Silo

Silo Hugh Howey




Resenhas - Silo


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Jordy- twitch.tv/viajantedocosmos 26/09/2020

Resenha Silo
A Resenha se encontra no IG @binoculoliterario

https://www.instagram.com/p/CFiZi7ujcB7/?igshid=1t982999ccjpf
Mara Islanne 05/11/2020minha estante
Eu estou lendo na página 220 por aí e de repente volta pra página 162, quando me dou conta que quando estava na página 161 pulou pra 190 e eu não tinha percebido. Pode me dizer se isso é proposital ou se é um erro no meu livro? ?


Jordy- twitch.tv/viajantedocosmos 09/11/2020minha estante
É erro mesmo, até porque aqui no meu tá normal.




Jacqueline 21/05/2014

Minucioso ao extremo
Silo foi criado inicialmente para ser um conto, mas a imaginação de Howey fluiu tanto que rendeu uma trilogia. O primeiro livro fez um sucesso estrondoso após a publicação independente em e-book pela amazon, e se tornou best-seller do New York Times.

"(...) todos os levantes ocorreram por causa dessa dúvida, da sensação de que nós estamos no pior lugar, bem aqui."

Fui conquistada pela sinopse de Silo, que prometia uma distopia voltada para o público adulto, com toques de Sci-fi.
A decepção veio logo no começo. As primeiras páginas não fluíram como eu esperava. Foi um tormento chegar até a página 100, onde várias perguntas pipocavam, e nenhuma explicação era revelada.
Silo não é um romance denso, sua linguagem é descomplicada, porém, a narrativa de Hugh é demasiadamente cansativa. Howey detalha cenas que não levam a lugar nenhum, como as infinitas descidas e subidas da prefeita e do delegado pelas escadas do Silo, ou o esforço de Juliette para tirar água de um dos níveis. Páginas e mais páginas completamente descartáveis, que não acrescentam em nada à narrativa.
As raras cenas de ação são travadas, como se estivessem acontecendo em slow motion. Há duas cenas de tiros totalmente mal exploradas, e confusas, onde o autor peca ao deixar de lado a expressividade dos personagens, focando apenas em relatar quem morreu ou não.
Quando soube que o autor levou três anos dedicando-se ao manuscrito, pude entender o motivo de tanta minuciosidade. Parece que ele voltava e reescrevia as cenas, acrescentando isso ou aquilo para deixar o texto lotado de pormenores extenuantes.

A história parece ser contada, e não narrada, dando a impressão de impessoalidade ao enredo. Sem contar que tudo era muito previsível. Não acontecia nenhuma surpresa ou reviravolta que me deixasse em dúvida quanto ao caráter dos personagens. Os bonzinhos e os maus eram identificáveis desde o início.
As personagens são mal desenvolvidos, e sem qualquer traço de emoção. Inclusive, alguns parecem terem sido jogados a esmo, apenas para servir de degrau para outros personagens. Em um momento o autor apresenta um grupo de personagens da mecânica, para aos poucos ir subtraindo cada um de maneira brusca.
Dá pra perceber logo no início que é Julliete quem assume o papel principal, e eu gostei da escolha de uma mulher para a posição, e a força e coragem que ela demostra.
Li sem expectativa de encontrar um romance, mas fiquei surpresa quando na realidade existe sim um princípio de romance, a meu ver, totalmente dispensável. Explico com um exemplo: na página 40 aparece o carinha conhecendo a mulher, e na página 41 ele já estava se acabando de chorar por ela, apaixonado por alguém com quem só conversou apenas uma vez. What the hell? Adolescentes de 14 anos tem mais maturidade que ele. Pelo menos fomos polpados das infinitas conversas entre eles, mas nada justificava a missão praticamente suicida que ela se prestou para manter seu amado a salvo.

Outro grave problema foi quanto a ambientação da distopia. Eu tenho um sério problema em imaginar o que o autor está descrevendo. Não basta criar um enredo magnífico e interessante, se ele não for crível. Eu até conseguia visualizar o silo, seus andares e seu funcionamento, mas algumas coisas não entravam na minha cabeça de jeito nenhum, como quem desenvolvia armas de fogo, bombas, e computadores em um silo no subterrâneo? Como eles fabricavam suas roupas, e outras máquinas desenvolvidas com alta tecnologia? Onde e como eram fabricadas as notas de dinheiro e moedas usadas para comprar comida e outros itens no silo? E o lixo, e esgoto do silo, como eram tratados e para onde iam? A ideia geral do enredo é muito original e instigante, só que tem alguns furos que não consegui engolir. Pode ser que nos próximos volumes venha uma boa explicação, e eu estou contando com isso.

