Juh Claro 14/08/2012“Se não dá para confiar em seus amigos, em quem confiar?”“Se não dá para confiar em seus amigos, em quem confiar?”, esse é o ‘slogan’ do livro, mas não é bem disso que se trata a história – pelo menos ao meu ver.
Conselho de Amiga nos traz a história de quatro “amigas”, sendo a principal Ruby, sua melhor amiga Beth, Maria e a não-tão-amiga assim e chata Katherine. Ruby é uma personagem um tanto quanto comum e eu vi muito de mim nela. Temos em comum a separação de nossos pais, o receio de namorar, saber ao certo em quem confiar e ter muito ciúmes das amigas da melhor amiga.
Deixando nossas semelhanças de lado, tudo começa na festa de aniversário de 16 anos de Ruby, em que sua mãe a presenteia com uma Polaroid (oie, também quero!) e ela decide estreia-la na própria festa, tirando uma foto de cada convidado. E é entre essas fotos que ela vê sua festa arruinada: a presença inesperada – e indesejada de seu pai, Jim.
A partir daí começa toda a história – ou confusão – de Ruby. Temos alguns flashbacks de como era a vida de Ruby quando seu pai a abandonou, a amizade dela com Beth, a “entrada” de Katherine no grupinho delas e todo o ciúmes que Ruby começa a ter dessa nova integrante – que parece querer todas as atenções para ela já que seus pais estão se separando agora. O que me irrita tanto na Katherine é exatamente isso: ok, seus pais estão se separando, não é o fim do mundo, mas ela faz com que seja e o pior: toda vez que Ruby fala algo de seu pai, ela fica de mimimi e fala que ela está errada e etc, sendo que ela está passando praticamente pela mesma coisa. É aquela típica menina egocêntrica, sabe daquelas que você senta pra conversar, mas só sabe falar “eu, eu, eu”? Pois então, a cada fala dela eu virava os olhos e ficava ao lado de Ruby, mas também não entendia por que ela não dava um tapa na cara dela de uma vez por todas.
Além de todo o drama com a família, Ruby se vê “atrasada” em questão aos meninos, já que ainda é BV e morre de medo de relacionamentos – talvez pelo histórico familiar? Então Beth tenta ajudá-la, mas só piora as coisas. Ou não, já que o que acontece na festa do ex-vizinho de Ruby a leva para perto de um garoto um tanto quanto geek, Charlie, e que se apaixona perdidamente por ela, até ela estragar tudo por ver sua antiga casa e começar a chorar na frente do menino.
Não sei muito o que falar sem estragar o real motivo da história, então só vou dizer que achei drama demais pra algo tão pequeno – em relação a esse slogan “não podemos confiar nos amigos e blablabla”, já que não é nada tão grande assim. Ok, as meninas tem 16 anos, mas achei todas bem infantis. Se você tem um problema, você senta e conversa, principalmente se for com a sua melhor amiga, você não fica esperando ela se desculpar e etc…
Bem, o livro melhora da metade para o final, mas não dei 5 “coraçõezinhos” porque achei que a história poderia ser melhor desenvolvida e que o “mistério” poderia ser algo mais bem elaborado, mas no geral é um bom livro, rápido e fácil de ler – mas não é meu livro preferido desse estilo.
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Na íntegra: http://juhclaro.popfics.com/?p=2926