O Diário de Helga

O Diário de Helga Helga Weiss




Resenhas - O Diário de Helga


52 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4


Thai 03/02/2016

O livro é dividido em três partes: 1. Praga; 2. Terezin e 3. Auschwitz, Freiberg, Mauthausen, Praga.

Helga inicia seu diário contando seu dia a dia. Já somos introduzidos na história conhecendo as mudanças feitas para os judeus. Uma delas foi a expulsão de crianças judias das escolas públicas, o que deixou Helga muito triste. Ela estudou em casa e em grupos de estudos que foram criados por judeus.
Outra mudança foi a chamativa estrela amarela com a palavra JUDE que deveria estar costurada em suas roupas. Uma forma de marcar os judeus que, apesar dos olhares e comentários ofensivos, Helga e sua amiga Eva levavam tudo numa boa e faziam brincadeiras.

"Durante a tarde, saio para um passeio com Eva. Não para o parquinho – a gente ficou de propósito nas ruas movimentadas. [...]
Que os alemães vejam que não estamos incomodados. Deliberadamente, mantemos rostos alegres e nos forçamos a rir. Deliberadamente, para irritá-los." Pág. 40

Não demorou muito para que começassem as deportações. Toda vez que saía uma convocação era uma dor que Helga sentia, com medo de que fosse sua vez ou de alguém próximo.
Depois de várias convocações a família de Eva foi escolhida e pouco tempo depois chegou a vez da Família Weiss. A família de Helga. Eles seriam mandados para um alojamento em Terezín.

"E assim perdi minha última amiga. [...] Sempre penso nela. Nunca vou esquecê-la." Pág. 48

Helga descreve sua ida ao Centro de Deportações Judaicas até o alojamento, onde dividiam um quarto com dezenas de pessoas e recebiam refeições pobres e controladas.

"[...] Muitos – não, certamente todos – estão chorando em silêncio, mas nós não demonstramos nossas emoções. Para que dar esse prazer aos alemães? Jamais! Temos força para nos controlar. Ou deveríamos nos envergonhar da nossa aparência? Das estrelas? Dos números? Não, não é culpa nossa, alguém se envergonhará por isto. O mundo é apenas um lugar estranho." Pág. 63

Em seguida acompanhamos a separação de Helga e seu pai, todas as viagens intermináveis e cansativas e as noites mal dormidas. Daqui em diante as coisas só pioram conforme acompanhamos toda sua jornada.
Ela faz de tudo pra ficar por perto da mãe que está fraca. Naquele momento é o que mais importa.


"[...] o que essas... pessoas?... passaram? Sim, já foram pessoas um dia. Saudáveis, fortes, com vontade e pensamentos próprios, com sentimentos, interesses e amor. Amor pela vida, pelas coisas boas, pela beleza, com fé num amanhã melhor. O que resta são fantasmas, corpos, esqueletos sem altas." Pág. 189

***
O livro é repleto de ilustrações e fotos. É nítido o cuidado que os envolvidos tiveram ao colocar as notas do organizador do livro (sim, eu li tudo e é bem interessante, juro. Não pulem!) e uma entrevista com a Helga no fim do livro.

É impossível não se emocionar com o relato da Helga, ainda mais sendo uma criança.
Mesmo sabendo que ela sobreviveu, a gente teme pela sua vida e de sua família e conseguimos ver nitidamente a força dela, por sempre aguentar mais um dia e por manter consigo a única coisa que ainda restava: a esperança.

site: curaleitura.blogspot.com
comentários(0)comente



Nathalia Neri 05/04/2015

História pra se levar pra vida
Esse já é o segundo livro que leio sobre a segunda guerra, é fascinante o modo como descrevem essa época de horror, diante de todo sofrimento que passam ainda encontram poesia para descrever. Não sei, mas de alguma forma essas histórias me encantam, por ver pessoas tão fortes que conseguiram passar por isso da melhor forma, são pessoas inspiradoras.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



naniedias 22/05/2013

O Diário de Helga, de Helga Weiss
Intrínseca - 221 páginas
Um relato real e pungente sobre um dos períodos mais tristes da história contemporânea.


