Resenhas - Homem-Máquina

Vinicius 16/11/2022

Como seria a sua vida se você fosse completamente dependente de tecnologia? Tão dependente, que seus utensílios fossem “parte de você”…?

Então, basicamente a história apresentada no livro Homem Máquina escrita por Max Barry é esta. O enredo se desenrola sobre o engenheiro mecânico Charles Neumann, que trabalha numa grande companhia de desenvolvimento de novas tecmologias. Charlie é extremamente ligado a tecnologia e aparelhos eletrônicos. Esse gosto é tão grande que beira o absurdo.

Um dia comum, com qualquer outro, Charlie fica sem o seu smartphone, onde ele realizava quase todas as tarefas de seu dia como verificar emails, checar o trânsito, clima, e qualquer outra coisa que fosse possível. Essa situação, que para a maioria das pessoas é um problema corriqueiro, para Charlie causa um grande impacto no seu cotidiano, de tal forma que, na execução de um dos projetos de seu laboratório acaba ocorrendo um acidente. Neste acidente nosso personagem perde uma das pernas. Já em recuperação no hospital, Charlie conhece uma especialista em próteses, e partir daí, a vida dele começa a mudar.
Não satisfeito com nenhuma das próteses disponíveis, nem mesmo a mais sofisticada e com uma vasta gama de possibilidades, isso não é o suficiente. Com isso, o engenheiro começa a trabalhar em melhorias para sua nova perna biônica, adicionando peças, funções, facilidades, de tal forma que Charlie conclui que sua nova perna é melhor, mais útil e lhe serve melhor que sua perna humana comum. Então por quê não modificar sua outra perna também?

Com essa novas possibilidades com as novas partes de seu corpo adquiridas, a vida do engenheiro nunca mais vai ser a mesma. Seus pensamentos, suas atitudes e suas relações, mudam a cada dia e tomam uma nova cara. Seus dias jamais serão o mesmo, culminando num final impressionante e surpreendente.

E você, o quanto é dependente de tecnologia? Até onde iria para ter uma acesso melhor às facilidades que a vida moderna pode lhe proporcionar? Até onde o ser humano é capaz de ir em favor do progresso? Todos estes questionamentos são abordados nesta obra de ficção científica, que tenta retratar de forma humorada e exagerada os excessos do consumo humano por tecnologia, cada vez mais ávidos por novas possibilidades de facilitar a vida humana moderna.

Uma obra que merece atenção e que vai agradar principalmente as pessoas que são ligadas às áreas de tecnologia e engenharia, ou você que se considera um geek. Mas se você não se identifica com essas áreas de conhecimento, você vai se agradar com a boa escrita e com a história diferente que é contada. Mais que recomendado.

site: http://interessantedeler.blogspot.com/2015/03/resenha-homem-maquina-max-burry.html

Rafael.Montoito 06/03/2022

Uma máquina decepcionante
Charlie é um engenheiro que perde sua perna num acidente de trabalho. Se, no começo, ele demora um pouco a se adaptar com a prótese que enxertam em seu corpo, em pouco tempo ele reconhece sua superioridade com relação À perna humana. Charlie não só se apaixona Lola, que é especializada em próteses, quanto pela ideia de ter um corpo mais funcional - por esse motivo, voluntariamente, ele vai amputando seus membros para que sejam substituídos por próteses de última geração. A firma em que trabalha vê projetos e perigos na formação de um homem-máquina, mas disponibiliza para ele um grupo de jovens pesquisadores que repensam o corpo humano.
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Se, por um lado, o livro tem um subtexto interessante - sobre o modo como a tecnologia está transformando os corpos e a busca por um processo que freie e degeneração natural dos corpos, visando à melhor eficácia e vida mais longa - por outro lado se perde em clichês de conspirações industriais e cenas que parecem simplórias; o livro perde seu potencial problematizador para virar um romancezinho muito mequetrefe e sem graça; abre mão de discutir questões éticas e metafísicas para se fechar numa comédia romântica bastante comum, com toques de ciência.
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Foi uma leitura bastante decepcionante e arrastada, infelizmente.

Raphael.Kieling 06/11/2021

Incrível
Esse foi meu livro de entrada pra esse mundo de ficção.

Resumidamente sem querer repetir o que já foi dito, a escrita é muito bem feita e me senti dentro daquele mundo. As relações entre os personagens são bem rasas mas acho que foi proposital já que o personagem não ajuda muito a criar alguma relação.

