Silo

Silo Hugh Howey




Resenhas - Silo


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Mari 26/10/2014

Resenha: Silo
A história se passa no futuro onde a Terra, ou o que sobrou dela, não é mais habitável aos seres humanos e a única chance de sobreviver é estando dentro de um enorme abrigo subterrâneo de 144 andares: O Silo.

O Silo é a única esperança para todos os sobreviventes na Terra, já que o ar lá fora é totalmente nocivo. O único contato que os habitantes têm com o mundo exterior é pelas câmeras externas que mostram o que acontece lá fora, só que essas câmeras precisam ser limpadas de vez enquanto e esse "evento" é conhecido lá dentro como: A Limpeza.

A Limpeza é a maior punição para qualquer infrator dentro do silo, é como se fosse uma pena de morte. Você é expulso do silo e ainda tem que fazer a limpeza das câmeras. O que é mais instigante é que as pessoas mesmo sabendo que vão morrer fazem a limpeza. (Quem se importa com a limpeza de câmeras quando sabe que vai morrer em segundos? Todos, todos mesmo, os que já saíram fizeram a limpeza direitinho...

Eu sei por que elas limpam, por que dizem que não vão limpar, mas limpam.

Lá dentro todos têm que seguir regras e são proibidas de falarem o que pensam, onde tudo é controlado e a comunicação entre os habitantes de setores diferentes é muito fraca. De vez em quando surge aquela pessoa questionadora que contraria as ideias do regime, mas antes mesmo que possa contagiar os outros com sua rebeldia é enviada para a limpeza para nunca mais voltar.

É neste contexto que a história começa... O xerife Holston começa a investigar o motivo de sua esposa Allison ter pedido para sair do Silo (algo que jamais havia acontecido), mas depois de três anos de sua morte, ele também é enviado à Limpeza.

Então o delegado Marnes e a prefeita Jahns partem em um busca de um novo xerife, com isso descem todo o silo em busca de uma mulher chamada Juliette.

Juliette é uma mulher das profundezas do silo, local chamado de Mecânica e tem pouco mais de trinta anos. Ela aceita o cargo e se muda para o topo de silo, mas logo se vê cercada de mentiras, indagações e segredos que ela nunca havia imaginado.

Hugh Howey criou uma trama intensa e inteligente. Um distopia sensacional! E ao mesmo tempo diferente das outras histórias distópicas que eu já havia lido, ela é mais madura e engenhosa. Todos os personagens são bem construídos e possuem seus próprios dramas. A narrativa deste livro é muito boa, daquelas que te prende ao livro até o final e te deixa ansioso pela continuação!

Status: Aguardando necessitadamente pela continuação!

Beijos e até a próxima!

site: http://insaciavelmenteapaixonada.blogspot.com.br/2014/10/resenha-silo.html
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Ana - Entre Livros e Trânsitos 07/10/2014

Muito bom!
Silo é o primeiro livro da trilogia de Hugh Howey e logo de cara posso te dizer que eu não vou ler o segundo livro, vou pular direto para o terceiro rs. Explicando melhor: o primeiro livro conta sobre a vida dos sobreviventes dentro do Silo. O segundo conta como foi a ideia, o porque de criarem um silo. O terceiro irá contar como o Silo caiu. Sim, eu sou curiosa e quero saber como termina essa história rs.

Infelizmente os últimos dois não foram lançados no Brasil, então gente bonita, teremos que esperar pacientemente ou não.

O Silo é um abrigo com 144 andares, onde em cada andar é realizada uma atividade, existe o andar da delegacia, dos apartamentos, do refeitório, da estufa de alimentos e o andar principal, onde é possível ter uma visão do mundo lá fora ou o que sobrou dele. Para ter essa visão do mundo externo é necessário que um morador seja enviado para a limpeza, o problema é que o morador não pode voltar e acaba morrendo já que o mundo não está mais habitável. E como eles escolhem esses moradores para a limpeza? Bom, no Silo tudo é motivo para ser preso e enviado para a limpeza, você pode ser enviado pelo fato de dizer: Será que nós vamos sair daqui um dia?/ Como era o mundo antes disso? #Tenso

Na história percebe-se que as autoridades do Silo fazem de tudo para que os moradores se comuniquem o minimo possível.