Título: O Diário de Helga
Título Original: Helga's Diary
Autora: Helga Weiss
Organizador: Neil Bermel
Tradutor: George Schlesinger
Editora: Intrínseca
ISBN: 978-85-8057-305-3
Ano da Edição: 2013
Ano Original de Lançamento: 2012
Nº de Páginas: 221
Comprar Online:
Inglês: Amazon / Book Depository
Português: Amazon / Cultura / Saraiva / Submarino


Sinopse:
Helga era ainda apenas uma criança quando foi levada para Terezín, um campo de concentração na Tchecoslováquia. Aos oito anos havia começado a escrever um diário, que ainda mantinha aos onze quando teve que deixar Praga com o pai e a mãe. É este diário, no qual ela continuou escrevendo nos anos em que passou em Terezìn antes de ser enviada a Auschwitz, que o leitor tem a oportunidade de ler agora, graças a um tio da menina que conseguiu escondê-lo até o fim da guerra.


O que eu achei do livro:
Ótimo!

Para começar, não parece certo dizer que é ótimo um relato verdadeiro do holocausto. Simplesmente porque nenhuma palavra boa parece estar no lugar certo quando esta conectada a este assunto.
O que quero dizer é que a leitura d'O Diário de Helga é bastante esclarecedora e tremendamente perturbadora, não consegui largar o livro enquanto não cheguei ao final e mal pude dormir à noite pensando nos horrores narrados pela criança.

O Diário de Helga publicado pela Intrínseca é uma tradução da versão inglesa de Neil Bermel, que organizou os relatos de Helga, traduziu-os para o inglês, juntou a alguns desenhos da menina feitos também na época em que foi prisioneira e publicou, junto a uma entrevista com Helga* em um livro inédito. Alguns fragmentos do diário da garota foram publicados através dos tempos, mas não na íntegra como aconteceu nessa versão.
Segundo palavras da própria autora durante a entrevista concedida, esse assunto ainda é um grande tabu. Por muito tempo, ninguém quis nem ao menos falar sobre o que aconteceu naqueles anos de guerra e seu diário foi pouco requisitado, embora as pessoas soubessem de sua existência. Ela também afirma que hoje em dia muito se fala sobre o assunto, mas ainda não é da forma que seria ideal - há muita coisa que não é exatamente real, fala-se muito de coisas que não poderiam ter sido daquela forma e escondem-se outros detalhes.

A narrativa é bastante envolvente, como se fosse mesmo um diário. Ora a menina fala no passado (como se estivesse contando eventos dos quais se lembra) e ora no presente (como se os tivesse vivenciando exatamente no momento em que escreve as linhas do diário), mas sempre com muito sentimento, muita verdade, muita inocência.
Uma das coisas mais tristes de ler o relato de Helga, é ver como uma criança teve que se tornar adulta antes do tempo, vivenciar algo pelo que ninguém jamais deveria passar, sobreviver em condições insustentáveis. É impressionante ver a força de vontade daquelas pessoas, como o ser humano é forte e como a luta pela vida é maior do que todo os sofrimento pelos quais passaram.

As mazelas sofridas pela criança, pelos seus amigos e familiares doem no leitor. Não é possível ler esse livro sem se envolver. É impossível largar O Dário de Helga, então tome cuidado. Mesmo que você consiga interromper a leitura (em alguns momentos, o relato é tão forte que isso se torna inevitável), não conseguirá parar de pensar em tudo o que leu.
Não entenda mal, o diário da menina é mesmo uma narrativa de uma criança, não tem descrições tão pesadas, mas está tudo nas entrelinhas. Quanto mais você souber sobre o assunto, mais sofrerá com esta leitura.

E, se quer mesmo saber, o que mais doeu não foi ler sobre as dificuldades, não foi ler sobre as torturas, a fome, as condições precárias. O que mais fere é ler sobre os fatos do cotidiano - a menina falando sobre os maravilhosos presentes de aniversário, por exemplo; ou sobre o que conseguiu juntar para presentear a mãe no Dia das Mães; ou ainda o quanto ela e as amigas se esforçaram para juntar gramas de açúcar para fazer um doce; ou o seu namoro com um cara no campo de concentração.
Os eventos cotidianos com sua simplicidade são o que mais maravilham, no bom e mau sentido. Não é possível tirar da cabeça tudo o que li. Helga agora faz parte da minha vida!

Como já mencionado, a escrita da autora é deliciosa!
O texto não é o original escrito pela Helga menina... foi mexido pela adolescente que sobreviveu à guerra (quando voltou para Praga em 1945 e contou a parte final de seu relato contida nesse diário, já que não teve acesso ao diário enquanto esteve em Auschwitz e nos campos depois dele) e também pela adulta que datilografou as páginas manuscritas anos depois. Nem por isso, entretanto, algo se perdeu. Está tudo ali e o leitor sente que tem acesso ao relato daquela criança que teve que amadurecer em tão pouco tempo.

