b.de.biscoito 27/05/2024
O dia os absorvera. Impotentes, eles ainda viviam.
Salem (ou Salem's Lot no original) é uma história que demora a engatar, em que até metade da história você não sabe exatamente o rumo que a história quer seguir. A partir desse momento, o livro mostra para o que veio. A tensão aumenta a cada página até chegar em seu clímax, e termina de maneira que você, leitor, provavelmente não espera.
Os personagens são esquecíveis (e isso não é algo ruim aqui), sendo formas de fazer os acontecimentos rolarem. São vítimas premeditadas, só falta saber se serão abatidas ou não.
Os vampiros são desenvolvidos de maneira criativa e envolvente, tendo vários pontos do conhecimento comum sobre vampiros (aversão a sol, cruzes, etc) mas também muitas coisas originais (habilidade de voo, hipnose, controle por sonhos, e afins). Pensei que seria algo batido por já ter consumido cultura a respeito de vampiros, mas ainda assim me surpreendi com os aspectos abordados. Pensar na expansão de vampiros numa cidade pacata como uma praga é uma ideia muito inovadora na minha opinião, embora já tenha visto coisas similares (Missa da Meia Noite provavelmente bebeu da fonte apresentada aqui).
A casa Marsten eu senti que foi um ponto não muito aprofundado. King pegou referência de Residência Hill (sendo inclusive referenciado por um dos personagens) em diversas passagens e também na maneira como a casa era descrita, mas esqueceu de explicar mais sobre o motivo da casa ser um emissário do mal, tendo essa energia pesada.
Por fim, é um livro que recomendo muito, e fico pensando nas repercussões que o final desse livro podem gerar no universo de King.