Uma Canção para a Libélula

Uma Canção para a Libélula Juliana Daglio




Resenhas - Uma Canção para a Libélula


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Juliana 25/11/2014

Uma Canção para a Libélula
É impressionante como o antônimo da vida está sempre presente em nosso dia- a - dia, apesar de não se fazer notar ou talvez por não queremos pensar, porém "ela" esta ali, sempre a nos observar, provavelmente esperando um deslize nosso, ou talvez apenas aguardando o momento certo de entrar em ação e nos acolher em seus braços frios.

Entretanto a leitura que terminei hoje, me fez refletir o tão importante é agradecer por estar vivo, sentir a Vida em quaisquer circunstâncias, e que seja bem provável que não façamos, por nos acostumar com algo que aparentemente é tão simples - viver / respirar/conviver.

Claro há momentos de desespero, de medo e de desistência, mas sabemos que podemos superar. Isso se acaso quisermos e então, batalharemos para conseguir. Mas há também pessoas que não possuem ou pensam que não possuem essa força para superar esses obstáculos e como isso se deixam afundar cada vez mais nessa agonia, tristeza, angustia que em determinados momentos nos são impostos e que parecem totalmente impossível de superar.

Não posso dizer que são todos as pessoas, mas há sim pessoas que são consideradas doentes por tais atitudes de fraqueza ou desistência, e essa doença é considerada um transtorno da mente, do psique. Essas pessoas a princípio negam suas condições apesar de estar estampado em suas faces, e tornam-se mais sensíveis, carentes por um aparo, só que acabam enxergando esse amparo como piedade e em algumas situações acabam por rejeitar a ajuda.

Em Uma Canção para a Libélula, conheceremos Vanessa Santos, uma jovem pianista que teve uma infância muito traumática, como perdas e desprezo, e que durante seu crescimento foi aprendendo a deixar para trás essas feridas do passado e tornou-se uma mulher sem muita fé ou esperança na vida, onde seus únicos alicerces se resumiam em: a música e o amor por seu pai, irmão, tios e prima.

E quando a vida lhe fez relembrar todas essas memórias que ela deixou em um canto da alma, o baque foi muito forte e o ambiente não a favoreceu pois tais memórias aconteceram ali e mesmo que ela quisesse lutar sua velha conhecida vilã cinzenta, (depressão), já fazia- se presente.

Personagens, fortes como histórias de vidas são apresentados de uma forma sutil, porém marcam sua presença no enredo. O livro está narrado na primeira pessoa, logo temos todo choque de realidade que a protagonista, Vanessa, sente em cada momento e nos fazendo sentir próximos a ela.

A autora nos mostrou no livro através de metáforas como a pessoas que tem essa doença enxergam a vida, como elas encaram os acontecimentos. Algo tão forte que em certos pontos torna-se tangível de tão rico os detalhes das sensações.

Uma literatura que eu classificaria aparentemente como um sick -lit, por ter uma protagonista jovem e depressiva, mas é tão contundente e bem trabalho nos sentimentos que a protagonista vive, que também classificaria como um drama. Você consegue sentir a dedicação que autora teve ao escrever o livro.

Portanto, acredito que não tenha um público específico para indicar a leitura, mas deixo como sugestão para quem quiser conhecer um pouco mais do que se passa na cabeça de uma pessoa com tais transtornos.

site: http://nossaestantenacional.blogspot.com.br/2015/10/resenha-uma-cancao-para-libelula.html
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marioandre.sene 16/12/2014

Forte.
A princípio, quando recebi o pacote com o livro, minha emoção foi grande. Ao abrir o livro e ler a dedicatória eu confesso ter sentido uma sensação ímpar e complexa de descrever, que se repetiu assim que li os agradecimentos, ao fim do volume, e lá estava meu nome. Afinal, ter sido professor de uma figura que amadureceu tanto é qualquer coisa pra se orgulhar mesmo. Uma jovem autora de apenas vinte e poucos anos.
Mas então, veio a leitura. Uma narrativa tensa, onde a vida de uma personagem intensa e triste se vai apresentando ao leitor e se desmontando ao mesmo tempo. Ganchos estrategicamente posicionados fazem a leitura se tornar chamativa, a ponto de eu ter lido o volume todo em apenas um dia! Na verdade, eu uma única viagem diurna de ônibus.
Se fosse um filme, eu o classificaria como um filme de baixo orçamento e elevadíssima relação custo benefício. Poucos cenários, poucos atores, mas muita intensidade em cada local descrito, cada ser humano. A riqueza descritiva que se encontra encrustada na narrativa é tamanha que faz parecer que o livro é ilustrado!
Mas o melhor é a intensidade que o livro ganha a cada página. Não que haja ação, mas a mente de uma pessoa profundamente angustiada se revela aos poucos, criando diversos clímax magistralmente, antagonizada pela própria mãe e por si própria, na forma de monstros que moram em sua mente, uma ferida aberta desde a infância que nunca cicatrizou.
Uma leitura que vale a pena. E olha que eu nem sou de romances e ficções, afinal, gosto mesmo é de ler obras de divulgação científica.
Mas, ao fim da leitura, ao reler a dedicatória e os agradecimentos, aí sim pude ver o quanto estes eram significativos... Pois não era mais só a obra de uma aluna que venceu. Não! Era uma belíssima mostra de talento e competência.
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Victor Augusto 16/12/2014

A literatura e as artes deixando-se permear pela constelação arquetípica de seus personagens
Deixar-se impregnar pelo encontro analítico. Esta é uma das tarefas da Análise Junguiana. Ao assistir um filme, uma obra teatral, um ensaio, escutar uma música ou ler uma obra literária, como Uma canção para a Libélula, da psicóloga e escritora Juliana Daglio, o leitor pode deixar-se contemplar e ser tocado por este encontro.

