Caminhos de Sangue

Caminhos de Sangue Moira Young




Resenhas - Caminhos de Sangue


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Aline 27/04/2021

Fiquei enrolando pra ler esse livro por uns dois anos, achando q ia ser péssimo! Mas me surpreendi! A história é bem interessante, e a leitura flui bem! Só fiquei com preguiça do jeito q a personagem fala! Fiquei ouvindo ela falar com voz de roceira o tempo todo na minha cabeça
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Jacqueline 28/02/2020

Gostei bastante, espero achar a continuação.
Tenho esse livro faz um bom tempo, nem sei pq demorei tanto para ler.
É muito bom mesmo, sério.
Se vc gosta de jogos vorazes, vai gostar desse livro tbm.
Para mim o único problema era a escrita, não curti muito os diálogos, pois não eram marcados, tipo eu ficava um pouco perdida, demorava para saber se era uma conversa, ou se era o pensamento da personagem.
Tirando isso gostei da história, só não faço ideia de como vai ser o segundo livro, pq até que achei esse bem conclusivo.
Uma pena que a intrínseca não terminou de publicar a trilogia, espero encontrar logo e terminar.
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Ícaro 06/04/2013

Caminhos de Sangue - Moira Young
“Caminhos de Sangue” não é nada demais, é até de menos.

Eu gosto de distopias. Geralmente elas proporcionam grandes aventuras, cenas de ação de tirar o fôlego, personagens carismáticos e uma leitura rápida e viciante. “Caminhos de sangue” prometia isso tudo e mais. Tem uma sinopse interessante e teve os direitos comprados pelo bárbaro Ridley Scott. Mas Infelizmente, não é tudo isso...

Saba passou a vida inteira na Lagoa da Prata, uma imensidão de terra desértica assolada por constantes tempestades de areia. O lugar não a incomoda, contanto que o irmão gêmeo, Lugh, esteja por perto. Quando, porém, uma gigantesca tempestade chega trazendo quatro cavaleiros de mantos negros em seu rastro, a vida que Saba conhece chega ao fim: Lugh é raptado e ela tem que embarcar em uma perigosa jornada para resgatá-lo.

Eu pensava que a história seria uma jornada pelo deserto ( ambiente pouco usado nesse gênero) e seus desafios. Leve engano, a história começa nesse cenário mas logo é atirada em uma arena que obriga jovens a lutar até a morte. Te lembra algo? Sim. “ Caminhos de Sangue” é muito influenciado por Jogos Vorazes. O que em muitos momentos chega a ser irritante.

Outra coisa que me desagradou foi a formulação da política do livro. É um livro ambientado no futuro, mas que em muitos momentos é mostrado com características de império romano.

O resultado final é tudo o mesmo do mesmo: Garota, 18 anos, órfã, passado misterioso, busca por um membro da família... Sinceramente, não empolga mais.

No mais, na tentativa de ver algo tão interessante quanto o ótimo “Starters” ou até mesmo algo genial quanto as séries “Feios” e “ Jogos Vorazes” me frustrei. E muito.
Carol 15/05/2013minha estante
sem contar o irritante mim foi mim vai


Ícaro 15/03/2014minha estante
É, Carol. Livrinho cheio de problemas, rs.




carolzina 01/07/2012

ruim
Eu acho que a autora quis brincar com a inteligencia do leitor, porque não é possível, ela quase inventou uma escrita paralela, teve algumas partes dolivro que eu nem estava entendendo o que estava acontecendo de tão chato, que era aquilo? Abandonei porque quase não estava etendendo o que estava se passando na história.
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Biblioteca Álvaro Guerra 11/03/2020

Com ritmo ininterrupto, muita ação e uma épica história de amor, o lirvo é uma aventura violenta e grandiosa.

