Marê 18/05/2024
Adorei a escrita da Louisa, mas confesso que livros como esse e os da Austen estão me cansando à medida em que fico mais velha. Primeiro que é um saco perceber o quantidade de coisas absurdas que uma mulher precisa engolir para fazer com que um relacionamento dê certo. Outra coisa, é notar uma visão tão romantizada da realidade que chega a ser caricato.
A Meg, coitada, depois de ter dois filhos ainda precisa se preocupar com o palerma do marido que não consegue se ajustar à nova rotina. E ainda é culpabilizada pela mãe. Outro ponto muuuuuuuito problemático é esse relacionamento de Laurie, Jo e Amy. Ele deixa claro por quem é terrivelmente apaixonado e, mesmo se deixando levar pelos momentos com Amy, deixa claro que ela é a única que poderia ocupar o lugar da irmã e que ele poderia sim amá-la como amava Jo. Sinceramente, não consigo entender quem diz que o livro, ao contrário do filme, mostra muito bem o amor dele por ela. Para mim, só fortaleceu o quanto ele amava Jo. Creio que ficar com Amy foi apenas uma válvula de escape e uma maneira de não se afastar da família que tanto amava.
Para a Amy, ela teve uma visão pragmática. Sempre se rendeu aos luxos então foi uma escolha óbvia e confortável. Achei bizarro também a maneira como eles enfrentaram a morte da Beth. Gente? A única pessoa enlutada foi Jo.
Mas, geral, é um bom livro. Uma leitura que demorou a engrenar para mim, mas, depois da insistência, funcionou bem. Sinto que o livro poderia ser mais curto, alguns capítulos são dispensáveis, mas gostei do desenvolvimento das meninas, sobretudo da Jo. É uma personagem muito a frente de seu tempo e sinto que o final que a Greta deu à ela no filme é mais real para a personagem.