A Liga dos Artesãos: Tales I

A Liga dos Artesãos: Tales I Neil Gaiman
Lauro Kociuba




Resenhas - A Liga dos Artesãos


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Vagner46 03/06/2015

Desbravando A Liga dos Artesãos
Mais um livro de fantasia nacional chegou em minhas mãos nesse ano de 2015, e dessa vez por meio do Lauro Kociuba, autor de A Liga dos Artesãos, primeiro volume da série Alvores.

Ambientado em uma Curitiba atual povoada por anões, elfos, orcs, wargs e outras criaturas fantásticas, todas denominadas "alvores", A Liga dos Artesãos é uma obra de fantasia urbana que nos traz Tales, um encantado (meio humano, meio elfo) de 15 anos, como protagonista. Sob os cuidados de Aer'delo, um elfo, Tales aprende História dos Alvores, técnicas práticas de campo e treina arco avançado, tudo para que se torne importante mais adiante, quando a peleia começar.

Até aqui, alguma lembrança de O Senhor dos Anéis veio à sua mente? Não é à toa, pois todo o livro é recheado de referências a obras clássicas e não-clássicas da literatura fantástica mundo afora.

Falando um pouco mais sobre a ambientação, simplesmente não tenho o que reclamar. Me senti como se estivesse de volta ao Paraná, onde morei por 12 meses, láááááá no ano de 2006, e foi muito bem "rever" alguns locais que acabei visitando quando passei por Curitiba. A Catedral Nossa Senhora da Luz, Passeio Público, entre outros, tudo foi muito bem desenvolvido e aproveitando pelo autor, e tenho certeza que os leitores também apreciarão o resultado. Não é toda hora que anões, orcs, elfos e afins invadem uma cidade brasileira perto de você!!! haha

"- Sempre tem, isso é um fato. Abra a mente. Estou abrindo as portas de um mundo novo para você, e é bom começar a rever seus conceitos. Suas certezas são questionáveis, o inesperado sempre é certo e a dúvida não é uma opção."

Toda a trama começa a se desenrolar rapidamente quando Tales, encarregado de acompanhar uma transação muito suspeita na Praça do Cavalo envolvendo alguns mestiços (metade humanos, metade orcs), acaba envolvendo-se em uma série de acontecimentos que o levarão a Khur, a cidade subterrânea dos anões que está localizada exatamente abaixo de Curitiba. Lá, acaba descobrindo um pouco sobre como os anões foram parar ali. Conhecemos também alguns personagens que serão importantes no decorrer da narrativa, como o rei Bur-Daem, líder da Liga dos Artesãos, uma sociedade criada para combater o avanço iminente dos mestiços. Também somos apresentados a Bur-Tuir, seu filho, e outros mais de sua espécie, dando destaque para Bro-Thum, um anão batedor e viciadão em motocicletas, e Bro-Khuir, seu irmão guerreiro.

Aliás, os anões foram a espécie mais citada e explorada em A Liga dos Artesãos, onde algumas de suas classes são apresentadas e a sua relação com as invenções de máquinas de guerra a vapor, por exemplo, é explicada. Destaque para os Mecanos, obviamente. Outro tipo de máquina de batalha também é bastante mencionado nesse livro, mas essa eu vou deixar para os leitores descobrirem qual é, deixando avisado que será essencial para entendermos mais sobre o objetivo da obra.

Apesar da leitura leve e fluida, talvez a narrativa falhe um pouco ao trazer muitas vezes o famoso tell, em vez do show, com alguns trechos sendo narrados em itálico e quebrando sutilmente o virar das páginas. Nada que atrapalhe, claro, mas é um ponto a ser melhorado, talvez colocando-se em meio aos diálogos dos personagens, etc. O contraponto disso é que esses trechos com fatos que aconteceram no passado eram muito interessantes e traziam informações bem relevantes para a trama e o entendimento do leitor a respeito dos detalhes do mundo. Destaque para as partes que falam sobre a Grande Guerra, onde os mestiços estavam muito próximos de vencer e acabaram sendo confrontados por uma invenção avassaladora, mudando o rumo de toda a guerra.

Os capítulos são sempre narrados em 3ª pessoa, mas nem todos eles são do ponto de vista do Tales. Alguns focam nos anões, outros nos elfos, e assim por diante, principalmente os interlúdios, que dão um aprofundamento maior a alguns dos personagens secundários da obra.

