Resenhas - Um Ano Inesquecível

RUDY 02/11/2012

RESUMO SINÓPTICO:
Mickey Sienna tem 83 anos estava viúvo há 4 anos e sem perspectivas de futuro; após quase tocar fogo no apartamento, os filhos Denise, Matty, Darlene e Jesse se reúnem para resolver o que fazer com ele. Não poderia mais viver só.
Jesse é o caçula da família e está com 32 anos, porém ficou sempre a margem diante dos irmãos. Quando nasceu, Denise que era a mais jovem, já tinha 12 anos, nunca escutavam o que dizia e ele passou a ficar calado nas reuniões. Quando os irmãos mais velhos decidem colocar o pai em um abrigo, Jesse se rebela e diz que ficará com ele em casa.
Era solteiro convicto e não acreditava no amor. Suas experiências anteriores eram frustrantes e mesmo o casamento de seus pai parecia sem grande paixão. Namorava Marina há uns seis meses e a achava especial, no entanto, não queria um envolvimento mais sério.
Quando Mickey conhece Marina sabe que ela é única e percebe que Jesse não está tão envolvido quanto Marina merecia e resolve contar sobre o grande amor de sua vida, vivido há mais de 50 anos... um amor que se tornou eterno...

Para ler a avaliação e análise do autor, visite e comente nos blogs:

BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM: http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/2012/11/resenha-62-um-ano-inesquecivel-um.html

BLOG CRL: http://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com.br/2012/11/resenha-um-ano-inesquecivel-um-grande.html

Leitora Viciada 30/10/2012

A capa possui tantas similaridades com a história que representa o livro tão bem que ao terminá-lo provoca até um aperto no peito ao olhá-la. Após finalizar a leitura e criar uma conexão forte com o livro, modifiquei completamente minha visão de uma simples imagem. Como isso é possível?
Antes de ler Um Ano Inesquecível eu via uma imagem com promessas de um bom enredo e conexão do passado com o presente. Após ler o livro, a capa parece ter criado vida. Me emocionei ao fechá-lo e observar com atenção a foto. O idoso agora parece vivo, real para mim. Não uma imagem que simboliza uma personagem de um livro. Não sei explicar, ele parece de verdade. Como se fosse uma história de um conhecido, amigo ou parente de tão poderosa agora é a ligação entre o conteúdo do livro e a capa.
Por mais belas capas que vejo, essa é diferente. Repito, criou vida! E o casal logo acima, representando o passado do idoso provoca ainda mais intensidade nesse inexplicável vínculo.

Além da capa cheia de significado e representação, o trabalho gráfico está lindo, porém encontrei algumas falhas, como a primeira observação de rodapé, o ¹ está lá, mas o rodapé está vazio. Encontrei um erro de continuidade, na verdade não estou certa e nem posso comentar, pois seria spoiler. E mesmo assim é algo muito fútil, que nem deve ser comentado.

A narrativa é casual e dinâmica. Favorece o cotidiano, enriquece relacionamentos. É feita tanto em terceira pessoa quanto pelo Jesse, filho de Mickey. Jesse é o mais novo filho de Mickey, que surge na vida do casal sem planejamento, quando estão em idade um pouco avançada. Portanto, ele é bem mais jovem que seus três irmãos.
É notável a beleza na escrita do autor quando ele utiliza o dia-a-dia para demonstrar a convivência entre o pai de oitenta e tantos anos e o filho de trinta e dois. A dificuldade de conseguirem se relacionar, o conflito de gerações e ideias.
Um idoso viúvo com sua enorme experiência de vida, porém grande parte intacta apenas em suas lembranças. Um jovem que agora cuida do pai cheio de manias que não pode mais morar sozinho, pois a idade avançada criou perigos para ele. Pai e filho que não possuem uma relação íntima e direta passam a morar na mesma casa e a conhecer um ao outro.

Por vezes a narrativa em terceira pessoa muda para o ponto de vista de Mickey, quando ele resolve se abrir para o filho. Na verdade, pela primeira vez na vida, ele resolve falar de um segredo do passado, um relacionamento grandioso e marcante, um ano inesquecível nunca antes contado a alguém.
São momentos mágicos, mostrando os anos 1940 através de uma história romântica e nostálgica.
E o mais bonito: Mickey nunca compartilhou esse fato de sua vida com os outros filhos, então Jesse, além de se emocionar se pergunta a todo instante o porquê de estar sendo beneficiado. Sim, porque os acontecimentos do antigo romance do pai são emocionantes, lindos, únicos.

O autor aborda diversos temas delicados, singelamente, de forma doce e ao mesmo tempo real. Você se compadece com a história de vida de Mickey e em como a velhice o está afetando. Como qualquer um torna-se mais vulnerável conforme a idade avança e os problemas de saúde surgem.
O amor e desentendimentos entre pai e filho, estampado nas páginas de modo tão natural é comovente. Por mais implicâncias que um tenha com o outro, por mais diferenças de pensamentos e ideias eles possuam, por maior que seja a distância entre as gerações, eles se amam. Apesar de tudo, de Jesse fingindo que não aguenta mais as manias do pai e de Mickey fingindo que o filho ainda tem muito que aprender, eles passam uma imagem linda de como deve ser: o filho cuidando do pai quando este fica idoso. E o mais belo é ver a amizade surgindo, as confissões, a companhia que um faz ao outro, os ensinamentos passados tanto pelo pai quanto pelo filho. Mesmo que ambos finjam insatisfação e apontem falhas em suas vidas.

Quando a narrativa fica a cargo de Mickey e Jesse descobre aos poucos um ponto crucial da vida do pai, ele desvenda aos poucos não apenas o passado, mas também quem é seu pai verdadeiramente, porque ele é esta pessoa. E ao se abrir com o filho, Mickey possui o mesmo retorno, passa a ser mais íntimo dele.
O que Jesse demora a compreender é o motivo para essa incrível história estar sendo contada pelo pai assim, de repente. E justamente para ele, o filho com quem ele menos tem intimidade. Por que ele divide agora, nesse momento da vida dos dois, esse segredo?
E o leitor é levado juntamente a imaginar, descobrir, deduzir.

