A Casa do Céu

A Casa do Céu Amanda Lindhout...




Resenhas - A Casa do Céu


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Nina 24/06/2014

A Casa do Céu
Quando recebi esse livro da Novo Conceito, o coloquei bem no final da fila porque tinha a sensação de que não iria gostar: é uma biografia (estilo literário que eu particularmente não gosto) e ainda fala sobre violência contra mulher, tema que me incomoda muito. Me revolta demais histórias em que mulheres são abusadas pelos simples fato de serem mulheres. Serem julgadas e condenadas como inferiores por homens que, em geral, são desprovidos de qualquer noção de valor ou ética.

Mas, o recente sequestro das estudantes nigerianas por um grupo fundamentalista islâmico me comoveu muitos e as semelhanças entre o caso das jovens com o de Amanda Lindhout me fez ter muita vontade de ler o livro, mesmo imaginando que seria uma narrativa cansativa e sem muitos diálogos. Porém, devo ressaltar que me enganei redondamente!

A narrativa é mesmo bem forte, e em vários momentos eu me vi angustiada e revoltada pela violência e constantes humilhações às quais Amanda era submetida, mas as descrições claras, diretas e muito objetivas conseguiram prender minha atenção, mesmo sofrendo demais com tudo aquilo. Somos transportados para um universo completamente novo e diferente do nosso, onde atitudes cruéis são justificadas pela religião e pela fé em um Deus que com certeza reprova todas elas!

Na visão dos sequestradores, a unica função da mulher é cuidar do seu homem e de sua família, e para tentar se proteger um pouco da violência, Amanda e Nigel (seu ex-namorado e companheiro no sequestro) se convertem ao islamismo e estudam o Corão, na esperança de conquistar a simpatia dos "garotos". Eles chamavam seus sequestradores assim porque eram todos muito jovens, contratados para tomarem conta de deles e que só estavam ali pelo dinheiro; não que isso os transforme em menos culpados, apenas nos mostra o quão caótica e miserável é a situação do povo daquele país.

E aí você pensa: "Depois de tudo isso, ela nunca mais vai querer voltar lá". E é aí que a gente se engana e aprende uma grande lição. Amanda não só voltou à Somália como fundou uma ONG, a Global Enrichment Foundation, para levar educação às mulheres somalianas e quenianas, tentando assim combater o terrorismo nesses países.

A Casa do Céu não é uma leitura fácil, mas é com certeza muito impactante, pois é impossível você se manter o mesmo depois de conhecer a história de sobrevivência de Amanda frente aos mais tristes e sofríveis dias de sua vida. É uma história bela e marcante pois conhecemos o pior que um ser humano pode suportar, e ainda assim, mantendo viva a chama da esperança, da fé, do perdão, da vontade de viver e ser livre e da própria sanidade. De forma geral, essa é uma leitura inesquecível, que vai do que há de mais belo ao mais feio e triste no mundo, e que não pode ser ignorada.

Em setembro do ano passado, Amanda contou sua história em uma entrevista à revista Época que vale a pena ler (clique aqui), e se você quiser saber mais sobre o sequestro das jovens nigerianas ou somente tirar suas dúvidas sobre o caso, o G1 publicou uma matéria da BBC com algumas respostas às perguntas mais frequentes sobre o caso e que nos ajudam a entender a complexidade do episódio (leia aqui).

Aliás,está rolando uma mobilização na net pela libertação das meninas nigerianas e vários nomes famosos como Michelle Obama, Madonna, Alicia Keys, Cara Delevingne e Ellen Degeneres tem postado fotos com a hashtag #BringBackOurGirl em suas redes sociais como forma de apoio. Inclusive, Anne Hathaway pegou um megafone e foi às ruas de Los Angeles protestar, ao lado de um grupo de pessoas e do marido Adam Schulman.

site: http://www.quemlesabeporque.com/2014/05/a-casa-do-ceu-amanda-lindhout-sara.html#.U6m12vldVqU
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Cris Lasaitis 23/06/2014

Seus problemas são muito pequenos
Terminei de ler e, como não ouvi muitas indicações, faço questão de recomendar, esse é um livro que merece ser lido.