Atento também para os aspectos bélicos e tecnológicos presentes na narrativa, com as máquinas a vapor lembrando bastante um ambiente steampunk e a preocupação do Lauro em não inserir a tecnologia atual no meio, já que os alvores não são capazes de usá-la devido a um choque de características (magnéticas, talvez), algumas ligadas ao plano etéreo, que explicarei mais sobre em uma próxima resenha, quando tiver maiores informações.

Também acho que, por o livro ter pouquíssimas páginas, apenas 270, algumas cenas foram narradas muito rapidamente e poderiam tranquilamente ter mais parágrafos entre elas, detalhando-se mais os acontecimentos e suas consequências, deixando a obra mais "profunda". Um ponto a melhorar.

Como vocês devem ter visto, a capa já chama bastante atenção. Sem palavras, apenas com um símbolo desenhado no meio, a edição de A Liga dos Artesãos ficou muito bonita, já que está bem recheada de imagens internas e também passou por uma revisão legal, com pouquíssimos erros.

A Liga dos Artesãos é a história da sobrevivência da raça alvores ameaçada pelo avanço dos seus inimigos. Segredos antigos devem ser revelados para que o pior não aconteça, ao mesmo tempo em que as traições podem aparecer de todos os lados. Há muita lenha para queimar nos próximos livros, desde o confronto geral entre orcs x anões x elfos, até o desenvolvimento do próprio Tales. Certamente lerei a sequência. E queremos mais páginas, Lauro, mais páginas!

Sequência essa que se intitulará A Campanha de Sangue. Um baita título, diga-se de passagem.

site: http://desbravandolivros.blogspot.com.br/2015/06/resenha-liga-dos-artesaos-lauro-kociuba.html
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Fran 29/04/2015

Elfos em Curitiba...
Quando falamos em Elfos, Anões e Orcs as primeiras referências que vêm em nossas mentes são Tolkien e a Europa. Mesmo quem não é fã de leitura, automaticamente é jogado ao universo de O Senhor dos Anéis quando essas raças do mundo da fantasia são citadas. Agora, imagine todos esses seres em um contexto diferente, ou melhor, imagine os Elfos, Anões, Orcs e outras criaturas desse mundo vivendo suas aventuras em Curitiba, no Brasil... É o que Lauro Kociuba nos apresenta em A Liga dos Artesãos, o primeiro livro de sua série Alvores.

Nesse primeiro volume conhecemos Tales, um encantado que vem para Curitiba ser treinado por um Elfo e, de repente, se vê em uma aventura fantástica. No livro aparecem muitos personagens, alguns cativantes mesmo sem ter muito destaque na trama, como o bardo Marcel.

O autor é muito criativo, e, ao longo da história, apresenta alguns personagens em contextos fora da narrativa principal, nos interlúdios, recurso que tornou a leitura mais dinâmica.

As descrições estão na medida certa, se considerarmos que esse é somente o primeiro volume de uma série, e, ao meu ver, isso foi um ponto positivo, pois não torna a leitura cansativa.

Em alguns trechos o autor faz a devida homenagem ao grande mestre Tolkien, deixando claro que o livro não tem a pretensão de ser uma cópia, mas que reconhece a influência de outras leituras.

A obra tem uma produção excelente, fica claro que tudo foi escolhido com muito cuidado e feito com muito carinho. Há ilustrações incríveis e mesmo a revisão, alvo de críticas de muitos leitores, chega quase à perfeição. É um trabalho que apresenta muita qualidade.
A série tem tudo para crescer muito, a cada livro. Só senti falta de mais referências nacionais, mas, no geral, é uma obra que tem tudo para agradar aos fãs do gênero.
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Laís Helena 20/04/2015

Resenha do blog "Sonhos, Imaginação & Fantasia"
A Liga dos Artesãos nos apresenta uma história onde elfos, anões, orcs e outras criaturas fantásticas, os chamados alvores, habitam nosso mundo, vivendo em segredo em meio aos humanos e lutando para se preservarem. Acompanhamos o protagonista, Tales (um encantado, meio humano e meio elfo), enquanto ele cumpre uma tarefa passada por seu mestre, Aer’delo (um elfo): observar uma misteriosa troca feita entre dois orcs. Porém, a tarefa não sai conforme o planejado e Tales então é levado a Khur, a cidade dos anões localizada abaixo de Curitiba.

