Quase memória

Quase memória Carlos Heitor Cony




Resenhas - Quase memória


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Josias 15/03/2009

Bendito encalhe...
... foi o que me fez adquirir e ler essa obra tão envolvente. Comprei meu exemplar de "Quase Memória" na banca de jornais, oferecido por minha amiga Édila (dona da banca), lamentando que havia perdido o prazo de recolhimento para encalhe do livro e, se não o vendesse até ao dia seguinte, teria de pagar por ele à editora. Como ela sabia que sou leitor constante, vendeu-me o exemplar que ficara "encalhado"... E que grata surpresa foi a leitura dessa obra tão bela e tão simples, ao mesmo tempo! Carlos Heitor Cony brinda os leitores com as aventuras de um anti-herói tão presente na sua vida que, mesmo anos após sua morte, ainda vem ao seu encontro, com todas as suas manias, qualidades, vantagens, "troféus" (leia o livro para saber o porque das aspas!!!) e defeitos...
Vale a pena ser lido e relido. É o que faço, releio sempre, desde quando o comprei, há quatorze anos.
Nem preciso dizer que é um dos meus livros preferidos...
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Caren Gabriele 18/03/2016

Quase Memória
Para ser bem sincera, dificilmente esse seria um livro que eu espontaneamente leria. Provavelmente me interessaria, colocaria na minha lista de leitura e deixá-lo-ia lá, suspenso no tempo e espaço. Mas daí a professora de Gêneros jornalísticos resolveu que essa seria a nossa leitura obrigatória (além dos outros textos da disciplina, é claro) do semestre, e como eu simplesmente não tenho como saber quando meu semestre acaba (por motivos muito além da minha alçada), resolvi adiantar meu lado e, para não esquecer de alguns detalhes, escrever essa resenha (afinal, esse post está sendo escrito no fim de janeiro).


"Uma quase-memória, ou um quase-romance, uma quase-biografia. Um quase-quase que nunca se materializa em coisa real como esse embrulho, que me foi enviado tão estranhamente. E, apesar de tudo, tão inevitavelmente." (p. 108)


Sua leitura, ao contrário do que costuma acontecer com outros textos indicados por professores desde que me entendo por gente, não me trouxe nenhum arrependimento ou cansaço. Muito pelo contrário. Esse é um daqueles livros que transmitem leveza e nos aguçam o sentido sempre em busca de um pouco mais da história.

E que história... Ao transcrever suas memórias, o autor não só faz uma homenagem belíssima a seu pai, como também nos presenteia duplamente. Primeiro, ao nos permitir conhecer através de seu olhar e sensibilidade, um homem louco, otimista, cheio de uma alegria que hoje encontramos em raríssimos seres humanos e um não sei o quê, uma felicidade em estar vivo que é simplesmente inspiradora.
E segundo, esse passeio por um jornalismo brasileiro completamente diferente do que conhecemos hoje, da primeira metade do século XX, do tempo em que se vendia notícia no papel e uma história bem contada valia muito mais do que o imediatismo. E é claro que eu simplesmente não poderia deixar de falar disso, afinal, é justamente o tipo de jornalismo que me faz suspirar.


"(...) uma despedida sem dor e sem lágrima, despedida de um caminhante exausto, fatigado de tudo, uma despedida geral e agradecida do camicase que doou a vida pelo objetivo de viver, viver tudo, inclusive o ato final, a despedida sem mágoa e rancor." (p. 164)


Carlos Heitor Cony é um jornalista e escritor brasileiro, editorialista da Folha de S. Paulo e membro da Academia Brasileira de Letras desde 2000. Além de contos e crônicas, o autor já publicou dezessete romances, dentre eles, Quase memória que vendeu mais de quatrocentos mil exemplares.

site: https://blog.carengabriele.com.br/2020/05/18032016-quase-memoria.html
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malucomg 24/03/2009

quase memória - livro que não sai da memória
meu primeiro encontro com este livro, foi quando fui assistir a um filme e entrei na livraria ao lado do cinema e pedi para a balconista o melhor livro de toda a livraria.Ela me indicou este e não que ela me surpreendeu. Excelente texto, muito bem escrito e com um fundo emocional grandioso- a ligação que todo mundo tem com seu pai. Acho que no fundo todo pai daria um personagem excelente para um livro de (quase) memórias. Cony é um mestre na arte de escrever
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Ladyce 02/01/2010

Lírico, poético, mas...
A idéia de uma pessoa receber um pacote de seu pai dez anos depois da morte deste é maravilhosa e serve como grande abertura para a coletânea de memórias que se desencadeiam através do livro. A linguagem como sempre acontece com Cony é direta e gostosa e neste livro em particular ele é lírico, poético e gentil. Mas faltou um travo, uma tensão que levasse esta leitora a apreciar com maior prazer a coletânea de crônicas. Faltou profundidade na análise do pai e certamente na análise deste filho em relação ao pai. Há horas de muito humor e de muita perspicácia na narração. O livro é um prazer de ler. Mas não precisa ser lido de uma tacada, de cabo a rabo, porque não há aquela tensão que faz com que se queira chegar ao fim. É simplesmente uma coletânea de crônicas belíssimas, poéticas mas superficiais que deixam de dar uma tridimensionalidade ao personagem principal -- o pai de Cony.
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Egídio Pizarro 12/11/2013

Intenso
"Quase memória" passa fácil do quase. É uma relembrança dos vividos de Ernesto Cony Filho, pai do autor. Um desses pais que muitos de nós gostaríamos de ter.

