Uma Canção para a Libélula

Uma Canção para a Libélula Juliana Daglio




Resenhas - Uma Canção para a Libélula


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rafaela.pedigonimauro 13/02/2018

Um mergulho em mim mesma
Às vezes, escutamos ou lemos histórias que parecem demasiadamente com as nossas. É como se alguém houvesse invadido os recantos mais sombrios e íntimos de nossas mentes e narrasse nossas experiências, com nomes de personagens, lugares e datas alterados. Como um dos personagens da trama disse, é como se encontrássemos um espelho e víssemos ali o reflexo de nossa alma e mente. Em incontáveis momentos, "Uma canção para Líbélula" foi um espelho para mim.
A forma como a Ju fala sobre depressão, ansiedade, falta de afeto na infância, baixa autoestima, perda da identidade, défict de habilidades sociais, culpa, pensamentos suícidas, dentre muitas questões envolvendo transtornos psicológicos e de um humor é didática e crua. Todos nós que enfrentamos a batalha diária que é lidar com esse vórtice de sentimentos nos enxergamos em Vanessa, em Nathan e até mesmo em Valéria.
A história de Vanessa é de uma sobrevivente. Alguém que aceitou sua condição e enfrentou-a com coragem e resiliência. Vanessa, todavia, não é uma heroína perfeita e infalível. Ela é humana. Construir uma relação de empatia com ela talvez tenha sido mais fácil por esse motivo. Sofri com Vanessa mas também senti raiva diante de suas decisões e pensamentos e me alegrei com suas vitórias, por menores que fossem.
Ler "Uma canção para Libélula" não foi uma tarefa fácil. Por maior que fosse a minha curiosidade para saber o desfecho da história, precisei fazer algumas pausas para conseguir digerir todas as informações e sentimentos. Lágrimas subiram aos meus olhos incontáveis vezes. Lágrimas de dor, de alívio, de medo.

Queria que todos pudessem ler essa história e compreendessem, mesmo que minimamente, como é viver em um casulo, mesmo sendo uma Líbélula.
Queria que as pessoas entendessem como é possuir tantas dores, culpas, medos e angústias dentro de si que chega a doer fisicamente. Um turbilhão que nos sufoca e nos faz sentir uma vontade desesperada de abrir a nossa pele para que esses demônios nos deixem. No entanto, aprendemos que este não é o único caminho possível e que coisas maravilhosas e positivas podem nascer mesmo nos lugares mais sombrios.

Vanessa aprendeu a transformar seus demônios em música.
Juliana, em livros.
E eu, em ilustrações. :3



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Juliana 25/11/2014

Uma Canção para a Libélula
É impressionante como o antônimo da vida está sempre presente em nosso dia- a - dia, apesar de não se fazer notar ou talvez por não queremos pensar, porém "ela" esta ali, sempre a nos observar, provavelmente esperando um deslize nosso, ou talvez apenas aguardando o momento certo de entrar em ação e nos acolher em seus braços frios.

Entretanto a leitura que terminei hoje, me fez refletir o tão importante é agradecer por estar vivo, sentir a Vida em quaisquer circunstâncias, e que seja bem provável que não façamos, por nos acostumar com algo que aparentemente é tão simples - viver / respirar/conviver.

Claro há momentos de desespero, de medo e de desistência, mas sabemos que podemos superar. Isso se acaso quisermos e então, batalharemos para conseguir. Mas há também pessoas que não possuem ou pensam que não possuem essa força para superar esses obstáculos e como isso se deixam afundar cada vez mais nessa agonia, tristeza, angustia que em determinados momentos nos são impostos e que parecem totalmente impossível de superar.

Não posso dizer que são todos as pessoas, mas há sim pessoas que são consideradas doentes por tais atitudes de fraqueza ou desistência, e essa doença é considerada um transtorno da mente, do psique. Essas pessoas a princípio negam suas condições apesar de estar estampado em suas faces, e tornam-se mais sensíveis, carentes por um aparo, só que acabam enxergando esse amparo como piedade e em algumas situações acabam por rejeitar a ajuda.

Em Uma Canção para a Libélula, conheceremos Vanessa Santos, uma jovem pianista que teve uma infância muito traumática, como perdas e desprezo, e que durante seu crescimento foi aprendendo a deixar para trás essas feridas do passado e tornou-se uma mulher sem muita fé ou esperança na vida, onde seus únicos alicerces se resumiam em: a música e o amor por seu pai, irmão, tios e prima.

E quando a vida lhe fez relembrar todas essas memórias que ela deixou em um canto da alma, o baque foi muito forte e o ambiente não a favoreceu pois tais memórias aconteceram ali e mesmo que ela quisesse lutar sua velha conhecida vilã cinzenta, (depressão), já fazia- se presente.

Personagens, fortes como histórias de vidas são apresentados de uma forma sutil, porém marcam sua presença no enredo. O livro está narrado na primeira pessoa, logo temos todo choque de realidade que a protagonista, Vanessa, sente em cada momento e nos fazendo sentir próximos a ela.

A autora nos mostrou no livro através de metáforas como a pessoas que tem essa doença enxergam a vida, como elas encaram os acontecimentos. Algo tão forte que em certos pontos torna-se tangível de tão rico os detalhes das sensações.

Uma literatura que eu classificaria aparentemente como um sick -lit, por ter uma protagonista jovem e depressiva, mas é tão contundente e bem trabalho nos sentimentos que a protagonista vive, que também classificaria como um drama. Você consegue sentir a dedicação que autora teve ao escrever o livro.