 A história de Vanessa e sua família estão permeadas de inúmeras variáveis simbólicas que tornam o enredo mais rico. Estas ajudam no entendimento da situação pessoal da protagonista e também em conceitos da Psiquiatria, da Psicologia e da Análise Junguiana, em uma leitura simbólica do texto, o qual é rico nestes conteúdos.

 Já dizia Santo Agostinho na Idade Média, uma figura importante para a Filosofia e para a Teologia, “Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! Eis que estavas dentro e eu fora...”. Vanessa inconscientemente ao visitar o pai reencontra-se com sua história, seu cotidiano vital e pessoal abandonado para buscar encontrar-se consigo mesmo auxiliada pela irmã de seu pai, em Londres. Ao sair do Brasil busca tomar distância, viver diferente ou até esquecer-se da situação vivida com sua mãe e com ela mesma. Vivendo fora tenta integrar-se com sua história de sucesso e menina prodígia no piano, baseando sua Psique em uma Persona que não era ela, mas sim uma construção que buscava evadir-se e distanciar-se de sua própria Psique, de si mesma.

  Ao longo dos anos muitos acontecimentos tanto fora, como no Brasil, auxiliaram o desenvolvimento das características pessoais e familiares. Contudo, o Inconsciente Coletivo familiar mostrava-se em constante ebulição quando Vanessa regressa para visitar seu pai. Os símbolos mais importantes começam a emanar-se. A libélula símbolo que dá nome ao título da obra e objeto simbólico da protagonista reflete a elegância e a leveza, dois traços característicos e constelados em Vanessa. A elegância que deveria ter ao ser uma estrela dos espetáculos musicais e a leveza a qual aspirava em sua vida, nos acontecimentos vitais. Uma possível redenção da angústia vivida e sempre presente, como ela mesma relata em várias passagens ou sonhos. Esta angústia pela presença de uma criança como voz de seu inconsciente ou pela Vilã Cinzenta.

 Ao mesmo tempo sua Vilã Cinzenta, traz à obra outra característica da Análise Junguiana, o conceito de Sombra. Representação de qualidades e atributos desconhecidos ou pouco conhecidos de nosso eu. Vivências pessoais e porque não também coletivas que brotam à nossa consciência, que nos movem e em muitos casos que nossa causam vergonha, pois nos mostra aspectos desconcertantes de nós mesmos. A luta neste caso é buscar a integração destes aspectos para crescermos.

 Vanessa, ao constelar partes negativas de sua sombra, descobre-se em um arcabouço que a fere. O mesmo acontece com Valéria. Mãe e filha em um embate sombrio, duelando inconscientemente ao constelar também complexos arquetípicos tão irrigados na pessoa humana, como são os de mãe e de filha. Personas tão aderidas ao Eu constituído pela Persona de cada uma e que manejam toda a percepção e a atuação de mundo de cada uma delas.

 O sucesso, o reconhecimento, a beleza e o talento de Valeria, no auge de sua carreira de modelo, interrompido pela gravidez de Vanessa são traços transferidos de mãe para filha e que alimentam subterraneamente as Personas destas Psiques. Quando a energia dispensada para uma atividade tão espetacular, como o de manter uma Persona atuando, sintomas e características de enfermidades mentais emergem e muitas vezes a ajuda multiprofissional é requerida.

No caso de Valeria o alcoolismo, a beneficência emoldurada por um desejo não tão claro, são traços desta atuação. Em Vanessa, o simbolismo usado vem de encontro com sua história de vida. As mãos ensanguentadas, relatadas uma e outra vez. As mãos, os membros mais preciosos de seu sucesso, são os primeiros a serem “destruídos”. O simbolismo do sangue, da Vida, perdendo-se por estes membros são notadamente importantes no enredo.

No momento culminante de sua sintomatologia, Vanessa vê formigas em seu quarto. O simbolismo das formigas pode refletir à vida organiza e a honestidade, características não reconhecidas e que era desejada pela protagonista. Os últimos símbolos importantes da obra são o lago e o relógio, sem ponteiros ou marcando as horas ao contrário. O primeiro, trazendo à discussão a emersão de uma existência transcendente ou a presença de paraísos ilusórios, em relação também com a água, é o símbolo das energias inconsciente. Já o segundo, a simbologia do tempo que corre e que ao mesmo tempo está parado, como se a Vida, a Psique pessoal e familiar houvesse parado no tempo, em acontecimentos marcantes para cada um dos integrantes e recolhidos por cada um de uma forma diferente.

Uma canção para a Libélula – Parte I torna-se um romance de ficção, porém com um reflexo de muitas situações pessoais vividas em nosso dia-a-dia, pelos mais diferentes tipos de pessoas e classes socioeconômicas. Uma obra literária que também se mostra didática para recolher conteúdos dos transtornos mentais presentes em nossa sociedade. Esperemos com ansiedade saudável o lançamento da Parte II para seguir nosso encontro analítico com Vanessa, sua família e a elegante e leve libélula.

