Laura 30/04/2021
Qualquer um pode mudar uma guerra
No fim da Segunda Guerra Mundial, os Aliados se encontram em um momento decisivo que significa a vitória ou a derrota. Eles planejam um dos maiores eventos da história, o Dia D, em que o sucesso resulta no fim do domínio nazista, mas a derrota pode levar a Hitler novamente dominar a Europa. Nesse clássico de espionagem, qualquer pessoa pode mudar o rumo da guerra, começando por garantir que o segredo de que a gigantesca força militar é tudo uma farsa para enganar os nazistas, guardado. A partir desse contexto, Ken Follet cria três cenários distintos. No primeiro vemos um espião alemão altamente competente, frio e calculista, conhecido como o Agulha, que está determinado a levar as informações cruciais, obtidas a seu mestre. Do outro lado temos Percival Godliman, um professor que foi recrutado para capturar o espião que pode levar a derrota dos Aliados na guerra. No terceiro cenário conhecemos Lucy, uma esposa e mãe que busca apenas sossego e felicidade, mas que acaba se envolvendo no meio dessa bagunça de espionagem.
Os personagens vão se familiarizando com os leitores ao longo da narrativa, sendo humanos e palpáveis. Ken construiu personagens que são pés no chão, dando mais credibilidade a história e tornando tudo o mais realista possível. Além dos personagens, o contexto e o cenário principal é muito bem construído, levando o leitor a viajar no tempo e se envolvendo com a trama. Também é atiçado a curiosidade, uma vez que qualquer personagem, qualquer acontecimento, qualquer pedra no caminho pode mudar absolutamente tudo.