Enfim, viajado como toda ficção mas fiquei feliz de ter dado uma chance

thamiis 12/03/2021

Minha definição de bizarro
Acho que de longe foi o livro mais bizarro que li, ao menos quando penso em assuntos fora da minha zona de conforto.

Charles Neumann é um engenheiro que trabalha no laboratório de pesquisas de uma empresa de tecnologia/biotecnologia. Ele tem uma personalidade exageradamente nerd e antissocial, que à primeira vista parece bastante clichê, porém depois escala para uma versão inimaginada do estilo inteligente-num-nível-patológico-sem-habilidades-de relacionamento. Fiquei realmente surpresa.
Num belo dia comum de trabalho ele sofre um acidente e acaba perdendo uma de suas pernas. Após acordar no hospital desorientado e compreender a situação em que se encontra, Charlie recebe a ajuda de uma especialista em próteses chamada Lola para encarar sua nova versão. A partir desse encontro as coisas vão se tornando a cada momento mais assustadoras e -sim-, bizarras.

Gostei principalmente da temática técnica da mistura de engenharia e biologia e achei a personalidade e a linha de raciocínio de uma das personagens coadjuvantes (Cassandra Cautery) muito interessante, apesar de todas me deixarem chocada em algum grau, especialmente a de Charlie.
A leitura é bastante fácil apesar dos termos técnicos e o livro prende do começo ao fim, além de ter um final bastante digno. Recomendo.

Hsuzna 05/03/2021

Surpreendente
Ainda não sei se de um jeito bom ou ruim.
Há muitos aspectos interessantes no livro, outros nem tanto. A abordagem pouco polida me assustou um pouco, mas depois ficou tudo bem.
Eu não sabia o que esperar desse livro, mas certamente eu não esperava pelo desenvolver da história do jeito que foi.
Foi uma boa experiência 3 estrelas.
Não odiei
Mas não amei
E achei o romance bem do nada henxjejsjssj
Tchau.

bobbie 10/05/2020

Clássico pós-moderno.
Comprei este livro porque fui convidado a ser avaliador em uma banca de mestrado cuja dissertação trata deste romance. Sua trama trata do que existe de mais moderno no terceiro milênio: o avanço da tecnologia. Aqui, todavia, a tecnologia ultrapassa os limites do corpo e se aplica a ele, transmutando o homo sapiens para, talvez, a nova espécie que deve dominar o mundo, conforme previsto por Dan Brown em seu mais recente Origem: o transumano. Cada vez mais temos tecnologia integrando-se ao nosso corpo: membros mecânicos mais tecnológicos a cada ano, órgãos sendo impressos em 3D, chips sendo implantados no crânio para auxiliar com a audição, ou visão. Até onde podemos chegar? Quais os limites da tecnologia e a ética que deve ser aplicada quando se trata à sua simbiose com o humano. E, talvez mais importante, onde termina o biológico e começa o tecnológico e - quem detém o controle? Este romance é fascinante do início ao fim. Trata da eterna ambição humana, tanto inata como aprendida, de evoluir e se aprimorar. Um ciclo interminável de "brincar de Deus".

Clio0 05/04/2020

Max Barry retoma um dos temas mais queridos da ficção científica e o reinventa para o século XXI.

Em o Homem-Máquina, Charles Neumann é um cientista misantropo que pouco a pouco vai substituindo partes do seu corpo por equivalentes cibernéticos.

Nada de novo no conceito, mas o desenvolvimento é, pois seu autor busca entremear o conceito com a disforia corporal (onde a pessoa não se sente bem com seu corpo biológico) e mostra como a Inteligência artificial e a psicologia do sujeito podem interferir com o processo.

É um tema pesado, mas a escrita é dinâmica já que tudo se passa pelo ponto de vista de Neumann que apresenta certas tendências sociopáticas.

Boa história, eu recomendo.

Iginha 10/10/2018

Esse é definitivamente o livro mais bizarro que eu já li.Mas eu gostei,quando peguei o ritmo não consegui mais parar de ler.

giovana 20/07/2018

...
começa muito mal
daí fica bom
daí caga tudo de novo
daí fica aceitável
até que o autor decide colocar ARMAS E MILITARIZAÇÃO nomeio de um conflito que já não tava bem pensado

enfim é uma bosta tem muito potencial mas explora 0,01% dele. não leia.
ps: lola shanks wtf uma das personagens femininas mais rasas que eu já li nos últimos tempos

