Mariah 08/03/2021
' ' Um enredo que me faz lembrar Titanic, mas... mais real, um amor entre o lado rico da guerra e o pobre, ao navio uma guerra de valores que mata apenas com o frio do mar, E, no mar de gaza a morte é em terra firme, o lado pobre é repreendido e catastrófico pela violência da policia israelense, o mesmo vendo sua paz em bombas humanas em Israel, lugar com mais direitos e uma realidade com mais dinheiro, ao contraste da pobreza, mesma guerra, mas menos famoso e por alguma razão menos comovente ao público.
' ' Imediatamente vemos uma menina que representa muito da geração dos anos 2000, fazendo com que a carta pareça até feita para você, mesmo que eu duvide muito que eu ou você sejamos palestinos. No geral, o livro é sobre expectativas, sentimentos globalizados e contemporâneos e... no final você consegue se identificar até no que achava que não tinha como.
' ' Nas primeiras páginas fiz a seguinte anotação: "Um romance de folhetim furado, por tiros a queima roupa.". Algo bem brasileiro de se dizer sobre romances desse tipo, mas nunca achei que encararia um realismo tão romântico ou um romance tão realista, pelo menos em potencial.
' ' A leitura: Um google maps instantâneo, um amor do tipo "Enemies to lovers", um final que me lembrou o Professor de La casa de papel com a Raquel, bem parecido na verdade agora que coloquei em palavras. +: extremamente aprisionador, leitura rápida que te rouba tua realidade. Um roubo que fica pra sua história, muito bem planejado, procuraria outras obras da escritora para ler.