O livro é lindo, apreciei cada página, me apeguei muito a ambos, porém mais ainda ao pai.
As personagens secundárias são interessantes, os fatos em segundo plano também, mas o foco principal que é o relacionamento de Jesse e Mickey e a história do passado sendo revelada aos poucos é o grande destaque.
Outra personagem que gostei é a namorada de Jesse, Marina, que torna-se mais rapidamente amiga de Mickey que o próprio Jesse. Por que Mickey, quase sempre amargo e fechado cria um vínculo tão forte com Marina e passa a defendê-la e a desejar que o filho assuma de vez o relacionamento com a moça? Será apenas um pai querendo ensinar ao filho que não se deve desperdiçar um amor sincero, uma pessoa especial? Existe muito mais para o leitor descobrir nesse livro!

O clímax e final são comoventes, uma finalização previsível. No entanto, o livro não deixa de emocionar e cativar do início ao fim. Logo nas primeiras páginas já imaginava como seria o desfecho. Mesmo assim, não passou pela minha cabeça a ideia de parar de ler o livro e admirei todos os detalhes.
Muito realista e gracioso. O equilíbrio ideal de momentos tristes e alegres, como a vida realmente é.

Depois de ler uma história linda assim, onde refleti como cada relacionamento é único, como o respeito e o amor podem ser laços bastante fortes e especiais é impossível não pensar em minhas próprias relações e no rumo que dou à minha vida. Pense nisso também: um livro que diverte, cativa e deixa uma marca. Até mesmo nos mais durões.

+ resenhas em www.leitoraviciada.com

@leitoraincomum 24/10/2012

Comovente
Resenha postada no blog Leitora Incomum, não reproduzir sem autorização ou os devidos créditos
http://leitoraincomum.blogspot.com/2012/10/resenha-um-ano-inesquecivel.html
Não é novidade para quem acompanha o blog e me conhece, que eu amo romances que tratam de conflitos familiares, e obviamente por isso, amei a sinopse e fiquei roendo as unhas de curiosidade.
Em Um ano inesquecível, conhecemos através de Jesse a relação superficial que ele tem com o pai devido a grande diferença de idade que é de aproximadamente 50 anos. Por muitos anos ele sentiu inveja dos irmãos mais velhos por terem uma relação mais próxima com o pai do que ele que, ao meu ver, foi um 'acidente' de percurso, ou seja, um filho não planejado.
Todos carregam um monte de problemas mal resolvidos com relação aos pais. Em meu caso, as coisas mal resolvidas com meu pai eram que aparentemente eu não tinha nada em comum com ele.
Página 30
Assim que Mickey fica viúvo, os filhos começam a pressioná-lo a vender a enorme casa em que vive já que ele nunca foi adepto aos cuidados do lar que eram sempre feitos por Dorothy, mas as coisas complicam bastante quando ele quase põe fogo na casa tentando fritar ovos e quase enlouquece os filhos de tanta preocupação. Nesse momento, enquanto decidem o que fazer com pai dali para frente, Jesse decide que vai abrigar o pai em sua casa e assim tentar recuperar o tempo perdido com essa proximidade recém adquirida. Seus irmãos não acreditam que ele vai ser capaz de cuidar do pai e acreditam que em algum momento ele vai se arrepender e voltar atrás, mas é claro que ele faz o possível - e muitas vezes o impossível - para que isso não aconteça.
Jesse é escritor e ganha a vida escrevendo artigos como freelancer, ao contrário de todos os seus irmãos que são bem sucedidos no que fazem ele não é rico, não tem uma casa exuberante e muito menos condições de dar uma vida cheia de luxo ao pai, mas ele tem o suficiente para tolerar a convivência difícil e superar as dificuldades: amor. Embora tenha todo esse amor pelo pai, ele já não acredita que o amor entre homem e mulher seja possível, acha que o amor tem prazo de validade e quem em algum momento tudo vai acabar. Com todos esses medos cercando a relação dele e de Marina - uma jovem professora com tantas cicatrizes de amor quanto ele -, claro que eles não se permitem viver algo novo e apenas curtem um dia por vez, mesmo que Marina agora acredite nele e tenha superado seus fantasma do passado, tudo fica por um fio quando eles percebem que chegou a hora do relacionamento avançar e Jesse se vê despreparado para isso. Em um momento tão delicado quanto esse em que Jesse percebe o quanto a doce Marina é importante em sua vida, seu pai começa a compartilhar uma história sobre seu passado que pode mudar tudo o que ele pensa sobre o amor.

- Você nunca se casa de me ouvir repetir o quanto a amo? Não me acha chato porque digo as mesmas coisas não sei quantas vezes? Se é assim, eu paro. Não, isso não é verdade. Não pararia nem se quisesse, porque não consigo. Nunca.
Página 76

O que significava que uma vez meu pai amara uma mulher chamada Gina, que eles haviam tido uma relação eletrizante e que tinham tido uma importância vital na vida um do outro.
E mesmo assim tinha acabado.
Sua excelência, a acusação permanece.
Página 220

Em meio a uma narrativa dividida entre a primeira pessoa com o olhar de Jesse e em terceira com as revelações e o cotidiano de Mickey, observamos o desenrolar dessa relação entre pai e filho que mesmo quando parece que não tem mais para onde seguir, se revela surpreendentemente nova. Filho vira confidente do pai, mesmo quando achava que algo assim não poderia acontecer e acaba passando de expectador das reuniões familiares e o 'bebê' da família, para um homem de opinião importante no meio familiar. Consequentemente, acaba aprendendo que tudo o que ele sabia sobre o amor não é uma regra, mas sim exceções e que o verdadeiro amor nunca morre e que a sua família pode respeitá-lo sim da maneira que ele é, mas que ele precisa se expor.
A diagramação é excelente, com letras grandes e páginas amarelas que torna a leitura muito confortável. Recomendo a todos.

