Luis0501 13/06/2023
A vida é assim.
Fazia muito tempo que eu não lia um livro assim, que me deixava com vontade de devorar ele de uma única vez, ignorando todo o resto do mundo (o que só não fiz porque o trabalho não deixou), que ocupasse meus pensamentos o dia todo.O último que fez isso foi "O Velho e o Mar" (não por coincidência, um de meus preferidos, se não O preferido).
O livro é bem curto, o que chega a ser um ponto negativo, porque aí tudo acontece muito rápido e de forma rasa. Não tem aprofundamento ou desenvolvimento de personagens, tudo acontece de forma corrida, com vários saltos temporais de um capítulo para o outro. Isso pode ter um motivo (que vou discorrer sobre mais a frente) mas na prática deixa um gosto amargo de "isso não foi o suficiente, eu quero mais". Frustração é a palavra.
A história, assim como o título já diz, é sobre a vida de um livreiro. E só. Simples assim. Ele não é um herói, é só um homem comum. Assim como todos os homens comuns, tem contas a pagar, responsabilidades, problemas, dias bons e ruins, felicidades e traumas. Isso torna muito fácil nos identificarmos com o protagonista, porque ele é humano. Nada mais que isso. A vida dele é um paralelo com a nossa, com rotinas, altos e baixos, família, amigos e despedidas. E no final, bom, ela chega ao fim. Assim como a de A.J.
O motivo sobre o livro ser tão corrido é (suposição minha) feito propositalmente para que o leitor lembre que a vida é curta. Ela passa rápido e quando nos damos conta estamos próximos do fim. Então temos que aproveitar. Viver bem, aproveitar e lidar da melhor forma possível com as coisas ruins que podem (e vão) acontecer. Valorizar as pequenas coisas, as boas companhias. Fazer crises tornarem-se oportunidades. E no final, assim como todo e qualquer ser vivente, teremos que morrer. Querendo ou não, estando prontos ou não. E quem fica você sua vida, da melhor forma que conseguir.