 

 

 

Por.: Victor Augusto Ferreira de Aguiar

Marília, 16/12/2014

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Thamyres Andrade 26/08/2016

Angústia presa na garganta
O que dizer de um livro que mexe profundamente com suas emoções e faz descer lágrimas de seus olhos? Foi assim que terminei "Uma canção para a libélula". Completamente vulnerável. Durante toda a leitura fiquei inquieta, quis participar de alguma forma e interferir no que lia. Senti vontade de esbofetear com vontade alguns personagens e dar um abraço bem apertado e demorado em outros. Levei um verdadeiro tapa na cara com os milhares de ensinamentos contidos em - pasmem - apenas 180 páginas. Amor, dor, ódio, valores, injustiça, perdão. Tudo explorado minuciosamente em cada capítulo. Me atrevo a dizer que é impossível terminar essa história sendo a mesma pessoa, pensando da mesma forma. Mesmo escrevendo essa resenha quase 24 horas depois de ter terminado, ainda me sinto atordoada e com um nó imenso preso na garganta. Nem preciso dizer que a Juliana conseguiu me deixar ansiosa pra começar o segundo livro. Pode parecer contraditório, mas mesmo aflita fiquei feliz. Descobri que, entre tantas outras, sou mais uma Libélula. Super favoritado.
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Rafaela 30/03/2015

Aos 24 anos Vanessa Santos é uma jovem pianista em ascensão na Europa. Atualmente ela mora em Londres, com sua tia Lorena, seu tio Ted e a prima Becca.

Prestes a alavancar sua carreira com a gravação de um disco, Vanessa se vê obrigada a retornar a São Paulo devido os problemas de saúde de seu pai. Mas nem os treze anos vividos longe de casa fizeram-na esquecer dos dramas pelos quais viveu e, ao retornar, terá de enfrentar os fantasmas de seu passado e encarar a pessoa que lhe provocou tamanho sofrimento: sua mãe.

Juliana consegue nos conduzir com maestria pelo tema central do livro, a depressão. Como um problema sério pelo qual muitos tem de passar, não é uma doença que deve ser ignorada. Assim como a protagonista demonstra inicialmente, muitas pessoas tem o mesmo comportamento de não admitirem que estão com dificuldades e se acomodam nesta situação sem tentar buscar ajuda e uma solução. A depressão é uma Vilã Cinzenta que sempre está lá, puxando as pessoas para os seus piores pesadelos e tentando mostrar que sua vida não vale nada.

''Meus dedos correram até o navegador de pesquisa e digitaram a palavra que sussurrava em meus ouvidos: depressão.
Quatrocentos mil resultados enfeitaram a tela, de dez em dez. Um infinito de informações sobre o problema que escreveram em meu prontuário. Ver aquilo tudo brilhar em linhas azuis naquele monitor só fez me sentir ainda mais sozinha. Sozinha entre tantos que provavelmente eram rotulados como eu. Sujeitos de uma massa improfícua e descartável. Um emaranhado sem rosto de pessoas cabisbaixas e sobrepujadas pela própria mente.'' Pág. 198

Além do tema, a trama também é diferente de tudo que costumamos ler atualmente. Na maioria dos livros conhecemos as mães como pessoas maternais e amorosas ou, em outros casos, apenas como pessoas não amigáveis que ignoram seus filhos. Aqui, Valéria desempenha um papel de mãe cruel jogando toda a culpa da ruína de sua vida em sua filha Vanessa. É uma convivência que entristece o leitor e mexe com seus sentimentos.

Vanessa carrega uma carga emocional muito grande devido aos fatos do passado. Isso acaba deixando o livro bastante dramático e envolve o leitor, pois sentimos as dores, os medos, as inseguranças e a rejeição junto com a protagonista.

Atos geram consequências, e Valéria conseguiu ser fruto de diversas mudanças em Vanessa. Crescendo em meio ao caos, sua personalidade foi se moldando as situações que vivenciava. Agora adulta, percebe-se os problemas que a falta de amor lhe gerou, sendo que ela não consegue transpor a barreira de expressar seus sentimentos para com as pessoas em seu convívio, não conseguindo se apaixonar verdadeiramente. Acima de tudo, Valéria prova que as palavras podem ferir, machucar e deixar qualquer um em pedaços. Elas podem permanecer na memória e nunca serem esquecidas, triturando nosso interior.

''-Talvez eu pareça muito ingênua, mas de qualquer forma digo uma coisa para a senhorita; passado é passado, e é lá que deve ficar.
-E quando a gente não esquece?
-Não é pra esquecer, é pra não deixar ele atrapalhar o hoje.'' Pág. 191, 192

Esses problemas de infância e os dramas pelos quais Vanessa passou não nos são revelados logo no início, fazendo o leitor virar avidamente as páginas em busca das respostas, os fatos que desencadearam tanto desprezo por parte de uma mãe. Sendo um livro curto e de leitura fluída, concluí-se a obra em pouco tempo ansiando por mais, já que nem todas as dúvidas e segredos nos foram revelados nesse primeiro volume, além do ponto crucial em que a história termina.

Uma Canção Para a Libélula é um livro muito bem escrito e que consegue nos passar uma torrente de diferentes sentimentos durante a leitura. Tratando de um tema frágil como a depressão, a obra é incrivelmente bela e profunda. As metáforas, a narração, o tema, os sentimentos..., tudo se encaixou perfeitamente. A ansiosidade pela continuação permanece, com um desejo de que muitos possam ler e se apaixonar pela história da menina e sua libélula.

site: http://eterna-leitora.blogspot.com.br/2015/03/resenha-uma-cancao-para-libelula-parte.html
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@retratodaleitora 11/04/2015

Tema difícil e personagens marcantes em uma narrativa poética e inteligente.
"A Libélula ficou ainda mais atraída pelo som vindo da menina e se aproximou. As duas ficaram se olhando por um tempo, sem censura, apenas presas entre si como os seres celestiais se prendem às preces dos mortais."