Ressalva: não é indicado para curiosos crônicos.
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SilverLeferson 14/03/2024

EU AMO DE CORAÇÃO ESSE LIVROOOO
Resgatando nas minhas memórias os livros que lia na infância pra colocar no Skoob eu me via tentando lembrar este em mente. Colocava em grupos do Facebook e perguntava a amigos leitores "aquele" livro que o prota recebia e antes de abrir a carta, se abria em memórias que aquele objeto despertava nele, FINALMENTE ACHEI! São poucos os livros que realmente me marcaram, pois todos que marcam eu os leio rapidamente. Me lembro como se fosse ontem eu folheando ele e lendo as mesmas histórias que eu usava de exemplo pra ver se as pessoas conheciam a obra (histórias essas que não posso falar aqui).
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Luciane 07/12/2012

Ao receber um embrulho, o autor (Carlos Heitor Cony) relembra vários fatos da vida de seu pai. O autor escreve de uma forma que a leitura flui bem, cada capítulo é uma lembrança. Gostei bastante.
Este livro é do Grupo Livro Viajante: www.skoob.com.br/topico/grupo/1284
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renata 28/06/2012

El sueño de la razón produce monstros
Assim, como quem não quer nada o livro apareceu na minha frente. Num sebo, quando ainda mal sabia da existência Carlos Heitor Cony.

Pronto. Fiquei sabendo. De uma maneira linda ainda por cima. Não vou me preender ao modo como o autor me leva para dentro das loucuras do pai, ou de como esse mesmo personagem se mostra fantástico. Talvez seja só a impressão que um filho tinha de um pai que era muito querido, mas não existem mesmo essas pessoas impressionantes?Seu pai parecia ser uma delas.

Quotes preferidas:

"(...)A memória que eu deveria esquecer."
"Ele tinha uma teoria que negava as coincidências, teoria que no caso dele, era apenas uma prática, um viver sabendo que tudo o que deveria acontecer aconteceria."
"(...)Até que chegue o amanhã onde as grandes coisas são feitas"
"Amanhã farei grandes coisas!" e as avessas "Amanhã não farei mais essas coisas."
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Valeria 22/01/2012

Este livro é lindo ! Não consegui parar de ler e ao mesmo tempo não queria chegar no fim ... E o fim, cada um faz o seu ...
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Liz 25/09/2011

Desafio literário 2011 - Setembro - Autores regionais
“Era um de seus lemas. Todas as noites, antes de dormir, se havia alguém por perto, ou se estivesse sozinho, sempre dizia em voz baixa, metade como compromisso, metade como prece: ‘Amanhã farei grandes coisas!’.”

O livro começa com um pacote anônimo chegando às mãos de Carlos Heitor Cony. Um pacote simples, ordinário, mas com aspectos peculiares: a letra com que assinava o nome do destinatário, o nó do barbante que envolvia o embrulho, os cheiros que dele vinham, tudo indicava que quem o havia mandado era o seu pai, Ernesto Cony Filho. Porém, este tinha morrido há dez anos. Intrigado, Carlos recebe tal embrulho, mas sem ter certeza se deveria abri-la, ou mesmo sem saber se queria abri-lo. Começa a simplesmente olhar para ele, mergulhando profundamente nas lembranças que tinha do pai, apresentando aos leitores sua relação com alguém que foi, em minha opinião, uma grande figura.

Escolhi esse livro para o Desafio porque, já tendo lido todos os livros infanto-juvenis de Cony com Anna Lee, queria ler um somente dele. E tenho certeza de que fiz uma ótima escolha, que recomendo para todos. “Quase memória”, como o nome sugere, não é uma lembrança completa, pois nem tudo o que foi descrito no livro aconteceu mesmo. E o livro também nem tem um gênero definido, pois mistura características do romance com crônica.

Ainda que tenha amado o livro, achei o começo um pouco entediante e quase parei, uma vez que ando sem tempo para nada. Mas resolvi continuar, comecei a me apegar aos personagens, e a ler bem devagar, com cuidado, para prestar o máximo de atenção às histórias. É um livro para se ler com bastante calma, voltando no tempo junto com o autor, vivenciando o Rio de Janeiro do século passado, principalmente as épocas ditatoriais.

Enfim, é um livro que com certeza lerei novamente um dia. A figura do pai encantou-me para sempre, meio que virou um estilo de vida. Fiquei com muita vontade de ser alguém como ele, sempre empolgado e confiante, fazendo de tudo e ficando feliz por ter feito ainda que no fim tenha dado errado. Quem ninguém deixaria de sentir falta.