Portanto, acredito que não tenha um público específico para indicar a leitura, mas deixo como sugestão para quem quiser conhecer um pouco mais do que se passa na cabeça de uma pessoa com tais transtornos.

site: http://nossaestantenacional.blogspot.com.br/2015/10/resenha-uma-cancao-para-libelula.html
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Bruna 23/04/2015

Uma lição de vida !
A obra de hoje é linda e emocionante, diferente de tudo que já li e que eu acredito que todos deveriam ler, vem comigo conhecer mais sobre Uma Canção Para Libélula da autora parceira do blog Juliana Daglio.
É incrivelmente complicado falar de uma história que ao mesmo tempo em que é linda é também triste e pesada, mas não por ser uma leitura enfadonha, e sim, por tratar de um tema sério e preocupante, a depressão. Raramente nos deparamos com obras que abordem o tema, mas deveríamos, uma vez que a depressão é tão séria como outras doenças como anorexia e bulimia e também com consequências tão grave quanto o bullying.
“O que a pobre menina não entendia era que naquele momento em que entoara uma breve canção à Libélula, havia atraído para si algo mágico, quase sobrenatural: uma escolha de vida.”
Nessa história somos levados a conhecer Vanessa, uma agora já moça que vive com seus tios em Londres, onde tem uma carreira de sucesso, mas não é completamente feliz. Desde pequena ela tem que conviver com uma vilã cinzenta por perto tendo como único refugio sua música e suas composições ao piano, que sempre insiste em relembrá-la de um fardo do passado pelo qual ela nunca conseguiu esquecer.
“ – Venha, vou lhe mostrar uma coisa. Mas tente não desviar os olhos – sussurrou, como se a lembrança do sonho tivesse se tornado real. E era real.”

Apesar de sua carreira está indo em direção a cada vez maior sucesso, ela odeia o fato de ter que ir as festas e interagir com outras pessoas e seus elogios decorados, o que ela só atura porque tocar seu piano é a única coisa capaz de libertá-la. Ela não sabe o que é o amor, tampouco o que é a felicidade, mas sabe que grande parte de ser assim vem da rejeição de sua mãe que felizmente ela não é obrigada a conviver já há 14 anos.
“Quem nunca espera nada de ninguém, nunca fica desapontado.”
No entanto, uma reviravolta do destino à leva a ter que voltar para o Brasil e enfrentar seus piores pesadelos, uma mãe que faz de tudo para humilhá-la, a vilã constantemente reforçando que é sua culpa e um pai que a deixou de lado pela mulher, mesmo que agora esteja arrependido. A convivência naquele lugar irá fazer com que ela retorne a velhos hábitos que tinha, quando criança ela era extremamente calada apesar de desde muito cedo ser extremamente talentosa ao tocar.
Aos poucos as memórias se tornam cada vez mais dolorosas e a vontade de sair, comer e tocar se tornem nulas. O sofrimento é tanto que ela não tem vontade de lutar, não tem vontade de fazer mais nada e mesmo que a tentem ajudar, talvez já seja tarde demais para lutar contra a sua companheira cinzenta, ser abençoada pela libélula quando criança pode não ter sido a melhor coisa, mas será que ela conseguirá vencer ou irá desistir de tudo? Será que a canção irá terminar antes de chegar ao seu fim?
“Sonhos...Sonhos... sonhos são desejos. Você quer, garota inútil. Você quer morrer. Foi culpa sua.”
Esse foi meu primeiro contato com a escrita e com uma obra da autora e não poderia ter sido melhor, a autora sabe se expressar e nos comover com palavras de uma forma incrível e que nunca tinha acontecido comigo antes. Mais do que uma história ela nos leve a refletir e a aprender mais sobre um problema tão grave e obscuro quanto à depressão, que antes da leitura eu não tinha ideia do quão difícil era. Os personagens são cativantes e você se envolve e sofre junto com Vanessa, meu desejo era pegar e protege-la, ajudar para que ela soubesse que não estava sozinha, que ela consegue passar por tudo aquilo e que não deve dar ouvidos as coisas ruins que jogam para ela.
É uma história extremamente emocionante que prende o leitor do início ao fim, que leva a diversas reflexões e aprendizados, que nos faz refletir sobre a nossa vida e que, as vezes, reclamos de coisas que são mínimas enquanto outras pessoas tem que lidar com coisas extremamente graves. E sem falar que me fez agradecer pela mãe que tenho e por tudo que meus pais fizeram e fazem por mim e que infelizmente a Vanessa não tinha.
Essa é uma obra que todos deveriam ler, então se você gostou do que eu falei compre a sua e descubra mais sobre esse mundo, se emocione e se apaixone, seja grato pelo que tem e que outros não têm a oportunidade de ter. Eu estou extremamente curiosa para conferir o próximo livro e entender um pouco mais de tudo isso, foi uma leitura que valeu extremamente


site: brookebells.com
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Fernanda 29/09/2014

Olá, queridos! Como anda essa vida de leitor compulsivo? A minha anda frenética. Já li 5 livros durante a semana, mas depois sempre vem aquela falta de vontade e fico dias sem ler, por isso estou aproveitando a maré (risos!).

Eu sei que vou publicar esta resenha bem depois, mas estou aqui sofrendo porque não fui a Bienal e meus amigos só estão publicando fotos e falando dela. #Triste.

Mas, deixando a conversa de lado e vamos falar de Uma Canção para a Libélula da nossa parceira Juliana Daglio. Conheci a Ju, no facebook, por causa de outra amiga e de cara adotei o livro dela.


Bom, a história ou os devaneios da Ju nos traz Vanessa. Ela tem seus 25 anos, mas o passado ainda a corrói e destrói, deixando-a cada vez mais vulnerável aos acontecimentos.

Quando você entra na cabeça da Vanessa, você encontra desespero, angústias intermináveis e uma dor que o tempo jamais apagará. A dor do desprezo, do desamor, feridas físicas e psicológicas.

Ela é uma pianista de sucesso que lutou incansavelmente para deixar para traz um passado sombrio e assustador, para vencer e lutar por si e por sua sanidade. Mas uma viagem desestruturará tudo que ela construiu levando-a a beira da demência. Ela volta ao Brasil para passar um tempo ao lado de seu pai que está doente, mas o reencontro com a mulher que a destruiu é, simplesmente, desafiador.

Valeria é uma mulher cruel e sem coração. Uma pessoa que só pensa em si e em culpar outra pessoa por seus erros, por seus pecados e crimes. Uma demônio que destruiu a própria família, somente pela perda de um contrato fútil.

O pai de Vanessa é um homem fraco, pois não foi capaz de abrir mão daquilo que o destruía para socorrer uma criança da maldade de uma mulher sem coração. Ele é um homem cego que ao invés de lutar preferiu mandar a filha para longe ao oposto de tomá-la para si e mostrar que mesmo com todo desprezo àquela garotinha o tinha ao seu lado. Dando amor e segurança. Vocês podem perceber que não falei da mãe. Pois sim, mãe e filha tem uma relação mega difícil.

Este livro mostra o quão frágil à vida pode ser, e também traz a depressão como um dos temas principais. Depressão e loucura. Duas mulheres. Personalidades diferentes. Mágoas, rancor e desculpas para as maldades e fuga das próprias doenças.

