Graziela 30/12/2020
Sei que parece estranho, mas a gente tira amor de onde pode
Escolhi este livro aleatoriamente, e também pelo fato de estar na minha estante desde 2017, para finalizar minhas leituras em 2020. E não podia ter sido melhor, fechei o ano literário com chave de ouro. Nada como um livro sobre esperança e otimismo para encerrar o ano e começar outro.
Amber Appleton é uma adolescente de 17 anos, a vida dela não tem sido fácil, ela e a mãe vivem em um ônibus escolar. No inverno ela vê os vidros congelarem, sua respiração se condensar, mas o único cobertor que tem deixa para mãe, o jeito é apelar para umas camadas extras de roupa e dormir junto com BBB, seu fiel e fofo amigo de quatro patas. A mãe de Amber é alcoólatra, e o pouco que ganha gasta com vodca barata, assim ambas passam muitas vezes sem o que comer.
Mesmo assim Amber não desanima, mantém-se sempre otimista e esperançosa, e sua fé em JC é inabalável.
Ela tem os melhores amigos do mundo, o grupo excluído da escola, Ty, o único negro da escola, Chad, o cadeirante que o corpo não se desenvolveu muito, Jared, irmão e fiel escudeiro de Chad, Rick o menino autista da escola, juntos eles formam "os cinco".
Amber é uma inspiração, sempre determinada, com uns planos malucos para ajudar quem precisa, ela espalha palavras positivas em seu caminho, e esperança para muitas pessoas. Por isso os velhinhos do asilo, e as Coreanas da igreja do padre Chee a chamam de princesa da esperança, levando um pouco de motivação e alegria a eles. Até mesmo um veterano da guerra do Vietnã, que não gosta de pessoas cedeu ao otimismo de Amber.
Mas uma tragédia acontece, e as coisas se tornam ainda piores, fazendo com que Amber não enxergue mais a luz no fim do túnel, deixando somente escuridão, fazendo com que Amber deixe de ser a Amber de sempre.
Como superar a tristeza quando se sente abandonada, como manter a fé, se até mesmo o grande JC parece que a abandonou. Será que Amber vai conseguir se reencontrar consigo mesma e voltar a ser a princesa da esperança?
Já chorei ao ler um livro, mas neste ano nenhum tinha me arrancado tantas lágrimas assim.
Simplesmente cativante e emocionante.