*

Vanessa é uma jovem e famosa pianista, ela ama o que faz e encontra nesse instrumento uma razão para viver, um alívio para sua alma marcada pelas dores do passado e uma certeza para o futuro.
Foi viver em Londres ainda quando criança e, morando com sua tia, nem cogita a ideia de voltar ao Brasil. Não aguentaria as lembranças que viriam assim que pisasse em sua casa; não aguentaria ter que olhar para Valéria, sua "mãe", a razão pela qual Vanessa teve que ir embora, a pessoa que destruiu sua vida.
Em Londres ela pode contar com pessoas maravilhosas, sua tia e sua prima, sua família. Mas ainda assim está longe de ser a vida perfeita. Os pesadelos..., a angústia, a ferida em seu coração, as lembranças, a culpa... Além das apresentações sem fim e da pressão que sente para continuar sendo a pianista perfeita. Tocar para ela não é um problema. Problema é ter que lidar com os elogios vazios, com a exposição que sofre, com o sentimento de não pertencer aquele mundo. Ela só deseja tocar em paz.

Mas parece que Paz é algo que ela não vai ter. Depois de receber uma ligação de seu pai que está doente, Vanessa se sente dividida entre a vontade de ver o pai antes que seja tarde e o temor por tudo o que pode lhe ocorrer estando no centro de sua dor e perto daquela que lhe fez tão mal.
A vontade de ver o pai fala mais auto e apesar de sua tia implorar para que não vá ela decide enfrentar seus medos, afinal ela era só uma criança quando tudo aconteceu, agora é adulta e pode se defender.

Mas ela não poderia imaginar o que sua volta iria lhe causar. Agora, mergulhada em um mar de dor, incertezas e culpa, ela precisa reunir todas as suas forças para não sucumbir à depressão, que se aproxima sem dó nem piedade.
Será que Vanessa será forte o suficiente? Será que receberá a ajuda que precisa? Ou será que a Vilã Cinzenta, antagonista de sua vida, levará a melhor nessa história?

*****
Uma Canção para a Libélula trás ao leitor uma protagonista difícil, que nos narra uma história densa, triste, mas maravilhosamente coerente e, infelizmente, a realidade de muitas pessoas.
O mais triste é quando começamos a nos identificar com a tristeza dela.
Afinal, quem nunca teve que lidar com uma dor profunda? Com a vontade de sumir e a sensação de estar vivendo apenas por viver, não encontrando razão para nada? Bem, eu sim, e foi realmente difícil não me ver um pouquinho que seja na Vanessa e entender, pelo menos um pouco, seus pensamentos, seus anseios e seus atos.
O livro é um Sick-lit e como todos os livros do gênero trás um personagem doente. A doença abordada nesse livro é a Depressão. Doença essa que muitas pessoas não dão a devida atenção e apoio e tratam como algo banal.
Juliana Daglio fala desse assunto como nenhum autor que li se arriscou até agora. A leitura é densa, sim, mas é tão inteligente, interessante e diferente que é fácil ser tragado para dentro do mundo e da cabeça da protagonista. Depois dessa leitura incrível é impossível olhar a doença com os mesmos olhos.

A autora mantém um mistério até o final, e assim faz com que o leitor sinta sede de respostas e com isso acabou deixando a leitura mais fácil ainda. É difícil ler devagar quando queremos descobrir o segredo da protagonista, o que aconteceu com ela para que sua vida desmoronasse e seu sorriso fosse apagado.
É um tema pesado, sem dúvidas, mas que foi tratado com uma linguagem fácil e narrativa bem poética por alguém que entende do assunto. A Juliana é psicóloga.

Os personagens foram bem construídos, mas só temos a visão da Vanessa e senti falta de saber mais sobre outros personagens bem interessantes que aparecem poucas vezes, mas fazem bastante diferença na narrativa.
O final foi de cortar o coração, não foi um final que eu esperava e fiquei dividida entre não gostar do que aconteceu e amar a autora por ser tão corajosa e fazer algo diferente e inesperado. Fiquei com a segunda opção.
Mas não para por aqui, o livro tem continuação. Uma Canção para a Libélula parte 2 está nas fases finais para impressão e logo logo poderei continuar apreciando essa historia fantástica.

Juliana, com toda sua inteligência e criatividade, entrou para meu top 5 de escritores nacionais favoritos. Me fez derramar lágrimas logo nas primeiras páginas e, no final, me emocionou ainda mais.
Definitivamente indico esse livro para todos, acredito que agradará a maioria dos leitores!


site: http://umaleitoravoraz.blogspot.com.br/
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Nilda 13/04/2015

Resenha Uma canção para libélila
Uma canção para a Libélula traz a história de Vanessa, uma pianista prodigo, que desde muito pequena já tocava piano com ninguém.

A narrativa inicia com Vanessa em Londres, onde vive com a tia, a quem considera sua mãe. O livro é narrado pela voz da protagonista Vanessa.

Vanessa é uma jovem com uma carreira brilhante, com vários concertos agendados. Além disso, ainda tem um belo namorado e um pedido de casamento.

