A Companhia Negra

A Companhia Negra Glen Cook




Resenhas - A Companhia Negra


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Claudemir17 17/10/2022

Excelente!
Em A Companhia Negra, Glen Cook nos traz uma história bastante interessante, realmente!

O mundo no qual a história se passa é "acostumado" com magia, e ela está presente de forma bastante significativa, mas, não necessariamente, de forma impressionante. Não há efeitos mirabolantes ou rituais complexos para se executá-las. Para quem domina magia neste mundo, realizá-las é semelhante a levantar do sofá e ir beber água na cozinha: basta você querer e um pouco de esforço. E isso me chamou a atenção. Foge do tradicional.

Outro ponto a se comentar sobre o livro é o fato de ele não se explicar muito. Você não será apresentado aos personagens. Nem aos locais que vão surgindo ao longo da história. Eles simplesmente aparecem. Isso me incomodou um pouco no início, mas logo me acostumei e, confesso, gostei. Esse estilo de escrita dá ritmo à história.

Porém, de fato, o enredo é, pelo menos para mim, o ponto alto do livro. É interessante como Cook insere a Companhia dentro de algo grandioso sem tirar o protagonismo da Companhia, mas também sem deixa esse algo grandioso apenas como plano de fundo. É notório que a Companhia tem seu papel. E este é importante. Mas também é notório que eles não estão sozinhos nisso. Que são uma parte de algo maior.

E é com essa deixa que esse primeiro livro se encerra. Eventos importantes estão se desenrolando e camadas de complexidade vão sendo adicionadas. E a vontade de ler o próximo livro vai crescendo.
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André 24/10/2012

Sombrio, complexo e realista: Um clássico.
A Companhia Negra, de Glen Cook, é mais um desses casos difíceis de entender o motivo de nunca ter chegado por aqui antes. Se trata de um clássico da fantasia, um dos livros mais influentes do gênero. Uma obra de calibre grosso e que chegou ao Brasil, finalmente, pelas mãos da Editora Record.

No livro somos apresentado a história de uma irmandade de mercenários e se inicia em um momento de sua decadência. Presa como exército particular de um governante que logo cai em um lugar sem muita importância, a Companhia é contratada por Apanhador de Almas, um poderoso feiticeiro e integrante dos Dez Tomados, líderes e emissários dos exércitos do Império nortista da Dama, uma feiticeira que parece ter retornado dos mortos, para lutar e defender o império contra os Rebeldes. A Companhia logo se vê no meio de sujas e mortais disputas políticas entre os Tomados, e seus conceitos morais são postos a prova sucessivamente. As disputas e os acontecimentos são apresentados por intermédio de Chagas, médico e analista da Companhia, de forma sucinta e militar.

Mas mesmo que seja um livro repleto de disputas politicas, seu foco não são os poderosos reis, os tomados ou mesmo a Dama. São as consequências desses jogos políticos para aqueles que estão na linha de frente da batalha. Os que irão morrer primeiro. Ou seja, a Companhia Negra, o exército contratado, os mercenários. A Companhia é a família dessas pessoas, e elas não possuem nada fora dela. São órfãos, viúvos, rejeitados. É a ralé da ralé, os sujos, os mal vistos em todos os cantos. É onde alguém só vai quando não existe mais nada para ela. Mesmo cada um deles sabendo disso, precisando lutar, literalmente, para sobreviver, metidos em problemas que vão além de suas capacidades, a Companhia cumpre seus contratados, mesmo que, às vezes, use formas tortuosas para isso. Não lutam por liberdade, política ou ética. Isso são atitudes dos rebeldes. A Companhia luta por dinheiro.

