Shoreline 28/12/2019
definitivamente estou fadada a falar em todo o lugar o quanto esse livro me surpreendeu de todas as piores formas desde que comecei a leitura. com o final do segundo livro eu até que fiquei interessada, achei que poderia haver alguma esperança para a leitura, mas acabou que a autora continuou sem saber o que fazer e só tentou lidar com tudo da melhor forma, o que acabou sendo a pior forma possível, sabe? de todos os livros da série que li até agora, esse foi o pior e mais arrastado pra terminar, e olha que só não comento do comecinho do quarto porque quero falar dele assim que o finalizar.
a questão aqui é que a autora é simplesmente irresponsável. irresponsável com a cultura que está mostrando para os leitores, irresponsável com os seus personagens e irresponsável com o seu enredo, é como se ela estivesse se esforçando para fazer alguma coisa incrível sendo que ela ainda não chegou nesse nível. ela joga sofrimentos, vivências e responsabilidades nos personagens que nem causam nada de diferente para eles, na verdade, independente do que aconteça de impactante, a única certeza de que você vai ter é que eles vão discutir muito sobre relacionamento e vontade de beijar ao invés de focar no real problema.
a kelsey é a famosa salvadora branca, o kadam continua sendo um wikipédia ambulante e, com o passar das páginas, fui notando que, se o personagem não vai se tornar um interesse romântico dela, a autora não vai o desenvolver apropriadamente. niilima é vazia, kadam é só fonte de informação copiada e colada, aquele surfista do texas é uma wikipedia combinada com tentativa falha de ser alívio cômico; os dragões, que deveriam ser a parte mais legal e interessante, acabaram me entendiando demais e no fim toda a aventura foi voltada para como três pessoas sofrem por não saberem quem vai terminar com quem, o que é chato porque essa discussão é rebuscada Toda Hora, então chega um momento que você simplesmente quer que eles calem a boca e foquem na droga da missão.
inclusive, foi nesse livro que ficou bem claro pra mim que a autora colocou o kishan ali só pra ter um triângulo amoroso e depois jogar de lado do jeito que ela faz com todos os personagens que ela não ousa matar do nada sem motivo. dá pra perceber que o kishan não vai servir de nada, e mesmo que antes ele tenha parecido interessante pra mim, com o passar das páginas ele só vai sendo um personagem sem muito a dizer e que parece que não cresce mais porque sabe que vai ser descartado assim que a kelsey se arranjar com o tal do ren que, nossa senhora, viu, pense em um homem Chato. no primeiro livro eu duas estrelas sendo uma delas porque tinha gostado do ren, mas depois desse livro ele simplesmente se tornou insuportável, ele é super clingy, força a barra mesmo com a garota dizendo "não" quinhentas vezes, continua sendo um chato com o próprio irmão... se toca, sabe? coisa chata.
falando em coisa chata (e sem motivo), percebi, mais do que nunca, que o lokesh é tipo vilão de desenho animado... se bem que até vilão de desenho animado tem um objetivo né? porque ele não tem objetivo nenhum. eu imaginei que ele desejasse os talismãs para algo que fosse ser impressionante, tipo trazer alguém de volta a vida, ou conquistar territórios e riquezas ou enfim, e no fim ele só... quer ver dois caras sofrerem só porque ele não conseguiu algo a três séculos atrás. meu filho, em três séculos você poderia ter feito muita coisa, poderia ter conquistado territórios e se tornado um soberano bem assustador só pela tal magia negra que é, uau, tãaao poderosa, mAS NÃO, é claro que ele simplesmente decidiu que só ia ser mal porque ele quer e poderoso também só porque ele quer. não dá pra temer o vilão, não dá pra sentir por ele na verdade além de nojo porque né... o início do quarto livro se explica por si só.
sei lá, pra mim esse livro foi o auge do absurdo, eu nem sei como tive a coragem de me colocar nessa emboscada toda só porque tinha os livros e sou curiosa, queria poder avisar a shoreline do passado, sabe? mas enfim né, uma estrela só pra não dizer que não daria nenhuma, a kelsey que lute pra servir de alguma coisa.