O livro é daqueles, doloridos e cheios de aprendizados. A leitura me fez perceber que quando a pessoa está em depressão ela se nega a acreditar na sua real situação e pensa estar bem, mas a situação é muito diferente.

Antes de terminar, preciso citar um personagem, Nathan, que não aparece e nem fala muito nesse primeiro livro, mas sei (pelo menos, eu quero) que no segundo ele se mostre mais e faça a diferença na vida da Vanessa, pois acredito que somente ele será capaz de ajudá-la a passar por este momento infernal de sua vida. Assim espero!

Afinal, todos merecem um pouco de amor.

Recomendo demais esta leitura, e agora é esperar a segunda parte do livro, pois foi necessário que assim o fizesse para que ele não ficasse gigante.





Beijos Fê :*


site: www.amorliterario.com
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Luiz 15/05/2015

Réquiem de um sonho
O livro conta a história de Vanessa, uma talentosa pianista que mora com a tia em Londres. Conforme sua fama vai aumentando, maiores são as exigências de seu empresário, o que, somado à um relacionamento fadado ao término, a leva cada vez mais próxima da tristeza.
Em meio a uma temporada turbulenta, ela decide voltar ao Brasil para visitar o pai doente, mesmo sabendo que com isso, velhos fantasmas retornariam para lhe assombrar e demônios familiares dariam as caras. E é em SP que a maior parte da história se desenrola da forma mais intensa possível.
Já deu para sentir que a história promete, certo? Mesmo sendo de certa forma simples, a trama se torna magnífica em sua simplicidade. Cada ação e reação tem um impacto certeiro no leitor, e o desenvolvimento dos personagens só ajuda. Eles não são muitos, se resumindo a familiares e amigos de Vanessa, o que faz nosso apego com eles maior. Realmente nos importamos com os dramas de Vanessa, sentimos empatia enorme pela tia Lorena e queremos esganar Valéria, a "mãe" da protagonista, através das páginas para ver se conseguimos colocar juízo em sua mente fragmentada. Cada conflito entre Vanessa e Valéria, cada conflito interno de Vanessa, cada sonho perdido e cada passo que ela dá para perto da Vilã Cinzenta/morte, nos deixa incrivelmente absortos e angustiados, principalmente no final, que é bem forte e significativo. Nunca esperei encontrar um fim cliffhanger nesse tipo de livro!
Quanto à edição, achei que a Editora Deuses fez um bom trabalho! A capa é linda e há libélulas no topo de cada página (belo toque ^^). O que me espantou foi o tamanho, em comprimento, do livro! Pensei que demoraria bastante para ler um livro dessa "lapa" mas o espaçamento das linhas é grande e a leitura segue bem suave, com capítulos na medida. Li num único dia :)
Uma Canção para a Libélula é um livro maravilhoso, cheio de surpresas, dramas e revelações familiares de chocar leitores calejados. E o melhor: É NACIONAL! A Juliana, além de super talentosa, é uma pessoa incrível! Merece todo o sucesso que está tendo e que com certeza virá adiante em sua carreira!
Recomendo demais a leitura, tanto para quem gosta de dramas "sick-lit" quanto para os que buscam um livro diferente e significativo em sua estante. A história de Vanessa é muito triste, e acompanhar suas derradeira descida aos confins da depressão, requer coração forte.
Nota máxima com certeza!
E agora só nos resta aguardar e roer as unhas pela sequência, que promete ainda mais fortes emoções e, quem sabe, um final feliz para a Menina Libélula.
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Camila 31/10/2014

Uma história que te faz sentir!
Qual o papel de um livro? O livro precisa fazer com que a gente sinta algo, seja felicidade, raiva, tristeza, ódio mortal, o que for, mas precisamos sentir algo com a leitura, pois se isso não acontecer, o livro não terá valido nada.
É com muita alegria que digo isso, Uma Canção para a Libélula me fez sentir muitas coisas, sentimentos diferentes, amor, pena, ódio e me fez querer entrar na história para ajudar os personagens. É assim que um livro deve ser e é isso que uma história deve fazer com o leitor.
Amei o livro e estou louca pela continuação!!!
Juliana é uma autora e tanto! :) s2 s2
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Luciana.Santos 24/02/2017

Profundamente tocada!
Sem fôlego. É assim que me sinto após terminar essa leitura. Ainda estou com os olhos embaçados de lágrimas, com um aperto no peito, uma sensação tão forte como se essa dor fizesse parte de mim (e de certa forma faz).

Vanessa é uma jovem que vive em Londres e se destaca pelo seu sucesso como pianista. Apesar de uma vida aparentemente bem sucedida, Vanessa carrega consigo marcas profundas de um passado que nunca a deixou e em determinado momento de sua vida, precisa voltar ao seu país de origem, o Brasil, para encarar seu passado, seus fantasmas e aflições.

É um livro que deve ser lido por todos, leitura obrigatória, de fato. Ele te toca tão profundamente que não é possível permanecer o mesmo depois que o termina. Eu comecei uma e agora, quando finalmente o finalizo em meio às lagrimas que ainda teimam em cair de meus olhos, sei que Vanessa me fez ser diferente.

Nem de longe senti em alguma circunstância da minha vida as mesmas dores que a protagonista, ou sofri os mesmos infortúnios, mas pude sentir a Vanessa em mim enquanto lia. Partilhei das suas aflições, apatia, desespero e temores. Em muitas passagens quis a pegar no colo, afagar seus cabelos e dizer: ?Não se preocupe, vai ficar tudo bem?. Mesmo que pudesse parecer inútil ou banal. Quis tomá-la em meus braços, quis ser seu escudo para que sua Vilã Cinzenta não a tocasse, para evitar qualquer coisa que pudesse machucá-la.

Vanessa poderia ser minha vizinha, amiga, irmã, prima, poderia ser eu! Mas ela é tudo isso, de certo modo. Existem várias por aí e muitas próximas a mim, que lembrei enquanto lia e chorava a cada página absorvida.

Uma Canção para a libélula é uma obra profunda, intensa, com uma escrita muito bem fluída da Juliana Daglio que nos faz entrar num mundo tão doloroso e obscuro de uma maneira tão voraz, que quando menos se percebe já estamos envolvidos, sentindo à flor da pele todas as sensações da personagem, como se Vanessa fosse (e porque não seria) uma extensão de nós mesmos.