Dito assim, até faz parecer com que os rebeldes são os mocinhos sem tirar nem pôr, e o império/Companhia, os vilões, e é um dos grandes méritos do livro em lidar com isso o tempo todo. Mesmo que, em teoria, a Companhia seja um bando de vilões, é difícil não gostar de personagens tão humanos e fascinantes. O mundo não é tão preto no branco. As guerras não são com um lado o bem, e o outro o mal. Valores éticos são muito mais cinzas do que isso. Não importa o lado, em uma guerra, ambos se apegam a valores falsos para justificarem a frieza de suas ações. São em assuntos assim, principalmente, que percebemos a força do personagem Chagas. Suas divagações filosóficas, expõem que mesmo os mocinhos, os que dizem lutar pela liberdade, são capazes de atrocidades, fazendo delas costumeiras, parte de suas rotinas. Que do lados dos vilões, também há aqueles incapazes de não terem estômago para certas barbaridades. Também sentem a dor da perda. Não que os vilões não sejam tão cruéis quanto os mocinhos.

Muita gente diz que os livros poderiam ser maiores. Sempre me incomodo quando vejo alguém dizendo que esse ou aquele livro poderia ter cem páginas a mais ou, talvez, cinquenta a menos. Se isso ocorresse, os livros não seriam os mesmos. No Caso de A Companhia Negra, no entanto, é compreensível os motivos de sempre apontarem para isso. Livros épicos, de forma geral, são excessivamente descritivos com suas campanhas e tudo o mais. Já na obra de Glen Cook, ocorre o contrário.

Não há grandes descrições tediosas sobre caminhadas ou viagens, por exemplo. Na realidade, acontece muito de terem várias “lacunas” de um ponto para outro. Lacunas que se fossem preenchidas, acrescentariam fáceis duzentas páginas. Mas veja bem, isso não é um ponto totalmente negativo. Torna, sim, o início muito mais difícil do que poderia ser, visto que estamos em um mundo ficcional do qual não sabemos nada. Mas ao fazer isso, Cook não só faz a história fluir melhor, como deixa muito mais crível. Afinal, nós estamos conhecendo aquele mundo através de um relato para os Anais da própria Companhia escrito por Chagas. Há momentos que são desnecessários em uma história dessas. Quando a batalha é importante, e não uma briga no meio do nada, elas aparecem e são estupendas. Glen Cook demonstra uma habilidade incrível ao nos narrar batalhas com precisões militares tão eficientes e reais.

O universo é complexo, velho, sombrio e decadente, e tem a magia como algo natural e sempre está lá, mas há poucas informações para o leitor se orientar dentro dele. A escrita de Glen Cook não ajuda, sendo abusiva com frases curtas e, às vezes, muito confusa. Mas ao tempo em que vamos nos acostumando, tando com o universo, tanto com o estilo de escrita do autor, a obra flui e vai em uma única tacada.

As comparações com a saga de George R.R Martin, “As Crônicas de Gelo e Fogo” e “Senhor dos Anéis“, são inevitáveis. Alguns até falam, após lerem a sinopse, que parece um genérico cópia de Guerra dos Tronos. Não é. A Companhia Negra foi primeiramente publicado em 1984, doze anos antes da primeira história de Westeros, e o realismo sobre os jogos políticos tão elogiados nas obras de Martin, vão além aqui, são ampliados e tratados ainda com maior complexidade. Ao passo que a história da Companhia é uma das principais em um dos movimentos literários mais interessantes da fantasia, daqueles que se opuseram contra o discurso maniqueísta de “bem x mal” da obra de Tolkien, também é uma influência óbvia para as histórias de Westeros – principalmente no movimento em si.

Mais sombrio do que qualquer guerra de tronos, mais complexo do que qualquer disputa por um anel, A Companhia Negra não é somente um clássico do gênero que enfim chega por esses lados, como um dos melhores lançamentos do ano. É daquelas sagas que mesmo antes de você terminar o primeiro livro, já se considera fã de carteirinha.
O segundo volume já tem a previsão para ser lançado no primeiro semestre de 2013, e, da minha parte, já estou ansioso. A história aqui no primeiro é boa, mas a impressão que ficou, é que o grande momento ainda está por vir. Que tivemos apenas uma pequena amostra do que nos aguarda.