A Casa do Céu traz o relato de sobrevivência dramático da Amanda Lindhout, uma jornalista freelancer que, lá pelos idos de 2008, na tentativa de alavancar a carreira, viajou por conta própria para a Somália e terminou sendo vítima de um sequestro de 460 dias por parte de um grupo jihadista, em condições aterrorizantes e degradantes.
Um dos trecho que chama a atenção no relato é a parte em que, no cativeiro, ela estuda o alcorão e descobre que um muçulmano não pode matar outro muçulmano, logo ela decide se converter ao islã como estratégia de sobrevivência, ou para ser melhor tratada por seus captores. Isso tanto não funciona que ela passa a sofrer abusos sexuais por parte de um miliciano. Quando um dos líderes vem visitá-la, ela suplica: "vocês não podem deixar que façam isso comigo, sou sua irmã de fé!", e ele tranquilamente pega o alcorão e indica o trecho que diz claramente que é lícito que um homem se sirva das mulheres cativas - "Entenda, o que está acontecendo é permissível. Não é proibido. Conforme-se."

É uma leitura emocionalmente pesada e efetiva enquanto choque de realidade. É desses livros que te fazem perceber que seus problemas são muito pequenos.
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larissa dowdney 24/05/2014

No começo, a história de Amanda é mais descritiva, por isso um pouco chata. É importante, claro, sabermos um pouco de sua infância, família e planos para entendermos suas escolhas. Mas, no decorrer do livro, a narrativa torna-se mais psicológica e, portanto, fascinante. O sofrimento de Amanda e suas diversas formas de enfrentá-lo (e suportá-lo) me tocou profundamente. A forma como ela entendia seus captores e tentava entender o contexto social mais amplo que os levaram a capturá-la mostra uma humanidade muito grande. Terminei o livro levando comigo um pouco do modo de ver a vida de Amanda. Afinal, para que servem os bons livros senão para nos deixarem sementes?
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cotonho72 29/04/2014

Excelente!!
Nesse livro autobiográfico, acompanhamos a história de Amanda Lindhout, uma jornalista freelancer.Durante uma viagem para Somália em agosto de 2008foi sequestrada e ficou em cativeiro durante 460 dias, um pesadelo inimaginável.
Quando tinha nove anos de idade, Amanda já sonhava em conhecer o mundo e viajava nas páginas das antigas edições da Revista National Geografic, ela morava em uma pequena cidade chamada Sylvan Lake no Canadá. Teve uma infância difícil, pois sua mãe, Lorinda Stewart, era divorciada e tinha um relacionamento conturbado com Russel, um nativo que fora criado com os pais de Lorinda e que agora era o seu namorado, seu pai, Jon Lindhout, fora casado com sua mãe a pouco mais de vinte anos, mas anunciou que era gay e fora morar Perry Neitz que se tornara um segundo pai para Amanda.
No ano 2000 Amanda tinha 19 anos e juntamente com o seu namorado Jamie, foi morar em Calgary num minúsculo apartamento; começou a trabalhar em uma loja de roupa, mas ganhava pouco e logo arrumou outro emprego e começou a trabalhar como garçonete a noite, num lugar elegante e caro, com o salário e as gorjetas conseguiu juntar dinheiro para sua primeira viagem, decidiram ir para América do Sul, Venezuela e se possível Brasil e Paraguai
Desde então Amanda não parou mais, após o terminar o seu namoro com Jamie viajou para lugares como Nicarágua, Sudão, Síria, Paquistão, África, Bangladesh, Oriente Médio e demais lugares,uma verdadeira mochileira, a cada viagem a sua vontade de conhecer lugares novos e seus costumes aumentava, na Etiópia conheceu Nigel Brennan, um jornalista, a qual teve um pequeno romance, mas acabaram se distanciando.
Amanda foi também para países que estavam em guerra, como o Iraque e o Afeganistão, e neles deu inicio a sua carreira de jornalista. Em Agosto de 2008, resolveu ir para Somália e por insegurança convidou Nigel para acompanhá-la, no quarto dia quando iam escoltados para uma área de refugiados para fazer algumas entrevistas e tirar fotos, foram sequestrados, a partir desse momento começou o seu maior pesadelo.
Essa é uma história triste, perturbadora e nos traz um sentimento de raiva, indignação e medo,Amanda Lindhout nesse período passou fome, torturas, vários estupros, se converteu pelo islamismo para sobreviver e lutou contra si mesma para não se suicidar, durante essa história dramática também conhecemos várias culturas e costumes e na Somália a vida e luta de pessoas que morrem todos os dias por uma guerra injusta, imposta por poder.
Seis meses depois da sua libertação Amanda fundou uma organização filantrópica chamada Fundação para o Enriquecimento Global (GEF - Global Enrichment Foundation), para ajudar a fomentar a educação na Somália. Outra coisa legal e interessante foram as cópias da carta escrita para a mãe da Amanda que estão nos versos da capa e contra capa.
Um livro forte e impactante, cheio de coragem e compaixão que vai emocionar a muitos.

