje, os estadunidenses. Esse livro abre mentes e escancara o quanto fomos roubados, e o quanto ainda somos. É impossível sair dessa leitura sem mudar sua mente, sem adquirir uma completa e justificável revolta contra a nossa história repleta de violências e abusos. O livro foi escrito em 1970, mas ainda é muito atual.

Não considero uma leitura perfeita porque em vários momentos a escrita era cansativa e repetitiva, tanto que demorei 1 ano pra conseguir vencer todas as 400 páginas. A escrita é de fácil compreensão, mas o conteúdo nela inserido é rico e muito detalhado. Além disso, o autor possui uma visão meio romantizada sobre alguns conflitos que me incomodou, como, por exemplo, a Guerra do Paraguai. O autor tem uma visão totalmente romantizada do Solano Lopez e afirma que a população morreu lutando contra um genocídio, mas ele esqueceu de colocar o detalhe que essa guerra começou porque o Paraguai queria terras argentinas e brasileiras, e quando o exército da Aliança, obviamente maior, avançou e mais de 80% dos homens paraguaios estavam mortos, ele recusou desistir e mandou CRIANÇAS pro campo de batalha. Solano Lopez foi um homem covarde, junto com Dom Pedro II.

Enfim, é uma ótima obra e que vai te fazer refletir muito durante a leitura.
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TatiFranca 06/02/2024

Grow with Brazil = (tradução) Cresça à custa do Brasil
Esse livro foi um soco atrás do outro no meu estômago. Ler algo tão detalhado, coisas que já sabia, mas com tantos pormenores, explicações e pesquisas, me enjoou e revoltou absurdamente.

?Ocorre conosco o mesmo que a um relógio que se atrasa e não é acertado; embora seus ponteiros sigam caminhando para a frente, a diferença entre a hora que marca e a hora certa será crescente.? - Manuel Sadosky, em ?América Latina y la computación?

Deveria ser leitura obrigatória em todos os países da América Latina. Um primor escrito há tantos anos, infelizmente ainda assustadoramente atual.
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Pablo.Florencio 04/02/2024

"Um livro (infelizmente) atual"
Esse livro mudou minha vida completamente. A forma com que Galeano conta a nossa história - uma história de exploração - é formidável e triste. Formidável, porque explica muito bem como desde a colonização a região latinoamericana foi colocada na posição de eterna colônia do centro global. Contudo, triste, profundamente triste, porque essa é a nossa história e não há nada nem nenhum momento em que nosso povo não sofreu muito.
Galeano finaliza o livro dizendo: "nestas terras, não assistimos à infância selvagem do capitalismo, mas sua decrepitude. O subdesenvolvimento não é uma etapa do desenvolvimento. É a sua consequência. O subdesenvolvimento da América Latina provém do desenvolvimento alheio e continua alimentando-o. Impotente pela sua função de servidão internacional, moribundo desde que nasceu, o sistema tem pés de barro. Quer identificar-se como destino e confundir-se com eternidade. Toda memória é subversiva, porque é diferente, e também qualquer projeto de futuro. Obriga-se o zumbi a comer sem sal: o sal, perigoso, poderia despertá-lo. O sistema encontra seu paradigma na imutável sociedade das formigas. Por isso se dá mal com a história dos homens cada ato de destruição encontra sua resposta, cedo ou tarde, num ato de criação."
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Raphael.Prista 03/02/2024

Essencial
Senti duas coisas enquanto eu lia o Veias Abertas, mas tristeza e raiva foram de longe as mais presentes.
A forma como o nosso país e seus vizinhos foram e são expropriados pelas potências imperialistas é revoltante.
A parte sobre os mineradores da Bolivia é uma covardia sem tamanha. E o que revolta mais é a forma como essas relações entre os países foram totalmente normalizadas e cada vez mais sendo explorado, explorado e explorado.

Só sinto que como é um livro que foi publicado em 1971 da uma sensação de que já passou. ?isso é uma relação antiga assim como a de Brasil e Portugal na época de colônia blablabla??
Consigo ver muita gente pensando dessa forma. Talvez por causa do realismo capitalista? Talvez quem sabe. Posso ta falando merda mais os livros aparentam ter muita coisa em comum.

Enfim, é um livro foda e essencial. Leiam.
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arrobasamara 31/01/2024

Como diz o próprio autor; um livro (infelizmente) atual. A cada página conseguimos refletir o quanto nossos recursos foram explorados, nossa mão de obra exaurida, indígenas mortos, africanos trazidos aqui pro trabalho escravo onde viviam em péssimas condições e com baixa expectativa de vida, invasão atrás de invasão: foram portugueses, espanhóis, franceses, holandeses e norte americanos. Tudo que havia aqui que poderia gerar riqueza foi levado embora, seja o Ouro de Minas Gerais, a Prata de Potosí, Estanho da Bolívia, Salitre do Chile, Guano do Peru. É uma espécie de resumo de como nossa História é cheia de sangue e assaltos. Como uma terra tão grande, tão fértil, tão forte é ainda é tão pobre. Uma leitura muito interessante, mesmo pra quem não seja da História, faz repensarmos sobre nossa condição de "latinos", nossa condição de "segunda classe".
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