Rose 26/12/2012

Jesse Sienna é o que costumamos chamar de “raspa de tacho”. Caçula e com uma grande diferença de idade em relação a seus irmãos, ele sempre se sentia deslocado dentro da família e morria de ciúmes do relacionamento de seu pai com seus irmãos. Quando ele nasceu, a diferença de idade entre ele e seu pai já era de 50 anos, e seu pai já não tinha o mesmo pique que teve com os outros filhos.
Agora já crescido e independente, ele tem uma chance de finalmente ficar mais próximo de seu pai, hoje com 83 anos.
Mickey Sienna que acabara de ficar viúvo, acaba se envolvendo em um pequeno acidente doméstico e seus filhos não querem que ele fique mais sozinho. Jesse propõe então que Mickey vá morar com ele. É tudo o que ele sempre sonhou, estar próximo de seu pai, desenvolver uma camaradagem e uma intimidade que ele nunca teve.
Com a convivência veio junto os segredos, e Jesse acabou conhecendo um pai que nem mesmo seus irmãos imaginavam que um dia existiu. Mickey lhe contou um segredo que mudou para sempre sua vida e o deixou mais perto de seu pai. Um segredo que lhe ensinou a ver a vida de uma outra forma e que ele não vai mais esquecer.
Um livro calmo, envolvente e tocante, que mostra a força do amor e de como ele pode mudar e marcar a vida de uma pessoa.

Camis 24/10/2012

Em Um Ano Inesquecível conhecemos Jesse Sienna, o filho caçula em uma família de 4 filhos, que sempre ocupou um lugar reticente no meio familiar. Com três irmãos mais velhos bem sucedidos e com uma diferença de idade gritante entre Jesse e eles, para o caçula cabia sempre a função de observar nas reuniões de família. Com pouca idade para discutir assuntos com o pai, ou com pouco sucesso profissional para discutir negócios com os irmãos, Jesse continha-se em apenas 'seguir o bando' em todas as decisões (nas raras vezes em que ele era convidado para participar de uma discussão).

Isso mudou quando Mickey Sienna, seu pai, acidentalmente colocou fogo na própria cozinha, fazendo com que os filhos (incluindo Jesse) chegassem à decisão de que ele não mais poderia morar sozinho, uma vez que a mãe dos irmãos já havia falecido e a saúde de Mickey estava bem debilitada. Jesse, que sempre ocupava a posição de seguidor e não de líder nas reuniões familiares, então decidi que a melhor opção seria levar seu pai para morar consigo.

O que no começo era uma grande transformação na vida de pai e filho, aos poucos foi se tornando uma rotina cativa entre ambos. Discutiam pela manhã sobre o café, no almoço sobre a comida, à tarde sobre o volume da TV, e à noite sobre a louça. Coisas de pai e filho.

As coisas saem do eixo quando Mickey insisti em conhecer Marina, a namorada há 6 meses de Jesse. Para o pai, Jesse não sabe o quão valiosa é a garota que ele namora, ou como o amor é incrível e deve ser aproveitado. É por medo de que o caçula perca um grande amor sem nem ao menos notar, que Mickey começa a contar ao Jesse a história de seu grande amor: Gina.

Não, Gina não é a mãe de Jesse e dos outros 3 irmãos dele. Jesse jamais soube até aquele momento que existira alguém chamada Gina que marcara a vida de seu pai ao ponto dele ainda se lembrar dela 50 anos depois, tendo se casado com outra e tido 4 filhos. E mesmo sentindo que traia sua mãe tendo tanto interesse no grande amor de seu pai, Jesse escuta a história. Uma linda história. E descobre que amar tem seus riscos, mas vale totalmente a pena.

Um Ano Inesquecível conta uma linda história de amor, cheia de romance, felicidade, excitação. Mas ainda assim não consegui sentir todo o calor que geralmente um romance faz o leitor sentir. Sabe aquela vontade de que tudo acabe bem? Pois é. E apesar do final comovente, o livro não atingiu todas as minhas expectativas. Talvez porque elas estivessem altas demais.

Tenho que dizer que meu personagem favorito é a Marina. Durante a leitura senti que ela com certeza seria o tipo de pessoa que eu gostaria de ter como amiga. E os diálogos entre a Marina e o Jesse me fizeram ficar com vontade de gritar para o Jesse: “Seu estúpido, como você pode não saber que a ama? Ela é perfeita!”. Recomendo sim o livro, por ter me feito sentir tão bem durante a leitura. Mas já aviso que nada é o que parece!

"Em minha cabeça, entre as poucas Verdades Absolutas que definem a humanidade, havia uma que se relacionasse a romance: o amor sempre acaba. (Página 25)"

"Não havia dedos mais delicados, rosto mais sedoso, nenhum corpo que se ajustava melhor ao seu. (Página 113)"

"O amor nem sempre morre. Às vezes, transcende tudo. (Página 302)"

http://nolimitedaleitura.blogspot.com.br/2012/10/um-ano-inesquecivel-ronald-anthony.html

Ju 24/02/2013

Um Ano Inesquecível
Amei demais esse livro. E li sem nenhuma expectativa, então o poder dele de me surpreender foi com certeza muito maior.

A esposa de Mickey, Dorothy, acaba de falecer. Ele se recusa a admitir que precisa de ajuda, e continua a viver em uma casa enorme completamente sozinho. Até o dia em que causa um incêndio - coloca ovos para fritar e dorme em frente à TV (pois é, ele não sabia que era uma coisa muito rápida de se fazer). Seus quatro filhos, então, acreditam que seja necessário tomar uma atitude, mesmo contra a vontade do pai. O que seria melhor para ele? A contratação de um enfermeiro? Uma "casa de repouso"? Essa última opção vence. O irmão mais novo, Jesse, é eleito pelos outros como o responsável por encontrar o local adequado, já que mora mais perto.

