Nas Montanhas da Loucura

Nas Montanhas da Loucura H. P. Lovecraft
H. P. Lovecraft




Resenhas - Nas Montanhas Da Loucura


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Vagner 16/11/2015

Para quem não conhece H. P. Lovecraft, aqui vai uma comparação simplista mas eficiente. Tolkien está para o senhor do realismo fantástico assim como Lovecraft está para o senhor do horror cósmico. O livro NAS MONTANHAS DA LOUCURA é considerado pela maioria o melhor trabalho de Lovecraft e ainda faz inúmeros fãs mesmo tanto tempo após sua publicação no longínquo ano de 1932. O grandioso Stephen King afirmou que Lovecraft foi o maior escritor de horror/terror do século XX, e após a leitura deste livro tive que concordar com o mestre King. Engraçado que o meu primeiro contato com algo relacionado a Lovecraft foi no seriado South Park (se não conhece está perdendo), em um episódio onde uma petrolífera (não é a Petrobrás, mas sabe como é né?) acaba despertando uma entidade monstruosa de seu sono milenar ao perfurar de maneira amadora o leito submarino (não é o pré-sal, mas sabe como é né?). Essa entidade monstruosa é Cthulhu, o senhor dos Antigos Anciões, uma raça de criaturas cósmicas que reinam no universo. Se você se interessou pelo enredo do episódio, dê uma conferida poiso humor negro da série irá lhe garantir boas risadas. Mas voltando ao tema central do post, vamos falar do livro em si.
A trama é simples (como a maioria das grandes histórias) e contada em primeira pessoa, como a maioria dos trabalhos de Lovecraft. É o relato de um geólogo sobre uma expedição científica a Antártica na década de 1930, época que o gelado contente ainda era praticamente desconhecido pelo homem. Numa viagem em que ele deveriam apenas coletar amostras de solo, rocha e quem sabe encontrar alguns fósseis de plantas e animais, a expedição se deparou com uma cordilheira que aparentemente transformava o Monte Everest em uma colina nevada. Mas a grande descoberta seria a imensa e misteriosa cidade atrás da tal cordilheira, que segundo os cientistas, remontava a uma época anterior ao surgimento da vida na Terra. Isto somado aos espécimes de criaturas que desafiavam a biologia e a física que o homem conhecia, encontrados perfeitamente preservados, não serviu para preparar os exploradores para a grande e abaladora revelação que iriam descobrir no gélido continente. A linguagem pode (certamente) irá incomodar essa geração atual que faz uso de poucos caracteres para se expressar. Digo isto porque NAS MOTANHAS DAS LOUCURAS é estritamente científico em suas palavras. Lovecraft faz grande uso de adjetivos pouco usais nos dias de hoje, o que pode causar estranheza algumas pessoas. De minha parte o único ponto negativo é o pequeno tamanho da trama, que devido a riqueza de detalhes renderia no mínimo umas 400 páginas de terror e assombramento.
É preciso entender que quando este conto foi escrito (1931) o mundo ainda era extremamente religioso, o que tornou Lovecraft alvo de críticas e comentários fanáticos. Pois apesar de a ideia que a vida na Terra não fosse fruto de um deus, mas sim de criaturas horrendas que buscavam apenas uma mão de obra barata, parecer um tanto clichê nos dias de hoje, foi incrivelmente nova e revolucionária naquela época. E este tema influenciou em vem influenciando a cultura ao longo dos anos. O filme THE THING de 1982 de John Carpenter é uma clara inspiração neste livro de Lovecraft. Fato interessante e desanimador é sobre o projeto da adaptação deste livro para o cinema que estava sendo encabeçado pelo nosso amado Guilhermo del Toro; que teve que engavetar o projeto após o lançamento de PROMETHRUS de Ridley Scott. Quem assistiu este filme (que convenhamos, deixou a desejar em alguns sentidos) irá ver uma semelhança quase suspeita com a obra de Lovecraft. Apenas resta para nós leitores inveterados e cinéfilos aficionados, esperar o passar dos anos para poder, algum dia, presenciar adaptação deste magnífico e aterrorizante conto.
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Roberto Schmitt-Prym 19/07/2015