Não é uma leitura para qualquer ocasião. Deve-se estar preparado para uma história tão densa e complexa, pois as palavras contidas pegam em cheio em nosso emocional. Fala de dor, amor, tristeza, solidão, medo, culpa e tantos outros sentimentos /sensações tão íntimos e violentos, oriundos de todo e qualquer ser humano.

Nunca havia chorado com um livro antes, já havia me emocionado, mas não da mesma forma. Só tenho uma coisa a dizer: Obrigada Ju por essa obra e por me fazer apaixonar pelas libélulas.

Cinco estrelas, sem dúvida alguma! Super recomendo!
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Nathália Bastos 23/02/2017

Um verdadeiro livro sobre depressão
Esse não é um livro qualquer, eu chamaria de O Livro. Vocês não têm noção do quanto isso mexeu comigo, do quanto senti o que Vanessa sentiu. Esse livro é arrebatador, é incrível de uma maneira que nem sei explicar. Só digo uma coisa, depressão não é brincadeira, não é frescura de gente “dramática”, depressão é coisa séria, é uma doença que acomete mais a metade da população, você nunca saberá como é sofrer se não sentir na própria pele, mas aqui não quero que você sofra, eu quero que sinta como é e o que acontece com alguém que sofre dessa doença, e é isso que Vanessa me mostrou, e é isso quero que vocês vejam, não é nada bonito, é cinza, é doloroso e muito sofredor, mas te fará refletir muito sobre a doença no quais muitos o intitulam de “polêmico” sem ao menos saber os fatos que levou a isso. E não, esse livro não é para qualquer um, mas quero indicar a todos, sem exceção, pois quero que todos saibam como exatamente é, a verdade nua e crua, sobre essa doença.

Vanessa é uma garota prodígio, puro talento para música clássica. Sua melhor companhia é o seu piano que quando esta tocando simplesmente entra em um novo mundo, Vanessa é uma garota onde talento nasceu cedo e de formas inimagináveis, ainda criança, Vanessa já era capaz de tocar muito bem sem ao menos alguém te-lo ensinado, mas tinha todos diziam que suas músicas eram tristes, mas foi através da musica que ela encontrou sua vontade de viver.

Ainda criança Vanessa sofreu um trauma muito grande que a abalou muito, a morte de um ente querido, sem contar que, sua mãe a culpava pela morte. Alem de querer ter o amor de sua mãe de alguma maneira, ela ainda não o conseguia entender o porquê ela o desprezava, mas Valéria, sua mãe, não era alguém muito certa da cabeça. Com isso Vanessa passou a morar com sua tia em Londres, longe de tudo, mas conseguiu seguir a vida em frente, mas isso a deixou como alguém que não consegue expressar seus sentimentos, alguém um pouco distante e até mesmo fria. Até que um dia ela se vê forçada a voltar para o Brasil a pedido de seu pai que esta muito doente, como seu amor por seu pai é incrível, ela vê entre enfrentar a voltar para o lugar onde sofreu muito somente para ter um momento perto de pai, ou, ficar em Londres e sem saber o que esta acontecendo com seu pai que poderia morrer sem vê-la novamente.

“A morte que me tirara tudo, e que agora poderia tirar meu pai” cap. 2, parte I, pag. 39.

Mesmo com a perspectiva de que teria que enfrentar os maiores “demônios” Vanessa não desistiria de revê seu pai e esta seu lado no momento que mais precisa, mas ainda assim a temível “vilã cinzenta” vinha e trazia as piores lembranças de sua infância, mas, nem por isso ela desistiu e foi ao seu encontro. Sua jornada no Brasil não será nada fácil, Vanessa passara por alguns bocados na casa de seus pais.

Queria falar mais, mas não quero soltar spoilers aqui né, o que posso dizer é que Vanessa enfrentará seus piores medos, suas piores lembranças e também, sua mãe que ainda a culpa pela morte de um ente querido. O livro todo é um enigma e cheio de mistério, ele não diz logo de cara quem morreu, apenas vai dando pista, e outra, vão vendo Vanessa na perspectiva de seus olhos, o livro é narrado em primeira pessoa, o que achei excelente pois nos coloca no lugar da personagem.

E mais uma vez minha parceira linda arrasa, é incrível a escrita da Juliana, é envolvente, é hipnotizador, como o livro é fino, você lê em dois dias (demorei um pouquinho porque estava lendo outros livros juntos kk). A construção de cada personagem é incrível, tanto que um personagem me intrigou muito, o Nathan, ele é misterioso e acho que ele será a chave principal que ajudará Vanessa. O mais lindo além da capa, é a diagramação do livro, ele possui libélulas pela pagina toda, o que faz você ficar encantada, erros encontrei um ou dois, mas mal da para perceber do quanto envolvida estava com a história.

É um livro perfeito, sua história pode ser dolorosa, sim, chorei bastante e depois que terminei fiquei com ressaca. Mas esse livro é para nos ensinar como é a depressão, Juliana conseguiu descrever tudo, todos os acontecimentos, sentimentos, tudo de forma clara, isso me impactou muito, agora sei o porquê da Libélula, ela pode ser um inseto “feio”, mas sua característica é marcante, a Libélula é livre, ela voa, ela enfrenta tudo, ela encara seus medos, mas ainda nesse livro, a Vanessa essa entrando em um casulo, agora só resta lê a parte II, e espero muitas coisas boas pela Vanessa.

A resenha do segundo livro sairá em Março, e prometo trazer as emoções aqui para você. Vou ficando por aqui, mas antes deixou uma linda citação para vocês, até a próxima

“ – Talvez eu pareça muito ingênua, mas de qualquer forma digo uma coisa para a senhorita: passado é passado, e é lá que deve ficar.
- E quando a gente não esquece?
- Não é para esquecer, é para não deixar ele atrapalhar o hoje.” Cap 9, pag. 143.

-Nathy Bastos

site: http://www.bibliotecalecture.com.br/2017/02/uma-cancao-para-libelula-parte-i.html
Cinthia.David 06/04/2017minha estante
Amei a resenha. Essa última frase do capítulo nove é para mim, preciso aprender a fazer isso.




Aione 05/11/2014

Uma Canção Para Libélula é o sick-lit nacional da paulista Juliana Daglio. Ao trazer a história de Vanessa, a jovem pianista marcada por um passado traumático, aborda um assunto de extrema importância: a depressão.