site: devoradordeletras.blogspot.com.br
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Dani 26/04/2014

A Casa do Céu, Amanda Lindhout e Sara Corbett
Quando ganhei este livro, sabia o que iria encontrar em suas páginas, mas não sabia o quanto seria emocionante a ponto de deixar o leitor sem palavras.
A Casa do Céu é uma obra onde a Canadense Amanda Lindhout narra suas aventuras e sua jornada por países. No início, ela nos conta um pouco sobre sua infância, a violência que presenciava em casa, sua paixão por livros de viagens e sobre outros países e como surgiu a vontade de viajar para qualquer lugar. Logo, quando conheceu um rapaz que lhe interessou, Nigel, um fotógrafo, Amanda descobriu que também gostava de fotografar e que conseguira um ótimo companheiro de viagem. Depois de alguns beijos e explorações de outras terras, Amanda e Nigel precisaram se separar, Nigel voltando ao seu país e Amanda, depois de conseguir economizar mais dinheiro, continuou sua jornada sozinha. Começou a investir em fotografias, fotografando para revistas e jornais tudo que achara interessante em outros países, como a Índia. Amanda também nos mostra como seguiu a carreira de repórter, enquanto descobria o mundo, nos levando a conhecer cada cultura por qual passou.
Algum tempo depois, Amanda e Nigel voltam a se encontrar, sob a ideia de viver mais uma experiência em outro país juntos : a Somalia. Lá, apenas alguns dias após chegarem, são sequestrados por um grupo de jovens muçulmanos que querem dinheiro em troca dos reféns.

"É impossível saber o que vai acontecer, até que a coisa aconteça." - A Casa do Céu, pág. 115

Acompanhamos então os 460 dias de Amanda e Nigel em cativeiro, sofrendo diversos tipos de abusos, violência, tudo isso sob a justificativa de estarem certos, devido ao islã.
Amanda conta, de uma forma emocionante, como foi conviver com os sequestradores, como faziam para viver e no que pensava enquanto estava sofrendo por causa disso. Sua única forma de comunicação com o mundo exterior eram os telefonemas para sua mãe onde se era exigido pelos somalianos que pagassem a quantia estimada por sua liberdade e a de Nigel.
Aos poucos, Amanda perdia a fé que sairia algum dia desta situação e retornaria á vida a qual gostava, mas me comoveu o fato de, mesmo sofrendo tanto pelos sequestradores somalianos, ela não deixava de ter compaixão e entendia que aquelas eram atitudes que resultavam do ambiente da Somália, construídos por guerra em nome da religião islã.
A Casa do Céu é uma leitura rica, com muitas informações que não sabíamos - que a mídia não mostra - de diversos países e nos leva a refletir muito sobre isto. Entendemos também, o significado de o título do livro e sua capa, vou deixar a curiosidade para quem irá ler a obra.

site: http://danielabyrinth.blogspot.com.br/2014/08/resenha-casa-do-ceu.html
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Dose Literária 10/04/2014

Um relato pungente e desesperado de uma refém de guerra... A casa do céu, de Amanda Lindhout.
"Na casa queimada, eu tomo o café da manhã.
Entenda: não existe casa, não existe café da manhã. Mesmo assim, aqui estou."
- Margareth Atwood, Morning in the burned house.