Nicholas Roerich
Nas Montanhas da loucura Lovecraft compara as montanhas as de um pintor chamado Nicholas Roerich. A obra dele consta de 6.000 pinturas, afrescos em Igrejas e Edifícios Públicos, desenhos para mosaicos e motivos arquitetônicos. Realizou a pintura de cenários e figurinos de várias óperas: de Wagner, Mussorgsky, Borodin, Rimsky-Korsakov, Ibañez, e Maeterlinck. Trabalhou com Igor Stravinsky, A Sagração da Primavera, VALE A PENA CONHECER AS PINTURAS que são primorosas.

site: https://www.google.com.br/search?q=painter+in+mountains+of+madness&espv=2&biw=1366&bih=667&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0CAYQ_AUoAWoVChMIj6Hqo7jnxgIVQqseCh3TCQCW&dpr=1
Agnaldo Alexandre 20/03/2018minha estante
Que??? 3




fadasemasa 07/07/2015

Primeira experiência
Ouvi um podcast sobre H. P. Lovecraft que aguçou minha curiosidade. Como gosto muito do gênero terror, pesquisei e decidi pegar emprestado este livro na biblioteca.
São 4 contos, o que eu não sabia, pois não leio sinopse dos livros que lerei brevemente.
O primeiro conto, que dá nome ao livro, não me prendeu muito a atenção, pois o local e basicamente tudo envolvido não me interessam em nada, mas claro, o li ... e me decepcionei. Após mais de 60 páginas de tédio, com poucos momentos que despertaram meu interesse, resolvi abandoná-lo.
Depois de um mês lembrei de ler os outros 3 contos ... um mais fantástico que o outro!!
Cheguei a conclusão que, por ele ser muitoooo detalhista, pra criar o suspense e tal, seus contos menores foram bem melhores. Mesmo em poucas páginas, ele desenvolveu um ambiente propício, e as histórias, os desfechos foram ótimos.
Não sei se leria algum livro dele que não seja de contos. Quem sabe algum dia.
Murillo 24/08/2015minha estante
O Caso de Charles Dexter Ward é um bom livro dele, entra num lado mais de ocultismo, também envolto em muito detalhe etc, mas tem mais momentos de recompensa imaginativa do que as eternas descrições e vocabulário meio técnico de Nas Montanhas da Loucura (apesar que o desfecho dele vale a pena o esforço de dar mais uma chance).




Filipe 26/05/2015

Suspense e Terror
Peguei este livro apenas por curiosidade, por Lovecraft ser referência a tantos outros autores, e admito que demorei para me acostumar com sua história, mas após a estranheza inicial me vi mergulhado em um universo de terror cósmico apavorante.
Os contos do livro nos fazem iniciar no famoso mito ao Cthulhu que tantos falam, e é interessante ver como outras obras de ficção se inspiraram no conto "Nas montanhas da loucura". Pretendo agora ir mais fundo, ler outros trabalhos dele e achar essa nova dimensão do terror e do fantástico.
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Luciano Luíz 28/04/2015

H. P. LOVECRAFT é adorado por uma legião de leitores e leitoras em muitos cantos do mundo. Há quem diga que ele é o grande mestre do terror... Bem, cada um com sua opinião...
NAS MONTANHAS DA LOUCURA reúne 4 contos, sendo que o primeiro e maior deles, dá título ao livro.
Narrado em primeira pessoa, traz o testemunho de um explorador na Antártida (ou Antártica como está na narrativa) que com seu grupo encontra corpos de estranhos seres (e não sabe se vegetal ou animal). Em seguida, dá de cara com uma gigantesca cidade perdida na superfície do gelo e suas profundezas. E lá toca o que o autor chamou de terror... As primeiras 70, 80 páginas são chatas pra cacete. Mais parece uma aula de biologia, geografia, geologia ou qualquer outra ologia... Depois disso, tem uma ótima melhora, já que o explorador fala mais sobre a cultura daquela extinta civilização. Então vão prosseguindo por túneis e salões até que se deparam com uma criatura. E antes disso, a narrativa fica sem graça mais uma vez...
Pra mim o conto deixou muito a desejar. Esse texto foi considerado visionário por suas contribuição científica no que diz respeito ao continente polar-sul. Mas em questão de ficção, não me deixou nem um pouco satisfeito....

A CASA MALDITA é o segundo conto. Achei uma bosta... mas tem umas cenas violentas... só que isso não salva...