Além das palavras, Helga também utilizou imagens para contar o que via. E são ilustrações belíssimas! Não foi à toa que a menina se tornou uma grande artista na vida adulta, mesmo com a precariedade de sua situação no campo de concentração, alguns desenhos maravilhosos de Helga sobreviveram e estão reunidos nessa edição.
Além dos desenhos a lápis (em tons de cinza), a edição ainda traz em lâminas dezesseis pinturas a cores da época em que a menina foi prisioneira (todos os desenhos de Helga têm título, estão datados e possuem uma pequena legenda que explica o momento que retratam). A edição ainda presenteia o leitor com um mapa da região dos campos de concentração e um mapa do campo de Terezín, além de mais um grupo de lâminas contendo cinco fotos de Helga com sua família, dez fotos da época da guerra e duas lâminas com imagens de documentos de Helga e sua família daquela época (infelizmente, devido ao tamanho reduzido, não é possível ler tudo).

Deixo aqui avisado que o livro é pesado e que quem o ler não será capaz de tirá-lo da cabeça. Ao menos tempo, afirmo que essa é uma leitura imperdível, que dará uma visão diferente e realista de como foi a vida durante essa época tão dura.
Das quinze mil crianças que estiveram em Terezín, o primeiro campo de concentração para o qual Helga foi levada e onde passou mais de dois anos, calcula-se que apenas cem sobreviveram até o fim da guerra. Ler O Diário de Helga é um privilégio, uma tortura e uma obrigação! É necessário que saibamos e conheçamos a triste realidade dessa guerra que mostrou que o ser humano pode ser mais do que um monstro.


* Helga ainda está viva, mora em Praga, na atual República Tcheca, no apartamento onde passou sua infância antes da guerra. Casou-se, tem dois filhos, três netos e se tornou uma artista de grande sucesso. Com todas as palavras, entretanto, afirma que a guerra nunca a deixou e que sempre revive aquele tempo, sofre com aquelas dores. Compreensível, triste, doloroso.


P.S.: O livro chegou aqui em casa ontem e eu não pretendia começar a leitura agora. Mas quando fui folhear, já me senti envolvida pelas imagens e quando comecei a leitura, não pude parar. Não consegui dormir enquanto não terminei de ler o relato, tampouco consegui dormir depois por não poder parar de pensar em tudo o que havia lido.


Nota: 10




Leia mais resenhas no blog Nanie's World: www.naniesworld.com
comentários(0)comente



@ARaphaDoEqualize 27/06/2013

[RESENHA] O DIÁRIO DE HELGA
O Diário de Helga conta os relatos de Helga. Ela era apenas uma criança quando a guerra estourou e vivia em Praga com seus pais. Viu seus amigos se afastando, amigos sendo separados e famílias destruídas. A primeira parte do livro conta como foi viver em um campo de concentração em Terezín e depois como é sobreviver em um campo de concentração.

É um livro sensível, cheios de histórias pelas quais nunca imaginamos que alguém possa passar - como ficar sem banhar por dois anos - e ultrapassar. É uma relato cheio de sentimentos sobre uma menina que foi obrigada a viver na guerra, ser separada da sua família, lutar por alimentos e pela sobrevivência. Viveu situações horrendas e presenciou quantas pessoas sofreram e morreram no decorrer do caminho. Diversas vezes me peguei enxugando uma lágrima aqui e ali. Quando você sabe que o que está sendo relatado realmente aconteceu, a sua percepção de leitura muda totalmente. Você passa a imaginar o cenário e coloca pessoas reais ali, pensando que tudo descrito... foi real.


Apesar de não ser bem o meu tipo preferido de leitura, eu me interessei pelo livro porque às vezes precisamos de um choque de realidade. Precisamos saber que estamos vivos e em um mundo totalmente diferente. Que várias pessoas sofreram as mais terríveis dores, que não foram apenas físicas, mas que modificou seu próprio modo de ser. Vamos acompanhando os relatos de Helga de acordo ela vai crescendo: vemos uma criança se transformar em uma adolescente em meio ao caos e falta de amor, trabalhando arduamente, dividindo espaços minúsculos com milhares de pessoas, se alimentando pessimamente (quando tinham o que comer) e a perda de tudo: lar, família, segurança, dignidade.