Eis a epígrafe do livro A casa do céu. Partindo dessa premissa, imaginei o que estaria por vir na leitura desse livro, publicado pela Ed. Novo Conceito. Lançado no final do ano passado aqui no Brasil pela editora, a autora Amanda Lindhout descreve em quase 450 páginas toda a trajetória de sua vida, desde pequena quando sonhava em conhecer o mundo, até o momento em que pôde tornar seu sonho realidade, e viveu o maior pesadelo que um estrangeiro poderia enfrentar num país que vive em conflitos de guerra: sequestro.

Desde pequena, Amanda teve uma infância mergulhada em revistas National Geographic e imaginava estar em vários lugares que aquelas imagens representavam. Quando começa a trabalhar como garçonete num pub, junta suas gorjetas e financia uma viagem com o namorado para a América Latina, como mochileira. Mesmo com os contratempos na viagem e a descoberta de não-tão-perfeição-assim que uma estada em outro país poderia proporcionar, ela se apaixonou pela experiência e acaba juntando dinheiro para outra viagem, dessa vez para a América Central. Com o fim do relacionamento, ela viaja com uma amiga, depois passa a cruzar as fronteiras sozinha, conhecendo várias pessoas de todas as partes do mundo. Se envolve com algumas delas, inclusive, mas nada muito especial. O que vale para Amanda é realmente a sensação de liberdade de vencer mais uma fronteira, de somar mais um país a sua lista de visitados. Em 4 anos, ela já havia entrado em mais de 40 países ao redor do mundo.


Leia mais em

site: http://www.doseliteraria.com.br/2014/04/um-relato-pungente-e-desesperado-de-uma.html
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Bruna Carolina 02/04/2014

Um livro tocante.
Comecei esse livro sem muita empolgação. Em geral, não costumo ler nada baseado em fatos reais... Mas fui tomada pela história da Amanda logo no começo, desde a infância pobre, passando pela adolescência e pela juventude dela, acabei querendo saber como ela chegaria à ser sequestrada.
Quando a história chega no momento do sequestro, já estava totalmente envolvida pela história e pela personagem principal. Outro medo: do livro se tornar monótono, já que ela passaria um tempo considerável sequestrada. Infelizmente não houve nada monótono. Digo infelizmente, pois como se trata de história real, preferia que nada tivesse acontecido, que ela simplesmente tivesse sido jogada em um quarto escuro até conseguir ser resgatada.
Durante o livro, experimentei várias sensações e sentimentos, em alguns momentos tendo que parar a leitura por não conseguir lidar direito com as situações ali apresentadas.
Recomendo muito o livro, me fez refletir muito sobre o quanto devemos dar valor às coisas simples da vida.
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Debs 25/03/2014

Uma história triste, surpreendente e chocante.
Quando comprei esse livro, não imaginei o quanto ele iria mexer comigo, nem o quanto ele poderia me fazer pensar, sobre tantos assuntos ao mesmo tempo. Religião, viagens, política, privações... entre outros. Em "A casa do Céu" a viajante mochileira, que acaba se tornando jornalista, Amanda Lindhout, conta o que passou quando foi sequestrada na Somália. Ela e seu ex namorado, Nigel, ficaram mais de um ano confinados com seus sequestradores. Amanda foi estuprada, privada de coisas simples, como sentar ou caminhar após uma tentativa frustrada de fuga. No livro, ela conta sobre as casas que passou com seus captores, que se converteu ao islamismo para poder sobreviver "um pouco melhor" dentro do cativeiro, relata o quanto o Alcorão que é o livro sagrado para as pessoas dessa religião pode ser cruel com os sequestrados e o quanto dá de direito aos captores de fazer o que bem quiserem com eles, como abusar das pessoas sem serem punidos. Ela fala das viagens que fez antes de ir a Somália, conta dos lugares, o que viu neles, da coragem que se precisa ter para viajar a um país que não fala o seu idioma o quanto é necessário esbarrar com pessoas boas pelo caminho para que isso seja possível. O livro é denso, triste em diversos trechos, principalmente quando ela conta o quanto apanhou dos sequestradores e como era tratada de pior maneira simplesmente por ser mulher. Esse livro me fez refletir sobre muitas coisas, mas a principal, é que, num mundo tão grande como o nosso ainda há pessoas que usam a religião para justificarem seus atos de tirania. Não existe guerra santa, Renata Russo já dizia. E eu concordo com ele. O que essas duas pessoas viveram em cativeiro, são coisas inimagináveis para muitos, mas acontecem o tempo todo sem que nós tenhamos consciência. Recomendo o livro pra todos.
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Arca Literária 23/03/2014