Empreste esse livro na biblioteca pública.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788580571943
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Lets 27/07/2012

Forte....Perfeito para os fãs de Jogos Vorazes!
Depois de ler Jogos Vorazes, estava difícil encontrar outro livro tão bom quanto. E finalmente eu encontrei!
"Eles vão precisar de voce Saba. O Lugh e a Emmi. E vão ter outros também. Muitos outros. Num se entregue ao medo. Seja forte, como eu sei que voce é."
Pobreza, desertos, fome. Esse é o cenario de Caminhos de Sangue, primeiro livro da série "Dustlands", que conta a história de Saba, uma garota teimosa que ama o irmão gemeo Lugh mais do que tudo. Mas de repente seu pai é morto, e Lugh é sequestrado pelos Tonton. Saba faz a unica coisa que sabe que tem que fazer...Encontrar Lugh.
"O Lugh vai primeiro, sempre primeiro, e eu venho atrás." E é aí que começa sua jornada pelas "terras de poeira"(Dust lands).
É realmente difícil descrever esse livro. Uma leitura gostosa e tensa, que me fez prender a respiração varias vezes. Saba encontra muitos problemas no caminho, como um casal louco, uma joula, uma irmã teimosa, uma gangue de garotas, um cara sexy e muito mais.
Saba é um pé no saco com todos a não ser Lugh. Isso me irrita muito no começo, mas as mudanças não só no modo de viver mas também socialmente faz Saba crescer. (Abrindo um parentesis aqui, tenho que comparar com Jogos Vorazes em que Katniss ama muito sua irmã mais nova, Prim. Diferente de Saba, que odeia a Emmi, que eu amei).
Cada personagem tem sua peculiaridade que me fez me apaixonar por cada um de forma diferente. Ao longo da estória, se percebe o amadurecimento de Saba. E foi uma das coisas que eu mais gostei. Sem falar do Jack~ le suspira~.
A escrita de Moira é bem peculiar, que no começo não me agradou muito, li e reli a contracapa umas mil vezes me perguntando se tinha sido erro do tradutor, sei la. Mas ai comecei a ler, e me acostumei (só espero não soltar um desses erros terriveis quando estiver conversando com alguém. Minha mãe riu quando pegou o livro pra ver e disse: Esse livro está cheio de erros gramaticas kk')
A narração é feita pela Saba, mas não tem travessão nas falas (Ja tinha lido um livro assim, entao nem me encomodou).
As cenas de ação são descritas de forma rápida mas tensa.
Como todo livro, Caminhos de Sangue tem suas partes obvias, mas a maioria não, a maioria eu me surpreendi. Não conseguia parar de ler.
Com certeza é uma leitura obrigatória.
Mas o fim de Caminhos de Sangue é apenas o começo. Dia 30 de Outubro sai Hebel Heart - *Jack*- (Coração Rebelde) nos EUA. Porque a guerra está apenas começando. E até lá (como eu vi na resenha da Andhromeda) vou usar a dica do Jack e evitar a ressaca de esperar Outubro e vou continuar a beber, ou se eu cansar de beber, eu tomo sangue de Javali com ovo de pombo cru...hummm, delícia.
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Jana 27/03/2019

Ainda tentando descobrir se gostei
Mais uma distopia para a conta. Novamente, temos uma jovem lutando contra um antagonista com mania de dominação, num mundo destruído. Acabei de terminar a leitura e estou num embate interno, tentando pesar os prós e os contras, para descobrir se invisto meu rico dinheirinho na sequência - porque, né, TODA distopia tem que ter sequência atualmente. É praticamente uma regra.

Enfim.

Na narrativa de Young, temos um mundo destruído (não sabemos como, mas dá a entender que o ser humano finalmente devastou tudo o que podia), e que foi precariamente reconstruído a moda Mad Max. Há algumas cidades esquisitas onde acontecem lutas de "gladiadores", grupos fechados de ladrões e justiceiros, terras distantes, e por aí vai.