Silo é dividido em 5 partes, e foi justamente a última que me fisgou. Eu queria saber mais sobre o funcionamento do silo, a Ordem, a limpeza e a loteria, e aos poucos Howey foi elucidando cada ponto, e deixando um gancho incrível para o próximo volume. Continuarei acompanhando a série, pois a curiosidade sempre fala mais alto do que o desânimo e a decepção.

site: www.mybooklit.com
Narri Chan 15/06/2014minha estante
Jacqueline, a ideia geral do enredo não é exatamente original. O esqueletinho do enredo me lembra muito o Cidade das Sombras (City of Ember), que pelo menos até agora, no meu ponto de vista é muito melhor que o Silo. Eu ainda não acabei de ler o Silo, e estou pensando seriamente em parar, justamente por isso vim ver resenhas para ver o que o povo dizia de forma geral, pra ver se melhorava com o passar do tempo, porque estou achando chato demais até as paginas cento e alguma coisa. Sua resenha diz praticamente tudo o que estou pensando do livro até o momento.


Maurinho 04/08/2014minha estante
Acho que o grande problema do livro é aumentar demais cenas que não dizem nada para a história. A parte da prefeita leva umas 50 páginas, quando poderia ter um quinto disso,...achei o final muito cansativo, pois são muitas e muitas páginas descritivas.




Natália Sophia 05/06/2023

Por incrível que pareça, eu amei!
Só li poucos livros escritos por homens, mas gostei bastante desse.
E foi um dos poucos livros que terminei precisando saber mais, tipo: quase nada foi explicado no primeiro, mas já vi que será no 2.
Ansiosa!
Fred 05/06/2023minha estante
Também gostei bastante desse, mas o segundo já achei bem cansativo e me fez desistir do terceiro, mas com a chegada da série e após ver o primeiro episódio, deu vontade de pegar o terceiro livro e terminar


Natália Sophia 12/06/2023minha estante
Meu querido o segundo livro é fodastico. Eu estava esperando que fosse ser assim, voltado pro antes, mas meu amigo, que livro foda. Acabei de terminar ele, mas terminei com pena.




Gabriel 25/09/2014

Silo
Eu prefiro ler os livros sem verificar nenhuma resenha antes, mas neste caso eu li algumas resenhas, e talvez isto tenha atrapalhado um pouco.
Vi diversos comentários como sendo a melhor distopia, e criei uma expectativa acima do que realmente o livro me apresentou.
A história é boa (apesar de ouvir falar de outro livro com a história semelhante). Mas realmente a ideia é ótima, e por isto o início do livro é viciante.
Após a apresentação do enredo, o livro se perde. Muitos detalhes desnecessários, muita informação colocada em hora errada, alguns pontos interessantes não são detalhados, e uma grande dificuldade de "entrar" no silo, de visualizar mesmo o ambiente em que os personagens estão entrando.
Muitos personagens, até a metade do livro não se sabe qual é o personagem principal.
Acredito que a tendência de fazer sempre trilogias para distopias prejudica alguns casos, e aconteceu com o Silo.
Rossana 17/11/2014minha estante
Qual o nome do livro de história parecida?? Fiquei curiosa...


Gabriel 22/01/2015minha estante
Oi Rossana,
O outro livro é um tal de "Puros", mas confesso que não conheço, por isso que eu coloquei que ouvi falar de um livro com história parecida. E também não fiquei curioso de procurar sobre este outro, pois o Silo não me agradou muito.
:)




Livy 07/09/2014

Ótima pedida para os fãs de distopia e ficção-cientifica...
Silo, primeiro livro da série de Hugh Howey, me surpreendeu em muitos aspectos, e em outros esperava um rumo diferente para a trama, mesmo sabendo que ela tinha que ser exatamente como foi. Mas considero Silo uma das melhores distopias que já li, sem dúvida. Não apenas pela história, mas por todos os elementos que o autor usou. Além disso, Silo começou como uma publicação independente, e Howey levou três anos para escrevê-lo. Inicialmente lançado na Amazon como e-book, e então depois do sucesso entre os leitores se tornou best-seller do New York Times. Não é um feito para qualquer um. E, claro, percebe-se que esta série veio para ficar, e com certeza ainda vai dar muito o que falar. Não tenho dúvidas de que estará, futuramente, entre os grandes nomes do gênero como: 1984 e Fahrenheit 451, por exemplo.

