Camille 27/06/2011Mais em: http://revistainnovative.com/pecados-sagradosEm Pecados Sagrados, Nora investe em diferentes vertentes. Fala de religião de uma forma que ao mesmo tempo é simples, explicativa e nada recriminativa – um cuidado necessário e muito bem desempenhado pela escritora, que não demonstra opinião sobre nenhuma religião, mas baseia a história em Deus e no que diz a bíblia, analisando os exageros e as diferentes formas de interpretação do que é escrito.
Análise, por sinal, é algo no qual a escritora é quase "expert". Todos seus personagens são muito bem desenvolvidos e com personalidades claras e fortes. Ben foge ao comum de suas histórias, sendo um encantado não príncipe que deixará muitas apaixonadas. Inclusive Tess, uma psiquiatra que exerce sua profissão em seu consultório, onde se destaca o caso do adolescente Joey, em uma clínica, para os casos mais críticos e que necessitam de um tratamento mais profundo e, enfim, para a polícia. Para quem Ben, detetive, trabalha e tenta, junto à uma equipe boa e seu parceiro Ed, resolver os mistérios de um assassinato em série, desempenhado por um possível padre.
Nora prende a atenção do leitor do início ao fim, mas deixa um pouco a dever quando entra o mérito de clichê – o que não necessariamente é ruim, porém não torna o livro extremamente diferente dos demais. Para quem gosta da escritora e do estilo, como eu, não será um aspecto negativo. Para os que preferem a parte de ação e suspense, o mistério acaba por ser facilmente desvendável para olhos atentos.
A história, ainda assim, é muito bem contada, guarda algumas surpresas e não deixa a dever pois possui um começo, meio e fim bem determinados e estruturados. Um livro, como em geral os dela são, para quem gosta de histórias e não apenas saber o início e o fim da história, o desenrolar é bastante interessante e torna o livro merecedor de compra.