Me envolvi bastante com a leitura pelo fato de ser primeiramente narrado por uma criança. Mesmo na tenra idade conseguimos distinguir a capacidade de detalhes de Helga e de mostrar através dos seus olhos o que observava. Algo muito explícito na narrativa é que apesar de ser apenas uma criança, Helga é muito inteligente e curiosa, então, creio que alguns detalhes deva - se a esses aspectos de sua personalidade. Ela conta como viveram, como foi passar datas comemorativas com outras pessoas, correr atrás de roupa para superar o frio, fingir não ser filha da sua mãe e a separação do seu pai, a pessoa que não voltou para casa quando a guerra terminou. Acompanhamos ela se transformar de criança para adolescente, experimentar o amor típico da idade em meio a situação turbulenta.


Esses relatos escritos em seu caderno, papéis soltos e o que ela encontrou pela frente foram guardados por seu tio. Ela ainda adicionou alguns fatos que ela lembrou de acordo foi relendo os manuscritos. E o resultado foi um livro cheio de emoções, sofrimento e uma bela história - no sentido de ser maravilhoso ler o relato de alguém que sobreviveu ao holocausto - contada por uma sobrevivente que muitas vezes pensou em desistir da vida, mas a sua vontade de viver era muito maior.

No final do livro, temos uma entrevista com a própria Helga. Mais uma forma de se emocionar com uma sobrevivente da guerra, que viu crianças sem pais chorando com medo de morrer, pessoas doentes e moribundas largas às traças, pessoas abusando do poder e a falta de compaixão e amor que falta em tantas pessoas.

Por que deveríamos ler mais um relato sobre o Holocausto?

Resposta de Helga: Principalmente por ser verdadeiro. Coloquei nele meus sentimentos, esses sentimentos são intensos, comoventes e principalmente verdadeiros. E, talvez, por ser narrado naquela forma um pouco infantil, é acessível, expressivo, e creio que ajudará as pessoas a entender aqueles tempos.

Eu gostaria de frisar que o trabalho gráfico da editora com certeza contribui para a leitura. São os próprios desenhos de Helga no livro, tratados com carinho e dedicação, com folhas especiais quando necessário e com traços impecáveis.

site: http://www.equalizedaleitura.com.br/2013/06/resenha-o-diario-de-helga.html
comentários(0)comente



Juliana Btt 02/07/2013

Um diário sombrio.
Impressionante. Angustiante. Doído. Triste. Surreal.
Chorei por dentro do inicio ao fim mas derramei lágrimas mesmo na página 172... Meu Deus, o que foi essa Guerra...
É tenso.
A frase "a gente não tem noção da nossa força até que a única coisa que nos resta é sermos fortes" descreve exatamente o livro.
Vou dormir agora, certamente vou sonhar com o livro de novo (como em todas as noites que o li) e com o coração apertado. Porque foi real. (01/07/13, 02:30h)
comentários(0)comente



Altamente Ácido 04/07/2013

Crítica: O Diário de Helga
O relato da artista plástica Helga Weiss é mais uma voz entre tantas que nos contam sobre os horrores do Holocausto e da perseguição aos judeus e não-arianos na época da II Guerra Mundial. Lançado no Brasil pela Editora Intrínseca, O Diário de Helga (2013) contém os registros feitos por ela, ainda menina, ao viver tudo isso.

Confira o restante da resenha em nosso site

site: http://www.altamenteacido.com.br/livros_hq/critica-o-diario-de-helga
comentários(0)comente



Lene 05/09/2013

"...pode-se suportar muito mais do que se imagina..."
Essa parte vergonhosa da história é contada nesse livro sob a ótica de uma criança, Helga tinha apenas 8 anos quando foi deportada para Terezín. E apesar das precárias condições de moradia, da fome, e das doenças (Tifo, Scarlatina, piolhos) Helga descreve também momentos de alegria, esperança e até a descoberta do amor.
O terror descrito no campo de Auschwitz é quase inacreditável, mesmo com frio da Polônia os judeus deportados tinham a cabeças raspada e não recebiam agasalhos, sapatos ou meias, dormiam em vagões de trem descobertos, eles eram contados e recontados embaixo do frio, do sol ou da chuva, por horas. Recebiam às vezes 500 ml de café, e tinham que usar 250 ml para se banhar. Helga teve 3 dedos do pé necrosados por causa do frio.
Helga descreve a imagem ao chegar em Auschwitz..."duas chaminés que saltam fumaça dia e noite"...Ela e a mãe estavam em um campo de extermínio.Em certo ponto do livro ela escreve.."estou me tornando indiferente a tudo"...
O diário sobreviveu porque ficou escondido em uma parede até que ela voltasse a Praga, sua cidade natal. Seguindo a orientação do seu pai, que morreu em uma câmera de gás, Helga desenha e escreve tudo que vê, e o resultado está nesse livro.
Vale a pena lê!!!!