Silo é uma distópico pós-apocalíptico de ficção-científica, e é realmente surpreendente, apesar de não ser exatamente, ou completamente, original. Acho que um dos elementos que mais gostei é que a protagonista, Juliette, não é uma adolescente mimada, insegura e cheia de porquês mas sim uma mulher madura, de 34 anos, decidida, forte e muito inteligente. A sagacidade e mente analítica de Juliette me ganhou. Sem dúvidas ela é a minha personagem preferida, e também quem leva a história do Silo para o surpreendente e inimaginável.
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Centenas de anos atrás o mundo foi destruído: o ar não é mais respirável, as toxinas são mortais. O solo é árido e os ventos fortes. Não há mais cor ou vida. Apenas um silo encravado na terra, onde uma comunidade gigantesca vive controlada por um poder totalitário. Os cidadãos desta comunidade vivem divididos em camadas, onde cada um exerce uma função que visa manter o silo em pleno funcionamento: desde a Prefeita até o nível mais profundo do silo, a Mecânica.

Neste mundo limitado, em um silo de proporções incríveis, a qualquer cidadão que demonstre rebeldia com a simples menção de querer sair do silo é imposto a limpeza. Um procedimento onde a pessoa veste uma roupa especial e é mandada para fora, para uma morte certeira. Neste processo todos que saem acabam limpando as câmeras que filmam o ambiente hostil no qual qualquer humano morre em poucos minutos. O "querer sair" é apenas uma ideia, um sussurro perdido em meio às profundezas de um imenso silo. Uma pequena faísca que pode detonar uma verdadeira guerra.

O xerife Holston está desiludido com a perda de sua esposa alguns anos atrás para a limpeza. Ela sabia de coisas que ninguém poderia sequer imaginar, e compartilhou seus pensamentos com ele. Ela não conseguia mais ficar presa ali no silo, e por isso precisou sair. Morrendo. E Holston vai pelo mesmo caminho, querendo ver com os próprios olhos o que a esposa viu antes de morrer.

Com a morte de Holston, a Prefeita Jahns e o delegado Marnes vão em busca de Juliette, uma moça que trabalha nas profundezas do silo, no setor da Mecânica. Marnes confia que é ela a pessoa perfeita para o cargo de xerife, com sua mente aguçada, que consegue ver tudo de forma bem clara e analítica, como vê suas máquinas. O que ambos não esperavam, assim como Juliette, é que tudo tomaria um rumo inimaginável, mudando o rumo da história do silo.

Um dos pontos fortes da narrativa de Howey é que ele é minucioso. Ele não poupa detalhes. Eu gostei muito de sua narrativa, bem característica e única. O modo como ele narra a história é muito boa, os detalhes são incríveis e me proporcionaram uma total imersão na história e no mundo de Silo. Mas confesso que em grande parte do livro o excesso de detalhes me incomodou. O problema é que ele descrevia tudo muito detalhadamente, e isso tornou a leitura um pouco cansativa e demorada para mim. Na verdade não tenho problemas com narrativas bem detalhadas, pelo contrário, adoro quando o autor detalha os elementos, ambiente, personagens, etc.

Mas o excesso de Howey me irritou um pouquinho porque é nas ações dos personagens, que muitas vezes se tornam até mesmo redundantes. Por exemplo, logo nas primeiras 100 páginas do livro Jahns e Marnes descem do nível mais alto do Silo para o nível mais profundo, a Mecânica para encontrar Juliette e convencê-la a assumir o cargo de xerife. O problema é que Howey detalha cada passo dos personagens nesta descida: o momento em que param para beber água, o momento em que param para respirar. Um tanto de enrolação para o meu gosto. Isto acontece em muitos momentos do livro, o que acaba proporcionando uma trama intercalada entre momentos muito empolgantes e momentos um pouco cansativos.