Em uma dessas terras distantes, chamada Lagoa da Prata, vivem os irmãos gêmeos Saba e Lugh. Ele é todo solar, louro, alegre, esforçado. Ela tem cabelos escuros, é mal humorada, soturna e só se importa com uma única pessoa no mundo - o próprio Lugh. Eles ainda tem uma irmãzinha, Emmi, para quem Saba não dá a mínima, e o pai deles, já meio doido e do qual sequer lembro o nome porque ele nem aparece muito.

Todos vivem uma vida tediosa, até que soldados vindos de uma das cidades (na qual vive um autoproclamado rei) aparecem e sequestram o Lugh, porque aparentemente precisam dele para uma espécie de ritual. No ataque, o pai deles acaba morto e Saba toma para si a missão de resgatar seu precioso irmão. A contragosto, ela leva a irmã junto, porque sabe que Lugh ficaria p* da vida se ela abandonasse a guria.

No início, eu gostei da Saba. Ela é super malvadinha, muito mal humorada, bem diferente das protagonistas que costumam surgir nesse tipo de livro. Não tem nada de heroica, em razão de que, mesmo sua missão de resgatar o irmão é mais egoísta do que nobre; Saba quer Lugh de volta porque, simplesmente, não consegue viver sem ele.

Bem, claro que nessa jornada de resgate, Saba acaba conhecendo diversos personagens. Cabe aqui destacar alguns:

- Jack: quase um co-protagonista. É safado e inteligente. Eu realmente pensei que iria adorá-lo, e no início, gostei dele. Mas... Comento a respeito mais para baixo.

- Gaviãs Livres: grupo de ladras/justiceiras que acabam ajudando Saba em diversos momentos.

- Ike: fortão e engraçado, é um grande amigo de Jack. Tem como sua "sombra" um menininho chamado Tommo.

- O Rei e seus Tonton: governante que se auto elegeu, e seus soldadinhos. Controla os súditos com uma espécie de droga em forma de planta, chamada chaal.

- DeMalo: principal soldado do rei, é um cara suspeito, soturno, frio como um freezer.

A jornada de Saba é o que move a narrativa, e tudo o que acontece é em torno do objetivo de salvar Lugh. Já aviso de antemão que a linguagem usada pela autora pode incomodar alguns - como as pessoas são muito simples em seu estilo de vida e naquele cenário distópico não receberam nenhuma educação formal, a fala deles é meio diferente, com algumas letras faltando. E, talvez, para intensificar a sensação de imersão do leitor, Young escolheu escrever exatamente do jeito que eles falam - então tu vai se deparar com palavras como "liberano", "correno" e por aí vai. Achei interessante esse toque, não foi algo que me incomodou.

O que me incomodou foi que essa atenção para o estilo simples dos personagens incluiu também o nosso acesso a informações importantes. Explico: o livro todo é na perspectiva de Saba, e ela não é alguém que reflete muito. Por isso, não temos boas descrições de lugares, ou maiores considerações acerca do tipo de governo, do que aconteceu naquele mundo, porque a sociedade é do jeito que é, etc. Assim, em vários momentos fiquei confusa, com a sensação de que tudo era meio jogado para cima de mim.

Outro problema foi o vilão. Temos um rei, que é o principal antagonista, mas ele foi tão mal desenvolvido que, em nenhum segundo, me passou aquela sensação de perigo, de medo, de tensão. Enxerguei ele como um idiota que só conseguiu algum controle porque chapou todo mundo com o tal do chaal.

Outra situação negativa foi com relação a abordagem de certos personagens: dois em especial, que mereciam maior atenção, e acabaram descartados. Não vou citá-los para não dar spoiler, mas um deles imagino que vá aparecer mais na sequência... O outro é alguém bem legal, mas que desde a primeira aparição eu pensei "hm, esse aí tem jeito de quem vai morrer de forma inútil". Não sou nenhuma guru da literatura, ou seja, se eu pensei isso, quer dizer que estava bem óbvio que esse era o destino dele - e, de fato, sem surpresas, foi o que aconteceu ao personagem.