No entanto, nada disso parece deixar Vanessa feliz. Primeiro porque ela não pensa em casar, não acreditar amores para sempre. Segundo, a vida de artista famosa não lhe agrada nem um pouco. Ela detesta os cumprimentos decorados, os beijos frios, os abraços sem emoção nos coquetéis dos concertos. Vanessa, na verdade, usa uma mascara da felicidade, mas por dentro só quer mesmo ficar as sós com suas partituras.

Aos poucos ficamos sabendo o motivo de Vanessa não morar com a família em São Paulo. Ela tem pai, que a amor muito, um irmão e a mãe, Valéria, que já no inicio do livro percebemos que as duas não se dão nada bem.

Uma ligação do pai faz com que Vanessa voltasse ao Brasil. E aí tudo começa a ficar mais escuro na vida da protagonista. A mãe a recebe com indiferença. E, além disso, acontecem várias cenas desagradáveis que só prejudica mais a relação da mãe e filha.

Uma canção para a Libélula é um livro que desmonta tudo que conhecemos sobre relação de mãe e filha. Ou será que são só estereótipos maternos?

Mas mais do que isso, Uma canção para a Libélula é um livro sobre pessoas que precisam de ajuda profissional. Pessoas corroídas por culpas. O livro traz questões fortes como a depressão e suicídio. Vanessa está doente. A mãe está doente. E acredito que o pai e, até mesmo o irmão estejam doentes.

Juliana Daglio aborda todas essas questões com muito cuidado. A autora vai introduzindo aos pouco, como se fosse mesmo o processo da doença. No inicio, a gente percebe que algo estar errado porque os sonhos da Vanessa nos indica isso. A necessidade de se isolar de Vanessa não é só uma questão de personalidade.

A autora usa os sonhos como metáfora para falar de suicídio, de depressão, sempre no inicio dos parágrafos. E tudo vai se intensificando até chegar ao fundo do poço de toda a família, mas principalmente de Vanessa.

Uma canção para a Libélula é um daqueles livros que nos faz refletir sobre vários aspectos da nossa vida. Na nossa cultura estamos acostumados achar que mães são leoas que estão sempre prontas a defender os filhotes, mas até as leoas adoecem. As leoas também rejeitam os filhotes. Também achamos que carreira profissional é sinônimo de felicidade e nem sempre é assim.

Estou ansiosa para ler Uma canção para a libélula II. Quero muito saber quando acabam os dias cinzentos de Vanessa, pois ela merece dias de sol.

site: http://www.osnosdarede.com/2015/04/resenha-uma-cancao-para-libelula-i.html
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Bruna 23/04/2015

Uma lição de vida !
A obra de hoje é linda e emocionante, diferente de tudo que já li e que eu acredito que todos deveriam ler, vem comigo conhecer mais sobre Uma Canção Para Libélula da autora parceira do blog Juliana Daglio.
É incrivelmente complicado falar de uma história que ao mesmo tempo em que é linda é também triste e pesada, mas não por ser uma leitura enfadonha, e sim, por tratar de um tema sério e preocupante, a depressão. Raramente nos deparamos com obras que abordem o tema, mas deveríamos, uma vez que a depressão é tão séria como outras doenças como anorexia e bulimia e também com consequências tão grave quanto o bullying.
“O que a pobre menina não entendia era que naquele momento em que entoara uma breve canção à Libélula, havia atraído para si algo mágico, quase sobrenatural: uma escolha de vida.”
Nessa história somos levados a conhecer Vanessa, uma agora já moça que vive com seus tios em Londres, onde tem uma carreira de sucesso, mas não é completamente feliz. Desde pequena ela tem que conviver com uma vilã cinzenta por perto tendo como único refugio sua música e suas composições ao piano, que sempre insiste em relembrá-la de um fardo do passado pelo qual ela nunca conseguiu esquecer.
“ – Venha, vou lhe mostrar uma coisa. Mas tente não desviar os olhos – sussurrou, como se a lembrança do sonho tivesse se tornado real. E era real.”

Apesar de sua carreira está indo em direção a cada vez maior sucesso, ela odeia o fato de ter que ir as festas e interagir com outras pessoas e seus elogios decorados, o que ela só atura porque tocar seu piano é a única coisa capaz de libertá-la. Ela não sabe o que é o amor, tampouco o que é a felicidade, mas sabe que grande parte de ser assim vem da rejeição de sua mãe que felizmente ela não é obrigada a conviver já há 14 anos.
“Quem nunca espera nada de ninguém, nunca fica desapontado.”
No entanto, uma reviravolta do destino à leva a ter que voltar para o Brasil e enfrentar seus piores pesadelos, uma mãe que faz de tudo para humilhá-la, a vilã constantemente reforçando que é sua culpa e um pai que a deixou de lado pela mulher, mesmo que agora esteja arrependido. A convivência naquele lugar irá fazer com que ela retorne a velhos hábitos que tinha, quando criança ela era extremamente calada apesar de desde muito cedo ser extremamente talentosa ao tocar.
Aos poucos as memórias se tornam cada vez mais dolorosas e a vontade de sair, comer e tocar se tornem nulas. O sofrimento é tanto que ela não tem vontade de lutar, não tem vontade de fazer mais nada e mesmo que a tentem ajudar, talvez já seja tarde demais para lutar contra a sua companheira cinzenta, ser abençoada pela libélula quando criança pode não ter sido a melhor coisa, mas será que ela conseguirá vencer ou irá desistir de tudo? Será que a canção irá terminar antes de chegar ao seu fim?
“Sonhos...Sonhos... sonhos são desejos. Você quer, garota inútil. Você quer morrer. Foi culpa sua.”
Esse foi meu primeiro contato com a escrita e com uma obra da autora e não poderia ter sido melhor, a autora sabe se expressar e nos comover com palavras de uma forma incrível e que nunca tinha acontecido comigo antes. Mais do que uma história ela nos leve a refletir e a aprender mais sobre um problema tão grave e obscuro quanto à depressão, que antes da leitura eu não tinha ideia do quão difícil era. Os personagens são cativantes e você se envolve e sofre junto com Vanessa, meu desejo era pegar e protege-la, ajudar para que ela soubesse que não estava sozinha, que ela consegue passar por tudo aquilo e que não deve dar ouvidos as coisas ruins que jogam para ela.
É uma história extremamente emocionante que prende o leitor do início ao fim, que leva a diversas reflexões e aprendizados, que nos faz refletir sobre a nossa vida e que, as vezes, reclamos de coisas que são mínimas enquanto outras pessoas tem que lidar com coisas extremamente graves. E sem falar que me fez agradecer pela mãe que tenho e por tudo que meus pais fizeram e fazem por mim e que infelizmente a Vanessa não tinha.
Essa é uma obra que todos deveriam ler, então se você gostou do que eu falei compre a sua e descubra mais sobre esse mundo, se emocione e se apaixone, seja grato pelo que tem e que outros não têm a oportunidade de ter. Eu estou extremamente curiosa para conferir o próximo livro e entender um pouco mais de tudo isso, foi uma leitura que valeu extremamente