Não foi difícil me envolver com a leitura, uma vez que a escrita de Juliana é fluida, simples e bastante poética. Fiquei admirada com a capacidade da autora transpor seus sentimentos na escrita; minha sensação foi a de que sua obra, assim como as músicas de Vanessa, é uma extensão de sua própria alma.

Tive receio, inicialmente, de que o livro mexesse demais comigo, como já aconteceu em outras obras que, de alguma maneira, abordam essa temática. Contudo, ainda que os sentimentos de Vanessa tenham ficado claros, não conseguiram me arrebatar como temi. Eu lia sobre a história dela, pela visão dela já que a narrativa é em primeira pessoa -, mas não vivenciei seus sentimentos.

Por essa ser a primeira parte da história, alguns pontos ficaram em aberto como o próprio final. Gostaria de ter sabido mais sobre o passado da protagonista, compreendendo exatamente o que aconteceu com sua família a ponto de Vanessa ter pesadelos sobre isso até os dias de hoje. É possível sim entender o que aconteceu, mas faltaram os detalhes que, acredito, serão expostos na segunda e última parte da trama.

Outra questão é que senti a vilã, Valéria, um pouco caricata, havendo a dicotomia entre o bem e o mal. Uma vez que a história se passa pela ótica de Vanessa e não existe um relacionamento sadio entre ambas, fica claro que apenas os defeitos de Valéria serão expostos pela protagonista. Ainda assim, gostaria de ter visto pequenas atitudes que pudessem fazer o leitor questionar sua personalidade ou enxergar também todos os problemas que a assolam, como exposto no interlúdio ao final do livro.

De forma geral, Uma Canção Para A Libélula é uma leitura envolvente e convidativa, que proporciona ao leitor compreender a depressão como uma doença e não como falta de iniciativa e acomodação dos acometidos por ela. Resta, agora, aguardar pela segunda parte e compreender, enfim, o destino de Vanessa.

site: http://minhavidaliteraria.com.br/2014/10/13/uma-cancao-para-a-libelula-juliana-daglio/
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Karina 07/11/2014

Resenha: Uma Canção para a Libélula - Parte I
Autora: Juliana Daglio
Editora: Deuses
Páginas: 238

Sinopse
Era uma comum primavera numa fazenda qualquer, mas um encontro inusitado aconteceu: a Menina e a Libélula se viram pela primeira vez. Assombrada por um medo irracional da Morte, a Menina é marcada por esse encontro para o resto de sua vida. Compõe então uma canção em seu piano, homenageando a misteriosa libélula. Os anos se passaram, Vanessa vivia em Londres e tinha a vida cercada por seu iminente sucesso como pianista, porém, algo aconteceu, mudando seu destino: Uma doença, uma viagem e um reencontro. Vanessa precisará encarar fantasmas que sequer lembrava um dia terem assombrado sua vida, tendo de relembrar a morte do irmão e reviver seu conflito com a mãe. E mais importante e mortal, conhecer a grande antagonista de sua vida, a quem chama de Vilã Cinzenta. De Londres a São Paulo, dos Palcos aos Lagos. Uma canção para a Libélula é a história de uma alma perdida e de sua busca por quebrar o casulo de sua existência, para só então compreender o sentido da própria vida. Este livro é um profundo mergulho em uma mente nebulosa, permeada por lagos obscuros e pela inusitada morte; não havendo sequer esperanças.

OPINIÃO DELA:

Esse livro tem poderes mágicos! Juro que senti a dor da personagem principal! Não sei o que a Juliana fez, mas tudo nele é lindo! Eu compraria só pela capa e pelo nome... Não é a coisa mais linda do mundo?! Bom, eu soube desse livro porque a Ju é uma blogueira e quando ela lançou o livro todo mundo se apaixonou por ele como eu... Eu via o livro em todos os lugares e ficava pensando vou comprar, preciso, necessito! Até que soube que o livro falava sobre uma garota com depressão... Eu amo drama, eu amo o assunto, surtei de vez, achei a autora e comprei direto com ela.

O livro conta a história de uma jovem pianista Vanessa -, que vive em Londres com a tia Lorena, seu tio Ted e sua prima Rebecca. O que Vanessa mais ama na vida é tocar piano, pois é a forma de libertação dela, de conexão com o mundo, a forma que ela encontrou de abrir o coração e acalentar a alma. Como Vanessa é tímida e triste, ela odeia a parte do seu trabalho que exige ficar como um manequim em uma vitrine e ficar sorrindo e interagindo com as pessoas. Ela prefere seu piano e sua música.

No prólogo nos deparamos com a história da Vanessa ainda criança quando fez uma canção para o inseto que tanto admirava: a Libélula. A música mais linda que uma criança poderia compor, mas também a mais triste. Nessa parte conhecemos um pouco da infância de Vanessa, mas não tudo que a atormentava.

"Marcos, ela é genial. Fez uma música magnífica e certamente é a mais inteligente de todas as crianças que já vi. Mas ela é triste... Perdoe-me dizer, mas sua filha está muito triste e isso me corta o coração."

Quando o primeiro capítulo começa Vanessa já é uma pianista renomada fora do Brasil. Qualquer pessoa que a olhasse diria que a vida dela era perfeita. E ela se esforçava para isso, para esconder dela e de todos o sofrimento e a dor que sentia... Vanessa não conseguia sentir prazer em nada que não fosse seu piano. Ela vivia angustiada, imersa nas suas lembranças, tentando fugir de seus sonhos mórbidos, mas eles estavam cravados nela... A marca já estava lá.

Vanessa vivia em estado de negação, ela achava que fazia parte da personalidade dela ser triste... Até que termina com seu namorado Jude, pois ele a pediu em casamento e ela negou. Quando isso acontece, Jude fala muitas coisas que Vanessa não queria se lembrar mais... Coisas que tocaram sua alma e seu coração. Todo o esforço que ela fez para reprimir tudo aquilo tornou-se em vão e todas as suas lembranças amargas vieram à tona. Ela começa a repensar essas várias coisas e seus pesadelos aumentam. Ademais, Vanessa teve que voltar ao Brasil, pois seu pai estava doente e ela poderia perdê-lo a qualquer momento. Mas voltar significava olhar para tudo que ela tentava esquecer. Todos os fantasmas da sua infância voltariam e ela não queria aquilo. Ela não conseguiria enfrentá-los.