Tudo isso porque a autora decidiu dar suma importância para o casal.

Acho relevante dizer que cheguei até esse livro porque me disseram 'vai, esse é legal. Não tem triângulo amoroso e o casal não é o foco. Ah, e o casal é super legal, só brigam!'

Ok, pensei, vamos dar uma chance. Até porque, amo casal que fica se bicando.

Mas, cara, não deu. E por essa razão foi que, lá em cima, eu repeti duas vezes "no início". Porque, no início, eu tava gostando da história pelo motivo de que o foco não era o casal. Contudo, depois que Saba e Jack se unem na empreitada, ficou chato. Tensões romântico-sexuais sem graça, briguinhas enfadonhas... O que me encantava na personalidade da Saba ficou entediante, e o Jack me pareceu forçado. Tudo porque os momentos entre eles ficavam repetitivos e tinham espaço demasiado, enquanto que os episódios de ação e de luta eram rápidos demais.

Os pontos positivos continuam sendo a personalidade da protagonista, e a relação que ela desenvolve com outros personagens (que não o Jack). A aproximação da Saba com a Emmi e os progressos que elas vão fazendo conforme vencem os obstáculos é, para mim, o foco do livro. A dinâmica com as Gaviãs Livres também é interessante.

Mas, no fim, na minha opinião, houve falhas na exposição do mundo, na construção do vilão, e no impacto das cenas de ação. Além da previsibilidade na condução da narrativa.

Finalmente, aviso que vááárias pontas soltas ficam ali, se balançando, quando fechamos o livro. Por esse motivo, ainda que haja mais pontos negativos do que positivos, chego aqui com a impressão de que SIM - vou comprar as sequências. Com a esperança de que personagens sejam melhor aproveitados e rezando muito para que a autora não caia na tentação mais popular dos últimos temos ~ o triângulo amoroso.
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Guilherme 30/06/2012

[Resenha] Caminhos de Sangue - Moira Young
Já faz algum tempo desde que terminei de ler este livro, mas eu ainda estou em estado de choque. De todos os livros que li, foram poucos os que chegaram a ser tão bons quando “Caminhos de sangue” – além de conter uma história extremamente cativante, senti coisas inexplicáveis durante a leitura. Pense em uma trama genial, com personagens bem elaborados e que em cada capítulo encontramos uma nova surpresa: tudo isso há de sobra no mundo criado por Moira Young.
Em “Caminhos de sangue” conhecemos Saba, uma garota que acaba de completar dezoito anos e que vive com seu pai, seu irmão, Lugh, e sua irmã, Emmi, em meio à miséria na Lagoa da Prata, um lugar isolado de tudo e de todos. Cada dia ensolarado no meio do deserto é um desafio para a família, mas é quando uma tempestade de areia surge do nada que as coisas realmente pioram: cavaleiros vestidos de preto capturam Lugh sem nenhuma razão aparente e matam seu pai, fazendo Saba jurar a si mesma que não descansaria até trazê-lo de volta.
A partir desse momento, acompanhamos ela e sua irmã numa difícil jornada em busca de respostas, onde a batalha pela sobrevivência é apenas o começo.