Outro detalhe que me pegou é a descrição do Silo. É tão inacreditável que eu nem mesmo conseguia visualizar, devido à grandiosidade do ambiente. Pense em um silo com mais de 100 andares, totalmente encravado no solo. Fiquei imaginando o quão grande teria que ser este silo para ter tudo o que o autor propôs ali. É tão surpreendente e grandioso que não consegui conceber. Então durante a leitura pesquisei na fotos de silos e descobri alguns que servem de abrigo nuclear. O mais perto que consegui achar do silo criado por Howey. Mas então consegui imaginar, mesmo que superficialmente, como seria. E continuo achando tão inacreditável quanto antes.

Tirando estes detalhes temos um livro muito bom aqui. Howey tem uma narrativa única que prende de uma forma que é impossível largar o livro. A trama segue num crescendo, com muito tensão e suspense. Conflitos são inevitáveis, e em meio a mistérios, descobertas e reviravoltas, me vi presa. É um livro do qual não sabemos o que esperar, e por isso é tão surpreendente. Eu realmente não sabia que rumo Howey iria tomar, e justamente por seguir um caminho contrário ao que eu esperava, ganhou pontos comigo.

Realmente me vi envolvida, e não conseguia largar a leitura. Enquanto não terminei o livro, não consegui me ver em paz. Não é um livro cheio de ação, mas a tensão dos acontecimentos é o que faz o livro ser tão interessante. Juliette acaba sendo a faísca para mudanças, onde uma verdadeira luta, tanto psicológica quanto física, se desenrolará. Todo um mundo começa a ruir, verdades vêm à tona. Nada mais será como antes.

Silo é um livro diferente e surpreendente na medida certa, e é uma ótima pedida para os fãs de distopia, ficção-cientifica e livros bem narrados e descritivos. Silo é uma faísca, uma ótima introdução para uma série que promete incendiar. Um prato cheio para os ávidos por livros que saiam da mesmice.


site: Confira mais resenhas: http://nomundodoslivros.com
Marina 06/04/2015minha estante
Já estava com vontade de ler, e agora estou ainda mais!




AnaK 02/02/2017

Romeu e Julieta
Empolgante, Leitura fluida. Devorei o livro e Juliette é uma linda.
Val 03/02/2017minha estante
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Lucas 13/06/2020minha estante
Estranho vc dizer que as ambientaçoes sao ruins pq eu lembro desse livro em detalhes mesmo anos depois de ter lido rs Use a imaginação




Sirlei.Santos 03/09/2020

Leitura indispensável!!!
Sem palavras para descrever esse livro. Simplesmente fantástico!!! Ele nos faz repensar sobre o convívio, sobre confinamentos, sobre o que é errado também pode ser o certo, o que diferencia um do outro é o ponto de vista de cada observador.
Tati 16/10/2023minha estante
OI, quero ler a trilogia e não encontro para compra, voce tem? Quer vender?




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Izzie 14/03/2023minha estante
amg, pode me dizer se tem hot? e os gatilhos por favor :)




kally5 10/03/2023

Surpreendente!
Eu estou muito feliz por ter achado esse livro, ele é MUITO bom!
ele foca mais no mistério, no suspense, que eu amo de paixão, o autor sabe muito bem o que ele ta fazendo, além de escrever de um jeito muito bonito.
eu não esperava que tivesse partes tão tristes, me fez pensar muito na nossa sociedade e no que o ser humano esta disposto a fazer por medo?
pra quem ama mistério e ficção científica, tenho certeza que vai ser uma leitura incrível! a cada capítulo era um segredo desvendado com outro segredo aparecendo, muitas reviravoltas, e o melhor de tudo, todas elas fazem sentido, tem coerência!
super recomendo, com certeza um dos melhores livros do ano!
Izzie 14/03/2023minha estante
amiga, pode me dizer se tem romance ou hot? e quais são os gatilhos??




Adriana @livrosdaadri 06/09/2020

Uma leitura um pouco demorada, pelo menos até a página 200. A partir daí a leitura fluiu muito bem e me deixou curiosa para ler a continuação. Mas, essas primeiras páginas onde a leitura foi um pouco lenta, fazem todo o sentido depois, pois é nelas que o autor descreve em riquíssimos detalhes o cenário distópico criado por ele.
Lillian.Holanda 16/09/2020minha estante
Eu estou lutando com esse livro desde 2018, li algumas paginas e deixei de canto, mas como boa ariana perseverante que sou, resolvi encarar ele novamente, mas que bom que ele melhora na metade, porque esse começo está sendo bem difícil rs.




@estantedajulia 25/08/2021

Resenha do bookstagram @conhecaolivro
Silo é aquela história capaz de te prender do início ao fim.