Um livro indicadíssimo para qualquer fã do gênero, mesmo que seja apenas pela curiosidade em ler algo tão importante. Mesmo que apresente alguns problemas nesse primeiro momento na contextualização do universo perca um pouco até nos acostumarmos com a escrita e que alguns pontos do final sejam óbvios para quem está familiarizado com esse tipo de história, se trata de uma leitura que pode, até mesmo, ser considerada essencial para leitores de fantasia.

Resenha originalmente publicada em: http://www.sincopedigital.com.br/2012/10/resenha-a-companhia-negra.html
Aline 27/11/2013minha estante
As características Humanas dos personagens foi o que me fez ler ao livro. No início não me prendeu muito, talvez tivesse muitas expectativas, pois diferentemente de outros autores (óbvio) Glen não foi exacerbadamente detalhista, o que me permitiu ir além na imaginação me dando liberdade para montar os personagens, o mundo e os diferentes cenários que compõem a estória.

Posso dizer que a Companhia me prendeu. E por momentos, enxerguei claramente o que Chagas via. Mas tudo isso é uma questão de Sentir, não? Acho que uns vão gostar. Outros não. O que foi bom frisar, é quando foi publicado o livro. A sequência. O livro não é nenhuma imitação como ouvi por aí.

Na minha opinião, é um livro excelente, de leitura rápida e direta que me deixou com saudades. Afinal, vivi juntamente com todos da companhia e senti um misto de emoções. Mas é como digo... Gosto é gosto. Mistério, ação, personagens bastante humanizados, e deixa sua mente disposta a trabalhar.

E que iluminem a editora Record, pra que a mesma traduza logo os outros livros da sequência.




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MWeirich 13/02/2022

Que livro meus amigos!
Que baita surpresa eu tive com este livro! Amei ele do seu início até o seu fim. E pensar que paguei apenas 10 reais por ele!

Este livro se encaixa perfeitamente nas doces surpresas literárias deste ano!

O livro trás a história da Companhia Negra e seu contrato com o "Apanhador de Almas", com sua moral inquebrável, mas não inabalável.

Cheio de reviravoltas e jogos pelo poder absoluto, temos traições, reviravoltas, suspense e muitas... MUITAS... mortes.

Mas a cereja do bolo? É o personagem principal, Chagas, o médico, historiador e guerreiro. Um personagem carismático, irônico e sarcástico que fez com que eu risse em um livro sério.

Esse livro é simplesmente fantástico! Um livro de fantasia medieval perfeito!
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Leo Vieira 05/03/2022

A Companhia Negra - Glen Cook
Comprei a trilogia de A Companhia Negra após ler que esta saga é o encontro de Tolkien com Bernard Cornwell. E, após terminar o primeiro volume da saga pude constatar que realmente é, o encontro em inspirações de dois dos maiores escritores da literatura. Mas agora, se este é um excelente livro, aí é outra história.

O livro segue os relatos de um soldado médico responsável pelos anáis de uma trupe de mercenários conhecida como A Companhia Negra, em um mundo de Dark Fantasy absolutamente Tolkiano.

O grande problema deste livro é a dificuldade de imersão em uma trama contínua. Parece o tempo todo que estamos entrando nesta trama mas demora muito a engatar. Há momentos extremamente entediantes no decorrer da história.

No entanto, ainda é uma boa história de fantasia que relata os horrores de uma guerra, e que nem sempre precisa existir um lado "bom". Há dois lados, e cada um carrega com si coisas boas e coisas malignas.

Além disso, o universo inventado pelo autor é muito curioso, o sistema de magia também. Infelizmente, neste primeiro volume, o mundo não é muito explorado...

Mas, no geral A Companhia Negra é um bom livro de fantasia, vale o esforço para passar pelos momentos entediantes, o final guarda algumas reviravoltas interessantes além de umas revelações que me forçam a querer ler as sequências.
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Rafael 23/03/2022

Muito bom
No início a história parece meio confusa, falta um objetivo a seguir, mas do meio pro final começa a clarear e fazer sentido sentido algumas coisas. Sem muitas surpresas, vamos ver o segundo volume.
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Renato 01/11/2012

O reino do genérico

Mais uma obra cuja sinopse é infinitamente melhor que a obra em si. Esqueça a divulgação. Não tem nada da beleza, inocência e solidez imaginativa de Tolkien, tampouco a visceralidade, energia e carisma dos trabalhos do Bernard Cornwell.