"...pode-se suportar muito mais do que se imagina..."pp 150
comentários(0)comente



Simone 29/10/2015

O livro de hoje é simplesmente comovente!
Alguns trechos são muito triste,mesmo assim adorei o livro...
A historia se passa entre 1939 e 1945 no período do holocausto
ele conta em um diário tudo o que passa em Prada enquanto foi
ocupada pelos alemães e expondo em um texto simples onde foi mandada primeiro no campo de Terezín, depois em Auschwitz.Ali desembarcou aos 14 anos.Sobreviveu por um lance de sorte: Helga conseguiu se passar por mais velha e entrou na fila dos que eram considerados aptos para o trabalho.Em nenhum momento se separou da mãe, mas perdeu o pai, que a incentivou, ainda em Terezín, a abandonar os desenhos de temática infantil para despejar no papel o que via no campo.O material que permaneceu intacto graças a um tio de Helga que trabalhava no departamento de registros no campo checo e escondeu o maço de papéis em um buraco cavado em uma parede de tijolos,
para recuperá-lo depois da guerra. Os capítulos pós-Terezín foram escritos quando ela já estava em casa, no mesmo apartamento onde até hoje vive, em Praga. Diz Helga, viúva de um músico, que tem dois filhos e três netos:
"Eu posso ter sobrevivido ao campo de extermínio, mas seus cheiros, sons e horrores nunca vão me deixar"

site: http://simonesps.blogspot.com.br/2014/03/eu-indico-o-diario-de-helga.html
comentários(0)comente



Nicole 13/01/2014

Emocionante
Terminei hoje a leitura de mais um livro fantástico: O Diário de Helga, que relata a vida da garota durante os
anos da segunda guerra e como conseguiu sobreviver aos campos de concentração. Helga começou a escrever seu diário com oito anos, quando a Tchecoslováquia, seu país, havia acabado de ser ocupada pelas tropas da Alemanha nazista - logo após começaria a perseguição aos judeus. Ela continuou a escrevê-lo quando foi levada com sua família ao campo de concentração de Téresin, em 1941, e seus relatos e desenhos, escritos nas folhas de um caderno, só sobreviveram porque seu tio os escondeu dentro das paredes dos prédios do campo. No começo do livro, o relato de Helga é simples, infantil, descrevendo todos os acontecimentos sob a visão de uma criança. Helga conta como foi quando sua cidade, Praga, fora tomada pelas tropas - quando ela não pôde mais frequentar a escola, quando seus pais perderam o emprego, quando não podiam mais fazer compras em lojas arianas, quando foram obrigados a usar sempre a estrela amarela de David, para mostrar a todos que eram judeus, e quando começou o terror dos "transportes" - famílias inteiras eram obrigadas a juntar seus pertences e partir para a estação, de onde eram levadas a locais desconhecidos.O relato de Helga é inocente, ingênuo, sempre positivo. Sempre achavam que a guerra iria acabar na próxima semana, no próximo mês, jamais imaginavam o horror em que estavam afundando. Conforme o tempo passa, percebemos na narrativa o amadurecimento da garota e o aprofundamento de suas reflexões. Certas partes chegam a ser até engraçadas, tal é a forma irônica e sarcástica que ela encontrou para tentar viver o horror em que se encontrava.

"Todos os pacientes foram transferidos, durante a noite, da escola junto à Bauhof, que até hoje servia como hospital; o prédio foi pintado e limpo, carteiras foram trazidas e, pela manhã, uma enorme placa brilhava à distância: Knaben und Madchenschule - "Escola de Meninos e Meninas". É realmente linda, como um colégio de verdade, porém faltam alunos ou professores. No entanto, esse inconveniente foi resolvido de maneira simples: um pequeno cartaz anunciando Ferien - "Férias".
Algumas partes do livro foram escritas após a guerra, conforme Helga se lembrava dos acontecimentos, mas não deixa de ser muito vívido. O livro é um relato emocionante, sincero e real. Indico esse livro incrível a todos. No final, também há uma entrevista com Helga, onde ela esclarece algo que sempre me deixou intrigada: o que aconteceu com os judeus após a guerra? Como retornaram às suas vidas? Se é que retornaram...