Jesse nunca encontrou seu lugar na família. Os irmãos são bem mais velhos que ele, e o pai já tinha 50 anos quando ele nasceu. Era mais sobrinho que irmão e mais neto que filho. Ele não acha certa a escolha dos irmãos, e decide conversar com o pai e convidá-lo a morar com ele.

"Às vezes, os clichês são verdadeiros. Tive um desejo e fui satisfeito. E, quando comecei, já estava arrependido."

É um relacionamento bem complicado no início. Jesse e Mickey nunca construíram uma relação de pai e filho e isso dificulta bastante a convivência. Mas é maravilhoso ver como tudo muda à medida que eles se conhecem melhor e começam a compreender um ao outro.

Jesse não acredita em um amor que dure para sempre. Mal sabe ele que seu pai é o melhor exemplo disso. Em determinada parte do livro, passamos a acompanhar duas histórias paralelas: uma no presente, em que Jesse precisa aprender a amar sem medo do futuro; e outra no passado, em que tomamos conhecimento de uma linda história de amor vivida por Mickey.

"Não queria ser tão ligado a ela a ponto de, décadas depois, se tivesse que falar sobre ela, me viessem lágrimas nos olhos. Não queria viver uma história de saudades ou mesmo um caso de amor em que tudo dava certo até que um pouco de amargura se instalasse entre nós."

A ansiedade que o Jesse sente, de saber mais da história vivida pelo pai, foi completamente passada pra mim... Aliás, acho que me senti mais ansiosa que ele. Fiquei completamente louca para saber como a história terminava (desconfiei, e acertei o fim, e pensei por um momento que podia ser diferente mas, sinceramente? Não podia não. Se fosse, nem Mickey, nem o livro, alcançariam seu objetivo).

É um livro tocante e apaixonante. Dá vontade de encontrar um grande amor. E, para quem já encontrou, reafirma a esperança de que ele pode durar por toda a eternidade e fazer com que a vida se torne muito mais interessante.

"Se tiver sorte, vai ser abençoado com um grande amor na vida, uma pessoa que torne o mundo completamente diferente para você."

Publicada originalmente em: http://entrepalcoselivros.blogspot.com.br/2013/02/resenha-um-ano-inesquecivel.html

Saleitura 10/12/2012

O amor nem sempre morre. Às vezes, transcende tudo."
“O amor nem sempre morre. Às vezes, transcende tudo.” (p. 302).

Um Ano Inesquecível me emocionou muito. Nele encontramos 3 histórias de amor e a que mais mexeu comigo foi a relação de pai e filho.

Mickey ficou viúvo e fez questão de continuar morando na sua imensa casa, mesmo não tendo empregada e sendo um fracasso na cozinha. Após quase colocar fogo na casa numa das suas tentativas de cozinhar, seus filhos viram que não tinha mais como deixá-lo lá, e numa reunião chegaram a conclusão de que o melhor era coloca-lo numa casa de saúde. Mas enquanto os outros conversavam, Jessé, o caçula e temporão, ficou pensando na relação dele com o pai, na relação que quase não existia, e surpreendendo a todos disse que levaria o pai para morar com ele, numa tentativa de poder conhecê-lo melhor. Sabia que seria difícil, mas queria tentar, e assim foi feito. Mickey tinha 83 anos e Jessé, 32, morava sozinho, escrevia artigos para jornais e revistas e namorava Marina, que lhe deu total apoio.

Jessé já teve grandes decepções amorosas, assim como Marina, e por isso tinham uma relação vivendo um dia de cada vez, sem planos e compromissos. Quando Mickey conhece Marina, fica encantado com ela e tem a certeza de que é a mulher certa para Jessé, mas se aborrece com a forma como o filho vive essa relação. Na intenção de mostrar a Jesse que ele pode jogar fora a mulher de sua vida, resolve contar-lhe um segredo, contar-lhe sobre um grande amor que teve.

A história é contada na primeira pessoa, por Jessé e na terceira pessoa e gostei muito da forma como o autor fez isso. Impossível não se envolver com os personagens e suas histórias. Impossível não se emocionar com a relação pai e filho, com a qual você também dá risadas. Foi o primeiro livro que li desse autor e gostei muito, é mais um daqueles que você não quer parar de ler, e assim como acontece com Jessé e Marina, também fica cheio de curiosidade com a história do amor de Mickey. Super recomendado!!!!

Leitura e resenha feita por Luci Cardinelli

Postagem Saleta de Leitura

Nita 24/09/2012

[RESENHA] Um Ano Inesquecível - Ronald Anthony
Mickey Sienna é um senhor de idade, com seus 83 anos ele perdeu a pouco tempo a esposa Dorothy, com os filhos já adultos e bem sucedidos, ele tenta levar a sua vida da melhor forma possível, mas não é fácil morar em uma casa grande, sozinho, e tendo que se virar, tem as dores no joelho, nas costas, a idade que não ajuda muito, sem contar o fato de que um homem acostumado a vida toda com uma esposa cuidando dele, não aprende a se virar da noite para o dia. Ao tentar fazer uns ovos, ele se distrai e acaba colocando fogo na cozinha. Com sorte ele saio sem se machucar, mas já a cozinha...
Seus filhos então decidem que é hora de ajuda-lo, e a melhor opção parece ser uma casa de repouso, mas para a surpresa de todos, seu filho mais novo Jesse, escritor que com 32 anos tem quase a idade dos netos de Mickey, oferece a casa dele para o pai morar. Todos seus irmãos que nunca o levaram muito a sério acham graça e nem cogitam a ideia. Porem Jesse tem um desejo oculto, não é apenas o fato de querer ajudar o pai que o motiva, mas se aproximar dele, conhece-lo melhor. Por ele ter nascido com seus pais já de idade avançada, sempre se sentiu meio perdido na família, seus irmãos já eram mais velhos, e estavam saindo de casa quando nasceu, seu pai, já não tinha toda aquela disposição para cuidar de uma criança ou aturar biras adolescentes, e sua mãe por mais próximas que fosse dele, estava mais para uma vó bondosa que uma mãe de presença.
Sem muita voz ativa para se impor, ele nem retruca com os irmãos, mas motivado pela namorada Marina ele decide falar diretamente com o pai, que relutante acabou achando essa opção melhor que um asilo.
Mas essa convivência não será fácil, são praticamente dois estranhos de gerações completamente diferentes morando juntos.
Mickey de tanto insistir acaba por conhecer Marina, e logo esta apaixonado pela nora, ele percebe logo que ela é única, mas teme que o filho a deixe escapar.
Jesse não é um cara muito românico, descrente no amor eterno, depois de sofrer duras decepções amorosas, ele decide que o amor é apenas passageiro, algo muito bom, que você dever curtir muito, mas sem se apegar, pois logo vai embora, seguindo essa filosofia ele tem namoradas por curtos períodos, até que conhece Marina uma linda jovem que sofreu muito com o ex namorado, e também não quer namoros longos, nem planejar um futuro, ambos seguindo a filosofia do ''curtir o momento'' acabam se dando muito bem, sem perceber que são completamente apaixonados um pelo outro.
Tentando ajudar o filho a entender que o verdadeiro amor existe e deve ser agarrado com toda a força quando aparece, ele resolve contar a história do seu passado, do grande amor que ele viveu na juventude, um amor que o acompanha por toda a vida.