Na verdade, “A Companhia Negra” do Glen Cook encontra-se em um limbo genérico e superficial que, nos melhores momentos, é apenas uma sombra pálida (muito pálida) das obras de fantasia e cavalaria nas quais ela provavelmente teve inspiração.

E “genérico” é a palavra de ordem em A Companhia Negra: os personagens não têm nomes próprios – todos atendem por alcunhas que são meramente representações de características físicas (como Caolho ou Duende) ou de patente (como Tenente ou Capitão); outros levam nomes pouco imaginativos como “Corvo” ou “Elmo”. É claro que isso não seria um problema se os personagens fossem minimamente bem desenvolvidos, mas são tão rasos quanto os seus nomes. Assim, é frustrante que personagens como o Capitão sejam tão mal explorados, afinal, se o livro pretende contar a história de uma companhia milenar de guerreiros temíveis, seria de se esperar que o seu maior general fosse um sujeito no mínimo interessamte, mas não é o que acontece, já que o “Capitão” é apenas mais um nome sem rosto no meio da história, e não vemos nele nenhuma característica que pudesse nos levar a crer que ele merece ocupar aquela importante posição.

Ainda no campo dos personagens, outro grave defeito de A Companhia Negra diz respeito aos seus “vilões”: Os Tomados. A ideia era que fossem os grandes generais da Dama, a senhora da escuridão, o ser mais poderoso que anda sobre a terra. Mas o que acontece é que Os Dez são igualmente genéricos e as maiores informações que temos a respeito deles vem de seus nomes pouco criativos. Se a intenção era que formassem um esquadrão tão terrível quanto os Nazgûl de O Senhor dos Anéis, Glen Cook falhou miseravelmente. Manco é somente um idiota que foi feito de bobo por soldados rasos da Companhia (Corvo); O Apanhador de Almas às vezes é mais interessante (mais por conta das vozes e tal), mas perde muita força, já que o mistério em torno dele se dissipa com as constantes intervenções, como se fosse um simples mentor da Companhia, e não um patrocinador poderoso e perigoso, como deveria parecer. O restante mal aparece, a aparência de poder que deveriam ter acaba se perdendo, porque eles parecem cair como moscas quando a guerra fica séria, e essas quedas são descritas pelo autor em uma ou duas linhas sem a menor solenidade, como se fossem personagens sem importância. Toda a pequena carga de carisma que os personagens guardam fica por conta de Chagas (que, como narrador, acaba ganhando natural evidência em já que representa o leitor na história, é com ele que nos identificamos mais) e da Dama. Por outro lado, as ridículas brigguinhas de Caolho e Duende transformam a magia da história em algo insosso e banal.

E por falar em magia, não há a menor coerência na utilização de magia no mundo concebido pelo autor. Elas surgem em maior parte em trivialidades bobocas como as briguinhas entre Caolho e Duente (os feiticeiros da companhia, que, aparentemente, são dois imbecis com idades mentais que não passam dos 15 anos). E se por um lado os Tomados são capazes de invocar grandes feitiços e monstros pra auxiliar na batalha, se a Dama é a mulher mais poderosa do mundo, subjugando o reino sob o seu comando, é curioso que ela consiga quebrar a perna ao cair de um tapete voador hehehe.