Moira Young é uma autora que se destaca por conter algo que poucas têm hoje em dia: a ousadia. Não se engane pensando que “Caminhos de sangue” é simplesmente mais uma distopia em meio a tantas outras – muito pelo contrário. A autora certificou-se de que seu livro se destacaria no mundo literário, não se limitando às barreiras que o gênero oferece.
Uma das coisas que mais reforçam esse destaque perante outros livros é a narrativa extremamente diferente – Moira não narra da forma que estamos acostumados a ver hoje em dia. Os diálogos não possuem travessão, e palavras como “não”, “fazendo” e “comendo” transformam-se em “num”, “fazeno” e “comeno”. Embora isso seja um pouco estranho, na medida em que a história vai evoluindo fica mais fácil ler a escrita um tanto quanto vulgar usada pela autora.
Outro fato que acho extremamente relevante são os personagens. Saba tornou-se oficialmente minha heroína preferida, pois são poucas as protagonistas que possuem tanta garra e perseverança quando ela. Sua sede em resgatar o irmão e sua determinação em fazer de tudo o que for necessário para cumprir seu intento é algo raro na literatura contemporânea. Esqueça aquele conceito de que personagens femininas de jovens adultos são chatas e irritantes – Saba está longe de ser assim. Ike, com seu jeito meigo e engraçado; Epona, Maev e Ash, sempre duronas e ao mesmo tempo emotivas; e até mesmo Jack, por quem Saba apaixona-se durante a aventura, também são personagens com personalidades distintas, o que dá um toque ainda mais gostoso no decorrer da leitura.
“Caminhos de sangue” é um livro que com certeza entrou para o topo da minha lista de favoritos. Além de ser belamente escrito e conter um ritmo incessante, com ele tive a possibilidade de viajar para um lugar totalmente diferente, embarcando em uma aventura que me fez rir, chorar, emocionar, e que certamente ficará para sempre marcada na minha vida.
Com tudo, poderia resumir o livro em apenas uma palavra: perfeito.

Resenha em: http://lendoepapeando.blogspot.com.br/2012/06/resenha-caminhos-de-sangue-moira-young.html#more
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Psychobooks 21/07/2012

Resenha Dupla

(Alba)Quando vi essa série classifica como “obrigatória para fãs de Jogos Vorazes”, senti duas coisas: vontade imensa de ler e me surpreender; e – obviamente – dúvida se o livro chegaria aos pés da saga de Katniss Everdeen. Fico feliz em informar que a primeira impressão é a correta e que Saba me conquistou completamente.

(Alba)Saba vive à beira de uma lagoa em um barraco com seu irmão gêmeo Lugh, seu Pai e sua irmã mais nova Emmi. Sua Mãe morreu no parto da caçula, e isso é motivo para um ressentimento enorme que a protagonista tem por sua irmã. Sua vida se resume ao seu irmão gêmeo; tudo o que ela faz é pensando nele, ele é seu cerne, ela orbita ao redor dele: Ele é seu Sol. Até o dia em que a chuva traz quatro cavaleiros, e seu irmão é levado embora. Aqui começa a saga de Saba. Aqui começa nossa diversão.

(Mari)Vale ressaltar que em toda sua vida, Saba não conhece outro lugar que não A Lagoa da Prata, o vizinho mais próximo só é visto uma vez ao ano e algumas pessoas passam por ali raramente. Saba está contente com a vida que leva ali, mas ao completar dezoito anos, seu irmão começa a questionar o tipo de vida que eles levam e se o pai não está enlouquecendo.

(Alba)A narrativa é completamente envolvente e superpeculiar. Nesse mundo que Moira Young criou, tudo é muito rústico, não há ensinamentos, não há leitura; a lei que gere essa nova sociedade é a sobrevivência. Por conta disso, todo o livro é recheado de expressões coloquiais e com erros ortográficos propositais. No começo essa forma de escrita assusta um pouco e gera confusão: não há travessão ou o uso das aspas para mostrar quando algum personagem está falando. A narrativa é feita em primeira pessoa – sob a visão de Saba – então nos acostumamos a perceber quando há diálogo se ela nos informa na narrativa que foi questionada ou informada de algum fato. Essa forma de escrita é de extrema importância para que nos ambientemos nesse futuro criado pela autora. Falarei sobre ele.

(Mari)A princípio, esse estilo de narrativa me deixou apreensiva e um pouco confusa, mas ao terminar o segundo capítulo, já tinha me acostumado e a leitura flui muito rápido, com suas reviravoltas e muita ação.