''Mickey havia observado o retrato por alguns minutos sem dizer qualquer palavra. Por fim disse:
-Eu amo você. Reserve um lugar na mesa para mim.
Jesse não fazia ideia do que significava mas era óbvio que era importante para seu pai, porque ele sorriu e continuou a olhar amavelmente para a foto. Por fim, trouxe-a para perto do peito, olhou para Jesse e não disse nada. Jesse se levantou da cama e beijou a testa do pai.''


Galera esse livro é tão lindo, tão lindo! Parecido com o estilo de Sparks, mas diferenciado em muitos pontos, ele é igualmente emocionante, começa contando uma história do presente, uma história por sinal, que vemos todos os dias, eu mesma já vi casos de pessoas idosas que perdem o companheiro, e os filhos não sabem o que fazer. No entanto vai tudo tomando um rumo completamente diferente, Jesse é um cara muito bom, e amoroso, a todo tempo ele acredita que não existe amor, no entanto esta totalmente caído por Marina, estou para ver um cara que ficaria tão apavorado como ele com as palavras ''eu te amo''.
Graças a seu pai, ele vai aprender sobre as diferentes formas de amar, sobre o amor incondicional, que nem o tempo, nem a morte podem apagar. Eu me arisco a dizer que o pai dele, com a linda história de seu passado é que vai curar o coração do filho.
De uma forma tranquila, com palavras simples entramos no seio desta família, que se parece com tantas outras por ai, e aprendemos lindas lições, sobre nunca ser tarde para nos conhecermos, para nos perdoarmos, para amarmos.

As páginas do livro são meio amareladas, não exatamente amareladas, mas definitivamente não são brancas rs tentando identificar mas num tom que não cansa os olhos, com letras grandes, uma capa muito fofa, retrata bem sobre o que você pode esperar no livro. A história é intercalada em narrações pelo pai, e pelo filho.
Eu adorei, não conhecia o autor e já estou a procura de outros livros dele. Recomendo a todos que gostem de romances, memórias, dramas, e livros repletos de momentos emocionantes e cheio de maravilhosas lições de vida. Ele é realmente um excelente alimento para a alma.

Milla 18/12/2012

Após ter lido a sinopse e algumas opiniões negativas sobre o livro Um ano inesquecível fiquei sem ânimo para a leitura e confesso que fui envolvida pela história de Ronald Anthony. Mas agora eu não sei se gostei ou não do livro. A ideia da história é muito legal, mas tem algumas coisas que foram mal exploradas, sob o meu ponto de vista.

Após um pequeno incidente em que Mickey Sienna de oitenta e poucos anos quase incendiou a casa onde morava sozinho, seus quatro filhos começaram a debater um novo futuro para o homem para que ele não corresse nenhum perigo. Sendo todos muito ocupados, Jesse Sienna, o caçula, decidiu que seu pai deveria ir morar com ele.
Mas as coisas não são tão simples e meigas quanto nos planos de Jesse, principalmente porque sempre houve uma distância entre ele e seu pai de mais de 50 anos de diferença e, por sempre ter sido o caçula, ele era mais apegado à sua falecida mãe.
Jesse namora há seis meses com Marina, mas eles têm um romance peculiar porque ambos já sofreram por amor anteriormente e decidiram manter um relacionamento sem grandes expectativas para que não houvesse decepções. Mickey não se conforma por ver o filho desperdiçando a oportunidade de viver o amor da sua vida e decide lhe contar uma história de um antigo amor que ele teve.


Fiquei pensando na grandiosidade da história de Mickey contou para Jesse. Não falo da história em si, mas falo do quanto esta história quebrou as barreiras e uniu pai e filho outrora tão distantes. E fiquei muito curiosa à medida que Mickey ia narrando por partes um grande evento da sua vida. Mas no fim... - volto logo a este aspecto. Quero primeiro falar sobre o que gostei no livro.

O autor Ronald Anthony criou um texto leve, rápido, com cenas reais - afinal, toda família passa pelo problema "o que fazer com o velhinho?" - e com um humor muito agradável. Mickey e Jesse são irônicos, sarcásticos e eu fiquei encantada com isso. Mickey é um personagem encantador, esperto e engraçado.

Confesso que até então eu não tinha implicância com a tradução de Maysa Monção, [Conselho de amiga, Tudo o que ela sempre quis] mas desta vez topei com umas frases que ficaram um pouco desconexas. Narrado em terceira e em primeira pessoa [por Jesse], o livro é descomplicado, mas eu arrastei a leitura.

E agora vêm os aspectos negativos. Jesse é um chato com essa história de manter um relacionamento "sem futuro", fica claro que o romance dele com Marina é lindo, mas ele se recusa dar a devida importância e isso me incomoda seriamente. Ele não dá valor porque não quer. E é por isso que Mickey decide contar uma história importante e "secreta" da sua vida.