A trama se desenrola a partir dessa misteriosa troca de maneira bastante concisa, mas nem por isso menos interessante. Aos poucos o autor desvenda o mistério principal, enquanto acompanhamos o protagonista e descobrimos mais sobre o mundo dos alvores e sua história.

A narrativa é um ponto positivo do livro: em vez de apenas contar, como é comum vermos em outros livros de novos escritores, o autor nos mostra toda a ação, fazendo com que nos sintamos dentro da história. Porém, há alguns momentos, principalmente naqueles em que explicações sobre o universo dos alvores são reveladas, em que há uma quebra da imersão. Essas explicações são mostradas em itálico, interrompendo a narrativa, em vez de serem apresentadas em diálogos entre os personagens, o que teria tornado a leitura mais fluida e os tais trechos mais instigantes.

Outro ponto negativo é que o livro é curto demais para explorar todos os personagens que nos são apresentados, de forma que o leitor não tem muito tempo para se apegar (ou não) a eles. Além disso, algumas das relações entre eles foram tratadas de uma maneira um tanto superficial, tornando uma das surpresas do livro não tão convincente ou surpreendente.

Conhecemos parte da história dos alvores e de alguns dos personagens por meio de alguns interlúdios, intercalados aos capítulos narrados no presente, e foi um recurso interessante para nos apresentar aos diferentes tipos de magia e à tecnologia dos anões, que é muito interessante. Porém, mais uma vez, não houve páginas suficientes para explorar de maneira satisfatória todos os pontos da história e cultura dos alvores, ainda que eu espere que isso seja feito nos próximos volumes.

Gostei, porém, da ambientação em Curitiba: mesmo os leitores que nunca visitaram a cidade não se sentem perdidos, e a relação histórica entre esta e Khur, a cidade subterrânea dos anões (também muito interessante e muito bem descrita), foi muito bem trabalhada.

O final bem narrado fecha a trama do primeiro livro de maneira satisfatória, ao mesmo tempo em que deixa um cliffhanger para o próximo volume. A Liga dos Artesãos foi, no geral, um livro divertido e com uma proposta criativa e interessante, com uma trama bem trabalhada e revisão bem feita — os erros que notei foram pouquíssimos. Certamente lerei os próximos volumes.

site: http://contosdemisterioeterror.blogspot.com.br/2015/04/resenha39.html
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Way to Happines 05/01/2015

[Resenha] A Liga dos Artesãos (Alvores 1) - Lauro Kociuba (por Lígia Colares)
Eu conheci Alvores pelo facebook, em uma divulgação para arrecadar dinheiro pelo Catarse. Achei a ideia interessante, fiquei curiosa também pelo método do Catarse, e achei que seria uma boa forma de conhecer as duas propostas. Por conta disso, consegui a regalia de obter o .pdf para resenha aqui no blog! =D

Tales é um encantado (filho de um elfo com um humano), e desde pequeno já entende a dificuldade de seu povo em viver entre humanos, por isso quando seus pais pedem para ele morar em Curitiba com um conhecido que pode treiná-lo, ele aceita sem reclamar. E assim conhecemos um Tales mais velho, bem treinado, em uma missão de vigília. Missão essa que se demonstrou mais importante do que imaginada de início! Por causa dela que Tales descobre sobre a cidade dos anões, e muito mais informações sobre a grande guerra contra os ogros...

É um prazer ter contato novamente com elfos, orcs, etc, e Lauro conseguiu aproveitar muito bem a cultura dessas criaturas e incluí-los no nosso dia a dia, adaptando-os para um mundo mais moderno. Ele utiliza nossa história para explicar como eles chegaram no Brasil, e da própria história e símbolos de Curitiba para introduzir as cidades e os esconderijos. E quando você menos espera, até nossas grandes guerras tiveram envolvimento direto deles! Fica tudo tão bem construído que ocorre aquela dúvida: 'será?'! Haha! O projeto é bem complexo e completo, mas ele escreve com habilidade para não confundir o leitor.