A premissa é clara, a humanidade foi extinta e o pouco que resta da sociedade vive dentro de um grande silo subterrâneo, lutando contra um vírus mortal: as ideias.

É, é isso mesmo! Dentro do silo elas não podem existir, a população precisa aceitar o que é lhe imposto e de forma alguma questionar o modo de vida que levam, afinal, não há outra opção.

Bom, a minha opinião é que o Hugh Howey criou uma trama incrível.

Ele consegue descrever muito bem a atmosfera do lugar, de um jeito que transporta o leitor diretamente para lá.

A divisão da sociedade que ali vive também é feita de maneira perfeita, um reflexo do que já vivemos atualmente.

Aqueles que possuem cargos mais bem vistos estão em uma posição privilegiada, nos primeiros andares dessa construção, enquanto os outros permanecem ao fundo.

É um livro para nos fazer repensar sobre o que é certo e o que é errado; se colocar no lugar dos personagens e escolher um lado para defender.

Com toda a certeza eu o recomendo para quem curte esse estilo de leitura, afinal, eu já não vejo a hora de ler a continuação

E aí, você ficou curioso com essa leitura? Ou já conhecia a obra? Quero saber a sua opinião!

site: https://www.instagram.com/conhecaolivro/
Ivan.Rodriguez 30/08/2021minha estante
Comprei o livro Silo totalmente sem ver nenhuma resenha, terminei de ler e já comprei em seguida a "Ordem" e o "Legado". Gostei muito!




MiCandeloro 07/04/2014

De tirar o fôlego!
Imaginem um universo distópico e pós-apocalíptico em que é impossível viver no Planeta Terra. Nosso mundo foi devastado há séculos e o ar tóxico que circula pelo meio-ambiente é mortal, fazendo um ser humano morrer e se desintegrar em pouco tempo ao entrar em contato com ele. Além disso, a paisagem antes tão bonita se tornou inóspita e digna de dar arrepios em qualquer mortal.

Os únicos sobreviventes a essa catástrofe são os moradores do Silo, um local previamente preparado e equipado com toda a tecnologia e mantimentos suficientes para sustentar um número determinado de pessoas. Lá, tudo é racionado e cheio de regras. O controle populacional é feito por meio de loteria em que um casal só pode ter filhos quando alguém morre. Qualquer pensamento a respeito da vida do lado de fora é banido de imediato com a pena máxima: a limpeza dos sensores do Silo, o que, em outras palavras, significa a morte.

O Silo possui 144 andares e é dividido em três seções diferentes de 48 andares cada. Cada um em seu interior possui uma função muito bem dividida e essencial à manutenção do local. Lá podemos encontrar pessoas responsáveis pela mecânica, suprimentos, portadores, TI, bem como os sacerdotes, delegados, xerife e a Prefeita. Todos no Silo vivem em paz e aparentemente são felizes. Ninguém tem a ilusão de que um dia viverá do lado de fora e seguem as suas vidas alienadas satisfeitos com o que têm sem fazer nenhum questionamento sobre o passado ou criando esperanças para o futuro. As coisas são como são. Simples assim.

Mas, de tempos em tempos, o Silo é infectado com vírus mortais: as ideias! Pessoas que resolvem pensar e questionar o modo de vida atual colocando em risco todo o funcionamento político e social do local.

" Ideias são contagiosas, Lukas. Isso é o básico da Ordem. Você sabe."

No início do livro conhecemos Holston, o xerife atual que decide, por livre e espontânea vontade, sair do Silo. Ninguém consegue o convencer do contrário. Ele que ir lá para fora e se reencontrar com a esposa que há três anos foi condenada a limpar os sensores, porém, ele está convencido de que não vai morrer e de que há uma grande mentira por trás do que todos sempre os fizeram acreditar. Mas, as coisas não saem como ele havia planejado e ele nunca mais volta.

"Holston aplicou a película protetora no segundo sensor e se perguntou se a mentira feia de um mundo exterior desagradável seria uma tentativa equivocada de evitar que as pessoas quisessem sair. Será que alguém havia decidido que a verdade era pior do que perder o poder, ou o controle? Ou seria algo ainda mais profundo e sinistro? Um medo da liberdade, do descontrole, do tenha-quantas-crianças-quiser? Tantas possibilidades horríveis."