Juro que estava esperando uma história fantástica e não foi bem isso que encontrei. Ao fim da história (de Mickey) fiquei pensando que não fazia muito sentido ele estar contando aquilo ao filho esperando que ele mudasse em relação ao seu comportamento. Eu enxerguei mais como uma redenção, vivendo uma memória especial ou tirando aquele segredo tão pesado de seu coração já tão cansado. Como eu já disse, foi uma história com um signo belíssimo porque uniu pai e filho, mas muito fraca para a ideia que o autor quis transmitir em Um ano inesquecível.

Portanto, acho que nem tanto nem tão pouco. Eu daria três estrelinhas à Um ano inesquecível. Mas algo mais pendente ao dois do que ao quatro.

Helana O'hara 25/10/2012

Resenha, um ano inesquecível
Mickey Sienna perdeu sua esposa, e aos 83 anos morava sozinho em uma grande casa, até que tentando cozinhar quase botou fogo em tudo. Seus filhos então, fazem uma reunião para decidir onde manda-lo, uma casa de repouso parecia o melhor a fazer.
Mas seu filho mais novo, Jess, o caçula de toda turma – que veio ao mundo quando seus irmãos já estavam todos crescidos, não aceitou a decisão dos demais e por conta própria decidiu que seu pai iria viver com ele.
A relação entre os dois nunca foi das melhores. Como Jess sempre fora o menor e sua decisão nunca é tomada como garantia ele sempre ficava quieto entre os membros da família e tinha uma relação distante com seu pai e por causa disso ele achou que seria a hora de mudar.
”Eu me levantei do sofá para pegar um café na cozinha. Não dissera nada desde que a conversa havia começando, o que significava que estava fazendo meu papel em reuniões familiares. Certamente, não significava que não tinha opinião própria (o que eu tinha) ou que me sentisse intimidado (o que, suponho, sempre fui). Simplesmente repetia o mesmo padrão toda vez que nos reuníamos. Sempre quis saber o que os outros pensavam sobre meu constante silêncio. Na verdade, o que me perguntava era se eles notavam meu silêncio.” Pág 22
Foi a duras penas, então que Mickey foi morar com seu filho caçula, em uma casa pequena que mal tinha espaço para seus pertences agora teria que haver espaço para os de seu pai.
Jess tem uma namorada Marina, uma jovem professora que assim que Mickey a conhece percebe que seu filho vai fazer uma grande besteira se deixa-la ir embora.
É nesse momento que ele começa a contar sua história de amor para seu filho.

Um Ano Inesquecível é um livro maravilhoso. Algumas resenhas que li acharam o livro pessoal demais, ora pesado. Já acho o contrário disso tudo. Pessoal ele até certo ponto é, afinal de contas, a história de Mickey mexe sim com nossos sentimentos, impossível não se ver com coração na mão quando Jess descobre o final dela.
Mas apesar de todos os acontecimentos achei o livro leve, uma leitura que nos faz refletir sem pesar na cabeça e vez ou outra uns sorrisos saem por ver o rumo que as coisas tomam.
A história secundária da vida de Jess consegue perfeitamente se unir ao pai sem ficar maçante, o que acho que foi um ponto importante que o autor soube juntar.

Jess mexeu um pouco comigo, pois me vi nele, na parte familiar com a história o sentimento de ser o caçula e perceber que sua opinião pouca importa faz parte da minha vida diariamente e o peso que isso dá nas costas é grande demais – consegui entender muito bem o motivo de Jess levar seu pai para morar consigo.

Um Ano Inesquecível é um livro que certamente vai deixar qualquer leitor com vontade de ler novamente.
Moral da história? A sabedoria dos mais velhos sempre tem que ser levada em consideração, já viveram muito e certamente os melhores conselhos saem da boca deles.

Leandro | @obibliofilo_ 01/11/2012

http://www.leandro-de-lira.com/
Antes de começar a leitura, ao ler a sinopse e observado a capa, acreditei que fosse um livro leve e bonito. E eu estava certíssimo. Não me surpreendeu, mas também não me desapontou.

[SINOPSE] Você acredita que o amor pode durar para sempre? Jesse Sienna não. O casamento de seus próprios pais era respeitável mas sem paixão; e sua própria história romântica indica que o amor queima ardentemente antes de desaparecer por completo. Então, quando seu pai, Mickey, muda-se para sua casa e parece não compreender o relacionamento superficial de Jesse com sua atual namorada, mas Jesse não lhe dá atenção.
É apenas um exemplo do quão diferente eles são e fica mais evidente que ele e seu pai nunca terão uma ligação mais profunda.
Mas a verdade é que Mickey Sienna conhece mais sobre amor do que a maioria das pessoas conseguem aprender na vida toda.
Há mais de cinquenta anos, ele encontrou o amor mais verdadeiro que a vida pode oferecer. Ele sabe das infinitas recompensas de investir seu coração e sua alma em alguém... E conhece o prejuízo devastador de deixar esse alguém perfeito escapar.
Quando Mickey percebe que Jesse não está dando valor a uma mulher extraordinária, decide que é hora de contar a história que nunca contou para nenhum de seus filhos a Jesse. Durante os meses seguintes, Mickey mostra seus momentos mais particulares e felizes para seu filho... e muda a percepção de Jesse em relação ao amor e as possibilidades de um relacionamento duradouro para sempre.

O livro conta a história de Mickey Sienna e Jesse, pai e filho, que vivem uma relação aparentemente normal. Eles não são tão íntimos e para que não haja desentendimentos entre ambos, preferem o silêncio. Assim era a convivência entre eles. Porém, a morte de Dorothy (esposa do Mickey) muda todo o contexto no qual eles viviam. Quer queira quer não, eles precisam rever seus conceitos e tentar encontrar uma forma de viverem de forma agradável.

Com a morte da sua esposa, Mickey praticamente perde o prazer de viver e isso afeta toda a família. Todos os outros filhos dele e irmãos do Jesse são casados, trabalham muito... Enfim, não teriam condições de dá a atenção necessária para o pai. O único que é solteiro e mora sozinho é o Jesse. E como se é esperado, Mickey se muda para a casa de Jesse e é justamente nesse momento que a vida de ambos muda de forma inimaginável.

A história do livro é basicamente essa. Como pode-se perceber, o romance que eu esperava, fica como segundo plano. O foco da história é na relação entre Mickey e Jesse, ou seja, a relação entre pai e filho.

''Mickey havia observado o retrato por alguns minutos sem dizer qualquer palavra. Por fim disse:― Eu amo você. Reserve um lugar na mesa para mim.
Jesse não fazia ideia do que significava mas era óbvio que era importante para seu pai, porque ele sorriu e continuou a olhar amavelmente para a foto. Por fim, trouxe-a para perto do peito, olhou para Jesse e não disse nada. Jesse se levantou da cama e beijou a testa do pai.''

Jesse não acredita no amor, pelo fato de ter sofrido algumas desilusões amorosas. Mas é louco por Marina. O relacionamento entre eles é complicado, mas eu pude perceber que um nutre o mesmo sentimento pelo o outro, mas sentem medo de demonstrar.

Sinceramente, eu esperava um romance melhor e mais intenso. O romance entre Jesse e Marina é muito morno. Eu gosto de romances mais intensos, em que as personagens realmente conseguem transmitir o que sentem. E infelizmente eu não senti isso.

As personagens foram bem construídas e de alguma forma, passaram-me uma sensação de realidade, como se de fato existissem e não fossem apenas ficcionais. E isso eu considero um ponto positivo.

O ritmo da história é lento e em alguns momentos, eu demorei um pouco para prosseguir a leitura, porque consequentemente ficou lenta.

Contudo, o livro é bom. Não é surpreendente e nem maravilhoso, apenas cumpre seu papel. Eu não criei muitas expectativas e as poucas que criei, foram atendidas. Então, caso busque uma leitura leve e despreocupada, esse livro é uma ótima dica. Mas não espere um romance maravilhoso, pois talvez não seja isso que você vá encontrar.

Recomendo!

Paloma Viricio 08/12/2012

Amor maior que o tempo
Por Paloma Viricio

FICHA TÉCNICA

Autores: Ronald Anthony
Titulo: Um Ano Inesquecível
ISBN: 9788581630335
Selo: NOVO CONCEITO
Ano: 2012
Edição: 1
Número de páginas: 304
Formato/Acabamento: 16x23x2,3
Peso: 0.43 kg
Preço Sugerido: R$ 29.90
Área Principal: FICÇÃO
Assuntos: ROMANCE



NOTAS
Capa: 10
Conteúdo: 10
Diagramação: 10
Nota geral: 100

Visão Geral
Será possível existir um amor que ultrapasse as barreiras do tempo? Será possível reviver as lembranças de alguém especial todos os dias? E principalmente... Como acreditar que exista amor verdadeiro e puro em um mundo conturbado como esse que vivemos? Essa é uma missão complicada que Mickey Sienna, pai de Jesse, tentará mostrar ao filho. Será que ele conseguirá provar que “Um grande amor nem o tempo pode apagar”?

Após a morte da mãe de Jesse e um incêndio na casa de Mickey, ele resolve levar o pai para morar junto com ele. O relacionamento de Jesse nunca foi fácil com a figura paterna e nem com os irmãos. Jesse trabalha como freelancer e mantém um relacionamento com a professora de educação infantil, Marina. O jovem jornalista tem o coração partido por amores do passado e Marina sofre o mesmo mal. Por isso, resolvem que o relacionamento dos dois é algo para ser vivido dia após dia... Planos para um futuro á dois não está nos pensamentos de ambos.

Jesse nunca conheceu Mickey Sienna realmente. Entretanto ele é o único filho que o pai resolve revelar um grande segredo do passado. Mickey teme que o filho não consiga ser feliz por não acreditar que um amor possa durar para sempre. Então, conta á Jesse sobre Gina. Uma misteriosa mulher com quem ele manteve um relacionamento quando era jovem e nunca foi capaz de esquecer. Adorei esse livro muito mesmo, li em menos de uma semana. A estória é super rica em detalhes e descrições o que faz o leitor tornar-se refém do autor. Confesso que o final foi previsível, mas isso não quer dizer que você não deva ler o livro.

È uma obra maravilhosa que mostra como devemos valorizar quem amamos escutar e respeitar a voz sabia da maturidade enquanto podemos tê-la ao nosso lado. Mas, por que será que Mickey não conseguiu seguir a vida ao lado de Gina? Será que um amor pode realmente ser verdadeiro e tornar-se perene? Será que Jesse fiará com Marina? Isso você só irá descobrir se ler esse maravilhoso livro e descobrir como Um ano pode ser Inesquecível!

Designer e Diagramação

O livro possui diagramação simples e agradável. As folhas são em material pólen, com letras e espaçamento confortáveis. A capa desse livro ficou muitooo linda e passa toda a sensibilidade da trama. Parabéns Novo Conceito. O kit é muito bonito e composto por caixa, livro, marcador e um relicário. Ameiii.

Sobre o autor
Ronald Anthony mora em Connecticut com sua esposa e três filhos. Atualmente ele está finalizando seu segundo romance. Não é encontrada muito informação e nem foto do autor. Esse nome é um pseudônimo.

O trabalho Amor maior que o tempo de Por Paloma Viricio foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Brasil.

Confira mais em: http://palomaviricio.blogspot.com.br

TeLa 29/11/2012

Resenha do Blog Penseira Literária - http://penseiraliteraria.blogspot.com.br
Mais um livro da Novo Conceito que me chamou atenção logo de cara. Eu geralmente suspeito que "velhos ranzinzas" sempre têm belas histórias para contar. Com Mike Sienna não foi diferente, logo de cara ele se mostra um exímio idosos teimoso que faz a gente rir.