(Alba)Não há muito informação sobre a sociedade em si. Senti que muita informação sobre o que aconteceu com o mundo e porque tudo se encontra tão inóspito será respondido no decorrer da série. As informações que temos nesse primeiro livro acompanham as descobertas de Saba e suas impressões são as nossas. Durante toda a narrativa Saba se refere “à época dos Devastadores”, o que nos faz crer que ela está falando da nossa sociedade atual. Não há em nenhum momento informação sobre o ano em que estão ou qual o motivo ou quantos anos se passaram após a extinção da sociedade dos “devastadores”. Tudo fica bem nebuloso e cria infinitas possibilidades.

(Mari)Mesmo com a falta de informações detalhadas sobre a nova sociedade, a autora soube muito bem como conduzir o enredo, o leitor fica sabendo das regras na medida em que isso se faz necessário e como Saba também não sabe muita coisa, aprendemos junto com ela o que está acontecendo dora da Lagoa da Prata, sem ser de um forma enfadonha. Dessa forma, há muito suspense no desenrolar da trama, personagens misteriosos, que vão se abrindo aos poucos.

(Alba)Os personagens são um espetáculo à parte. Todos são bem-construídos e amadurecem durante a narrativa conservando suas próprias características. Há um romance apresentado e ele é superleve e encantador. Saba é uma protagonista digna do papel que lhe é dado. Ela tem em mente seu objetivo – salvar seu irmão Lugh – mas nem por isso deixa de aprender e amadurecer com tudo o que sua jornada lhe apresenta. A relação entre ela é Emmi é uma das mais bonitas que já vi em livros: as duas vão do amor ao ódio em questão de segundos, e são superparecidas em suas carências, fragilidades, teimosias e forças.

(Mari)A autora soube muito bem como construir seus personagens, inclusive Nero, um corvo que Saba cuidou desde filhotinho e hoje é seu amigo mais fiel. Eles se compreendem e Nero é fundamental para ajudar Saba superar as intercorrências para encontrar seu irmão.

(Alba)A leitura me lembrou muito o clima do filme “Mad Max”, protagonizado por Mel Gibson. (Mari - Depois dessa informação, vocês irão ler o livro cantando “We don’t need another heeeeeroooooooo” assim como eu, boa sorte!)

(Alba)Trata-se de uma série, o próximo volume sairá apenas em outubro desse ano, em inglês. Mas não se preocupem com possíveis questões não respondidas ou pontas absurdamente soltas. O livro apresenta sua proposta e a leva a cabo. Adorei o fato de ficar ansiosa com o segundo livro, mas não angustiada com um desfecho mal-explicado. Leitura super-recomendada.

(Mari)Leitura mais que recomendada, principalmente para quem gosta de distopia e muita ação. Como a Alba já disse, ao final da leitura, você ficará ansioso para o próximo livro, mas não frustrado por algumas perguntas ficarem sem resposta.

Visite: www.psychobooks.com.br
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Dias 04/03/2019

Protagonista irritante
Não gostei, Saba é a protagonista mais irritante que já vi, torci até o final para que ela morresse pra se ter ideia.
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Natália 02/10/2012

http://www.vireapagina.com
Saba é uma cabeça dura. É um esteriótipo de personagem bem definido e conhecido: não confia nem ama ninguém. Na verdade, ela escolheu seu irmão gêmeo Lugh para concentrar sua devoção. É teimosa como uma mula e acha que sabe se virar sozinha, não precisa de ajuda nenhuma. Também não considera o tipo de amor romântico uma necessidade e recusa a se envolver com alguém do sexo oposto. Essa é Saba.

A relação dela com o irmão me pareceu um pouco estranha de início. Tenho um irmão mais velho e o amo DEMAIS e também faria tudo por ele, mas Saba idolatra Lugh. Acho que todo mundo vai sentir o mesmo no começo da leitura, achar essa relação fantasiosa, exagerada e até forçada, mas deve-se levar em consideração a personalidade descrita mais acima e o pouco contato feito com terceiros. Aliás, Saba não viu ninguém além da família e um vizinho que aparecia pela Lagoa da Prata esporadicamente. Com o passar da leitura, ela vai criando laços afetivos com outros personagens e, inacreditavelmente, até com sua irmã mais nova, Emmi.