Por fim, deve-se falar do mundo criado pelo Glen Cook. Como não há mapas, é muito fácil se perder geográficamente na história. Ainda mais ao se constatar que os cenários e cidades são tão rasos quanto os personagens que as preenchem. Nenhuma cidade tem uma característica marcante que nos faça criar uma identidade com a história (como Minas Tirith, Rivendell, etc.) e na maior parte do tempo o autor se limita a jogar no meio do texto os nomes de locais que pontuam o reino, como se os leitores fossem já íntimos daquela terra. Dessa forma, a exemplo dos personagens, os locais soam mais como um cenário de papel em um pal barato de teatro, preenchendo vagamente a nossa imaginação.
Apesar disso tudo, a história acaba sendo minimamente interessante, o suficiente pra que você não abandone o livro antes da página quarenta. Eu fui lendo arrastadamente, com vontade de abandonar, mas me segurando naquele tênue fiapo de curiosidade em torno do Dominador, da profecia da Rosa Branca e outros piapos de história mal desenvolvidos, mas intrigantes.

Enfim, se essa leitura não foi uma completa perda de tempo, por outro lado não deixou a menor saudade. E se a editora lançar algum dos próximos dez livros dessa série, terem prazer em ignorá-la solenemente.
Pedro 05/11/2012minha estante
Concordo plenamente, personagens e história muito mal desenvolvidas. Na mão de um Bernard Cornwell essa história seria completamente diferente.


Ruivo 03/07/2013minha estante
Cara, enquanto eu lia o seu comentário quase achei que você lia a minha mente. Estou me agarrando ao livro simplesmente porque não gosto de abandonar leituras...mas essa está bem dificil. Depois de pegar livros fantásticos ler isso pra mim é, sim, uma perda de tempo.


Isabela 23/08/2013minha estante
Realmente, os personagens poderiam ser muito melhor desenvolvidos. O que me faz não me irritar demais com isto é que enxergo o texto como um relatório para os anais: Sucinto e objetivo, focando mais os fatos que os pormenores. Sendo assim é de se pensar que as descrições e justificativas fiquem curtas, apesar disto não tornar o fato mais aprazível.

Quanto aos Tomados e à trivialidade da magia não acho que seja um ponto que desmereça o livro: Sinto nisto uma espécie de nivelamento, mostrando que mesmo tendo "grandes nomes" esses generais podem morrer como qualquer soldado de infantaria.
Sobre a Dama quebrar a perna: Acho isto um dos pontos mais interessantes da obra. Sempre que vejo um personagem fazer mil e duas proezas que contradizem a lógica (do estilo pilotar um tapete desgovernado próximo à terra e sair ileso) sinto vontade de fechar o livro e atirá-lo pela janela. Isto só serve para "desumanizar" o personagem, transformá-lo em algo poderoso, imorrível (imortal+invencível). O fato da Dama ter quebrado a perna apenas ressalta que "status" não te dão ossos de titânio e poder não é sinônimo de uma defesa perfeita contra todos os males.

(Não revisado e estou com sono, desculpe-me se cometi algum erro de coesão/digitação.)


Renato 25/08/2013minha estante
Concordo com a sua análise até certo ponto, Isabela.

Quanto ao fato de a falta de profundidade da narrativa ser consequência do formato do texto (anais), ainda que essa tenha sido a ideia do autor (e não creio que tenha sido), isso não elide o problema, porque a história continua rasa e desagrada os leitores, o que seria um grande tiro no pé, caso fosse intencional, e uma falha notável, caso seja mesmo orgânico (como acho que foi).

Pra mim, a trivialidade presente na utilização da magia só enfraqueceu a obra, uma vez que os caras que possuem esses dons deixaram de ser temidos por isso e respeitados pelo leitos, eu acho. Não me parecia uma grande de uma vantagem possuir esse tipo especial de poder se as pessoas que o canalizam são tão imbecis. É claro que isso pode ser um vício pessoal, por eu estar acostumado aos grandes e sábios magos da literatura fantástica hehehe, mas eu prefiro esse velho clichê.

E sobre a fraqueza física dos tomados e da dama, mais uma vez, também acho que isso enfraqueceu a obra, principalmente porque essa tal fragilidade desses seres que deveriam ser poderosos foi apresentada com bastante incoerência, em relação ao que havia sido construído até ali. Eles não devem ser humanizados, simplesmente porque não são humanos.