Assim, a Prefeita precisa nomear um novo xerife e decide ir até o subterrâneo entrevistar pessoalmente a candidata mais indicada ao cargo: Juliette, da mecânica. Apesar de apresentar certa resistência de início, Jules acaba aceitando o cargo deixando Bernard, chefe da TI, totalmente contrariado. A partir de então uma série de acontecimentos suspeitos e misteriosos começam a acontecer no interior do Silo, transformando a vida comum que Jules levava em uma vida cheia de aventura e percalços.

Jules resolve meter o nariz onde não foi chamada e começa a investigar uma série de mortes que colocam a sua vida e a de seus amigos em risco. Depois de dar um passo em falso, Jules é condenada a limpeza e esta ida ao exterior será como algo jamais visto por todos os habitantes do Silo.

"(...) todos os levantes ocorreram por causa dessa dúvida, da sensação de que nós estamos no pior lugar, bem aqui."

Querem saber o que irá acontecer? Então leiam! Porque nada é como parece ser.

***

Desde que ouvi falar sobre esse livro tive a certeza de que gostaria de lê-lo, afinal, sou doida por distopias e, por mais que a premissa parecesse ser clichê, queria descobrir o conteúdo dessa história com os meus próprios olhos. Assim que recebi o convite da Intrínseca para participar dessa Semana Especial, não pensei duas vezes antes de dizer sim e fiquei feliz da vida quando Silo chegou. A capa é tão linda e o livro é enorme. Confesso, levei muito tempo para lê-lo, praticamente uma semana, porque as coisas estão corridas aqui em casa e porque a leitura custou a engrenar.

Fiquei com muito medo de não gostar, já que as primeiras cem páginas foram arrastadas para mim. Mas todos da Editora o elogiaram tanto que segui em frente firme e forte e não me arrependi nenhum pouquinho. Fazia tempo que não lia um livro tão inteligente, tão bem escrito e com tantas frases de efeito que mexeram comigo.

Apesar de Silo ser situado num mundo pós-apocalíptico e distópico, esse cenário de ficção científica é utilizado apenas como pano de fundo para a construção da história. Aqui, Hugh foi além, ele quis abordar as implicações das relações sociais e políticas de uma nação (micro, mas ainda assim uma nação) que é forçada a viver isolada, dentro de quatro paredes, sem nenhuma perspectiva futura de mudança.

Como seria se algo terrível acontecesse e fôssemos relegados a viver abaixo do solo, com suprimentos racionados, regras extremamente rígidas e com um controle absurdo a respeito das informações trocadas entre os habitantes? Num local em que tudo era cobrado, desde o envio de um email a entrada em um pavimento diferente? Como seria ter que conseguir permissão para casar e ter filhos, ou então ser mandado para o exterior e para a morte certa por um menor deslize apenas para que a ordem fosse mantida e restasse imaculada?

"E ela soube que estava certa sobre o preço do envio de e-mails: eles não queriam que as pessoas conversassem. Pensar, tudo bem; os pensamentos são enterrados junto com quem pensou. Mas nada de se reunir, nada de grupos coordenados, nada de troca de ideias. (...) E quem os questionaria? Quem arriscaria ser mandado para a limpeza?"

Hugh abre um debate para todas essas questões e nos mostra o quanto a informação e as ideias podem ser poderosas e perniciosas ao mesmo tempo. Além disso, ele nos leva a pensar a respeito das nossas atitudes em relação ao passado, ao presente e ao futuro da humanidade. Até onde as nossas ações e nossos pensamentos podem nos levar e o quanto isso pode destruir um povo inteiro? Estamos realmente preparados para as consequências?

" Toda a nossa esperança, as conquistas anteriores a nós, como o mundo pode ser, este é nosso Legado. (...) E as coisas ruins que não podem ser remediadas, os erros que nos fizeram chegar a este ponto, isso é o passado. (...) Significa que não podemos mudar o que já aconteceu, mas podemos desempenhar nosso papel no que vier a acontecer. (...) E isto... Lukas se virou e pôs a mão sobre o livro grosso. Ele prosseguiu sem que lhe pedissem. A Ordem. Isto é um mapa para conseguirmos passar por todas as coisas ruins que se acumularam entre nosso passado e o futuro ainda com esperança. Isto é sobre as coisas que podemos prevenir, que podemos corrigir."