"Quando uma dor pede para levar embora suas lembranças ruins, ela também leva a parte boa. Arranca as raízes de tudo que você lembrava ser. Foi isso que aconteceu. A dor me levou a parte boa de minha infância e só deixou um vazio enegrecido para trás."

Com a volta de Vanessa ao Brasil vamos entendendo tudo que a amedrontava... As coisas horríveis que sua mãe fizera e a tragédia envolvendo seu irmão Felipe... A Vilã Cinzenta estava cada vez mais perto.

"Ela me chama de Vilã Cinzenta, mas pode me chamar do que quiser...
Venha quero lhe mostrar uma coisa, só tente não desviar os olhos."

O livro é muito real. É incrível como a autora conseguiu passar exatamente o que uma pessoa sente quando tem Depressão. O mundo fica cinza, nada mais importa... A pessoa não vê mais sentido em nada e a doença toma conta de você. O enredo me tocou demais... Eu me identifiquei muito com o que a personagem principal sente e acho que qualquer pessoa vai se identificar nem que seja um pouco. Sofri junto com a Vanessa e eu tinha vontade de sair gritando com cada pessoa que não a entendia, como se as personagens saíssem do livro e estivessem na minha frente!

A autora conseguiu de uma maneira fantástica falar de um tabu: a morte. É preciso falar da morte. É preciso falar da Depressão e das suas causas, os sintomas, pois é um assunto latente hoje em dia e nossas mentes estão cada vez mais doentes. A autora discorreu o assunto de maneira até poética! Uma Canção para a Libélula é uma das melhores leituras não do meu ano, da minha vida! Algumas coisas têm que ser faladas... As pessoas morrem disso hoje e ninguém entende, ou nega, ou acha que é coisa de louco. Eu quero dar meus parabéns para a autora Juliana Daglio... Ela fez um favor imenso à sociedade em geral. Mal posso esperar pela continuação! Quero meu exemplar garantido, rs!

"Ao longo da vida nós percebemos que grande parte de nossos ideais são meros disfarces mentais, que as verdadeiras respostas estão submersas em uma camada misteriosa que separa nossa consciência de todas as verdades dolorosas."

site: http://livrofagia.blogspot.com/2014/11/resenha-uma-cancao-para-libelula.html
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Aline 02/11/2016

Profundo
Vanessa toca piano desde os três anos, aos seis começou a ter aulas e sempre surpreendeu a todos com seu talento. Após trágicos acontecimentos, aos onze anos, sua tia Lorena a leva para morar com ela em Londres, a fim de ajudá-la a superar tudo o que aconteceu. E foi o que aconteceu. Atualmente sua vida parece ter entrado nos eixos, sua carreira vai de vento em popa, sendo conhecida como uma das principais pianistas da atualidade.

Após o rompimento com o namorado, Jude, ocasionado por divergências de opiniões e até por falta de amor da parte dela, já que ele a pediu em casamento e ela não aceitou, ela só queria paz para poder lidar com todas as coisas cruéis que ouviu dele. Mas então, seu pai liga dizendo que sua saúde vai mal e pede que ela volte para o Brasil. Preocupada, ela prontamente atende, mesmo que isso signifique enfrentar todos os fantasmas do passado, que ela tinha certeza estarem muito bem enterrados.

"Eu era feliz quando estava com minha música. O resto do tempo eu não sabia." (p. 19)


Rica e talentosa, ninguém imagina a culpa que toma conta de Vanessa, nem os pesadelos que lhe assombram todas as noites. Introspectiva, sempre encontrou na música a sua salvação, seu "abrigo da tempestade". Desde o início do livro podemos perceber os inúmeros problemas que Vanessa carrega, mas somente no decorrer da história é que tomamos conhecimento do quanto tudo a abala e do quanto ela tenta enterrar isso dentro de si.

A maneira como foi abordada a questão da depressão, as metáforas e como foi retratada, vai nos mostrando como começou e como foi se agravando dia-a-dia. É possível ver o mundo pelos olhos de Vanessa e sentir o quanto tudo aquilo a estava afetando. Nos possibilita ter uma compreensão maior da gravidade da doença, que por muitos, infelizmente, é vista como frescura. Em diversos momentos quis poder dar um abraço em Vanessa e dizer que ia ficar tudo bem, eu queria dar a atenção e a compreensão que silenciosamente ela pedia. Sofri e me angustiei junto com ela. Uma canção para libélula foi um livro que me despertou muitas emoções, a história é daquelas que quando termina ficamos um bom tempo olhando para o nada, assimilando as ideias.

"O piano não me quer e a música fugiu de mim, às pressas. Assombrada pela moradora cinzenta da minha alma." (p. 138)

"Quando uma dor pede para levar embora suas lembranças ruins, ela leva também a parte boa." (p. 86)

Sobre os personagens secundários os que mais me chamaram atenção foram a tia Lorena; Becca, a prima; Vítor, amigo de Vanessa; e Nathan, amigo de Vítor. Não posso deixar de citar Valéria, mãe de Vanessa, uma mulher egoísta e sem coração que me revoltou bastante durante a leitura. Já sobre Marcos, o pai, ainda não consegui me decidir se gosto ou não, por conta de muitas atitudes dele.

(+) Leia a resenha completa no blog.

site: http://literalizandosonhos.blogspot.com.br/2016/11/resenha-uma-cancao-para-libelula-parte.html
Juliana 23/11/2016minha estante
Lindaaaaaaaa! Obrigada pela resenha maravilhosa!!




Silvana 29/10/2016

Vanessa é uma renomada pianista de vinte e quatro anos e que a treze anos deixou o Brasil e foi morar com seus tios em Londres. Ela tem pai e mãe aqui no Brasil, mas no começo não sabemos o motivo dela ter ido tão jovem para um país estranho e longe da sua família. Só sabemos que aconteceu alguma coisa grave a quatorze anos, uma coisa que inclusive Vanessa não gosta nem de lembrar que já lhe faz mal. Vanessa é uma garota triste e solitária. Ela tem seus tios, sua prima Becca e um namorado, mas a solidão está dentro do seu coração. Seu namorado tenta quebrar essa barreira e até pede Vanessa em casamento, já que estão juntos a tanto tempo, mas Vanessa recusa, porque não acredita em amor e essas bobagens. É nesse instante que percebemos que ela carrega uma culpa enorme por alguma coisa, e essa culpa toma todo espaço dentro do seu coração.