site: brookebells.com
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Clube do Livro 27/04/2015

Sensível, profundo e Maravilhosamente bem escrito!
Estou simplesmente maravilhada com a obra Uma Canção
para Libélula. Foi um livro que conversou diretamente com minha alma e sofri com a intensidade que a autora conseguiu transmitir os sentimentos vividos pela personagem e identifiquei-me muito com as suas angustias e dramas pessoais...
Foi intenso e surreal estar lendo e sentindo junto com a Vanessa o clima denso e complexo desse livro.

Esse livro conta história de Vanessa Santos, que é uma pianista de sucesso, mas sua vida só tem sentido quando vivida através de sua música. Por trás de tanto talento existem buracos negros de tamanho imensurável.
Em seu passado, ela sofreu com a rejeição e crueldade de sua mãe Valéria e por ter sido negligenciada pelo seu pai quando mais precisou em um momento traumático de sua infância. Com todos esses acontecimentos ela acaba indo morar com seus tios na Europa.

Após doze anos de silêncio e fuga do seu passado, Vanessa vai receber um telefonema que irá reabrir velhas feridas e fará com que ela tenha que enfrentar o seu maior medo: O passado, e suas lembranças cruéis e cinzentas...
Um livro que vai fazer você se emocionar e sentir cada dor e sentimento em sua máxima amplitude, você irá mergulhar fundo no negrume da depressão e ver que por trás de cada fachada fria existem rachaduras nas quais o mínimo toque pode fazer a pessoa se estilhaçar como cristal...

O fim é muito tenso e deixa várias questões a serem respondidas Estou aqui me mordendo de curiosidade pelo final que estará no livro Uma canção para libélula parte II que será lançado em Maio como já postamos AQUI...

São vários porquês...
Mas o porquê mais doloroso é ...
Por que esse livro tão maravilhoso acabou tão cedo?!
Gente, a escrita da Juliana Daglio é maravilhosa, seu trabalho é perfeito!
Com certeza já é uma das minhas autoras preferidas e sem dúvida esse livro está entre os melhores que já li!

Quotes do Livro:

"As duas ficaram se olhando por um tempo, sem censura, apenas presas entre si como os seres celestiais se prendem às preces dos mortais."

"Era como se alguém me observasse ali, jogada na parede, tentando lutar contra um passado enterrado, que cavava para fora com garras mais fortes. Ela estava ali. A presença cinzenta e cruel. A vilã de minha história."

"Fechei os olhos, concentrando-me no vento sobre as bochechas e costelas. O frio, só o frio. Mas ele não foi suficiente para calar a voz da menina que eu fui, dizendo-me coisas que eu achei ter esquecido; contando-me de uma tristeza que nunca tinha deixando de existir."

"Quando uma dor pede para levar embora suas lembranças ruins, ela leva também a parte boa. Arranca as raízes de tudo que você lembrava ser. Foi isso que me aconteceu. A dor me levou a parte boa de minha infância, e só deixou um vazio enegrecido para trás."

–Sonhos... sonhos... sonhos são desejos. Você quer, garota inútil. Você quer morrer. Foi culpa sua.

-Você ficou encarando o pobre rapaz que só queria ser esquisito em paz?
–Fiquei pensando que vocês seriam lindos sendo esquisitos juntos.

"Nenhum piano no mundo se comparava àquele. Era perfeito, como uma extensão de minha existência, agora separado de mim, levando a parte boa e pegando para si. Um instrumento proibido agora. Ao mesmo tempo em que me causava medo, atraía-me."

"A reunião sombria estava pronta, como se tivesse sido planejada... Nós três e a lembrança de uma morte."

site: http://clubedolivro15.blogspot.com.br/2015/04/resenha-uma-cancao-para-libelula-parte.html
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Tati Duraes 15/05/2015

Forte e Profundo.
Olá pessoal!
Esse livro eu troquei com a Ju (eu mandei um AFL e ela me enviou um dela), já que nós duas queríamos ler o livro uma da outra.