A estória proposta por Ronald Anthony é bem interessante. Mike Sienna tem uma família grande, mas após a morte de sua esposa, ele já não tem condições de viver sozinho em uma grande casa. Os filhos se dividem em suas opiniões. E entre contratar uma enfermeira e mandá-lo para uma casa de repouso, Jesse, seu filho mais novo resolve que o melhor a fazer é levar o pai para sua casa. Jesse sempre se sentiu meio deslocado em sua família, quando nasceu, seus irmãos mais velhos já eram bem crescidos, e por causa disso, os irmãos não lhe davam atenção, assim como o pai, que já se sentia velho demais para ser pai.Porém, Jesse vê nesta oportunidade, um meio de talvez recuperar os anos perdidos e ter uma relação verdadeira com o pai.

Jesse é o tipo de cara que não acredita que um amor possa ser eterno, para ele, paixões vem e vão, e fazer promessas ou se iludir com uma velhice juntos é bobagem, sendo assim, após inúmero relacionamentos que não deram certo, ele está somente à procura de alguém com quem possar passar o tempo, que no momento é a jovem Marina. e é entre promessas de "não se apaixonar" e "curtir o momento" que Jesse está próximo de cometer a maior burrada de sua vida, o que Mike está disposto a não deixar acontecer, nem que para isso, ele tenha que revelar segredos que ele jurou levar para o túmulo.

O livro é cheio de romance, e nos suga para dentro de suas páginas, porém não para o tempo presente da história e sim para a época em que Mike era jovem e apaixonado, e invariavelmente você se sente um voyeur observando o amor de Mike e Gina pelas ruas antigas de Manhattan. Porém ao passo que a história contada por Mike é bem detalhada, o relacionamento, a trama de Jesse com Marina ou até mesmo com o pai ficou muito superficial, e neste ponto acho que o autor poderia ter criado mais, ter ido mais fundo. Mas é só este ponto que destaco como falho.

A estória é linda e termina com uma bela mensagem e um pontinho de tristeza, mas exatamente como teria de ser. Sem dúvida vale a pena ler, eu RECOMENDO sim, pois até quem não gosta de histórias triste vai se apaixonar por esta.

Rafael 16/10/2012

Um Ano Inesquecível || Lembra Daquela História?
Eu não pretendia ler este livro.


O título é bem genérico, e agora, ao final da leitura, concordo que tal ano será inesquecível..., porém, adoraria que fosse somente mais um ano. A capa tem estes tons esverdeados/acinzentados, com pessoas olhando para o nada, o que contribui para a generalidade do título. Mas dei uma chance à ele. Isso me ocorre às vezes. Nem sempre a melhor capa contém a melhor história, nem o título faz do livro uma obra prima. Este não é nem um, nem outro. Ele me excitou no começo e me arrasou no fim.

Há pouco tempo Mickey tornou-se viúvo, após a morte de Dorothy. Na imensa e vazia casa em que moravam, por um descuido ele causa um incêndio na cozinha. O ocorrido foi a gota d'água: Mickey deveria se mudar. Jesse decide acolher e cuidar do pai, já que os outros irmãos não têm o menor interesse nisso. O rapaz de trinta e poucos anos é o caçula da família. A diferença de idade entre ele e os irmãos é tão grande que Jesse se sente deslocado da família, como se não falassem a mesma língua, nem fizesse parte dela.

Mickey, de 83 anos, não dá trabalho, mas é um desafio para Jesse se aproximar de alguém com quem teve pouco contato durante toda a vida. Aliás, não é só esse o desafio do personagem durante o livro. Ele é uma pessoa que não acredita no amor verdadeiro, porque já sofreu por desilusões amorosas, e se relaciona com Marina, uma mulher que pensa da mesma forma. Para eles, o amor sempre vai acabar, uma hora ou outra, e assim vivem "um dia de cada vez".

"Depois de Karen, percebi que existem diversos tipos de amor romântico e cada um tem um prazo de validade. Você pode ser terno, generoso e doce. Você pode ser amargo, egoísta e ferino. Mas não importa como se vista, uma hora você vai ficar nu. Não há meios de manter a profundidade nas emoções. E, se você realmente se importa, vai doer muito mais no final."

Contudo, Mickey conhece Marina e percebe nela uma mulher especial. Jesse seria muito idiota em perdê-la se continuasse com esse pensamento, então, ele decide contar-lhe seu maior segredo...

Comecei sem ler muito da sinopse, e me surpreendi demais com as primeiras páginas. Conforme fui avançando, a história foi esfriando, e seguiu-se assim quase até o fim, tendo sempre uma esquentada nos capítulos de Mickey. Seu segredo é contado aos poucos, e são as melhores partes do livro. É tão doce, que o leitor se comporta como uma formiga em busca do açúcar.

A narrativa do primeiro romance de Ronald Anthony, a la Nicholas Sparks, é divida entre o ponto de vista de Jesse, em primeira pessoa (eu), e de Mickey, em terceira pessoa (ele). O restante da leitura não fluiu como aconteceu no começo, mas a vontade de continuar a história, mesmo que previsível, não me fez desistir.

"Agora estava sentado no escritório de Jesse, completamente imerso nas memórias. Estava esgotado. Parecia que havia caminhado meio século. (...) Mas Jesse se desapontaria caso pensasse que Mickey continuaria. Não havia jeito de ele contar mais nada."

O fato é que toda a carga emotiva que eu acreditaria sentir com A Culpa É Das Estrelas, que não aconteceu, explodiu na minha cara no final deste livro, e não pude evitar o aperto no coração e o desabamento a cada palavra lida. Tive vontade de arremessar o livro contra a parede. Nunca mais terminá-lo. Era muito para mim. Doloroso demais.

Eu já sabia o final que Jesse e Mickey teriam, e para mim, o pai, ao final das contas, foi o principal personagem de toda essa história.


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Espero que tenha gostado. :)