Pra mim, o fato da criação de uma aura de poder supremo em torno da dama e dos tomados e depois ter sido desfeita tão facilmente no decorrer da história só reforçou a ideia de que tudo no livro é um pouco artificial. Faltou substância. Na narrativa e nos elementos (personagens, geografia, etc.)


Fernando Aug. 17/11/2013minha estante
Eu achei realmente a história fraca, não teve muita criatividade quanto um enredo que prende, a magia do tapete não tem muito haver com a época medieval, na verdade parece mais com um helicóptero ou caça...
Mas temos que lembrar que ele foi do exército e algumas coisas que ele colocou como os adjetivos acho plenamente cabível, essa parte visto como negativo eu achei interessante, os soldados tem codinomes que de certa forma representam sua característica mais geral e juntando com a parte realística da obra que não tem muito nos outros livros, os personagens são soldados e não tem poder de salvar o mundo como gostariam, seus poderes são limitados e fazem o que podem com isso, temos poucos livros que representam essa característica, querendo ou não nem sempre um comandante é a pessoa perfeita pro cargo ou com capacidade super desenvolvida.


Renato 24/04/2015minha estante
Esse livro se resume a uma única palavra: LIXO


Ryllder 20/07/2015minha estante
A característica principal do livro foi o que mais me desagradou:pobre em descrições ao extremo.Descrever o ambiente na qual a trama transcorre,principalmente em um mundo novo,é essencial.




Vinicius Takaki 30/08/2012

Cumpre um pouco mais do que promete
Nem mais nem menos. A história começa bem, já demonstra como é o mundo, muito sério, sombrio, decadente, assim como a Companhia Negra do título. Também mostra que aqui há magia e alguns seres sobrenaturais, mas não em grande abundância.
Tudo é contado pelo ponto de vista de Chagas, o médico da Companhia, responsável por cuidar dos anais para que a história possa ser mantida para posteridade. Por falar em Chagas, tá aí uma característica que gostei no livro: ninguém (ou quase ninguém) tem um nome próprio, e sim apelidos como Elmo, Rosa Branca, A Dama, Apanhador de almas, e assim vai. Fiquei esperando aparecerem dois guerreiros com alcunhas de Iceman e Goose, daí lembrei que o filme veio depois do livro =P
Os personagens são interessantes, se não exatamente carismáticos, e gostei especialmente dos feiticeiros, cada um com sua personalidade e trejeitos bem distintos, mas todos igualmente bizarros. Os seres sobrenaturais são bem usados, e são raros, não há um monstro a cada esquina, e isso faz com que fiquemos com a impressão que são bem fortes e que devem ser temidos e respeitados.
A história se desenvolve quando Companhia recebe um novo contrato, e com o novo chefe deve rumar para terras desconhecidas junto com um novo recruta, Corvo, um cara muito sinistro e reservado, que tem uma ou outro truque na manga. Assim vamos conhecendo junto deles toda a história e o conflito neste cenário, que aos poucos vai ganhando 'momentum' até terminar em uma (na verdade várias seguidas) batalha épica, claro que deixando um belo gancho para a continuação, sendo que existem 10 livros na série até o momento.
É uma boa leitura, agradável, e tenho a impressão que só irá melhorar ao correr dos próximos livros. Daria 3,5 estrelas se possível
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Rod 22/05/2021

Bom livro de Ficção fantasiosa
Gostei bastante do livro. Tem várias reviravoltas e algumas coisas não resolvidas (porém considerando que tem mais dois livros depois desse isso se justifica. Tem vários personagens interessantes além do narrador do livro, Chagas.
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Ygor.Fortes 15/03/2024

Gosto de como o Glen Cook começa seu enredo. Ele não entrega explicações de como o livro funciona e parte do pressuposto que o já conhecermos, o que faz sentido já que o livro se passa em primeira pessoa. Sei que Malazanos também faz algo parecido. Esse começo pode afastar muitos leitores, mas acho uma forma bem ousada e interessante. Meu maior problema foi a falta de personagens carismáticos. O protagonista é sim muito bom, mas senti falta de mais personagens como ele. No final, ele até consegue fazer outros personagens ficarem mais interessantes, mas isso demora. O mundo é interessante e seu final deixa pontas que empolgam.
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Ginete Negro 2.0 13/10/2023