Mas as coisas mudam com um telefonema que ela recebe de seu pai no dia do natal. Ele teve mais uma ameaça de infarte e pede que Vanessa volte para casa para ficar com ele. Vanessa se vê em um mato sem cachorro, já que sabe o quanto o passado ainda está presente em sua vida e o quanto ainda machuca, mas ela não pode dizer não para seu pai, já que ele pode falecer a qualquer momento. Nem que para isso ela tenha que enfrentar sua mãe. Valéria, mãe de Vanessa, estava no auge da carreira de modelo quando engravidou acidentalmente de Vanessa e ela nunca perdoou Vanessa por isso. E conforme o dia de voltar ao Brasil vai se aproximando, Vanessa vai ficando cada dia mais tensa, até que Becca diz a Vanessa que ela tem que procurar ajuda, porque está doente e não é de hoje. E para ajudar, seu tio diz que quando ela voltar do Brasil, é melhor que ela arrume outro lugar para ficar.

A única coisa boa vem da sua tia, que lhe dá de presente um pingente de libélula, já que o inseto representa tanto para Vanessa desde quando ela viu uma pela primeira vez quando tinha seis anos, e ate compôs sua primeira musica a Canção para a Libélula. E para sua surpresa, quem também está de volta ao Brasil e vai no mesmo voo que ela é Vitor, um amigo de infância e primeiro amor de Vanessa, o que dá até uma esperança em Vanessa de que as coisas sejam diferentes dessa vez. Mas quando ela encontra sua mãe, ela vê que nada mudou, e se dá para isso, até piorou. E não é apenas sua mãe que ela vai ter que enfrentar, mas o passado que estava bem escondido no fundo da sua mente, que só aparecia nos seus sonhos. E ela, a Vilã Cinzenta está lá pronta para dar o bote.

O que me chamou a atenção para esse livro em primeiro lugar foi a capa e em segundo o preço, que comprei bem baratinho em uma promoção no site da editora. A autora aborda um tema que eu não tinha lido em nenhum livro até agora, a depressão. E o mais interessante é que ele é em primeira pessoa, por isso acompanhamos tudo o que a personagem está sentindo. E confesso que até agora eu não sei se gostei ou não da história. Acho que fiquei com um pé atras por nunca ter lido nada assim, do ponto de vista da personagem que estava passando por aquilo. Geralmente quando leio alguma coisa com doença, é sempre em terceira pessoa e não tem o mesmo envolvimento. Só sei que a autora está de parabéns por ter provocado o tanto de sentimentos que ela provocou em mim. Eu senti desde raiva, culpa por sentir raiva e aquela sensação de impotência diante da situação.

Desde o primeiro momento que conhecemos Vanessa, já vemos que ela está muito doente, o que me deixou indignada foi ver que sua família preferia fingir que estava tudo bem. Com exceção da sua prima, todos os outros sabiam do problema e preferiam ignorar. Seu pai foi o que mais me deixou nervosa. Ele sabia de tudo o que tinha acontecido, sabia que por pouco sua filha não tinha morrido e pediu que ela voltasse, sabendo que a Valéria estava até pior do que antes. E mesmo vendo tudo isso, ficava calando vendo o que acontecia. Quando enfim resolve reagir e levar Vanessa para um médico, deixa os remédios por conta da garota que mal sabia o que estava acontecendo a seu redor. Nem sei qual coisa é pior, e nem se algum deles é saudável nessa história. A Vanessa me irritou muitas vezes também, por isso digo que senti culpa, porque sei que ela agia assim por estar doente, mas não me impediu de querer dar uns tapas nela e fazer ela reagir.

A história é bem complexa, por vezes me vi sem saber o que era real ou o que era imaginação e delírio por causa da doença. E confesso que não entendi bem o papel da libélula na história. A linguagem poética também me atrapalhou bastante, quem leu outras resenhas minhas sabe que não sou muito fã de linguagem assim. Mas vou ler a continuação, porque o livro tem um final que nos faz querer saber o que aconteceu e como vai ficar a situação. E também quero saber o que de fato aconteceu anos atras, porque ficou tudo em aberto. A edição do livro está incrível e por todo o livro temos mínis libélulas nas páginas. Eu indico o livro para quem gosta do gênero. Mas leia preparado, que a história é bem forte.

site: http://blogprefacio.blogspot.com.br/2016/09/resenha-uma-cancao-para-libelula.html
Juliana 09/11/2016minha estante
Ólá, Silvana, obrigada por ter lido e resenhado o livro. Fico feliz por ter dado essa oportunidade a ele e também por seguir lendo o próximo.
No segundo vamos entender o motivo da Vanessa ter a Libélula como sua metáfora, então vou aguardar sua conclusão da história.

Um forte abraço e sucesso para o blog. :*


Cinthia.David 06/04/2017minha estante
Interessante você falar sobre como a Vanessa te irritou em determinadas situações, pois é exatamente isso que acontece com pessoas reais. As que não são doentes as vezes n tem paciência.


Silvana 07/04/2017minha estante
Por isso que disse que me senti culpada, por estar irritada com ela sabendo que ela agia assim por causa da doença.


Cinthia.David 07/04/2017minha estante
Terminei a parte um hoje. Tenho raiva da mãe dela rs




Clube do Livro 27/04/2015

Sensível, profundo e Maravilhosamente bem escrito!
Estou simplesmente maravilhada com a obra Uma Canção
para Libélula. Foi um livro que conversou diretamente com minha alma e sofri com a intensidade que a autora conseguiu transmitir os sentimentos vividos pela personagem e identifiquei-me muito com as suas angustias e dramas pessoais...
Foi intenso e surreal estar lendo e sentindo junto com a Vanessa o clima denso e complexo desse livro.

Esse livro conta história de Vanessa Santos, que é uma pianista de sucesso, mas sua vida só tem sentido quando vivida através de sua música. Por trás de tanto talento existem buracos negros de tamanho imensurável.
Em seu passado, ela sofreu com a rejeição e crueldade de sua mãe Valéria e por ter sido negligenciada pelo seu pai quando mais precisou em um momento traumático de sua infância. Com todos esses acontecimentos ela acaba indo morar com seus tios na Europa.