Achei muito bom!

site: http://amagia-doslivros.blogspot.com.br/2014/01/resenha-o-diario-de-helga-helga-weiss.html
comentários(0)comente



Débora 28/05/2016

Um relato intenso de sobrevivência!
A fascinante história de sobrevivência de uma garota que precisou crescer antes do tempo e em meio à Segunda Guerra Mundial. Um relato emocionante sobre até onde o ser humano pode ir em prol de seus próprios interesses, massacrando seus semelhantes e sendo capaz de cometer as piores atrocidades imagináveis. Esse é O Diário de Helga, um livro que cativa ao mesmo tempo em que faz o coração se sentir pequeno demais para tanta dor; e que nos deixa frente a frente com inúmeros questionamentos interiores: somos da espécie suja e perdida na maldade que mata, mas também somos da espécie que morre todos os dias, e renasce das cinzas.

O cenário é o velho conhecido Holocausto, a tragédia que matou mais de seis milhões de judeus e que deixa suas cicatrizes expostas em nossa sociedade até hoje. O livro é um relato honesto e sentimental de Helga Weiss, uma garota judia que se vê obrigada a abandonar sua casa e partir para um campo de concentração com sua família. Enquanto vivia os piores momentos de sua existência, Helga manteve um diário do ano de 1938 até 1945, quando finalmente consegue voltar para casa com sua mãe após o fim da Segunda Guerra Mundial. Bem, "voltar para casa" é uma expressão gentil, uma vez que a própria autora explica que não havia mais "casa" para a qual retornar. Tudo estava perdido, devastado, a família estava incompleta e seria necessário começar uma nova vida do zero. Helga precisaria provar pela segunda vez o quanto estava disposta a viver. E assim, brilhantemente, ela o fez mais uma vez.

Além de ser um documento histórico interessantíssimo para compreender melhor a situação dos judeus na Segunda Guerra Mundial, o livro é um relato emocionante da vida vista pelos olhos de uma criança/adolescente que precisou crescer antes do tempo. Não há como não se emocionar com tamanho sentimento que nos é passado através das palavras de Helga, assim como também é impossível não se colocar em seu lugar e imaginar como teria sido se nós mesmos tivéssemos passado por aquilo. É uma leitura que realmente mexe com você e com o seu modo de pensar a respeito com o mundo.

[...]

Leia a resenha completa com fotos e opiniões no blog Amor Livrônico!

site: http://amorlivronico.blogspot.com.br/2015/10/resenha-o-diario-de-helga-helga-weiss.html
Lu 25/08/2018minha estante
undefined




Natali Kopiec 28/08/2016

O Diário de Helga foi um verdadeiro achado, comprei ao vê-lo em uma promoção, e hoje me vejo bem contente com esse impulso.
Este livro mostra a visão de uma criança/adolescente durante o período de Holocausto. Helga, sendo judia, sofreu na pele o preconceito, viu e sentiu oque jamais um ser humano deveria ter sentido.
É um verdadeiro relato, não se baseiem em Anne Frank ao lerem este livro.
comentários(0)comente



Carina172 02/09/2016

Uma menina tcheca e judia durante a segunda guerra mundial
Com relatos bem profundos e pessoais, o livro vai mostrando como pode ser a vida quando se tem seus direitos tirados só por ser o que você é. Bem parecido com o Diário de Anne Frank, mas mostra ''uma condição melhor'. Leitura rica e surpreendente, que mostra que o holocausto atingiu não só a Alemnhã, mas outros locais também
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Sra. Hall 13/05/2024

Nossa, Helga...
Não sou muito fã desse tipo de leitura, pq me desperta sensações que não gosto. Mas são necessárias.
O que pegou demais foi quando ela fala sobre o pós, ninguém cuidou ou amparou, e quem não tinha mais lar? Teve que morar na rua, sob olhares de pena. E os que conseguiram a casa de volta, mas toda depenada, e teve que se humilhar pras pessoas devolverem as coisas(as que devolviam).
Indico muito, pois a Helga passou muita credibilidade nesse livro/diário.
comentários(0)comente



52 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR