O primeiro dia

O primeiro dia Marc Levy




Resenhas - O Primeiro Dia


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Tribo do Livro 21/09/2012

– Onde começa a aurora?
Eu tinha apenas 10 anos quando, enfrentando minha timidez doentia, fiz essa pergunta.(...) Meu nome é Adrianos, mas há muito tempo me chamam de Adrian, exceto no vilarejo onde minha mãe nasceu. Sou astrofísico, especializado em estrelas extrassolares. (...)

Bem este é um livro que gostaria muito de ter lido durante os dez dias que estive em Salvador, porém ele chegou depois que já tinha ido. Por que? Este é o segundo livro que leio de Marc Levy, e este autor é cheio de nuances, minúcias e pormenores, você não pode deixar de prestar atenção em nada, pois corre-se o risco de perder o "fio da meada".

O primeiro dia é uma narrativa interessantíssimo sobre dois jovens pesquisadores e seus "nada" ambiciosos objetivos. Keira é uma arqueóloga que quer nada mais que nada menos, descobrir a origem do homem; Adrianos ou Adrian como é conhecido quer encontrar a primeira estrela, aquela que deu origem ao universo. Normal não é mesmo? já que se trata de dois grandes estudiosos. É por conta dessas paixões que os dois acabam unidos e envolvidos em um romance que será permeado por mistérios, perigos e aventuras. O causador disso é um pingente que ninguém sabe datar a época, mas há alguém, um menino etíope que Keira apelidou de Harry, ele com certeza sabe de alguma coisa, pois foi quem presenteou a arqueóloga com o misterioso pingente, mas também uma paixão curta que os dois tiveram há quinze anos atrás.

Narrativa inimaginável, pois ela começa devagarzinho e depois entra em um ritmo frenético, que nós leitores nos damos conta rapidamente e queremos ver o que vem a seguir, – é difícil largar o livro depois que o ritmo aumenta –, porém os personagens só muito tempo depois, talvez pela própria natureza de suas personalidades. Keira, é mais "pé no chão", tenta criar uma lógica para tudo; já Adrian, como astrônomo é mais "mundo da lua", apesar dele perceber mais rápido o que está acontecendo com eles, logo identifica que a chave de tudo ou quase tudo, está no pingente que Keira se esqueceu em sua casa, propositalmente, – sabemos posterior – depois que passaram uma noite juntos. Adrian e Keira não se viam há 15 anos, e quando se reencontra parece que o tempo não passou...

(...) Sem esperar reposta, Keira deixou de lado a pasta que segurava , mergulhou em meus braços e me beijou. (...) o verdadeiro beijo de papel, em que sonhei escrever os sentimentos que tinha por ela.(...).

Marc Levy, cria uma narrativa cheia de surpresas e reviravoltas. Tudo é inesperado e de certa forma mágico, um livro formidável, imperdível de se ler. Adrian acaba se apresentando um personagem doce e sensível e Keira, por vezes é um pouco chata, porém isso se dá por conta de seu espírito independente e talvez também em razão de seus fantasmas, talvez...não sei, opinião. Há uma personagem muito engraçado, porém tenho certas reservas é o amigo de Adrian, Walter. É ele quem insiste por razões financeiras que Adrian apresente seu projeto em uma fundação. O que propicia o reencontro de Keira e Adrian, quando os mistérios e as atenções sobre o pingente começam a se formar, ainda que nenhum dos protagonistas se deem conta disso.

Fico por aqui, senão acabarei contado o livro todo. Para quem gosta de saber sobre o surgimento do mundo, a aurora, o primeiro homo, a origem da vida no Vale de Omo, na Etiópia, dentre outras coisas. Marc Levy faz um verdadeiro apanhado sobre isso e junto a um romance sensual e delicado, de duas pessoas que pensam ser muito diferentes um do outro, mas que se completam intensamente.

Livro incessante, fascinante e riquíssimo em informações. Parabéns a Suma de Letras por este título de Marc Levy, ficamos felizes de nosso primeiro livro de parceria ter sido este.

Eu não costumo adicionar vídeos musicais em minhas resenhas, mas está música do Coldplay embala bem o romance de Keira e Adrian - Til Kingdom Come, porquê eles não são românticos ao extremo, mas a relação dos dois é bem diferente e intensa da maneira deles.

Agora aguardemos ansiosos a continuação em A primeira noite.

Gabriela Medeiros 24/09/2012minha estante
Gostei muito da resenha e estou doida pra ler!


kathy kristine 24/09/2012minha estante
quero muito ler esse livro . Ele parece bem interessante . amei a resenha bjus


Bianquinha 24/09/2012minha estante
Eu to doida para ler.... ainda mais que esse livro eu ganhei... é mais gostoso!!


Micaela Ramos 28/09/2012minha estante
Como já falei na resenha do site. Sou leitora acídua e quero muito ler!


Genilda Silva 30/09/2012minha estante
Ainda não li livros deste autor, mas a narrativa parece muito interessante.


Vanilda 03/10/2012minha estante
Ainda não li nada do Marc Levy, mas vejo tantas resenhas positivas sobre o trabalho dele que estou bem curiosa. O enredo de O Primeiro Dia me chamou muita atenção. Gosto bastante desse tipo de história, com aventuras e descobertas de mistérios. E uma dose de romance, que não faz mal a ninguém.


Cris21 08/10/2012minha estante
Muito legal esse livro! Eu quero ler o meu! Adoro Marc Levy e fiquei doida com esse livro novo dele. E com a continuação também! Muito bom *-*




Sah 16/05/2021

Vou começar pelo que não gostei, pois foi só 1 ponto. Os demais são todos positivos:

A única coisa que realmente não gostei foi a lenga-lenga típica dos autores franceses. As descrições e ações são muito detalhadas, com isso eu fico com a sensação de que, a qualquer momento os personagens vão na lotérica pagar um boleto kkkkkkkk pq a história vai contando o dia-a-dia detalhando os passos dos personagens...

Positivos:

A história é excelente e eu gosto muito quando a história é narrada parte por um narrador e parte pelos personagens.

Mas, a trama é fantástica.

O problema comigo:
Antes de começar a ler não pesquisei sobre o autor (coisa que costumo fazer).

Lendo o 2° livro da duologia descobri que o autor é francês. E eu detesto livros e filmes franceses kkkkkkk


Mas, num geral, valeu a pena!
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Nay 15/11/2021

Cansativo
Pra quem gosta da história do mundo, arqueologia e astrologia vai amar esse livro, mas, não é o meu caso.
Achei que tiveram muitas partes interessantes, o mistério do livro é bem legal, mas a história que envolve isso tudo eu achei bem cansativo.
Pra todos os diálogos uma história do mundo.
Mas como eu disse, se você gosta deste tipo de assunto, este é seu livro.
Não vou resenhar esses dois livros mas a última noite segue a mesma linha.
Sendo o segundo um pouco menos cansativo.
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sol 29/10/2020

Onde começa a Aurora?
Eu não esperava encontrar o que encontrei neste livro, as emoções que eu senti, a curiosidade e a vontade de sempre buscar saber mais da história. É um livro envolvente de certo modo, bem escrito, pecou um pouco no desenvolver romântico dos personagens, mas tudo bem, não é o foco. Eu realmente gostei, e se tornou um favorito do ano, vale muito a pena ter o prazer de lê-lo.
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gleicepcouto 14/10/2012

Vale (?) a pena ver de novo
http://murmuriospessoais.com/?p=4409

***

O Primeiro Dia (Suma de Letras) é do autor Marc Levy. O escritor francês possui mais de dez romances publicados e suas obras já venderam mais de 20 milhões de cópias ao redor do mundo. Dois de seus livros, inclusive, já foram adaptados para o cinema. Resumindo, o cara é um fenômeno.

Em O Primeiro Dia, Levy nos apresenta Keira, uma arqueóloga apaixonada pela profissão, que tem como meta achar o fóssil do primeiro homem da Terra. Conhecemos também Adrian, um astrônomo que, por sua vez, está em busca da primeira aurora. Ambos acabaram de ter uma experiência ruim em seus trabalhos anteriores. Keira viu seu trabalho ser arrasado por uma tempestade de areia na Etiópia - o que a obrigou a voltar à Paris. Já Adrian teve que voltar do Chile para Inglaterra quando foi acometido por um mal súbito.

Esses tropeços, por pior que pensem ser, acabam por aproximá-los quando participam de uma apresentação para angariar fundos para suas pesquisas. Somente um deles consegue, mas, a partir dali, seus objetivos começam a se fundir. Por conta de um pingente de uma pedra de procedência desconhecida a vida desses dois profissionais se cruzam e juntos procuram por respostas para esse mistério. O que eles não fazem ideia, entretanto, é que essa pedra é muito mais importante do que imaginam e por isso, vão parar no cerne de uma conspiração que movimenta os quatro cantos do mundo.

Esperei ansiosa pelo lançamento desse livro. Só conhecia Marc Levy de nome, ainda não tinha lido nenhuma obra sua. Então, quando a Suma de Letras resolveu investir pesado no marketing do lançamento de O Primeiro Dia, e consequente de sua continuação (A Primeira Noite), achei que fosse uma boa oportunidade de dar uma chance ao francês. Acredito que muitas pessoas aproveitaram essa chance e se deram bem, mas comigo, o livro não funcionou.

Não posso negar que Levy tem uma escrita redondinha, com poucos erros e não deixa furos na trama, mas precisa mais do que isso para um livro sair do regular e ir para o bom. Vou enumerar algumas.

Narrativa. Apesar de escrever bem e de ter divido o livro em dois PDV (Keira e Adrian), Levy é um contador de histórias bem mediano, se aproximando do entediante. As descrições são superficiais, o suspense passa do ponto, a conspiração não convence nem um pouco. Acho que esse último item foi o que mais me incomodou. Tudo que os personagens conseguem (as pistas, as informações, etc ) faz parte de um plano maior, ou sejam, não é por mérito deles. A impressão que deu é que eram apenas fantoches nas mãos de pessoas misteriosas.

Personagens. Nesse livro, são unidimensionais e pouco carismáticos. Não me surpreenderam em momento algum e não me fizeram querer conhecê-los mais a fundo. Quando começavam a contar/pensar sobre suas memórias e/ou vida, eu bocejava. Nem os que eram mais engraçados, conseguiram arrancar uma risada minha, apenas um leve sorrir.

Pesquisa. Fato que o livro tem um ponto positivo aqui. Há informações interessantes sobre arqueologia, astronomia e outras ciências. Levy, porém, escorregou ao dar um ar didático. Era como se eu estivesse sentada na cadeira do colégio, enquanto o professor ditava a matéria.

Suspense. Sei que o livro tem continuação (lançamento previsto para Outubro), mas o fato de terminar este sem saber do que se trata a tal pedrinha lá, me irritou profundamente. Li quase 400 páginas para ainda continuar no escuro. Legal, hein? #not

Parece que Levy quis criar um grande e emocionante thriller, mas tudo que conseguiu foi uma compilação de coisas no sentido "vale a pena ver de novo". Já vi as fórmulas que ele usou em outros livros e ainda por cima melhor aproveitadas. Uma pena. Levy, para mim, por enquanto, só tem nome; ainda espero por uma boa história.
Jéssica 03/11/2017minha estante
senti o mesmo que vc,tanto que troquei o livro sem querer saber da continuação




Adolfo 16/04/2013

O Primeiro Dia
Difícil começar essa resenha, tendo em vista que o livro ainda pulsa em minha imaginação. Mas vamos por partes. Primeiro, a classificação: embora seja excelente, alguns pontos fazem com que “O primeiro Dia” não merecesse cinco estrelas, talvez 4,7, mas enfim. No fim das contas, o arredondamento não poderia ser para menor. Seria ser injusto com a obra.
Comecei a ler o livro pelo título, que de certa forma é intrigante. A sinopse é interessante, o que elevou ainda mais meu interesse, e as críticas estavam sendo agradáveis. O que poderia melhorar neste conjunto é a capa, que não é lá essas coisas.
A história é narrada em sua maior parte por Adrian, um dos personagens principais, mas há a alternância entre ele e um narrador oculto. O livro já começa com um certo ar de mistério, e isso vai prendendo o leitor sem que ele perceba. A história começa a ficar boa mesmo lá pelas cem páginas, mas Marc Levy consegue levar o leitor sutilmente até lá sem que ele perceba. A partir de então, o ritmo da narrativa vai evoluindo gradativamente, chegando a um frenesi sensacional já próximo ao fim do livro, dando aquele banho de água fria no leitor no final, por que, afinal de contas, há um segundo livro, e algo tem que ser guardado para ele.
Há um excesso de mistérios? Talvez, mas isso não prejudica a obra, muito pelo contrário, fazem com que se fique ávido por descobri-los e a leitura frenética. A busca pela próxima página é uma constante por todo o livro. Os personagens são marcantes, misteriosos, e com exceção de raros, indispensáveis à estória. Destaque para o personagem Walter, um coadjuvante incrível, que pitadas de humor muito boas.
Misturando aventura, romance (sem exageros, na medida certa, sem pieguice), uma pitadinha de comédia (fatos engraçados seria mais apropriado), paisagens fantásticas, mistérios envolventes, “O Primeiro Dia” é um livro que, além de nos distrair, nos leva a algumas reflexões e nos ensina um pouco de história, astronomias, etc. É um livro marcante, que com certeza vale uma segunda, terceira leitura, e que promete trazer sempre coisas novas aos que o lêem. Altamente recomendado!!
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Katarina 29/10/2020

Vale a pena
Em alguns, momentos a trama da "turma do mal" é tão perfeitinha que irrita, mas relevando esses detalhes, a história meatraiu muuuito.
Unir arqueologia com astronomia, pra mim, foi perfeito, duas ciências que adoro. A história me prendeu e me diverti demais com Walter, que personagem adorável.
O final fica aberto e deixa o leitor curioso para a continuação, A Primeira Noite, que pretendo iniciar assim que terminar essa singela resenha.
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Camille 12/09/2012minha estante
Ai meu Deus, você me deixou mais curiosa que tudo!


Raffafust 12/09/2012minha estante
hhhahahahah Mas é muito bom mesmo! Vale a pena ; )


Cello 04/12/2012minha estante
"Só tem um defeito...preciso do final!"
Não vejo a hora de por as mãos n'A Primeira Noite!




Douglas P Da Silva 18/10/2012

Esse livro foi uma das minhas melhores leituras do ano.
Com uma escrita leve e suave, Marc Levy nos apresenta um fantástico enredo. Levy tem uma escrita poética e quase lírica, sem deixar de incluir um pouco de suspense. E o mais interessante, todas as suas teorias e observações são pertinentes. Uma história deliciosa com um final deixando aquele gostinho de quero mais. O Primeiro Dia deixa alguns pontos para o próximo livro, mas nada que dê ao leitor a sensação de ter sido enrolado, pelo contrário. O livro fecha de forma compreensível.
Carla Buffolo Altoé 18/10/2012minha estante
Amei sua resenha! Marc Levy é o máximo!!!


Silvia 04/11/2012minha estante
Tbm quero ler este livro :)




Rafa 07/11/2012

Resenha - O Primeiro Dia - Marc Levy
Um livro muito bom!

Quando comecei a leitura de O Primeiro Dia achei ela chata e algumas vezes cansativa, o que mudou talvez a minha opinião foi a escrita do autor, o jeito que ele narrou algumas partes poéticas e também a maneira como interagiu com o leitor.

Porque pra mim até então não tinha ação, não tinha algo que me ligasse totalmente na história e o tema desde o princípio pra mim era interessantíssimo, quando desvendei o romance e o suspense no meio da narrativa de Levy foi A chave de ouro para eu dar 4 estrelas ao livro.

De modo geral o livro é muito bom, mas eu senti algo faltando quando finalizei a leitura, é como um quebra-cabeça faltando uma parte, talvez o segundo livro possa completar.

Sobre os personagens, adorei conhecer Adrian (astronômo) e Keira (arqueóloga), além das diferenças entre si, consegui enxergar neles qualidades que eu adoraria ter, como por exemplo garra e força de vontade. O mais legal ainda, foi a forma como o autor interligou esses dois personagens, lendo o livro vocês vão perceber o quão minucioso é esse autor.

Enfim, O Primeiro Dia te faz refletir sobre muitas coisas, não te faz acreditar que tudo aquilo que é contado é realidade, mas que dá uma pontinha de dúvida, ah, isso dá... Afinal de contas, onde começa a aurora?
D. 14/11/2012minha estante
Meu querido,como você mencionou realmente falta algo no livro pois tem "a Primeira noite"uqe é a continuação.

Bjão


D. 14/11/2012minha estante
Meu querido,como você mencionou realmente falta algo no livro pois tem "a Primeira noite"uqe é a continuação.

Bjão


Rafa 15/11/2012minha estante
Isso. Exatamente.


Gladys 20/12/2012minha estante
A maioria está gostando dessa trama, mas ainda não sei se o lerei.




Flavia 16/08/2020

Maravilhoso, cheio de emoções, aventuras e viagens a lugares incríveis, sem dúvida entrou na lista dos meus favoritos e vou começar a ler a continuação imediatamente.
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Regiane.Peres 06/02/2020

O PRIMEIRO DIA
Este livro é surpreendente na minha opinião, um livro que você começa e não quer parar de ler, tem uma história que se desenrola de uma maneira fascinante e cativante. Não vejo a hora de ler a continuação.
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Books Friends & News 20/01/2013

Fantástico!!!!
http://1.bp.blogspot.com/-BD9K8EtTrh0/ULP3j2pYReI/AAAAAAAAJLA/w4N2cqPwlEw/s1600/RESENHA+PRIMEIRO+DIA.jpg

Sabe aquele livro que te revitaliza a mente? Aquele que faz te relembrar porque ler é maravilhoso? Aquele que te traz conhecimento contribuindo com a tua formação cultural? E ao mesmo tempo satisfaz o teu prazer pessoal? E que consegue unir equilibradamente romance, aventura, mistério, cultura, suspense, e que você não consegue largar até ler a última página? E depois relê várias vezes os trechos que você destacou, e te atrasa para escrever até a resenha, pois você quer reler o livro? Ou que instigam a fazer várias pesquisas para constatar que as informações passadas no livro são reais? Se você já sentiu isso em alguns livros irá entender, agora se você quiser sentir isso novamente, eu indico Primeiro Dia do autor Marc Levy, publicado pela editora Suma das Letras.

Nunca li nada do autor até o momento, sei que é um autor famoso já escreveu um livro que virou filme (particularmente adorei o filme), já tinha lançado um livro anterior pela Suma, e vários outros por outra editora (incluindo esse do filme), mas realmente as narrativas anteriores dos livros nunca me atraíram até O Primeiro Dia.

O Primeiro Dia é um livro de aventura com informações científicas que geram debates entre ciência e religião, que faz pensar que algumas descobertas poderão gerar desconforto religioso, ou algumas afirmações religiosas irão combater teorias científicas.

A narrativa começa com uma pergunta, “Onde começa a aurora?”, essa questão acompanha Adrian desde menino, o que fez ele se tornar astrônomo, a procura da primeira estrela, ou melhor, do “momento zero”, ele quer descobrir como tudo começou... Depois de uma desastrosa passagem pelo Chile, onde ele estava estudando as estrelas, retornou a Inglaterra onde encontrou Walter, o responsável administrativo da universidade que induziu ele a apresentar sua tese a uma fundação que doaria um soma em dinheiro ao vencedor para aplicar na pesquisa e consequentemente ajudar a universidade que estava passando por uma situação financeira precária.

Desse inicio de negócio surge uma real amizade, e os diálogos de Walter e Adrian, essencialmente o primeiro é responsável por boas gargalhadas no decorrer da leitura, já que Walter é um típico inglês com aquele humor seco e sarcástico. E para Adrian melhorar sua apresentação, que Walter a julga tediosa, Adrian começa a explicar a Walter e mostrar ao leitor algumas informações sobre astronomia passando dados para melhor entender algumas questões no decorrer do livro.

Ao mesmo tempo desenvolve o Adrian, o autor nos apresenta Keira, uma arqueóloga que está na África em busca do primeiro homem que habitou a terra, porém devido um acidente, ela teve que abandonar toda a pesquisa e voltar para Paris, porém durante o tempo que teve na África ela praticamente adotou um menino órfão, Harry, porém teve que deixar o menino já que não podia trazê-lo com ela.

De volta a Paris ela reencontrou sua irmã Jeanne, no museu que a irmã trabalhava conheceu Ivory um etnólogo que se interessou pelo pingente que Harry tinha dado a Keira, e a partir desse momento a vida de Keira irá se transformar, mesmo não sabendo que um simples pingente iria trazer uma grande descoberta científica como também vários outros problemas.

Mas enquanto não começava os problemas, e já que Keira estava com problemas financeiros, depois de todo o investimento perdido na África, com incentivo da irmã e entre outros motivos que a própria nem sabe, ela acaba sendo convidada para apresentar sua tese também para a mesma fundação que Adrian está preparando a apresentação de sua pesquisa.

E através dessa apresentação ambos se encontraram e mesmo sendo cada um de áreas diferentes, ambos estão atrás de mistérios similares, enquanto ela quer descobrir a formação da humanidade ele quer descobrir a formação do universo e a resposta pode estar no pingente de Keira, mas ao mesmo tempo trará bastantes problemas para ambos.

As informações contidas nesse pingente, ou caso descobrir outras partes iguais ao pingente, pode trazer mudanças para humanidade que segundo algumas pessoas que faz parte de uma Organização podem ser catastróficas na visão deles, o único que se opõe essa ideia é Ivory que está disposto a ajudar o casal em sua busca, mesmo que Adrian e Keira não saibam o que estão procurando, por mais informações que eles conseguiram obter, eles como nós leitores não sabemos ainda essas informações e o que irá realmente afetar a humanidade, essa Organização irá usar todos os meios para impedir a descoberta, inclusive matar o casal.

Mas nesse livro o autor apenas nos mostra alguns elementos, e indícios de algumas informações, e já que tem um segundo livro, Primeira Noite, talvez a verdadeira resposta esteja nesse livro.

Adrian e Keira se unem para descobrir os mistérios e ao mesmo tempo acabam se envolvendo e descobrindo o amar, apesar de ambos serem céticos em relação a isso, apesar de temos o tempo todo do livro a visão de Adrian, que quando ele aparece, ele se torna o narrador, e quando ele não está, a narrativa se torna em primeira pessoa, e com isso descobrimos um Adrian mais romântico e consciente dos seus sentimentos, mesmo sem termos a visão dos sentimentos de Keira, sabemos através das suas atitudes e seus diálogos que seus sentimentos são recíprocos a Adrian.

E o final desse livro é emocionante, a maneira como o autor nos envolveu na história tanto em relação ao mistério em torno do pingente, e o relacionamento do casal é impossível não ficar apreensiva e emocionada.

Conclusão: O livro Primeiro Dia pelas informações que obtive é um livro diferente dos demais lançados no Brasil, já que entra no gênero aventura, Marc Levy, nos faz viajar da África a Paris, ou da China a Inglaterra, são vários destinos recheados de perigo e diversão, ou seja, a história não tem um ambiente definido, e talvez essa mudança de cenários dê um ritmo a narrativa e mesmo com todas as informações científicas ou até técnicas não a torna tediosa.

O autor nos leva de momentos eletrizantes, misteriosos a românticos e emocionantes, além de várias frases que irá ficar marcada na memória por ensinamentos e sentimentos que elas nos passam, não sou leitora de livros de autoajuda e muito menos de livros de filosofia de vida, mas Marc Levy adiciona essas passagens no livro de uma maneira leve e sem tentar ensinar algo a alguém, apenas como se Adrian tivesse nos passando suas experiências e suas visões de vida.

Um dos mistérios do livro além do pingente, e saber o que é essa Organização, já que todos os participantes têm nomes de países (Amsterdã, Atenas, Brasil, entre outros) ao mesmo tempo descobrimos o nome real de algumas dessas pessoas, porém não temos conhecimento de suas posições políticas nos seus países de origem, talvez seja revelado no segundo livro, porém essa Organização tem conhecimento do que poderá acontecer se Adrian e Keira descobrirem o significado do pingente.

"- Se os nossos dois pombinhos, como você diz, compreenderem o alcance do que descobriram e tornarem público, já imaginou o perigo a que estariam expondo o mundo?
- A que mundo se refere? Este em que os dirigentes das nações mais poderosas não podem mais se reunir sem provocar tumultos? Este em que as florestas desparecem, enquanto as geleiras do Ártico derretem como neve ao sol? Este em que a maior parte dos eres humanos morre de fome e de sede, com uma minoria funcionando ao som dos sinos de Wall Street? Ou este outro, aterrorizado por grupos de fanáticos que assassinam em nome de deuses imaginários? Qual desses mundos o assusta mais?"

Outro aspecto do livro, que os diálogos essencialmente com Walter são bem humorados, algumas situações que Walter e Adrian passam são hilárias, destaco uma das passagens que eles estão na Grécia visitando a mãe de Adrian, e acabam sendo perseguidos por essa organização e eles têm que fugir num avião pilotado por uma senhora que não enxerga muito bem, dentre outros momentos, com certeza com Walter é diversão garantida.

E o romance do livro é poético, nada muito sensual, porém muito romântico, e tanto Adrian quanto Keira são espirituosos que rendem bons momentos divertidos.

Eu indico esse livro e sugiro que prepare um estoque de post-it, porque serão bastantes informações para marcar tanto para ajudar no decorrer da leitura quanto para utilizar para pesquisar no Google.

Para quem gosta de um livro com elementos fictícios e não fictícios que instigam o teu lado pesquisador, com bastante mistério, um toque de romance e humor, O Primeiro Dia é o livro indicado, mas já sugiro que comprem o segundo livro, A Primeira Noite, porque você não conseguirá aguardar depois do final desse livro, com certeza será torturante esperar pelo segundo.

PARA CONFERIR A RESENHA COMPLETA COM CITAÇÕES ILUSTRATIVAS ACESSEM ---> http://www.guardiadameianoite.com.br/2012/11/resenha-primeiro-dia-marc-levy.html
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Psychobooks 15/10/2012

Classificado como 3,5 estrelas no Psychobooks

Comecei o novo livro do Marc Levy com o pé superatrás. Tinha em mente que esse seria a último chance que daria ao autor. Quando vi que era um thriller, confesso que minha crença diminuiu ainda mais: como um autor que eu não curto muito irá me convencer dentro de um gênero que não é meu preferido? Analisemos.

Tenho um sério problema com thriller de ação e suspense. A premissa que rege esse gênero é uma narrativa completamente acelerada, com o mundo acabando (ou alguém morrendo) em questão de dias – quando não são apenas horas – e com os bandidos todos CONTANDO durante todo o enredo quais serão seus passos. Há uma forçação de barra absurda! Mas ela faz parte do gênero e já vem embutida no pacote.

Daí comecei a ler “O Primeiro dia” e percebi uma calma absurdamente deliciosa na apresentação dos fatos. Marc Levy não se apressa em apresentar Keira e Adrian. Discorrerei sobre eles.

Adrian é um astrofísico que passou 3 anos no Chile e teve que voltar à Londres por conta de um mal súbito. Seu corpo volta, mas sua alma continua do deserto do Atacama e quando recebe uma oferta de Walter, um colega de trabalho na Academia de Ciências, para apresentar seu projeto em frente a uma bancada de uma fundação privada para ganhar um financiamento, ele resolve arriscar tudo pelo seu sonho.

Na outra ponta temos Keira, uma arqueóloga que passou 3 anos no Vale do Olmo, na Etiópia e que por conta de uma tempestade de areia que acabou com sua escavação, se vê obrigada a voltar à Paris. Como Adrian, ele volta em corpo, mas sua alma permanece no Vale do Olmo. Por força do destino ela também se inscreve para o financiamento da fundação e aí o enredo começa a se desenrolar.

Adrian busca a primeira aurora, a origem do Universo, o primeiro dia. Keira busca o ancestral mais distante do homem, o homem original. Suas duas buscas parecem tão distintas, mas têm algo em comum, e é o que descobrimos durante a trama.

A narrativa é dividida sob dois pontos de vista, ora acompanhamos Adrian na Inglaterra e ora Keira, na França. O autor optou por acentuar as características de cada um ao apresentar cada personagem por meio de uma narrativa: Adrian é transparente, suas ideias são claras e seguimos sua visão em primeira pessoa; Keira é um poço de suspense, sempre pronta a nos surpreender com alguma atitude, suas intenções nunca ficam claras, a narrativa da parte dela é em terceira pessoa, o que reforça o ar de mistério da protagonista.

Em cada fronte existem personagens coadjuvantes muito bem-construídos e que dão o apoio para que o protagonista brilhe na narrativa. Com Adrian temos Walter, um administrador cheio de manias, o típico inglês idealizado. Ele parece contido mas foi o personagem que mais surpreendeu e me agradou na trama. Seu crescimento é claro e encantador. Com Keira conhecemos Jeanne, sua irmã mais velha. Achei a personagem chata e estagnada; ao contrário de Walter ela não cresce na trama. Há também os personagens que brilham nos outros países visitados. Na Grécia, país natal de Adrian, o destaque fica por conta da mãe e da tia dele e no Vale do Olmo, com Keira, meu coração ficou dilacerado pelo cativante Harry, um órfão que tem Keira como uma mãe.

Há alguns aspectos negativos no livro. Por ser um thriller, os acontecimentos são lentos demais; esse aspecto me agradou bastante, mas me deixa com o pé atrás porque não sou a típica fã do gênero. Acredito que as pessoas que curtem a pegada acelerada desse tipo de texto não gostarão muito da apresentação da narrativa. Marc Levy tende a divagar e poetizar algumas passagens, isso também é um aspecto que poderia ter sido melhor cuidado na edição do texto.

Uma coisa que me desagradou bastante foi a falta de atenção do autor com o romance dos protagonistas. Em dado momento percebi uma escorregada imperdoável, não posso me aprofundar muito mas já adianto que é praticamente impossível a forma que o autor construir a trama dos dois.

No geral o livro é bom, quase atinge o “muito bom”, mas falta um quê a mais na trama. Pra quem curte um thriller apresentando com calma, o livro é super-recomendado. O final é de tirar o fôlego e há nele toda aquela fantasia embutida nesse gênero onde não podemos nos apegar ao que realmente é realista que aconteça e sim nos deixar levar pela divagação do autor e aceitar a fantasia apresentada por ele.


"Há dias que somam insignificâncias, dias dos quais por muito tempo nos lembramos, sem poder exatamente dizer por quê."
Página 144
http://www.psychobooks.com.br/2012/09/resenha-sorteio-o-primeiro-dia.html
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Sara.Rodrigues231 12/07/2020

Fantástico!
Eu fico tão triste que esse livro não seja tão conhecido, é uma história fantástica! Com uma aventura de deixa a gente de cabelo em pé
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