Resenha!

Vanessa, a personagem principal, é uma famosa pianista na Inglaterra. Vive com a tia Lorena, irmã de seu pai. É uma garota recatada, que não gosta de lugares cheio, porém os enfrenta quando necessário, principalmente dos coqueteeis após suas apresentações.
Ela tem um namorado, por qual não é apaixonada, uma prima (Rebecca) muito alegre e extrovertida e um tio (marido da Lorena) mais reservado.

Vanessa deixou seu passado no Brasil e vivi há 13 anos em Londres. Sua vida gira em torno do piano e de suas composições, porém guarda em seu coração muito rancor, medo e tristeza.
Ela foi maltratada pela mãe e por isso foi embora do Brasil. Foi resgatada e acolhida pela tia, a qual considera como uma mãe.
Porém quando seu pai sofre um quase infarto, ele pede para que ela volte a São Paulo e passe um tempo ao lado dele e do irmão Alex. Mesmo com medo do passado, ela aceita. Ao mesmo tempo Jude, o namorado, a pede em casamento e ela não quer aceitar, pois não se vê passado a vida ao lado dele.
Então em um encontro, onde ela diz não, ele joga em sua face, palavras grosseiras que a faz lembrar-se do passado, de tudo o que passou tanto tempo se esforçando para esquecer e superar.
Ela retorna ao Brasil como planejado, para passar algum tempo ao lado do pai e rever o irmão que está prestes a se tornar pai.
Os fantasmas do passado começam a retornar para assombra-la.

Minha Opinião!

Primeiramente gostaria de falar que nunca sofri bulling na escola, ou se sofri, não me recordo e nunca sofri com depressão. Nem quando engravidei sem desejar, nem quando fiquei, por dois anos, desempregada. Então, até há algum tempo eu achava besteira, bobagem, quando falavam que alguém estava doente com depressão.
Depois a gente amadurece, cresce e aprende. E a obra aborda esse tema: Depressão!

Então fiquei pensando em como resenhar um livro tão profundo?? Com uma história tão triste e bela ao mesmo tempo... Que nos faz sentir tristes, nos deixa com raiva, angustiados...

Vanessa foi maltratada pela mãe desde que nasceu, e até certo ponto da história, isso é uma dúvida. O quanto ela sofreu, para que tivesse tanto medo da mãe dessa forma?
Ao desenrolar da história é que vamos entendendo tudo. Se bem que determinadas coisas não são bem esclarecidas nesse primeiro volume. Sim! Essa é a parte 1 e a parte 2 será publicada ainda esse ano!!!

Valéria, mãe da Vanessa, é desprezível como mãe, como mulher e como ser humano. É repugnante que existam mulheres como ela, mas infelizmente existem. Vemos todos os dias, nos jornais, mães que abandonam seus filhos no lixo, nos hospitais ou que os matam de fome, de espancamento.... enfim, Valéria não fez isso com a filha, mas a forma como a tratou.. era melhor que a tivesse abandonado no nascimento.

Marcos, o pai, por outro lado é carinhoso e atencioso, ou pelo menos tenta ser. E ama a filha. Infelizmente ele não foi o pai que ela precisava antes e agora ele tenta recompensa-la. O que me irritou muito, pois ele chega a ser egoísta. Pelo menos eu o senti dessa forma. É claro que entendo o desespero que ele deve sentir ao ver a filha sofrendo.

A escrita da Juliana é fluida. Ela consegue passar com maestria os sentimentos da personagem. Mesmo eu, uma pessoa que nunca sofreu com depressão, cheguei a chorar em determinados pontos. Senti-me angustiada e triste pela Vanessa, e com vontade de entrar na história e dar uns safanões em alguns personagens. rsrs...

Confesso que fiquei com medo. Medo de não conseguir me envolver na história, principalmente por ser algo tão fora do que costumo ler, mas é impossível não se comover, não sentir, não se deixar levar pela onda de sentimentos descritos no livro.

O desfecho foi brilhante para deixar-nos curiosos para o próximo volume. É claro que também foi maldade...

site: http://tatiduraes.blogspot.com.br/2015/05/resenha-uma-cancao-para-libelula-parte.html
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Luiz 15/05/2015