"E se a fantasia for mais cruel que a realidade?"
É a partir da premissa acima que mergulhamos na leitura desse ótimo romance, o primeiro da trilogia da Companhia Negra. E ele, pelo menos no meu caso, me capturou logo de início: vemos as coisas sob o ponto de vista de Chagas, narrador-personagem, cronista e médico da referida Companhia Negra, que é uma companhia de mercenários. Só pelo nome já imaginamos que as batalhas e tomada de posição dependem de quem os paga. Mesmo assim, Chagas reflete sobre o papel da Companhia em meio às revoltas que tomam o seu mundo, bem como põe em xeque se ele mesmo está "do lado certo" desses conflitos.

Na verdade, meio que não existe um "lado certo"...

No início havia o Dominador, que comandava o mundo a mãos de ferro. Após conflitos com sua esposa, a Dama, que se sai vitoriosa por enquanto, o Dominador, do seu pouso em que está despertando, vai tentando reorganizar revoltas que minem a tentativa da Dama de restaurar o mundo sob o governo dela - que também é despótico... Nesse ínterim, a Companhia Negra é contratada pela Dama, por meio do Apanhador de Almas, um dos Tomados - magos antigos que se aliaram e depois rebelaram-se contra do Dominador -, e assim vai sufocando as revoltas que surgem em diferentes cidades.

Para cima e para baixo acompanhamos a campanha da Companhia sob a batuta da Dama - por quem Chagas nutre uma imensa e quase amorosa admiração, ao passo que a teme enormemente -, bem como conhecemos os ótimos companheiros de Chagas, dentre os quais, os magos Duende e Caolho (tipos de amigos inseparáveis que vivem se azucrinando), os demais mercenários da Companhia e, em especial, o Corvo - que resgata uma menina chamada Lindinha, surda, do estupro e quase assassinato.

É uma fantasia sombria, um pouco desbocada, cruel e sádica. Não há grandes reboleios de magia, mas ela está presente - sobretudo sob a ação dos magos e dos Tomados, principalmente o Apanhador de Almas e o Metamorfo, um Tomado que pode tomar qualquer forma corpórea.

E como estamos no terreno da fantasia, não posso deixar de fazer paralelos com outras obras do gênero (anteriores ou posteriores, claro), principalmente do modo como os Tomados me lembram (grosso modo) os Abandonados da série de livros "A Roda do Tempo" (estou no nono livro, e está sensacional).

Livro altamente recomendável. E vamos em busca da Rosa Branca (se você leu esse primeiro livro, já sabe que ela é).
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Antunes 25/04/2024

O livro curto mais longo da vida
Fazia algum tempo que não lia fantasia, acho que a última tinha sido as Crônicas de Gelo e fogo (mas não todos os volumes) e arrisquei a leitura desse primeiro volume da trilogia criada por Glenn Cook.

O desconforto inicial causado pela criação dos personagens, praticamente sem contexto algum, com um mundo sem descrição nenhuma realmente me incomodou! Tanto que quase abandonei!
O sentimento começou a melhorar do meio pro fim, quando li a contra capa (coisa que não costumo fazer), e ali somos informados que o autor é um militar e depois que passei a encarar a COMPANHIA NEGRA como militares em guerra (ou como imagino ser as personalidades) o livro melhorou consideravelmente.

