Milla 18/12/2012www.amorporclassico.comUltimamente tenho pego livros bons de autores nacionais e livros não tão bons (infelizmente), mas isso não é só por serem nacionais, também tenho pego livros terríveis estrangeiros.
A Novo Conceito está inovando seu catálogo ao publicar livros de autores nacionais com o selo Jovem. Desde então tive o prazer de ler Garota replay, O sonho e Eva e desta vez Do seu lado.
Confesso que fiquei um pouco confusa sem saber o que esperar porque a capa parece algo mais drama (alguém mais aí teve essa impressão?) e a autora diz que é um chick lit. No fim, foi uma surpresa agradável e me fez repensar minha posição sobre chick lits.
Sarah é uma arquiteta que sofre o fim de um relacionamento, frequenta terapia e deseja se vingar do seu ex.
Ela tem um melhor amigo todo certinho (leia-se chatinho e fofinho), Igor, que está ao seu lado em todos os momentos desde a graduação, inclusive quando ela recebe um projeto novo da empresa de Bruno (o ex!). É o momento certo para que ela coloque em prática seus planos de vingança, mas algo foge do seu controle e até sua amizade com Igor começa a naufragar.
É um livro clichê, admito, principalmente se você pensar na música homônima de Nando Reis (sim, eu pensei nela no momento que li o título e soube que era de uma autora nacional!). Mas eu fiquei suuuper envolvida com a trama.
Primeiro, no começo nós achamos que o fim do relacionamento de Sarah é algo recente, mas já faz 4 anos e ela não foi capaz de superar o que aconteceu. Ela camufla isso sob a desculpa de que só quer dar o troco. Em alguns momentos o livro é bem real, como uma pessoa que diz: "ah, nem me importo mais" e, no fundo, continua se corroendo!
Achei engraçado o fato de Sarah ter uma terapeuta e sempre mandar mensagens de texto para ela, mas falta demais aos encontros e quando chega lá mal dá tempo conversar. Ponto forte para a personagem que, apesar de ter passado pelo que passou, não fica se achando a feia como é tão chatamente comum na literatura por aí. Só que alguns momentos ela é um pouquinho fútil e mimada.
Em sua trajetória, ela também está trabalhando na decoração da casa de Fátima, uma ex-pobre bastante espalhafatosa e cafona, mas uma personagem adorável, não tem como não rir ou se encantar com ela. E esta mulher precisa da ajuda de Sarah para tornar-se fina e conseguir entrar para um grupo de dondocas riconas e é aí que ela percebe que está valorizando as coisas erradas.
No fim, como sempre tem uma lição de moral, não acho que a gente aprende só que o amor pode estar do nosso lado, mas sobre valorizar quem temos.