Essa pequena merece um destaque. Ela e Saba se odeiam. Não é um ódio fraternal comum, coisa implicante e tal, é ódio genuíno, pelo menos da parte de Saba. Tão teimosa quanto a irmã, Emmi demonstra ser uma menina muito forte psicologicamente, considerando seus apenas nove anos. Também tenta socar e chutar, mas seu corpo esmirrado não colabora muito. Uma das partes mais legais da história é acompanhar a evolução do relacionamento das duas e reparar, conforme a leitura avança, na semelhança entre elas. Apesar disso, concordo com a Saba em muitos pontos: Emmi não passa de uma criança e deveria ter ficado fora de muitas situações, não sei porquê os outros personagens não enxergam isso. Cheguei a ficar com ódio da Emmi algumas vezes, mas não posso negar que sua presença foi essencial para a qualidade da trama.

Esta, por sua vez, pareceu ser feita pra um livro único. O final foi bem sólido, então não consigo imaginar qual será o enredo do próximo mesmo depois de ter lido a sinopse de Rebel Heart. O segundo livro de Dustlands será lançado esse mês nos EUA e, como sempre, nem sinal por aqui.

Bom, na verdade, a única ponta solta para o próximo volume foi o par romântico da nossa heroína, o Jack.

Ah, Jack.

Jack é, de longe, meu personagem preferido de Dustlands. Se vocês, jovens mansebas, acharam Patch (Sussurro, Becca Fitzpatrick) charmoso, PRECISAM conhecer o Jack. Ele é aquele tipo de cara convencido de um jeito irritante que encanta com um olhar, aquele olhar, e um sorrisinho torto. Outro fator bastante atraente nele é a sua inteligência. Ele é mais vivido que a Saba, já passou por mais lugares e precisou se virar a vida toda. Pra um pessoa de gênio forte como ela, ter uma pessoa mais inteligente ao seu lado é muito irritante. A nuance de comédia do livro vem, em sua maioria, de diálogos com o Jack. O cara me rendeu não só boas gargalhadas como muitos suspiros também. Ele tem o coração mole rs

Bom, como vocês puderam perceber, o grande diferencial de Dustlands, pra mim, foi os personagens. Até os coadjuvantes fizeram sua parte e as Gaviãs Livres, um grupo de meninas duronas, merece um aplauso. Já a trama em si me pareceu bem simples. O que chama mais atenção é a qualidade de vida das pessoas e a forma como sobrevivem. Moira criou uma sociedade bem simples, toda controlada a base de uma droga, o chaal. É bem interessante observar como a autora trabalhou esse cenário.

Por último, quero falar sobre um aspecto muito comentado de Dustlands: a linguagem. A autora expressou o isolamento dos personagens da educação escrevendo como se fala. O uso de "falano", "escreveno", "tá", do verbo estar, e coisas assim pode parecer estranho no começo, mas você acaba se acostumando. Achei essa parte meio forçada porque só algumas palavras, em suas maioria verbos, são escritas fora da norma culta padrão. Essas palavras "jogadas" em um canto aqui e outro ali deixou a construção forçada e, principalmente, sem propósito. Se é pra escrever "errado", escreva TUDO errado e não só algumas coisinhas.

Além disso, ela simplesmente NÃO usa travessões! O mais estranho é que isso não foi um problema. É fácil pegar e absorver o estilo dela, só muito raramente a leitura ficou confusa e precisei reler a frase pra diferenciar fala de ação. Vi muita gente desistindo da leitura por causa desse estilo diferente. Não façam isso! Com o tempo, vocês vão pegar o jeito e vai ser até esquisito voltar a ler com travessões de novo.