Não quero falar muito para não dar spoiler. Como o livro já começa em ação, todas as informações são dadas aos poucos, e qualquer detalhe que eu conte pode diminuir o encanto da leitura... Mas com certeza ela é indicada para quem gosta dessas criaturas fantásticas, para quem gosta de uma história interessante bem situada em cidade brasileira, e também para os moradores de Curitiba, só para que depois me digam se já viram alguns anões motoqueiros pelas praças! Hahaha!

Esse é o primeiro livro da série Alvores, e só na blackfriday que ele está gratuito na amazon. O livro está em processo final de produção, com a promessa de Lauro de imagens incríveis, e muito capricho! Espero só que o sucesso seja tanto que o segundo livro seja lançado rapidamente! =D

site: http://www.way-2happiness.com.br/2014/11/resenha-liga-dos-artesaos-alvores-1.html
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rafa.barros.37 03/01/2015

Vistam seus Mecanos.
O universo fantástico criado por Lauro Kociuba é bem mais complexo do que podemos imaginar. Alvores - A Liga dos Artesãos possui um enredo que prende o leitor e faz com que a frase "Vou ler só mais um pouquinho" seja usada centenas de vezes. O jeito próprio do autor de escrever faz com que o leitor abra a sua imaginação e deixe-a trabalhar, imaginando a aparência de cada um dos mais carismáticos personagens e criando teorias(Teorias essas que nunca dão certo, fazendo com que a gente se surpreenda cada vez mais.)
De fato, Alvores veio para ficar Fantasia Nacional, categoria que cresce cada vez mais no Brasil. Por esse e outros motivos, Lauro Kociuba merece os parabéns pela obra e pelo universo que saiu de sua mente para as páginas de Alvores.

Resta aos leitores aguardar a continuação.
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Thais 18/12/2014

Fantástico!
Não tenho muito o costume de escrever resenhas, e quando escrevo normalmente consigo fazer isso rapidinho. Esse foi o primeiro livro que realmente precisei parar e ler pela segunda vez antes de conseguir fazer a resenha. O motivo disso é que eu percebi que precisava voltar para ter certeza das minhas impressões rsrs Então vamos lá...

A história: pegue anões, elfos, orcs e jogue eles em Curitiba. E então recrie aquela velha briga de orcs contra todo mundo, e uma pitada da rivalidade entre elfos e anões, junto com máquinas de guerra incríveis movidas a vapor. E uma dessas máquinas – diferente, um modelo antigo que devia ter sido esquecido – está sendo procurada pelos mestiços (meio orcs, meio humanos). No meio disso tudo, temos Tales, um adolescente de 16 anos que é filho de dois encantados (meio elfos, meio humanos), que se vê no meio da corrida para não deixar os mestiços conseguirem acesso à arma.

Não vou falar mais sobre o enredo porque quero evitar soltar spoilers, por menores que sejam. O livro não é perfeito. Existem alguns detalhezinhos que eu ainda acho que não encaixaram por completo, mas isso é coisa de chata mesmo. E enquanto estava lendo eu consegui ignorar completamente essas coisinhas, de tanto que a história me prendeu. Sem mencionar as mil referências que quem costuma ler literatura fantástica em geral vai perceber (“Corram, seus tolos!” – e eu tive um ataque de risos mesmo).

O que posso dizer é: esse é um livro que eu super estou recomendando para todo mundo que conheço e que goste de literatura fantástica, e recomendando sem medo. Comecei a ler esperando muito, e normalmente quando isso acontece acabo me decepcionando. A Liga dos Artesãos conseguiu me surpreender e me manter presa até o fim, e com certeza superou todas as minhas expectativas.

Agora, Lauro, para de enrolar e vai render a continuação logo!
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Davi 29/10/2014

Parabéns Lauro!
Na primeira historia, Lauro Kociuba, mandou muito bem! Uma historia com referencias de Neil Gaiman e Tolkien; criou uma historia que se passa hoje numa das cidades mais bonitas do país: Curitiba.
O livro é maneiro pra quem não conhece a cidade, e mais maneiro ainda pra quem conhece. Assim que tiver a oportunidade vou dar uma volta por Curitiba, com o livro em mãos pra poder olhar todos os espaços onde se passa a história.
Leia.
(segue em anexo o link pra uma resenha mais completa)

site: http://werhipster.com/alvores/
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