Réquiem de um sonho
O livro conta a história de Vanessa, uma talentosa pianista que mora com a tia em Londres. Conforme sua fama vai aumentando, maiores são as exigências de seu empresário, o que, somado à um relacionamento fadado ao término, a leva cada vez mais próxima da tristeza.
Em meio a uma temporada turbulenta, ela decide voltar ao Brasil para visitar o pai doente, mesmo sabendo que com isso, velhos fantasmas retornariam para lhe assombrar e demônios familiares dariam as caras. E é em SP que a maior parte da história se desenrola da forma mais intensa possível.
Já deu para sentir que a história promete, certo? Mesmo sendo de certa forma simples, a trama se torna magnífica em sua simplicidade. Cada ação e reação tem um impacto certeiro no leitor, e o desenvolvimento dos personagens só ajuda. Eles não são muitos, se resumindo a familiares e amigos de Vanessa, o que faz nosso apego com eles maior. Realmente nos importamos com os dramas de Vanessa, sentimos empatia enorme pela tia Lorena e queremos esganar Valéria, a "mãe" da protagonista, através das páginas para ver se conseguimos colocar juízo em sua mente fragmentada. Cada conflito entre Vanessa e Valéria, cada conflito interno de Vanessa, cada sonho perdido e cada passo que ela dá para perto da Vilã Cinzenta/morte, nos deixa incrivelmente absortos e angustiados, principalmente no final, que é bem forte e significativo. Nunca esperei encontrar um fim cliffhanger nesse tipo de livro!
Quanto à edição, achei que a Editora Deuses fez um bom trabalho! A capa é linda e há libélulas no topo de cada página (belo toque ^^). O que me espantou foi o tamanho, em comprimento, do livro! Pensei que demoraria bastante para ler um livro dessa "lapa" mas o espaçamento das linhas é grande e a leitura segue bem suave, com capítulos na medida. Li num único dia :)
Uma Canção para a Libélula é um livro maravilhoso, cheio de surpresas, dramas e revelações familiares de chocar leitores calejados. E o melhor: É NACIONAL! A Juliana, além de super talentosa, é uma pessoa incrível! Merece todo o sucesso que está tendo e que com certeza virá adiante em sua carreira!
Recomendo demais a leitura, tanto para quem gosta de dramas "sick-lit" quanto para os que buscam um livro diferente e significativo em sua estante. A história de Vanessa é muito triste, e acompanhar suas derradeira descida aos confins da depressão, requer coração forte.
Nota máxima com certeza!
E agora só nos resta aguardar e roer as unhas pela sequência, que promete ainda mais fortes emoções e, quem sabe, um final feliz para a Menina Libélula.
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Pablo Madeira 06/08/2015

Um livro viciante.
Vanessa é uma pianista de sucesso e mora em Londres com os tios desde que um acontecimento trágico marcou a sua vida. A história começa a se desenvolver quando após uma de suas apresentações, recebe um telefonema que irá, "tecnicamente" dizendo, obrigá-la a voltar para o Brasil. O problema é que essa viagem irá abrir velhas feridas e fazer a nossa protagonista a vivenciar os seus maiores pesadelos (literalmente pesadelos) mais uma vez.
De volta ao Brasil, aos poucos vamos descobrindo os motivos que a levou a se mudar para Londres e o que houve de tão triste em sua infância. Ela tem um pai, um irmão e uma mãe... Se é que pode se chamar de mãe. Uma mãe de verdade jamais iria negligenciar um filho! Ficou curioso? Eu sei, mas não sei como escrever uma resenha desse livro sem soltar spoiler. Tudo que posso falar para vocês é que vale realmente a pena encarar a história! Podem ler que não irão se arrepender.
"Era uma comum primavera numa fazenda qualquer, mas um encontro inusitado aconteceu: a Menina e a Libélula se viram pela primeira vez. Assombrada por um medo irracional da Morte, a Menina é marcada por esse encontro para o resto de sua vida. Compõe então uma canção em seu piano, homenageando a misteriosa libélula.
Os anos se passaram, Vanessa vivia em Londres e tinha a vida cercada por seu iminente sucesso como pianista, porém, algo aconteceu, mudando seu destino: Uma doença, uma viagem e um reencontro.
Vanessa precisará encarar fantasmas que sequer lembrava um dia terem assombrado sua vida, tendo de relembrar a morte do irmão e reviver seu conflito com a mãe. E mais importante e mortal, conhecer a grande antagonista de sua vida, a quem chama de Vilã Cinzenta.
De Londres a São Paulo, dos Palcos aos Lagos. “Uma canção para a Libélula” é a história de uma alma perdida e de sua busca por quebrar o casulo de sua existência, para só então compreender o sentido da própria vida. Este livro é um profundo mergulho em uma mente nebulosa, permeada por lagos obscuros e pela inusitada morte; não havendo sequer esperanças."
-Sinopse do livro Uma Canção Para a Libélula-

Se preparem! Vocês terão que enfrentar uma grande dose de loucura. Uma história metafórica... Uma luta entre a Menina Triste e a Vilã Cinzenta. Entre o Passado e o Presente. Entre Mãe e filha.
Desejo todo sucesso do mundo para a autora, continuando desse jeito tenho certeza que ela vai longe.


site: http://devaneiosexpressos.wix.com/blog
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Cacio Silva 27/03/2016

Uma canção para o livro perfeito.
Confesso que queria ler o livro desde quando o mesmo se encontrava na primeira edição. Não foi possível, porém assim que entrou em pré venda pela editora Arwen, o adquiri.
Comprei os livros (as duas partes), em dezembro de 2015, ou seja, aguardei meses para poder ler, mas acho que a espera valeu a pena.
A narrativa da Juliana é muito bem fluída. Assim como em "O lago negro", não conseguia "largar" do livro.
Nunca havia lido nada que envolvesse depressão, e ao conhecer a Vanessa percebi vários aspectos que estão presentes no meu cotidiano. Os fatos narrados no livro nos envolve em cada reviravolta eletrizante.
A presença de Valéria, mãe de Vanessa, atrai um lado mais sombrio para a história, vulgo sendo julgado por mim, como um dos demônios internos da jovem.
Não tem como não falar do final. As últimas 20 páginas do livro são super carregadas de emoção que nos leva para um final épico, que confesso ter pena de quem teve de esperar tanto tempo para ler a continuação.
Só tenho que agradecer a Juliana, pois este livro acrescentou muito para mim, e em breve lerei a parte 2.

Ps. No light, no light, in your bright blue eyes [...]
Ps 2. Acho que fui o primeiro a ler em versão física esta nova edição.
Ps 3. Terei literatura Daglio por muito tempo. Logo terá a continuação de "O lago negro" - Expressão feliz.
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