Após doze anos de silêncio e fuga do seu passado, Vanessa vai receber um telefonema que irá reabrir velhas feridas e fará com que ela tenha que enfrentar o seu maior medo: O passado, e suas lembranças cruéis e cinzentas...
Um livro que vai fazer você se emocionar e sentir cada dor e sentimento em sua máxima amplitude, você irá mergulhar fundo no negrume da depressão e ver que por trás de cada fachada fria existem rachaduras nas quais o mínimo toque pode fazer a pessoa se estilhaçar como cristal...

O fim é muito tenso e deixa várias questões a serem respondidas Estou aqui me mordendo de curiosidade pelo final que estará no livro Uma canção para libélula parte II que será lançado em Maio como já postamos AQUI...

São vários porquês...
Mas o porquê mais doloroso é ...
Por que esse livro tão maravilhoso acabou tão cedo?!
Gente, a escrita da Juliana Daglio é maravilhosa, seu trabalho é perfeito!
Com certeza já é uma das minhas autoras preferidas e sem dúvida esse livro está entre os melhores que já li!

Quotes do Livro:

"As duas ficaram se olhando por um tempo, sem censura, apenas presas entre si como os seres celestiais se prendem às preces dos mortais."

"Era como se alguém me observasse ali, jogada na parede, tentando lutar contra um passado enterrado, que cavava para fora com garras mais fortes. Ela estava ali. A presença cinzenta e cruel. A vilã de minha história."

"Fechei os olhos, concentrando-me no vento sobre as bochechas e costelas. O frio, só o frio. Mas ele não foi suficiente para calar a voz da menina que eu fui, dizendo-me coisas que eu achei ter esquecido; contando-me de uma tristeza que nunca tinha deixando de existir."

"Quando uma dor pede para levar embora suas lembranças ruins, ela leva também a parte boa. Arranca as raízes de tudo que você lembrava ser. Foi isso que me aconteceu. A dor me levou a parte boa de minha infância, e só deixou um vazio enegrecido para trás."

–Sonhos... sonhos... sonhos são desejos. Você quer, garota inútil. Você quer morrer. Foi culpa sua.

-Você ficou encarando o pobre rapaz que só queria ser esquisito em paz?
–Fiquei pensando que vocês seriam lindos sendo esquisitos juntos.

"Nenhum piano no mundo se comparava àquele. Era perfeito, como uma extensão de minha existência, agora separado de mim, levando a parte boa e pegando para si. Um instrumento proibido agora. Ao mesmo tempo em que me causava medo, atraía-me."

"A reunião sombria estava pronta, como se tivesse sido planejada... Nós três e a lembrança de uma morte."

site: http://clubedolivro15.blogspot.com.br/2015/04/resenha-uma-cancao-para-libelula-parte.html
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Livros Encantos 13/01/2015

Uma Canção para a Libélula
Personagens
Vanessa – Uma pianista de sucesso , que deixou de enfrentar seus fantasmas e passa a viver sob uma realidade que a convém.

Capa - A capa ficou perfeita para o livro, a menina ,esse tom cinza e a libélula.

Ápice do livro – Cena do encontro da Vanessa com a Libélula no lago

Momento Tenso – Quando Vanessa perde uma batalha para a Vilã Cinzenta

Diagramação - Capítulos perfeitos , bem separados, ótima revisão

Opinião Final

Sensibilidade que toca o leitor essa é a descrição para esse livro.

Muitas vezes nos fechamos para o mundo para enfrentar nossos problemas .
E assim Vanessa nossa protagonista fez, até hoje ela não vivia apenas existia, aprendeu a colocar um sorriso em seu rosto, e deixar a alma chorar .
Seus maiores temores foram colocados de lado para não serem encarados de frente .
Iremos conhecer nossa protagonista Vanessa morando com sua tia em Londres em sua carreira bem sucedida de pianista

A delicadeza e sensibilidade com que a autora tratou o tema principal do livro : Depressão foi leve, muitas vezes essa tema se torna pesado, em cada página mergulhamos juntos com Vanessa em seus medos, dores e receios de forma sensível.

Vamos conhecer Vanessa que mora em Londres com sua tia, já uma famosa pianista , que vive aparentemente bem com a tia, sua prima e o tio.
Uma doença de um parente irá fazer ela retornar ao Brasil e não poderá mais adiar o confronto com sua mãe e todos seus medos, revoltas e angústias.

Nossa protagonista carrega uma carga emocional tão grande, que sentimos sua tristeza.

Quando pequena não se sentiu amada por sua família, uma perda , uma culpa.... ao lidar com todos esses sentimentos , tudo explode dentro dela e sem saber como lidar com um se fecha em seu mundo, o confronto com a vilã cinzenta vai deixar marcas.

O livro foi uma leitura rápida e envolvente, sentimos todas emoções da protagonista, o diferencial é que normalmente são sentimentos que tem mais alegrias, mas nem por isso foram menos intensas, a dor de Vanessa é grande e ela não sabe lidar com isso.

O livro também vai abordar um pai que carrega uma imensa culpa, tentando dar amor a filha que deixou ir embora.

Muitas vezes guardamos tanto nossas emoções, pesam demais, e criamos aquele escudo para essas emoções. Deixamos de buscar a felicidade, simplesmente vamos existindo.
Juliana soube prender o leitor com toda sua delicadeza em cada palavra, a sensibilidade na dor de Vanessa amei a forma que ela conduziu o tema, e não vejo a hora da continuação. Pois o livro termina em um momento .... crucial.

Gostei muito da escrita da Juliana, de como ela descreveu cada sentimento de Vanessa , a culpa do Pai, e o descontrole da mãe, uma escrita direta e uma história que envolve o leitor .
Recomendo a todos conhecer a escrita sensível, delicada e verdadeira da autora.

Quotes
"A Libélula abençoou a menina, transferindo a ela sua essência."
"Entendi que você era especial, pois todas as meninas sonham com fadas, borboletas e princesas e você escolheu algo tão inusitado. Compreendi que sua alma procurava significado e não beleza." Professora de Vanessa
"Era como se a vila fosse e presença cinza, era ela quem fazia tudo acontecer... Minha Vilã cinzenta." Vanessa


site: http://www.livrosencantos.com/2015/01/uma-cancao-para-libelula-juliana-daglio.html
Juliana 14/01/2015minha estante
Adoreeeeeeeeeeei!




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