Papel custa uma fortuna, os emails são cobrados por palavras (sim, eles tem internet, gente ninguém vive sem internet rs), não existem livros, apenas os de imagens com animais e até a distancia de um andar para o outro já é um obstaculo para a comunicação. Tudo isso é feito porqueconversas, informação e troca de ideias são uma poderosa arma, podem criar rebeliões e fazer as pessoas pensarem. E eles não querem isso. Me senti agradecida por ter liberdade de expressão e tanto meios de comunicação ao meu redor.

A história do livro foca na vida Juliette, uma moradora das profundezas do Silo que trabalha na mecânica, o que pra mim é uma das funções mais importantes e na leitura vocês entendem o porque. O livro começa com o xerife do Silo, Holston pedindo para sair, sua mulher Allison foi enviada para a limpeza três anos atrás e nunca mais retornou, ao ler alguns arquivos deixados por ela, ele começa a acreditar que sua mulher não estava louca. Surge então uma mistura de culpa e depressão e o resultado é um pedido para sair do Silo.

Pelo o que percebi, outros moradores também pediram para sair ou cometeram suicídio durante os séculos de existência do Silo, a maioria deles tem depressão por conta da situação que vivem e encontram na limpeza alguma liberdade, mesmo que temporário.

Com a saída de Holston, a prefeita precisa de um novo xerife e por indicação do delegado Marnes eles resolvem ir a mecânica para recrutar Juliette, uma mulher durona e inteligente. Pausa aqui: A mecânica fica no ultimo andar do Silo, vocês fazem ideia da quantidade de degraus que esse povo enfrentou? Cansei.

Senti muita dor nas pernas do tanto que eu desci e subi as escadas :D

Como tudo na vida não são flores, há pessoas que não desejam ver Juliette no comando da delegacia. Nesse momento é possível sentir o gosto podre da politica, ver quanto os interesses políticos podem ser cruéis, ficar assustada com as atitudes das pessoas quando o que elas desejam é o poder. Quando Juliette se torna xerife eu fiquei com a sensação de que tudo seria melhor mas.infelizmente ela é enviada para a limpeza. Juro pra vocês, fiquei tão brava que fechei o livro e não queria ler mais, queria dar um soco na cara do Bernard, o cara que colocou ela nessa situação.

Por vários momentos fiquei pensando em Holston e Alisson, fiquei com esperança do mundo estar habitável e ter alguma surpresa do lado de forarealmente tem uma surpresa lá fora, mas não do tipo que pensei rs.

O livro me pegou de surpresa em vários momentos. Normalmente eu já consigo decifrar o que vai acontecer, mas nesse eu era surpreendida a cada página, a anos que isso não acontecia! Fiquei muito brava em alguns momentos e desesperada em outros, pulei algumas linhas da história porque há partes que estão ali para fazer volume e no final fiquei com gostinho de quero mais.

Senti uma dificuldade em imaginar o visor usado para ver o lado de fora e tentando entender como um lugar com 144 andares tem apenas uma escada em espiral. Fique imaginando também como devia ser a aparência física deles, porque viver num buraco sem sol subindo e descendo escada a vida inteira deve provocar mudanças no corpo, como ter pernas/coxas enormes, musculosas, pele pálida e olhos maiores. Ah não riam, é sério rs.

A história como vocês perceberam é bem utópica, eles vivem dentro de um buraco na terra e conseguem ter internet, rádio, água potável, energia, uma plantaçãoe ao mesmo tempo vivem em condições precárias, escrevem com pedaços de carvão, não há elevadores, só podem ter filhos se alguém morrer (controle populacional), os relacionamentos precisam ter permissão das autoridades, usam apenas macacões com cores do setores que trabalham, comem a mesma coisa em todas as refeições, vivem com medo e num lugar cheio de mentira, onde uma palavra errada pode custar a vida.

uliette é uma personagem forte, inteligente e madura. Graças ao seu conhecimento em mecânica ela sobreviveu a tudo. E olha que essa mulher foi posta a prova várias vezes. É engraçado ela se envolver com um personagem tão fraco, sem personalidade e eu suspeito que irá se tornar seu inimigo no ultimo livro. Gente volúvel nunca é confiável.

Recomendo a leitura, mas para mim não é a melhor distopia dos últimos tempos.

Ah e se preparem porque esse livro também vai para as telonas.

- Cale a porra da boca e me escute Bernard, estou indo atrás de você. Estou indo para a casa e vou fazer uma limpeza.

site: http://www.entrelivrosetransitos.wordpress.com/
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Ane Queiroz 28/12/2014

Fantástico
Imagine um mundo limitado e subterrâneo, sem sol, sem grandes liberdades e sabendo que o exterior é tóxico, impossível de ser explorado e sequer pode ser mencionado. Resultado: Um livro maravilhoso!

Esse livro, muito bem montado e com a capa linda me conquistou. Nele encontrei ação, aventura, coragem, romance e muitas outras coisas legais.

O silo é um gigantesco prédio subterrâneo onde as pessoas vivem já que o ambiente externo é tóxico. Lá cada pessoa exerce suas profissões e vive de acordo com regras rígidas de conduta, nunca podendo mencionar interesse pelo exterior. Existem câmeras que mostram o ambiente externo (uma paisagem bem deprimente) no refeitório do primeiro andar. Todos os crimes e inclusive esse da curiosidade são punidos com a "Limpeza".

A limpeza consiste em sair do silo em uma roupa protegida, limpar as câmeras e morrer. Isso mesmo... os corpos ficam ali amontoados e a vista de todos do refeitório.

Aspectos interessantes da história:
**Eles não conhecem nada da história da vida no exterior, nada do passado e nem da criação do Silo. E fazem referência a livros infantis com elefantes e um mundo cheio de cores... Tão Dr. Seuss! kkkk

"O silo era algo natural para ela. Os sacerdotes diziam que ele sempre estivera ali, criado com amor por um deus bondoso, e que tudo de que eles poderiam precisar tinha sido providenciado."

"Pensou na miríade de animais que povoavam aqueles livros, a maioria dos quais nunca vista por olhos vivos. A única parte realmente fantasiosa, ela achava, era que todos eles falavam e agiam como humanos"

**Para ter filhos era necessário ser sorteado numa loteria e o casal sorteado tinha um ano para conseguir. A loteria acontecia sempre que alguém morria, ou seja, um saí e outro entra...

"Ela notou casais sem filhos comendo seus frutos avidamente e de mãos dadas, fazendo contas em silêncio. Os sorteios da loteria eram realizados perto demais das mortes para o gosto de Juliette."

**E, é claro, fiquei extremamente louca com a ideia de um prédio subterrâneo. Que loucura, que fantástico, kkk.

"— Uma construção como aquelas depois dos morros, mas subterrânea. O silo é
a parte do mundo onde é possível viver. O interior — disse ela, percebendo que definir era mais difícil do que pensava."
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Elis 07/01/2015

Essa foi a primeira leitura que fiz em 2015, eu nem ia fazer análise, mas pensei, como assim...é a primeira leitura do ano. Então aqui estou para contar minhas impressões para vocês.

Quando iniciei a leitura fiquei bem curiosa e triste pelo que acontece, afinal eu sempre quero salvar todo mundo. E por isso notei que a frase da capa "mentiras podem ser fatais; a verdade também." Se encaixava perfeitamente na obra. Após o clima triste, a prefeita e o xerife tem de escolher o próximo delegado. E para isso eles irão descer até o fim do Silo para conhecer Juliette, uma mecânica que é bonita, inteligente e que deseja fazer a diferença.

Mas o caso é que tudo desanda e o que parecia ser correto por toda sua vida, começa a se desfazer e apresentar a realidade crua e nua. E tudo que sei, é que quando temos amigos de verdade, nossa vida pode ser diferente. Fiquei presa em algumas partes que me pareceram cansativas, mas que sem elas não teríamos entendido a história. Depois da metade da leitura nos prendemos as páginas para saber o que está acontecendo e como será o final.

Achei a leitura muito bem estruturada, com personagens marcantes e histórias que só poderiam ir parar no cinema e claro dar continuidade a uma série. Gostei da obra, mesmo não tendo virado minha preferida. Fiquei imaginando viver daquela forma e descobrir coisas, ocultadas por pessoas que só podem ser doentes ou ter medo de algo ainda não explicado. Fiquei curiosa com a continuidade da série, para saber o que Juliette irá fazer. Temos alguns personagens secundários que dão importância ao enredo, cada um a sua maneira vai se juntando a história dessa mulher que é uma guerreira dentro do Silo e que vai modificar tudo que eles conhecem.

Se você gosta de ficção, suspense e uma trama bem elaborada, recomendo a leitura desse livro.

site: http://amagiareal.blogspot.com.br/
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Bia 01/10/2014

Prepare-se para ficar com falta de ar o livro inteiro!
Num futuro não especificado pelo livro, os seres humanos acabaram com o planeta: Tudo é cinza, tudo está destruído e, por isso, os sobreviventes vivem em um silo.

Mas será que é só isso? Será que são os únicos sobreviventes? Será que o mundo lá fora é tão ruim? - Essas são as perguntas proibidas... Somente por questionar, você pode ser mandado para a "limpeza", que nada mais é do que ir para o mundo lá fora, limpar o silo por fora e morrer sufocado com o ar venenoso de fora.

Se compararmos com a nossa sociedade, podemos dizer que nós também somos "metralhados" quando ousamos questionar temas "inquestionáveis".

No silo, vê-se bem o que acontece com uma sociedade em que "porque sim", "porque não" e "porque é assim que é" são respostas aceitáveis para questionamentos profundos.
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Flavia 31/05/2015

Gostei muito do livro, ele começa meio devagar, mas quando pega o ritimo a leitura se torna muito agradável, ansiosa pelo segundo
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vortexcultural 18/09/2014

Silo - Hugh Howey
Por Filipe Pereira

Com ares de pós-apocalipse, em um mundo que acabou mas que ainda teima em existir (especialmente em relação à humanidade), aliados à sensação de confinamento e sob total controle de um Estado totalitário e bastante coercitivo referências às obras de Aldous Huxley, George Orwell e Anthony Burgess.

Silo é o primeiro volume da saga escrita por Hugh Howey partindo de um sistema de publicação sob demanda, primeiro em e-book (lançado separadamente em seis tomos) e depois em versão física completa. A autopublicação angaria cada vez mais adeptos e ganha muita popularidade, principalmente nos meios literários estadunidenses, sendo uma forma de exposição válida de material, apesar do hábito mercadológico frequente de não se buscar novos valores.

Na história a humanidade não consegue habitar o ambiente terreno, pois a paisagem é destruída e hostil. A localidade que permite a subsistência da espécie está em um silo subterrâneo de proporções homéricas. Holston é um personagem deslocado e reticente, um verdadeiro fruto do meio e autêntico reflexo do ambiente caótico em que vive. É apresentado, três anos antes do começo da história, o local onde mora com sua companheira Allison, um apartamento em que cabem duas camas e uma escrivaninha, um local incrivelmente grande para as pretensões de alguém deste universo. Com um sistema político complicado de se entender, até mesmo para os seus habitantes, Holston fica confuso, uma vez que questionar o silo é algo proibido, silêncio este que é praxe entre os moradores; até que resolve rever este conceito e começa a se perguntar como funciona o sistema de sorteio para os afazeres dentro da redoma, refletindo também sobre o fato de não ter ciência de até aonde vão os seus direitos.

O começo da narrativa é um pouco truncado, até porque este início serve apenas como preâmbulo da trama principal. Howey cai em um erro comum, de escritor iniciante, de tropeçar nas próprias pernas ao tentar provar um ponto. Algumas descrições e situações se alongam demasiadamente e se tornam dispensáveis diante do todo da obra. O excesso é facilmente distinguível. Os tomos denominados Holston e Medida Certa servem para ambientar o leitor a esse universo, mas certamente seriam mais palatáveis se fossem mais concisos.

Em O Começo, correspondente à Parte Três, a mesmice é quebrada com um recordatório da personagem Juliette, mostrando a sua trajetória e seu estado de enjaulamento, que evolui e ganha contornos dramáticos mais envolventes, preparando o terreno para a mudança de foco narrativo iniciado em Os Abandonados. Nesta Parte Cinco a trama evolui, tornando-se arrebatadora. A aura de suspense aumenta consideravelmente muito graças à sensação de claustrofobia em que os personagens se lançam, seja pelo isolamento do mundo através da vivência no silo, seja pelas desventuras dos personagens por dentro dos tubos. A dificuldade em manter-se vivo e o instinto de sobrevivência são muito presentes no cotidiano dos desbravadores desse habitat, e a escassez de comida que acomete o grupo algumas vezes remete metaforicamente a inúmeras dificuldades da vida moderna.

Silo é o primeiro número de uma trilogia que deve ter sua continuidade publicada também pela Intrínseca. A popularidade é tanta que se aventa a possibilidade de realização de uma adaptação, a qual já estaria em processo de formação do casting e com projeto capitaneado por Ridley Scott, o que se torna uma grande ironia, visto que muitos dos filmes do diretor influenciaram diretamente o ideário desta narrativa. A inspiração é justificada pelo fato do romance solidificar muitos dos conceitos de Howey, especialmente se pensar no background de Juliette, parecidíssimo com o de Ellen Ripley (Sigourney Weaver), protagonista da série Alien, cuja influência foi assumida pelo romancista.

Os últimos momentos são muito mais emocionantes do que os do restante da jornada, em uma amálgama de medo, paranoia e construção de mentiras a fim de obviamente manipular os que vivem naquelas condições. Ao final, a sensação passada ao leitor é baseada na subsistência; o foco da narrativa de Howey, sem dúvida, está na discussão de até quando é justa a luta pela sobrevivência e o que seria ético na busca por este alvo. O clima de teoria da conspiração em meio a verdades indiscutíveis é o ponto mais interessante, por novamente trazer à baila uma questão tão atual e ainda em voga: a ocultação de informação e manipulação do povo, uma capa que pretensamente busca a paz e o bem estar social mas que, na verdade, esconde interesses de indivíduos poderosos.

site: http://www.vortexcultural.com.br/literatura/resenha-silo-hugh-howey/
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Rascunho com Café 11/02/2015

Mentiras podem ser fatais, e a verdade também
O livro que eu ganhei de aniversário e resolvi colocar como o primeiro desse ano é uma distopia (e também ficção científica), e, como é de esperar, sempre que lemos distopias fazemos comparações com distopias que lemos anteriormente, e com Silo não será diferente.

O livro que fez com que o autor americano Hugh Howey ficasse conhecido no mundo da literatura é um mistério do início ao fim, algo que faz com que devoremos o livro tentando encontrar segredos e mais segredos que são revelados no decorrer da estória. O Silo, nada mais é, do que uma espécie de abrigo subterrâneo construído para as pessoas viverem, pois a Terra está inabitável, cheia de gases tóxicos pelo ambiente. Se você assistiu A Esperança - parte 1, vai compará-lo na hora ao Distrito 13 presente no filme (aquela parte subterrânea, não a que está na superfície).

O Silo é dividido no que podemos chamar de pavimentos, blocos, ou até mesmo setores. Temos o setor de fazendas, a Mecânica, a T.I., entre outros. O sistema político consiste em um prefeito que comanda o Silo e toma algumas decisões políticas (eu disse, algumas), temos alguns delegados e seus assistentes que cuidam da segurança, e...bem, temos a T.I.

O regulamento se resume a uma regra única: nunca, em hipótese alguma, deseje sair. Esse "desejo" pode ser interpretado de várias formas, que vão de um crime até o próprio almejo de curiosidade do exterior. Quem sai está destinado a morrer em poucos minutos, mas antes, tem que realizar uma tarefa: limpar os vidros do Silo, que ficam embaçados de tempos em tempos.

O curioso é que todas as pessoas que ganham essa punição dizem que não realizarão a limpeza, mas, assim que ela saem, elas incrivelmente mudam de ideia e realizam-na. E esse é um dos mistérios que algumas pessoas citadas no livro tentam decifrar.

Silo é um livro tão intenso que em todo final de capítulo há uma bomba, algo que nos deixa boquiabertos, que nos faz pensar e até mesmo bater a cabeça na parede, metaforicamente falando, atrás de respostas. As vezes você até prende a respiração em determinadas partes, esperando que algo de muito ruim aconteça, ou que aquilo que ficou pra trás seja concluído.

E não para por aí: Silo será uma série. Aliás, já é, só que a continuação ainda não foi lançada aqui. A editora Intrínseca, que lançou Silo aqui no Brasil, adiantou que em Março terá novidades sobre Silo. E, além disso, no final do primeiro livro há uma prévia do próximo. Só eu que estou ansiosa para os próximos mistérios, verdades e mentiras que a continuação trará?

site: http://www.rascunhocomcafe.com/
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Julia G 11/03/2015

Silo
“[...] As coisas estavam mal, de alto a baixo.
Um grande conjunto de engrenagens tinha saído do lugar.
Dava para ouvir o barulho da semana anterior, as batidas e o clangor,
a máquina saindo com um ronco de seus suportes e deixando mortos em seu rastro.
E Juliette era a única que ouvia o barulho.
Era a única que sabia do problema, mas não sabia em quem
podia confiar para ajudá-la a resolvê-lo.” (p. 187)


O futuro distópico descrito em Silo, escrito por Hugh Howey, é apresentado aos poucos aos leitores, que descobrem os elementos mais importantes no decorrer da história, junto com os personagens. Essa formatação, quase como uma ampulheta, foi uma contribuição positiva para a narrativa, por ditar o ritmo da leitura e, principalmente, por mostrar informações para que déssemos um sentido para elas e, no momento seguinte, percebermos que estávamos errados. Construído entremeado por essas reviravoltas, o livro atiça a curiosidade e instiga a descobrir em que está dissimulada a verdadeira natureza do Silo, cuja realidade se mostra um pouco mais a cada capítulo. É fascinante descobri-la assim, aos poucos, mas frustrante ao mesmo tempo, por termos que desfazer todas as conclusões a que chegamos quase sempre, porque o autor simplesmente desviou o foco e nos fez chegar às conclusões erradas.

Os personagens criados por Howey são complexos, inteiros, humanos. Eles são inconstantes e nos fazem ter opiniões conflitantes sobre eles. Ainda assim, é difícil não se envolver por cada um, não compreender suas atitudes, sejam elas certas ou erradas. Nem um deles é bom ou mau, apenas age certo ou errado em alguns momentos. Podemos conhecê-los inteiramente pela divisão criada por Howey: há diversos núcleos, que aparecem mais ou menos conforme a divisão do próprio livro, que é separado em partes. A narrativa é sempre em terceira pessoa, mas sempre pelo ponto de vista de um único personagem.

"Melhor se unir a um fantasma do que se assombrado por ele.
Melhor não ter vida do que ter uma vida vazia..." (p. 112)

O único problema a ser citado na obra, que advém dessa mesma estrutura do texto, é que a escrita é detalhista ao extremo, fazendo comparações e descrevendo os mínimos detalhes de qualquer ação realizada pelos personagens, o que torna o texto extenso e, por vezes, cansativo. Não que seja chato, pois a linguagem utilizada pelo autor permite filosofar sobre as coisas mais simples; apenas desnecessário: não era preciso mais de um parágrafo ou dois para contar sobre subidas e descidas pelas escadas do Silo, por exemplo, mas o autor se prende nas minúcias. O livro, por isso, se torna demasiado longo para não muitos acontecimentos.

Ainda assim, a obra tem sua originalidade e não peca nas explicações. Ela dá as que são essenciais, apenas para tornar o funcionamento do Silo e a vida dos envolvidos crível, sem se aprofundar muito. Acredito que seja porque o próximo volume, aparentemente, contará como tudo teve início, esclarecendo o que ficou em suspenso em Silo.

site: http://conjuntodaobra.blogspot.com.br/2014/06/silo-hugh-howey.html
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De Cara Nas Letras 14/03/2015

Silo - Hugh Howey
Olá, humanos. Esta semana trago para vocês o livro Silo, de Hugh Howey. Publicado no Brasil pela Editora Intrínseca, o livro é uma febre nos Estados Unidos. Originalmente lançado de forma independente, Silo chamou a atenção de editoras norte-americanas após começar a ter venda de mais de 10.000 (isso mesmo, dez mil!) livros em formato e-book ao mês. E há inúmeros motivos para este feito.

Feche os olhos e imagine um mundo onde todo o ar presente na atmosfera é altamente mortal e que todos aqueles que continuam vivos moram em um silo no subsolo do que restou do nosso planeta. Imagine agora que neste local do subsolo falar sobre o lado de fora pode gerar sua expulsão (que é denominada "limpeza"), onde ter pensamentos positivos pode ser o motivo da sua morte. Este é o mundo de Silo.

Construído com 144 andares, a construção possuí todo o necessário para manter a população estável. Para não haver desequilíbrios, cada nascimento deve ser precedido por uma morte, e somente aqueles que ganham na "loteria" é que podem procriar.

Logo no começo da leitura conhecemos Holston, o atual xerife do silo. Sua mulher, Alisson, foi contagiada pelos ideais positivistas e acabou indo para a "limpeza" por isso. Após três anos intermináveis de solidão, Holston decide sair para ir atrás de sua mulher. Muitos pensamentos esperançosos passaram por sua cabeça durante esse tempo, e ele já acreditava que tudo o que vivem, tudo o que é e foi dito para os moradores do silo sobre o exterior não passa de mentiras. Engano dele.

A partir daí, a prefeita Jahns vai atrás de um substituto para o cargo do falecido xerife. Julliete, a mais recomendada para a função, mora em um dos últimos andares do silo (a contagem é feita de cima para baixo, é claro!). Nesta expedição, acompanhada pelo delegado Marnes, inúmeros conflitos de pequeno calibre são fundados com a TI, departamento que cuida da parte tecnológica do silo, bem como das roupas especiais daqueles que vão para à limpeza; roupas estas que dão um tempo a mais de vida para que o indivíduo possa limpar os sensores externos.

É neste momento que as coisas começam a ficar divertidas. Hugh Howey cria conflitos tão inebriantes e fatos tão surpreendentes durante o enredo que nós, leitores, ficamos embasbacados. Diversas mortes inesperadas são tramadas, o que me fez ficar de boca aberta. O autor consegue ser inovador em um ramo da literatura que praticamente todo o conteúdo já está batido; onde parece não haver mais nada sobre o que escrever.

Para mim, Silo não é apenas mais um livro que li neste ano. Ele é um dos livros que ficarão em minha memória (e os próximos da trilogia na lista de espera). Além de bem escrito e inovador, como já dito acima, é um daqueles livros que todos os términos de capítulo deixam você na curiosidade, sabe? Você fica tão entusiasmado que se torna quase doloroso interromper a leitura.

Bom, pessoal. Então fica dito: Silo é uma leitura que todos devem fazer. Devo confessar que passei a observar o mundo de outra forma. Particularmente, estou ansiosíssimo para o lançamento do segundo livro da trilogia.

site: www.decaranasletras.blogspot.com
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Matheus 01/04/2015

Bacana
Minha principal motivação para ler esse livro foi o seu surgimento de um autor independente, lançado primeiramente em ebook e que logo se tornou um best seller. Após ler algumas resenhas por aqui, fiquei preocupado se a leitura não se tornaria cansativa. De fato ela é longa no primeiro terço do livro, mas depois fica mais interessante. De qualquer forma, não sei se seria possível para o autor abreviar algumas partes de seu início, já que se trata de descrições de um ambiente novo e diferente do que conhecemos. É um bom livro, candidato a filme nos próximos anos.
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Susie 13/07/2014

Uma máscara de ar, por favor!
Em um mundo distopico onde a superfície planeta está toxica o suficiente para nos matar (quando inalamos seus gases), um silo é a chance de sobrevivência que restou para as populações, de modo que é dividido em andares, funções e técnicas tal como o espaço atual. A não ser por se localizar embaixo do chão.

A população do Silo vive em um espaço onde o mundo exterior é visto apenas através de um vidro e mesmo a imagem não sendo nada agradável, o dia após “a limpeza” é sempre corrido, quando as pessoas tanto dos andares superiores quanto dos mais baixos trocam seu vale férias para observar o céu. Nada anormal até então, a não ser como a limpeza ocorre:

Para chegar a superfície é preciso usar uma roupa especial e obviamente um capacete, mas este só tem oxigênio suficiente para a limpeza e o traje é feito de um péssimo material, por tanto: Ou o limpador morre sufocado com os próprios gases ou inalando do ambiente toxico ao redor. Inicialmente descobrimos que ela é realizada por uma pessoa que cometeu um crime ou decide sair por vontade própria mas, com o desenrolar do livro percebemos que não é bem assim.
O início do livro tem uma narração vagarosa porém sufocante. A forma complexa como conhecemos Houston e as explicações que recebemos sobre a situação do homem (subindo as escadas rumo a sua morte), faz com que foquemos apenas nele e em sua esposa Alisson, que esteve na mesma situação três anos antes e o motivo para estar ali.

De início somos iludidos como as pessoas do silo. Ninguém além do limpador ou o pessoal da TI sabe o que acontece quando uma pessoa cruza os portões da câmara. E principalmente porque até então todos haviam limpado o vidro mesmo após “gritar aos quatro cantos” que não o faria.

Exceto a complexa, inteligente e destemida: Juliette.

Digamos que da noite para o dia, Juliette conseguiu subir da mecânica (ultimo nível do silo, onde se localiza o gerador de energia, bombeamento de água e coisas essenciais para manter o silo funcionando, mesmo que sejam ignorados pelo TI) para a cabine de xerife do silo (144 andares acima de sua casa), contra sua vontade.

O fato é que a mulher tem potencial para tudo e isso foi reforçado pelo fato de Jules ter sido sombra (adolescentes que se espelham em um profissional, auxiliando-o para assumir seu lugar um dia) na enfermaria e após a tragédia de perder seu irmão prematuramente e sua mãe ter se suicidado pouco depois; Resolveu deixar seu pai e descer ao último nível onde se dedicou a mecânica, surpreendendo a todos por sua desenvoltura e habilidade para aprender mesmo aos 14 anos. Ela conheceu Marnes (delegado) e Holston (xerife) quando ambos desceram até seu nível para investigar um crime e ela se mostrou disposta a ajudar. Desta forma após a morte de Holston, a mulher se tornou a primeira opção de Marnes como parceira de trabalho.

Nesse meio tempo, o silo perde Jahns, uma prefeita humilde e adorada por todos. Ela é envenenada em meio a volta de sua viagem para conhecer Juliette e oferecer o cargo. Foi triste e complexo, tanto para Marnes e Jules quanto para mim, juntar os pontos de sua morte e relaciona-la ao pessoal da TI. Ou melhor: Bernard Holland. E se dar conta que se tratou de um acaso pois o veneno havia sido direcionado a Marnes.

Bernard, como líder da TI. Recebe o posto de prefeito e desde o início do livro estamos cientes que ele não tem uma boa relação com Juliette. Até que após uma descoberta, ele resolve se livrar da moça, mandando-a para limpeza; Juliette está estranhamente calma quanto a isso, tanto que sua noite na cela é dividida entre o recebimento de cartões e a visita de Lukas (sempre precisa haver um cara, pelo qual você vai torcer para desencadear um relacionamento), eles nutrem sentimentos desde que se conheceram na calada da noite, enquanto o jovem (da TI) observava estrelas e explicou a xerife sobre elas.

Mas é a saída de Juliette e o fato da moça se recusar a acreditar na visão que seu capacete a ofereceu após sair da câmera pressurizada. Além de não limpar o vidro e ultrapassar as colinas desnudas, ignorando os sensores a suas costas, mesmo sem saber quanto ar ainda lhe restava que torna o livro extremamente interessante e lhe transporta de vez para o mundo dos silos, pois, acredite se quiser:

Não existe apenas um, e quando um silo morre é porque coisas terríveis aconteceram.

site: http://www.gene42.com.br/uma-mascara-de-ar-por-favor-resenha-de-silo-hugh-howey/
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Ferdie 10/05/2015

Amei!
Não sei ainda pq demorei tanto para escrever o que achei. É sensacional a "viagem" escrita e descrita em suas paginas. Muitas vezes me vi sofrendo as perdas e angustias das personagens (algo que já fazia tempo que não acontecia). Super recomendo e aguardo ansiosamente pelo próximo volume \o/
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Glauci 13/05/2015

Uma palavra define esse livro: Opressão.
Leitura Finalizada: Silo - Hugh Howey.

Que livro! Me senti presa e sufocada no Silo, através da belissima narração dessa história.
A primeira coisa que me chamou a atenção, foi o fato de ser uma distopia (agora virei mega fã desse gênero), que não é protagonizada por adolescentes e esse diferencial foi importantíssimo. O livro tem poucos diálogos, e, quem se arriscar a ler, vai compreender o por quê. Achei o máximo!
O autor é muito descritivo em sua narrativa, o que torna a leitura muito morosa e muitas vezes cansativa, esse é um ponto negativo no livro. Muitas vezes pensei em parar de ler, mas resisti bravamente, e que surpresa fantástica.
Um livro com um enredo de distopia, mas diferente por "ser um futuro bem atual" .... se é que vcs me compreendem. Rss
Ahh!, estrelinhas: ★★★★★ (cinco estrelas) - a narrativa detalhada e filosófica e cansativa, mas importante, por isso, não perde nenhuma rsss ...... Boa Leitura. ‪#‎LiEIndico‬
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