OS SONHOS NA CASA DA BRUXA tem elementos do conto anterior. Apenas é mais longo e detalhado... Não gostei... Tá certo que tem algumas cenas de assombro realmente boas... só que não me cativou...

E por fim, o minúsculo conto O DEPOIMENTO DE RANDOLPH CARTER é mais do mesmo outra vez que tem alucinações (ou não) e blá, blá, blá...

Olha, não me assustei em nada na maior parte do tempo, meu coração não disparou e o máximo que achei realmente chamativo foram algumas páginas do primeiro conto... e isso depois de muito insistir... O segundo e terceiro contos tem alguma empolgação e dá até pra imaginar cenas bizarras de horror pra sentir na medula... mas é algo tão... passageiro... Ah, vamos pro próximo livro ou quadrinho...

L. L. Santos


site: https://www.facebook.com/pages/L-L-Santos/254579094626804?fref=ts
Cyro 07/06/2015minha estante
Fala grande Luciano. Eu gostei desse livro. Achei muito bem escrito.




Fábio Valeta 08/03/2015

Eu realmente queria ter gostado mais desse livro, pois estava bem ansioso para ler alguma obra de Lovercraft. Não que o mesmo seja desinteressante ou mal escrito, mas o estilo do autor (pelo menos nesse livro, já que não li nenhum outro) é justamente o tipo que menos gosto.

O livro é praticamente apenas descritivo, páginas e mais páginas descrevendo detalhes da expedição e principalmente da cidade perdida na Antártica. Enquanto eu prefiro livros mais focados em narração ou diálogos (este último praticamente inexiste no livro), e costumo achar livros que se foquem demais em descrições bem tediosos. De certa forma, foi o que acabou acontecendo com esse aqui. Demorei uma semana para ler as cento e poucas páginas porque me cansava da leitura rapidamente.

Outro problema na minha opinião, mas nesse caso não sei se problema é do autor ou da tradução, é a repetição constante de palavras. Cada vez que era repetida a palavra “éon” eu pensava se não era possível usar outro termo ali.

Que Lovercraft é um clássico da literatura fantástica não discuto, mas o estilo dele nesse livro realmente não me agrada.
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Matheus 23/02/2015

Uma obra prima
Um ótimo conto do mestre do terror universal

http://antarktos.blogspot.com.br/2014/11/nas-montanhas-da-loucura-critica.html
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Vanessa.Brizola 16/09/2014

Ficção Científica de Primeira!
Nas Montanhas da Loucura trás uma história voltada para ficção científica, a misticidade e, obviamente, a maximização dos medos mais densos da mente humana.
Na trama, uma equipe de cientistas viaja para Antártica na época da "corrida" exploratória do continente, em meados dos anos 20/30. Após vários meses de pesquisa eles encontram uma cordilheira colossal, muito maior que o himalaia, algo descomunal e improvável. Ao explorarem o sopé da montanha encontram uma caverna e misteriosos seres congelados, ao que parece, há milhares de anos. Semelhante a um filme que você já viu? Provavelmente. O Enigma de Outro Mundo (The Thing) de John Carpenter, dentre outras obras recorrentes da cultura pop, foram abertamente inspiradas nessa história de Lovecraft.
A leitura é primorosa, repleta daquele suspense que o escritor sabe criar. Por vezes me pareceu mesmo um relato técnico, porque sabemos dos acontecimentos a partir da narração posterior de um geólogo da equipe. Portanto, acho interessante ler com muito carinho e cuidado, para não se perder em alguns pontos da narrativa intrincada.
Experiência maravilhosa de leitura!
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Guilherme 17/02/2014

Loucuras de uma mente insana
A obra, organizada e traduzida por Guilherme da Silva Braga nos faz viajar no tempo, até 1936, para presenciarmos o processo criativo de H.P Lovecraft. Através de cartas escritas pelo próprio autor, Guilherme nos mostra os anseios e dúvidas que permeavam a cabeça de Lovecraft. Além disso, é possível presenciarmos uma das mentes mais fantasiosas da literatura em funcionamento. Fiquei muito entusiasmado com essa introdução, me deixando com mais vontade de ler este, que é sem dúvida o conto mais importante de Lovecraft.

