Francielle 15/02/2024
Livros de guerra no geral tem um conteúdo bem saturado, mas esse é diferente de todo que eu já li, talvez o mais parecido seja Paris é para sempre. Nesse livro o foco não está nos campos de concentração, nas batalhas ou nos grandes eventos. O grande holofote, é a vida cotidiana, como a guerra destruiu sonhos e famílias durante a ocupação alemã na França e como crianças e adolescentes alemães que não pediram a guerra e nem a entendiam, foram arrastados para serem engrenagens nessa máquina de terror.
Do lado alemão acompanhamos a história de Werner, orfão com um grande talento para consertar rádios. Aos 14 anos, por causa desse talento, é enviado para a melhor escola hitlerista da Alemanha, e sua esperança era se tornar engenheiro.
Do lado Francês a história é de Marie-Laure, uma garota que ficou cega quando criança, que vive seu dias no museu de ciências onde seu pai é chaveiro e que aprendeu a enxergar o mundo de outra forma. Quando os alemães invadem Paris, são obrigados a fugir de casa, vão para casa de um tio afim de cumprir uma missão dada pelo museu.
Acomoanhamos a história de ambos, como Werner não consegue realizar seu sonho e não entende quem é e suas ações. Marie-Laure vai perdendo todas as pessoas que ama e amadurecendo durante a gurrra, até que o destino dos dois se cruzam, através do rádio e da ciência. É um livro sobre esperança mesmo em tempo sombrios porque há coisas que nem mesmo a guerra consegue evitar.