Sobre a trama, o Dominador e a Dama, o mais poderoso casal de feiticeiros já visto, governaram todo o mundo conhecido com mão de ferro. De maneira implacável, eles venceram todos os seus oponentes e corromperam a alma de seus dez piores inimigos, transformando-os nos Tomados, seres condenados a servi-los por toda a existência. Contudo, um grupo rebelde, liderado pela misteriosa Rosa Branca, conseguiu aprisionar os tiranos e seus seguidores em um sono profundo. Porém, séculos depois, a Dama e os Tomados finalmente foram despertados. Agora, eles estão decididos a recuperar todo o poder que lhes fora tirado. À medida que se dedicam ao processo de reconquista, o caminho de um deles, o Apanhador de Almas, cruza com o do grupo de mercenários conhecido como Companhia Negra. Dessa forma, quando o Apanhador oferece a eles a chance de se juntar ao exército da Dama contra os rebeldes, a proposta é aceita de imediato. O que era para ser uma gloriosa batalha pelo poder rapidamente se revela um pesadelo.

Tinha potencial, mas pra mim nesse momento não sei se continuarei a trilogia que já tenho em casa
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Paloma 26/11/2012

A Companhia Negra
O que me levou a querer ler este livro foi uma descrição feita por Glen Cook sobre seus personagens, que está na contracapa do livro.

“Eles são figuras reais, inspiradas nos homens e nas mulheres de carne e osso com os quais servi”.


E eu realmente percebi na leitura que mesmo com toda fantasia envolvida, os personagens são bastante humanizados em suas atitudes e conflitos.

A história é narrada por Chagas, o médico e analista de uma companhia de mercenários, chamada Companhia Negra, reconhecida por seu passado glorioso e por honrar seus contratos. Ao registrar os fatos presenciados por ele, Chagas expões suas emoções. Ele escreve os registros nos anais apresentando cenários e personagens como se já os conhecêssemos, causando certa estranheza nas paginas iniciais.

A Companhia Negra começa esta história em sua decadência, agindo como guarda pessoal de um síndico numa cidade em constante guerra civil. Ao receber proposta de contrato do feiticeiro conhecido como o Apanhador de almas, seus integrantes rumam ao norte, sem saber ao certo o que os aguarda. Com isso são introduzidos numa disputa por poder que se estende pelo mundo.

De um lado desta trama politica está A Dama, uma poderosa feiticeira renascida após séculos de confinamento, que já governou o mundo e tenta retomar seu antigo domínio, com seus aliados chamados de os Tomados, ao qual o Apanhador de almas faz parte. Do outro lado da disputa estão os rebeldes que supostamente lutam pela liberdade do povo.

A magia está presente desde intrigas inofensivas engraçadas aos grandes combates épicos, que são os momentos mais detalhados, com muitas intrigas e estratégias obscuras.

Apesar de a companhia lutar apenas por dinheiro e parecer não ter valor moral algum, parte de seus soldados passam a ter conflitos em relação a seus conceitos do bem e o mal, principalmente Chagas que em algumas partes filosofa sobre esse tema e se autocensura nos registros.

A escrita é simples sem rodeios em suas descrições, fazendo com que o leitor precise criar os detalhes em falta, isso foi muito interessante pra mim, no final do livro havia criado cenário quase completo desse mundo sombrio, quase, pois apesar de me esforçar, não consegui formar geograficamente este mundo. Claro que isso não atrapalha o entendimento do livro, mas senti falta de precisão nas informações.
Outra coisa que gostei foram os nomes dos personagens, todos são conhecidos por apelidos simples, o que facilita muito decorá-los.

Mais em http://labirintoimaginario.blogspot.com.br/2012/11/resenha-003-companhia-negra.html#more.
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Rita Nunes 12/05/2020

Espetacular
Esse livro teve um efeito inesperado sobre mim: assim que eu terminei, voltei à primeira página e comecei a ler novamente. Porque ele é tão tenso, e escrito de uma forma tão direta, que podemos acabar passando direto pelos detalhes. A história é narrada por um dos personagens, para pessoas do seu mundo, assim ele não fica explicando detalhadamente como as coisas funcionam (como os autores das chamadas distopias adoram fazer). Ele narra os fatos, as pessoas, e suas próprias impressões sobre os acontecimentos. Foi uma experiência rica, uma leitura fabulosa. Não há nada que desabone essa maravilhosa obra. Altamente recomendável!
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