Marcelo Henrique 08/09/2017

Homem-máquina é um livro bom. O tema ciborgue não é novidade na cultura popular, e aqui ele não é apresentado de forma muito diferente: ao perder uma perna, Charlie vê uma oportunidade de desenvolver novas tecnologias a fim de melhorar seu corpo, mas, como apontou uma colega minha, ninguém que perde um membro pensa nisso como oportunidade, por isso o livro faz um esforço para mostrar os transtornos de uma pessoa recém amputada e se sai relativamente bem. A ideia apresentada de fazer melhoras no corpo a fim de expandir sua capacidade lembra bastante o "Culturas e artes do pós-humano" de Santaella quando comenta sobre incorporar mídia ao corpo humano, Homem-máquina traz essas teorias de forma mais tranquila.
Algumas coisas deixaram bastante a desejar: as personagens são pouco desenvolvidas, principalmente as mulheres - Lola e a dr. Angélica parecem ter exatamente a mesma personalidade e Cassandra é primeiramente apresentada com um super entusiasmo falso de gerente para terminar seca e sem emoções; o final tem um conflito forçado envolvendo Carl que se torna coadjuvante por algum motivo; o jeito com que os médicos e enfermeiras tratavam Charlie na segunda vez que ele foi para o hospital também me deixaram incomodado, só porque ele era suspeito de ter cometido suicídio não quer dizer que a equipe vai tratá-lo com despreso.
Além desses problemas, Homem-máquina é uma leitura bastante divertida: minha parte favorita é logo a primeira página onde ele comenta que quando criança queria ser um trem e as descrições dos acidentes, cirurgias e máquinas criam um clima tenso e "gruesome". No fim, você acaba lendo de ansioso pra ver qual será a próxima modificação que Charlie fará no próprio corpo.

Clayvison 22/08/2017

Mais um romance
Um livro que inicialmente impacta bastante, principalmente quando ele descreve e conta sobre a automutilação do personagem principal para se adequar à um robô, acaba por se tornar um por repetitivo quando narra sua paixão por uma mulher que pra mim nada teve a acrescentar para a história! Mas vale a pena ler, porque é um livro simples e de fácil leitura, apesar de algumas descrições futurísticas e de engenharia robótica não me satisfazer tanto!
Não é um livro que eu leria de novo! Rs

Pedro Leão 18/07/2017

Desnecessário
É um livro com um enredo que em sua maior parte não te prende, porém ele te faz refletir muito sobre o que a tecnologia pode pode se transformar e influenciar na nossa vida. No mais, o livro não acrescentou nada na minha vida (assistam black mirror, é mais interessante).

Bruno 07/06/2017

Black mirror
Esse livro tem uma ideia muito boa e a história é bem legal. Os personagens que não são muito cativantes.

Se fosse adaptado para um episódio de Black Mirror seria muito interessante

Existem momentos tensos e angustiantes do tipo,por favor isso não.

Nota 3.8

Jose Junior 13/03/2017

Razoável
A idéia é boa, porém o personagem principal não me cativou.

Bruno 03/01/2017

Inspirador para Engenheiros, Cientistas da Computação e qualquer outro apaixonado por tecnologia
Muito inspirador para qualquer pessoa que gosta de tecnologia, ele descreve de maneira breve a possibilidade de podermos ampliar/melhorar o corpo humano. Graças aos avanços tecnológicos é possível criar "partes melhores" para o corpo, e assim substituir os membros e órgãos, que através da evolução foram adaptados ao meio em que vivem. Estas partes melhores podem exercer as mesmas funções que as partes orgânicas, acrescentando melhorias úteis para o dia a dia, ampliando o poder do corpo para fazer coisas que nenhum membro orgânico seria capaz de fazer.
A ideia é muito interessante e já utilizada de maneira sutil atualmente, a história incorpora alguns dos problemas que poderiam acontecer nesta nova realidade, e ainda, de forma superficial, as consequências que tal avanço pode acarretar.
O personagem principal é um cientista que é extremamente dependente da tecnologia, algo perceptível em nossa sociedade, ainda, é um sujeito excêntrico, uma pessoa que não possui (ou oprime) características sociais de afeto a outras pessoas, focando apenas em suas próprias necessidades e interesses.
A história tem um desenrolar cativante e inspirador, apresentando de forma satisfatória termos técnicos, o que possibilita a imaginação do leitor acreditar que é possível criar estas partes melhores. O final da história é praticamente imprevisível, o que faz deste livro uma obra de arte.
Apesar destes pontos positivos, o livro traz algumas falhas no desenrolar da história, o que pode fazer alguns leitores, assim como eu, se sentirem cansados ou entediados, mas vale a pena insistir e terminar, no final, os pontos positivos valem mais que os negativos.