É isso, galera. Gostei mais dos personagens e das relações entre eles do que da história em si. Não foi ruim, só não foi extremamente marcante. Esperava um pouco mais de sangue :P
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Garibald 10/04/2013

Lagoa de Prata é uma imensidão desértica, que frequentemente é assolada por constantes tempestades de areia. Nessa terra vivem apenas Saba, seu pai, seu irmão gêmeo Lugh e sua irmã Emmi.

Saba é a protagonista desse livro. Ela Venera seu irmão Lugh, denominando ele como o seu Sol, pois apesar de serem gêmeos, diferente dela, que possui os cabelos negros, os deles são louros, os olhos dela castanhos e os dele azuis, ele é forte e ela magrela etc. Mas diferente do modo que trata seu irmão, Saba maltrata sua irmã mais nova Emmi, e a tem como culpada pela morte de sua mãe, que faleceu durante o nascimento de Emmi.

O começo da estória se inicia logo após o aniversário de 18 anos de Saba, quando após uma forte tempestade de areia, sua família é visitada por quatro estranhos cavaleiros totalmente vestidos de preto que sequestram Lugh. Na tentativa de impedir o sequestro o pai de Saba acaba morrendo, deixando somente ela e sua irmã caçula Emmi. Saba decide sair de Lagoa de Prata e resgatar seu irmão, arrastando indesejavelmente sua irmã caçula, afinal, Lugh não gostaria que ela deixasse Emmi para trás.


"O Lugh nasceu primeiro. No solstício de inverno, quando o sol fica bem baixinho no céu.
Depois fui eu. Duas horas depois.
Isso já diz tudo.
O Lugh vai primeiro, sempre primeiro, e eu venho atrás.
E assim tá bem.
Assim tá certo.
É assim que tem que ser."


Um dos motivos que me levaram a ler esse livro, e acredito que seja algo que normalmente irá repelir o leitor é o modo como foi escrito. O livro é totalmente escrito em uma linguagem coloquial, retratando a narrativa de uma analfabeta. Isso pouco me incomodou, em poucas páginas já estava acostumado com esse tipo de linguagem utilizada, e acredito que se foi utilizada propositalmente (que é o caso desse livro) ela é valida. Até porque é tão difícil escrever utilizando uma forma de linguagem não usada normalmente como escrever utilizando a linguagem culta.

Apesar de Saba ser uma personagem guerreira e não possuir aquele perfil de garota indefesa como na maioria dos romances, ela possui uma certa obsessão no irmão que chega a ser irritante, pois o inicio do livro se passa com ela apenas idolatrando seu irmão e amaldiçoando sua pequena irmã.

Gostei do romance estar implícito em poucas e pequenas partes do livro, dando mais atenção as batalhas, que são bem detalhadas e constantes. No entanto, o livro não possui muitas descrições do mundo onde é passado e do que acontece além da visão da personagem, dando atenção apenas pela busca de Saba.

Apesar da maioria dos personagens não serem muito detalhados, acabei gostando de alguns. Jack é um tremendo guerreiro como Saba, mas diferente dela é bastante carismático, e faz de tudo para amolecer o coração duro da protagonista. Apesar de ser sempre deixada de lado pela irmã, Emmi quase sempre se mostra útil e ajuda Saba em alguns momentos importantes da estória. E por fim Nero, o corvo que acompanha Saba em sua jornada desde o início, que apesar de não falar, e não fazer quase nada, está sempre com ela.

Bom pessoal, apesar do livro não ter suprido totalmente as minhas expectativas, recomendo muito ele. Se alguém por acaso deixou de lê-lo por causa da forma como foi escrito, peço que volte atrás e pense um pouco, pois pode estar perdendo um ótimo livro. Apesar de deixar algumas dúvidas sobre a sociedade do mundo onde é passado a estória, o livro acaba sem deixar muitas pontas soltas, mas apesar disso estou aguardando ansiosamente pelo próximo volume Rebel Hearth.

http://labirintoimaginario.blogspot.com.br/2013/04/resenha-035-caminhos-de-sangue.html#more
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