As aventuras em que o pai se metia, em que outros se metiam, reis europeus, jacarés no quintal, balões de cola de farinha, aulas de geografia ao amanhecer, mangas de cemitério, várias e várias lembranças despertadas pela visão de um embrulho e que, falsas ou não, compõem um dos melhores livros nacionais que já li. E com certeza o melhor livro sobre relacionamentos entre pai e filho que já li.

Digo por fim que nunca mais olharei os balões do jeito que olhava antes.
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Andrea 05/04/2012

Um pacote misterioso
“Eu não devia dar tanta e tamanha importância a esse embrulho. Devia abri-lo e – pronto, era um mistério a menos, se é que é mistério mesmo. Assim como há dores-de-corno retroativas, há indecisões antigas que envergonham. Afinal, o embrulho está aqui, posso dispor dele, abri-lo, joga-lo fora, rasga-lo, ou nada fazer com ele, mantendo-o em sua condição de embrulho, e sua espécie de mistério”.

Quando o autor, Carlos Heitor Cony, recebeu do porteiro do hotel onde almoçava um embrulho com o seu nome, ao olha-lo reconheceu imediatamente a assinatura do remetente seu próprio pai. Uma identificação simplista se não fosse o fato dele ter falecido dez anos antes.

Sem conseguir se concentrar em outra coisa, Cony acaba se isolando em seu escritório com o embrulho e passa a dividir com o leitor sua avalanche de memórias, onde biografia e ficção se misturam ao recriar a história do jornalista Ernesto Cony Filho e por consequência a sua própria.

Resenha completa em: http://literamandoliteraturando.blogspot.com.br/2011/10/quase-memoria.html
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Larissa GO 26/05/2011

Difícil de esquecer
Eu recentemente assisti pela primeira vez ao filme Amnésia (Memento), apesar dele ter sido lançado a mais de 10 anos. E tem uma fala que eu associei ao livro quando Leonard diz a Teddy que a memória não é confiável, não é perfeita. Nem mesmo é tão boa e você tem que confiar apenas nos fatos. Enquanto Leonard sem memória pensa que pode solucionar um mistério sem ela e se prende apenas aos fatos; o autor do livro a valoriza até demais e chega a desprezar os fatos, certo momento ele imagina inverossímeis respostas ao mistério que se encontra a sua frente.

O autor inicialmente utiliza sua própria memória para tentar solucionar o enigma. Ele mergulha totalmente no passado e nos leva a conhecer seu pai que é um personagem completo, principal, único - cada detalhe, gesto e palavra são descritos no livro de tal maneira que você o vê e sente realmente.

O livro assim como o filme são duas obras que alguns podem não gostar, pois se trata de originalidade pura, dificilmente se encaixam em algum tipo de definição tradicional Comédia/Drama/Romance/Ficção. Eu definiria com uma palavra bem batida- ‘Experiência’. O autor até define seu livro como um quase-romance, quase-memória, um quase-quase que nunca se resolve.
E como se trata de memória, gostando ou não, ambas as obras são difíceis de esquecer.
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Bia 20/08/2010

Uma poesia...
Eu que sou uma leitora compulsiva, devoro a grande maioria dos livros que chegam às minhas mãos, nesse caso, demorei a engatar nas "quase-memórias" do Cony...
Acho que foi apenas uma fase pessoal, onde não estava conseguindo me concentrar devidamente no livro.
Mas valeu a pena ter persisitido, é uma linda história, de pequenos momentos, lembranças de um passado, uma pessoa que se foi há 10 anos mas que continua presente na vida do autor de uma maneira sutil e ao mesmo tempo, muito marcante.
Vale mesmo a pena!
Recomendo


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Roseli Camargo 05/10/2010

Histórias de pessoas que marcam a vida de alguém sempre nos faz sentir a saudade de quem as escreve. Com esse livro não é diferente. A figura de Ernesto Cony Filho, pai de Carlos Heitor Cony, é algo marcante na vida dele e passa a ser para que o lê também. Dar a visão de um pai cheio de sistemáticas e com defeitos, assim como todo ser humano, é difícil. Mesmo com esses defeitos, a mágica em volta das lembranças desse homem é algo inesquecível e que ajudou muito na formação do caráter desse filho. Dá vontade de ter conhecido uma pessoa tão singular. Primeiro livro que leio de Cony e gostei bastante.
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Mia Galvez 09/09/2009

Sobre pais
Sempre acompanhei as colunas de Carlos Heitor Cony na Folha de S. Paulo. Um amigo jornalista disse que tinha o livro e resolveu me emprestar. Não me arrependi de ler em nenhum momento.

A história reúne as memórias de um pai caricato, muito presente na vida do filho e que representou para ele um grande exemplo. Trata-se de uma crônica sobre como um pai deveria ser, com seus defeitos e qualidades, suas manias e seus tiques, e do quanto a memória de um pai se faz presente para o resto da vida. Vale a leitura.
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