Um dos grandes problemas que tenho com Lovecraft são as longas cenas descritivas e, ás vezes, maçante em algumas passagens. Eu já li livros inteiros em dois ou três dias, porém, o "Nas Montanhas da Loucura" me faz mastigar melhor cada palavra e torna a leitura cansativa. Os parágrafos narrados em primeira pessoa do livro me lembram dos roteiros extremamente detalhados no mago Alan Moore.

Somente com as palavras de Lovecraft, conseguimos imaginar as cenas e sentimos as angustias do personagem. O medo se torna mais denso, no momento que nossas mentes mergulham no mundo dos Antigos. Seres em forma de bulbo cilíndrico, com tentáculos e cabeça em forma de estrela de cinco pontas, que após chegaram no espaço, há bilhões de anos, deram início à criação de todos os seres terrestres. A narração em primeira pessoa, tão bem trabalhada, nos leva aos acontecimentos e nos sentimos perdidos atrás das montanhas da loucura.

Perdidos em meio à cidade de pedra, há muito desabitada e tão grotescamente construída. Por coisas, na palavra do autor, malignas. O texto descritivo me faz pensar que vou demorar mais tempo para terminar de ler o livro, mas sinto que estou num ritmo bom. Embora cansativo, a vontade de saber os rumos dos acontecimentos nos faz querer continuar a leitura.

Infelizmente, a obra nos traz tão somente um pedaço da mitologia lovecraftiana, e ficamos com aquela vontade de descobrir um pouco mais, de tentar desvendar os segredos dos Anciões e dos Shoggoths. O texto descritivo se perpetua por toda a obra, o que torna a leitura deveras cansativa. E a última parte, por nos trazer um pouco mais de ação, se desenvolve com um pouco mais de ritmo, deixando num último respiro lermos suas últimas vinte páginas num sprint final.

A edição da Hedra traz ainda uma carta escrita por Lovecraft e a tradução do soneto Antarktos (o XV soneto do ciclo "Fungi from Yuggoth"). A obra em si está muito bem editada. A capa é muito bonita e o texto, por fim, tem o primor clássico de H.P. Lovecraft. Adianto não ser uma leitura fácil, mas recomendo o livro a quem se interessar.
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Gláucia 04/10/2013

Nas Montanhas da Loucura - H.P. Lovecraft
Um grupo de estudiosos parte para a Antártida e lá acabam se deparando com algo inimaginável: resquícios de uma antiga civilização incrustrada nas montanhas congeladas. Encontram toda uma cidade de arquitetura impossível para a antiguidade aparente e alguns espécimes fossilizados em perfeito estado de conservação.
O autor consegue criar um excelente clima de suspense à medida que eles avançam pelo local e fica evidente que a ameaça de um perigo desconhecido os espreita. O meio do livro é extremamente descritivo e me deixou impressionada quanto à capacidade imaginativa do autor mas acabou quebrando um pouco o clima de terror. Ao final, ele não consegue recuperar esse clima de modo que o clímax deixou um pouco a desejar. Mesmo assim achei uma boa leitura.
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Dom Ramirez 25/06/2013

Tekeli-li!
Este foi meu primeiro contato com Lovecraft. Após ler resenhas tão diferentes entre si, oscilando entre o "amei" e o odiei", fiquei ainda mais curioso para ler este livro, e, ao terminá-lo, senti-me quase que obrigado a escrever minhas próprias impressões.
Confesso que no início estava do lado dos que detestaram. Eu lia e lia e tinha a sensação de que nada acontecia. Realmente, o livro é lento e composto muito mais por "clima" do que por "clímax". Mas o final de cada capítulo era tão instigante que resolvi persistir na leitura. Até que em dado momento, percebi: não é que nada vai acontecer - já está acontecendo! A partir deste momento, me rendi às Montanhas da Loucura.
Independente de gênero, o livro é um exercício de estilo primoroso que serve como um banquete para os amantes da boa literatura. Lovecraft é um mestre dos adjetivos, e, para os que persistirem, promete a sensação de se encontrar perdido em meio às catacumbas de uma cidadela blásfema entregue à morte através dos éons (palavras do autor).
Não espere fortes emoções ao longo da leitura (apesar das páginas finais guardarem uma surpresa para os que as buscarem), mas esteja certo de que as imagens desta obra prima ficarão guardadas nas mentes dos que se embrenharem nas montanhas!
Livro terminado com a sensação de uma refeição bem feita.
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