A Casa do Céu
Olá queridos leitores. Vou começar a dizer que não foi fácil resenhar este livro. Fiquei uns dias pensando na historia dele e na forma em que ele me atingiu.
Poderia apenas dar-lhes uma revisão da historia, porem não seria bem o apropriado, e sim tenho que lhes dizer exatamente como a história ocorreu a meu ver. Alerto, não considero este um livro difícil ou carregado; mas uma história verdadeira, a historia de uma pessoa, um ser-humano, que passou por dificuldades que nunca passamos. Então, vamos à resenha.

O livro A Casa do Céu conta a historia de Amanda Lindhout, iniciando a historia de como sua infância foi, o que já não foi fácil. E para suportar ela viaja nas revistas da National Geographic, que eram seu refugio. Já adulta, ela decide por si mesma passar pela experiência de um viajante, onde conhece lugares e costumes, e enfrentara alguns percalços, apesar dos quais, nunca desiste.

Muitas vezes, nós leitores gostamos mais da ficção do que a vida, e por isso nos entregamos muito às leituras, mas este livro em si, é cheio de verdades, verdades das quais muitas vezes tentamos fugir. A verdadeira historia de um sofrimento onde não lhe cabe sentimentos fantasiosos e sim, sentimentos verdadeiros.

Amanda nos conta como foi sua vida, nos mostrando a realidade de um mundo que somente vemos na televisão.
Amanda em uma de suas viagens, como fotógrafa freelance, vai parar no meio de uma guerra no Paquistão, onde ela é sequestrada e mantida em cativeiro, aproximadamente por 17 meses. O que dá um ano e meio em prisão.
Mostra sua luta e decisões que teve que ser tomar para sua sobrevivência. O que posso dize é que não será agradável.
A leitura é direta, sem meias palavras. Mas o turbilhão de sentimentos que é causado é o que nos deixa impactados, pensativos e até um tanto melancólicos. Se você gosta da verdade nua e crua, uma leitura que lhe levará para a vastidão de sofrimento, então está na leitura certa.

Quando iniciei a leitura, achei que seria um tanto sofrida. Nem sinopse eu tinha lido, então não sabia o que esperar. Imaginei que seria uma historia um tanto lenta. Sim, o início pra mim foi assim, mas quando fui adentrando nas viagens da Amanda, comecei a focar e a entender melhor. Quando cheguei à cena onde fui transportada para junto dela no sequestro, não consegui em nenhum momento me desligar ou deixar o livro. Li até a última pagina, naquela angustia do que iria acontecer, como aconteceria e o que estava me aguardando. E por fim, acabei tendo uma ressaca, onde não consegui pegar um livro sequer, pois a historia de Amanda estava ali, impregnada em minha cabeça, me fazendo pensar em como a vida dela foi e analisando junto a minha vida. Sim, meus queridos leitores, vocês chegarão a comparar a vida dela com sua. Pensará em como você é ingrato em sempre estar reclamando e reclamando.
Após uns dias consegui finalmente estar aqui lhes dizendo sobre a leitura deste livro e de como ela me ensinou a dar mais valor a que tenho, além de dar coragem de enfrentar os percalços que surgem que, se comparando aos da Amanda, não são nada.
Esta leitura vai surpreender, lhe ensinar coisas que você nunca ousou apreciar. Esta, mais do que recomendado a vocês leitores.
Única coisa que não me agradou foi a capa do livro. Não direi exatamente porque, mas não gostei da capa. Mas... não será por causa da capa que a historia não valerá a pena. Hoje aprendi a não julgar um livro pela capa.

Nesta resenha não soltarei quotes, pois achei que seriam spoiller por ser uma historia verídica. Mas espero que tenham gostado mesmo assim.


site: http://www.sanguecomamor.com.br
Ana 05/04/2014minha estante
Poxa, pois a capa eu achei maravilhosa! Mas gosto cada um tem um mesmo. Ótima resenha!




letícia 10/03/2014

Li algumas resenhas que diziam que o livro era difícil de ler/pesado por tudo que aconteceu com Amanda, mas até o meio do livro eu estava achando que dava para continuar normalmente.

Quando chegou em determinada parte, o que acontece com ela é tão terrível que eu segurei várias vezes para não chorar em público (eu lia no ônibus).

Li em 2 dias, pois queria saber o que aconteceu com ela e mesmo semanas depois de ter lido, ainda sinto uma mistura de angústia e admiração quando lembro do livro, o que aconteceu com ela e como ela encarou tudo isso.

Pra mim, uma das partes mais marcantes foi quando ela diz algo como "aguenta firme, esse é o seu corpo, vc é o que tem dentro" porque por mais que ela tivesse em uma situação horrorosa, machucada etc, ela tentava arrumar forças para se manter sã e com esperança de viver.

Eu recomendo a leitura, a única parte ruim do livro é que tem horas que fica cansativo porque tem muita descrição dos locais que ela foi e demora para contar o que aconteceu quando ela foi sequestrada. Fora isso, é uma leitura boa pra reflexão.
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Letícia 03/03/2014

No limiar da loucura
Creio que esse eu vou ler e reler várias vezes, é um relato incrível. Resumidamente, o livro trata do sequestro da canadense Amanda Linhout (a própria autora) e de seu antigo romance, o australiano Nigel, enquanto ela planejava dar continuidade em sua carreira de jornalista indo à Somália, já tendo passado pelo Iraque trabalhando em uma emissora iraniana. Antes disso, Amanda era viajante, e conheceu diversos lugares do mundo, muitos exóticos, e seu histórico lhe garante certa familiaridade com a cultura do Islã. Este é um dos aspectos marcantes do livro, pois a história toda gira em torno dessa religião. Em 2008 e 2009, época em que Amanda permaneceu na Somália, o país estava enfrentando uma grande guerra civil para implantar um governo que seguisse as regras do Alcorão.

A princípio, Amanda se mantém calma durante o sequestro, e tenta manter sentimentos bons, como esperança, durante os 15 meses de cativeiro. Isso é uma das coisas que eu mais admirei. Provavelmente por estar acostumada a viajar, ela conseguiu lidar com as privações sem comentários mesquinhos ou fúteis, sendo apenas um ser humano e é possível SENTIR isso durante a narrativa. Em vários momentos ela chegou perto da loucura, e nós quase enlouquecemos com ela.

Embora eu, infelizmente, acredite que ela tenha sofrido muito mais do que conta no livro (quem sabe para não chocar a família? Eles já sofreram muito durante este longo período), a narrativa foi cuidadosa e sem exageros, em nenhum momento foram realçadas passagens repulsivas ou aterrorizantes demais, apenas o que se passava dentro dela mesma. Sua esperança. Acredito que este é o grande mérito dela, dando vida a este drama real e muito comovente. Parte da comoção vem de saber que este livro é de não-ficção e que alguém realmente passou por isso e que agora enfrenta problemas como estresse pós-traumático e alguns ataques de pânico.