A história é narrada em terceira pessoa e todos os capítulos são intercalados entre personagens e situações diferentes. Durante o texto diversas dúvidas começam a pairar sobre a nossa cabeça e acabamos devorando linha por linha numa tentativa desesperada de descobrir as respostas. Quando achamos que estamos chegando lá, o autor nos dá um baile e muda tudo de lugar. Isso me deixou enraivecida, querendo gritar com Hugh sobre o porquê dele ter feito isso comigo. Justo eu, que sou uma pessoa tremendamente curiosa e naturalmente cheia de dúvidas sobre a vida.. precisava decifrar aqueles enigmas de Silo.

Os personagens foram tremendamente bem construídos. Fazia tempo que não lia um livro assim, tão bem amarrado, complexo e cheio de vida. Consegui me conectar com cada um deles, até com os vilões. Isso foi curioso, porque do jeito que Hugh escreveu os vilões não pareceram assim tão maus. O autor nos apresenta razões que são plausíveis para eles terem feito o que fizeram e, em determinado momento da história, nos obriga a nos posicionarmos e a tomarmos um partido. E aí, qual deles você vai ser? Aquele que irá manter a ordem e preservar o legado da humanidade, custe o que custar, ou aquele que irá revolucionar e fazer as pessoas acordarem da mentira na qual vivem? Que cor irá vestir? Prata ou azul? Eu sou da mecânica, com certeza e muito orgulho.

Além disso, Hugh conseguiu criar uma heroína inesquecível. Jules é abnegada, justa, incansável, mas acima de tudo, ela é humana e isso fez com sua história de vida e suas lutas me emocionassem muito mais. Sofri demais com as guerras que se seguiram depois que Jules foi mandada para limpeza e quase morri sem saber o que foi feito de Walker.

Semana Especial Silo Hugh Howey Editora Intrínseca Recanto da Mi
Quando achei que o autor não poderia mais me surpreender, ele simplesmente criou todo um novo cenário para a história que passou a ser praticamente narrado de maneira concomitante a tudo que já conhecíamos. Eu queria muito abordar diversos detalhes e discutir algumas situações específicas com vocês porque Silo dá muito pano para manga, mas isso acabaria liberando spoilers, então terei que me conter. Mas estou pensando seriamente na possibilidade de abrir um post para debates sobre esse livro, porque ele merece.

O final de Silo foi eletrizante, cheio de emoção e de novas perspectivas que se abriram para os personagens. Estou simplesmente em cólicas para ler os outros livros da trilogia e meio temerosa para saber como será a sua adaptação para o cinema, porque só o primeiro livro daria tranquilamente três filmes de tantos detalhes que a história possui.

Só posso dizer, principalmente para aqueles que são fãs desse gênero literário, que leiam Silo e embarquem nessa aventura de tirar o fôlego.

Resenha originalmente postada em: http://www.recantodami.com/2014/04/semana-silo-resenha-dia-1.html
Erick.Fernando 13/07/2020minha estante
Estou começando agora seu comentário me animou ainda mais.




arqueofarias 02/06/2023

Um bom livro de sci-fi. Gostei bastante? para quem curte narrativas pós apocalípticas, é um prato cheio. Pouca coisa me incomodou, mas certamente menos 100 páginas teria dado pra resolver muito desse livro.
Continuarei lendo os demais da trilogia.
Ansioso pra ver também a adaptação desse volume.
Thayná Krueger 02/06/2023minha estante
Eu atualmente estou lendo a ORDEM e estou achando bem melhor que o primeiro.




Filha da mente 03/06/2022

Fanarts necessárias!
Pensa em um livro que te faz não querer sair da cama até ter terminado? Que no começo te assusta por ser um calhamaço mas depois você não quer mais largar mesmo que ele te dê um belo peso extra na mochila? Então esse foi Silo pra mim.
Fiquei revoltada com o fato de não haverem fanarts para o livro porque por ser uma distopia é meio difícil imaginar ? esse livro desenvolveu uma capacidade de imaginação em mim superior ?, entretanto, a protagonista é bem forte e o legal é que o livro começa exatamente com uma morte kkkk.
Então, para concluir, quero deixar duas coisas:
1. FAÇAM FANARTS PARA ESSE LIVRO!(eu não sei desenhar :( )
2. LEIAM ESSE LIVRO, vocês não vão se arrepender.
Rodrigo 25/03/2023minha estante
Nem tão calhamaço assim, 500 páginas é mediano




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