Nath @biscoito.esperto 03/04/2013 "Não sei bem por que ainda não havia percebido que as cargas emotivas são muito mais intensas que as físicas. "Um ano inesquecível foi, sem dúvida, um livro muito bom. Ele conta a história de Jesse Sienna, cujo pai causou um pequeno incêndio na cada onde a família viveu por muito tempo. Depois do pequeno acidente, Mickey Sienna ainda resiste em se mudar, mas acaba aceitando.
Depois que Dorothy, a mulher de Mickey, morreu, ele andava muito solitário. Seus filhos mais velhos acham que ele devia um asilo, e Mickey ficou feliz que Jesse, o mais novo, tivesse tomado as rédeas da situação.
Para Mickey, tudo sempre foi assim: tinha cinco filhos, um deles ele teve já velho, inesperadamente. Seus filhos mais velhos logo se casaram, foram morar longe e foram bem sucedidos, mas Jesse, o garotinho que cresceu cercado de adultos, continuou vivendo à 10 minutos de distância do pai, e nunca teve o melhor emprego do mundo. Jesse é freelancer e, apesar de esse ser um emprego gratificante, ele não recebe muito.
Mas a diferença mais gritante entre Jesse e seus irmãos, que chama muito a atenção de seu pai, é que ele não se ajeita com mulher nenhuma. Não por que é um galinha safadão, mas por que simplesmente não acredita no amor. Ele vê o amor como uma parceria e, para ele, o amor sempre acaba.
"Uma das ideias principais de minha teoria sobre relacionamentos era que não apenas o amor morre, mas que nunca envelhece de modo são"
No entanto, mesmo com essa filosofia amorosa, Jesse tem uma namorada: Marina. Ela é jovem, bonita, dá aula no ensino fundamental e é muito divertida. Os dois estão apaixonados, mas nenhum dos dois quer levar o relacionamento a diante.
Mickey, achando isso um baita desperdício, decide que dar um empurrãozinho será necessário e começa a contar a história do maior amor de sua vida - que, surpreendentemente, não é Dorothy, mas uma desconhecida chamada Gina.
Bom, minha opinião sobre o livro é simples: ele é legal. Não vou mentir dizendo que é uma história emocionante e maravilhosa e incrível e nem esculachar o livro, mas ele não é nada demais e nem um pouco diferente de muitos filmes de drama que vemos por aí, sobre amores perdidos, reconciliação famiiar e crescimento espiritual. Resumindo, o livro é bem clihê, mas tem personagens tão legais que faz você esquecer isso!
Jesse e Mickey, pai e filho, não podiam ser mais diferentes. Meu personagem favorito é o Jesse, não sei dizer ao certo por que, simplesmente é. Me identifiquei muito com Mickey, que é o velhinho mais descontraído dos livros, mesmo sendo meio careta (que velhinho não é?). Mas não apenas o Mickey idoso me conquistou, como também o jovem, quando este narra sua história. O Mockey jovem e o Mickey idoso são as mesmas pessoas, mas você percebe que o autor soube bem te fazer identificar a mudança de maturidade de cada fase do personagem. Mesmo os dois agindo e pensado de formas parecidas, você percebe que o Mickey jovem era impulsivo, caloroso e decidido. Já o Mickey idoso é autoritário, ardiloso e fz o que bem entende, quando bem entende, mesmo que faça mal a sua saúde.
Acho que, quando um livro é clichê, ele pode ser bom se tiver bons personagens. E este livro, mesmo sendo o maior clicê do mundo dos dramas, continua sendo bom por que tem personagens e acontecimentos únicos.
A narrativa do livro flui bem, o autor não complica o texto e, mesmo assim, tudo o que ele escreve parece de uma sabedoria enorme. Como se ele já tivesse passado por tudo aquilo e estivesse deixando a voz da experiêncialhe citar os caminhos.
A única coisa que não gostei foi o final. Não por que é trist e ou acaba mal, pelo contrário, mas por que foi simples.
[SPOILER]
Eu fiquei me perguntando por que o Mickey não tinha escrito uma carta ou algo assim. A história ser terminada pela irmã dele foi uma péssima decisão.
[FIM DO SPOILER]
É isso. Recomendo o livro, espero que gostem e se emocionem!
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