Hoje Amanda cumpriu algumas de suas promessas durante o cativeiro, como cursar uma faculdade, e também fundou uma organização para ajudar os refugiados somalis no Quênia, ou melhor, As refugiadAS. Durante o tempo em que passou com os captores, ela sentiu na pele o que é ser mulher entre tantos homens, sendo agredida e estuprada sem remorso. Pensando em uma mulher muito corajosa que tentou ajudá-la em sua tentativa (fracassada) de fuga, a Global Enrichment Foundation (Fundação para o Enriquecimento Global) foi criada.

Como espectadora, eu gostaria de saber se Amanda manteve contato com um de seus captores, o jovem Hassam, que lhe passou seu endereço de e-mail. Eu realmente gostaria de saber.

Após a leitura, eu passei um tempo abraçando o livro. De fato, ele foi muito especial e marcante para mim. Desejo que Amanda e Nigel consigam seguir sua vida felizes, que realizem os seus sonhos e que a GEF ajude muitas pessoas.
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Isnnar Rainnon 04/02/2014

Libertador
A casa do céu é um livro de te leva para um mundo totalmente novo,no qual nota a história de uma jornalista que foi mantida em cativeiro durante 463 Dias ,e a cada dia o leitor é convidado a aprender uma lição de vida e resiliencia com Amanda. Eu sempre me referi a Amanda como um ser evoluído e superior ,pois se eu me encontrasse na mesma situação dela eu já estaria surtado ,e esse é um dos grandes atrativos do livro ,que é fazer despertar no leitor um sentimento de empatia em todas as páginas .O livro e forte ,denso e libertador ,libertador pois Amanda te faz libertar de manias supérfulas e cria no leitor uma maneira incrível de dar valor a pequenas coisas na vida ,a personagem (se é que podemos chamá-la assim) mostra o quanto a esperança é essencial em casos como esse . O que me mais chamou atenção não foi os episódios vivenciados por Amanda (que eram fortes !!!) mas sim a forma que ela lidava com tudo aquilo. Apesar do livro se tratar de um auto biografia ,há relatos da propia Amanda que te faz refletir sobre a situação sócio econômica da Somália ,o extremismo religioso ,e o negócio lucrativo e comum na Somália que é o sequestro. Uma das coisas que me despertou em mim um desconforto foi a maneira passiva como o Estado trata as vítimas de sequestro ,é um absurdo !!! Mais de um ano para libertar uma prisioneira? Sem nenhuma intervenção enérgica ,sem nenhuma preocupação em acelerar as negociações,realmente quando esse tipo de situação nao envolve nenhum interesse político o estado se mostra apático ,Amanda sofreu 463 dias só pelo fato de ser uma civil comum . Enfim ,o livro é maravilhoso e te ensina muitas lições de vida ,recomendo.
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Nath @biscoito.esperto 28/01/2014

Confesso que não li muitas biografias na minha vida. E confesso, também, que me apaixonei por todas as biografias que li. Não foi diferente com A Casa do Céu. Achei o livro surpreendente e interessante desde a primeira página.

A Casa do Céu conta a história real de Amanda Lindhout, uma garota que lia a revista National Geographic quando criança na esperança de esquecer a casa violenta em que vivia. Amanda cresceu com o sonho de viajar para longe, para qualquer lugar, para todos eles. E foi com esse sonho que ela aceitou o emprego como garçonete num restaurante com clientes mais ricos. Amanda ganhava gorjetas gordas – fora um bom salário – e conseguiu juntar bastante dinheiro para fazer sua primeira viajem para a América Latina. E depois ela viajou para muitos outros lugares, como Índia, China, Afeganistão, Síria, e outros países da África.

A cada país em que Amanda passava, a cada novo lugar que ela visitava, a cada paisagem que ela descrevia, minha vontade de sair de casa e pegar o primeiro vôo para qualquer um desses lugares exóticos só aumentava. Eu sentia a brisa do oceano, sentia as árvore, via as roupas exóticas, podia sentir o cheiro das comidas apimentadas, podia tocar o asfalto de países que eu nunca sonhara em conhecer. Amanda me fez viajar mentalmente para mil lugares com esse livro, lugares que eu pretendo – e vou – visitar fisicamente um dia.

Uma das coisas que mais admiro em Amanda é seu espírito aventureiro, sua vontade de conhecer coisas, lugares, pessoas. Amanda não se deixava limitar. Amanda, assim como eu, não acredita que a vida se limita a aquilo que você pode ver e tocar. A vida é muito maior e, assim como Amanda, eu quero ver e tocar tudo.

Amanda começou a sentir que visitar países pacíficos que todo mundo visitava estava ficando sem graça. Amanda decidiu que queria viajar para lugares mais remotos, países em guerra, países pobres. E foi visitando países como Afeganistão e Iraque, que Amanda começou sua jornada como jornalista freelancer. Junto de Nigel, um antigo amante, Amanda tirava fotos, escrevia pequenas reportagens e recebia uma quantia interessante para continuar seu serviço. Foi então que Amanda decidiu ir para a Somália, o país mais perigoso do mundo, tirar fotos da maior zona de guerra, pobreza e desigualdade do mundo.

Amanda achou que tudo estava indo bem em sua pesquisa quando foi repentinamente seqüestrada por um grupo de somalianos. Ser branco na Somália era o mesmo que ser um diamante, e o preço por ela era alto. O grupo de somalianos tentou repetidamente “devolver” Amanda e Nigel às suas famílias por uma quantia grande de dinheiro, mas suas famílias não podiam pagar por tudo aquilo.

Foi assim que Amanda e Nigel ficaram por 15 meses em cativeiro, sofrendo como prisioneiros, se sujeitando às maiores humilhações e desnecessária violência, apenas esperando que um dia estariam livres para voltar para casa.

A Casa do Céu não é um livro triste. Não é um livro de tragédia. Para mim, o livro é sobre ter um espírito livre, é sobre acreditar na liberdade mais que tudo. O livro é sobre perdoar, sobre entender, sobre aceitar e seguir em frente. A Casa do Céu é sobre acreditar que existe um bom final para tudo, um bom final para todos. Este livro me ensinou muitas coisas, me lembrou de mais outras, e me fez aceitar o mais importante: nós não podemos tomar o mundo em nossas costas, não podemos querer consertar tudo sozinhos. Mas nós podemos concertar muitas coisas juntos. Nós somos livres para fazermos o que queremos, nossas barreiras são todas mentais.

Assim como Amanda, quero ser considerada uma heroína.


site: www.nathlambert.blogspot.com
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Eli Coelho 25/01/2014

Impactante
A autobiografia de Amanda Lindhout uma jovem aventureira, apaixonada por viagens e disposta a conhecer o mundo.
Uma mulher marcada por um trauma. Uma sobrevivente que tenta reconstruir sua vida e deixar uma mensagem de esperança ao mundo.

Ambas as definições se enquadram para a autora. Sequestrada na Somália em 2008 ela foi torturada, estuprada, passou fome e fingiu converter-se ao islamismo para sobreviver.

Um acerto do livro é não apelar para o melodrama (ainda que haja ingredientes de sobra para isso). É um livro que não nos faz chorar a cada pagina, tudo é retratado como um relato simples, mesmo narrado em primeira pessoa.

Outro acerto é 1/3 do livro tratar da vida de Amanda desde infancia e as primeiras 45 viagens. Entendemos porque ela correu o mundo, o que ela fazia na Somalia, quais suas ambiçoes e sonhos como freelancer, etc. Traz humanidade a autora/personagem antes de mergulharmos em seu inferno.

Algumas partes do livro são bem pesadas. A autora confessa que pensou em se matar devido as torturas que sofreu. O livro é acima de tudo uma comprovação do que é o fundamentalismo islamico e como as mulheres são tratadas por eles.

Claro que nada pode ser generalizado. Nem todo muçulmano é igual, assim como nem todos os cristãos são iguais. Esse livro se for a unica fonte do leitor quanto a essa realidade tende a criar preconceito.

Recomendo. Um ótimo livro e com um título inesquecível. Poesia diante do horror.
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