O Espião

O Espião Clive Cussler




Resenhas - O Espião


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Rose 12/05/2012


Instigante, envolvente, enigmático, inteligente, são alguns dos adjetivos que posso usar neste livro. Como o próprio título do livro diz, "O Espião" conta a história de uma envolvente trama de conspiração contra a marinha americana em 1908, antes da futura 1º guerra, promovida por um espião que claro ninguém sabe quem é. Tudo começa com o então suicídio de um talentoso projetista de canhões. Não fosse por sua filha, a história terminaria por isso mesmo, mas ela tem certeza que seu pai não cometeria tal ato, e está decidida a limpar o nome dele. Para isso procura os serviços da famosa Agência Van Dom, que logo põe seu melhor investigador no caso, o famoso Isaac Bell.
Não demora muito para o inteligente detetive verificar que a sequência de mortes acidentais dos melhores projetistas navais na verdade está sendo orquestratada por um espião muitíssimo inteligente e cuidadoso.
No decorrer da história somos apresentados aos fatos, e junto com Isaac Bell tentamos solucionar este caso que conforme a leitura avança, vai se tornando mais misterioso. No submundo do crime, encontramos corrupção, chantagem, drogas e prostituição, mas os agente da Van Dom são muito bem preparados, em especial o charmoso Isaac Bell que não se deixará levar pelas aparências.
Mesmo sob atentado pessoal e de seus agentes, Isaac Bell fará todo o possível para descobrir quem está por trás dos crimes e quem é a mente que idealizou esta grande e poderosa ação contra a marinha america e que pode custar muitas vidas inocentes, inclusive a sua e de sua noiva.
É o tipo de livro que quando eu pego não consigo parar de ler. Acho que o mesmo acontecerá com quem o pegar. Uma história bem construída onde somos levados a ficar atentos a todos os sinais e diálogos. Sim, tentamos dar uma de detetive ao lado de Isaac Bell. Eu apostei minhas fichas no meio da história e acabei acertando, mas só fui ter certeza mesmo no fim. Aliás, um fim com a cara do livro o que me deixou mais do que satisfeita. Por tudo que vi recomendo para todos que gostam de um livro bem estruturado e cheio de mistério e aventura. Onde você não tem vontade de piscar para não perder nenhum lance da história.
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Wanessa 02/04/2012

O Espião - Resenha
Eu – assim como todos que já leram – esperava que fosse um livro de espionagem mais sério, destinado, principalmente ao público masculino, mas não. Com o passar do tempo, e a evolução da leitura, podemos perceber a inovação que eles propuseram ao título. O Espião superou todas as minhas expectativas. Os autores conseguiram juntar todas as qualidades em um só livro, além de ser sério – na dose certa – e detalhista, sem nos tirar do foco principal.
Cada detalhe, minunciosamente descrito. Armas, inimigos, ruas, navios da Marinha Americana, sem contar nas espionagens de Isaac Bell, enfim, são muitos detalhes. O principal objetivo dos autores Clive Cussler e Justin Scott, era de que o leitor ficasse ainda mais fissurado pela continuação da leitura.
São 416 páginas de pura adrenalina e a linguagem super acessível. Sem contar com a tradução que, para mim, fora excelente, principalmente ao nome das ruas.
Mariana Melo 02/04/2012minha estante
Gente, sério mesmo que é essa delícia toda? Achei a capa (e o kit) de uma beleza sem tamanho, mas não fazia ideia de que seria tão bem armado. Um livro policial muito bom que já li da editora foi o "Contato Visual", tem resenha dele no meu blog (www.felizvros.com) e aqui no Skoob. Acho que a editora deveria investir mais nesse gênero, pq pelo jeito eles têm dedo bom pra fazer as escolhas, né?

Quanto ao "O Espião", está aguardando ansiosamente na minha fila de leitura - ou melhor, que está ansiosa sou eu, né?! Hahaha...




Bárbara 29/06/2012

Já havia lido algumas resenhas e críticas sobre O Espião e imaginei que não iria gostar muito do que fosse ler por causa das diversas críticas negativas que informavam sobre os vários termos e nomenclaturas do meio naval, coisa que nunca me interessou (apesar de eu ter gostado bastante de um dos livros do Amyr Klink que tive a felicidade de ler, mas isso não vem ao caso).

Achei a história cansativa e várias vezes pensei em parar a leitura na metade. Se aparecia qualquer outra coisa para eu fazer, eu fazia. Já haviam me falado, também, que o início poderia ser bem cansativo, mas que o meio e o final compensavam. Bem, isso, pra mim, não aconteceu.

Na minha opinião, gastei um tempo precioso (em que poderia estar fazendo qualquer outra coisa, inclusive lendo algum outro livro que me interessasse mais) na leitura de um livro que em nada me acrescentou.

Apesar de adorar livros policiais e espionagem, não gostei deste. E, infelizmente, não é um livro que eu recomendaria para meus amigos.
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Tribo do Livro 21/04/2012

O Espião
Sinopse

É 1908 e acumulam-se tensões internacionais enquanto o mundo caminha inexoravelmente para a guerra. Após um talentoso projetista de canhões de couraçados morrer em um aparente suicídio, sua filha, angustiada, recorre à lendária Agência Van Dorn para limpar o nome do pai. Van Dorn põe seu principal investigador no caso, Isaac Bell, que logo percebe que as pistas apontam não para suicídio, mas para assassinato. E quando se seguem outras mortes mais suspeitas, fica evidente que alguém — um ardiloso espião — está orquestrando a eliminação das mentes tecnológicas mais brilhantes... Mas isso é apenas o começo.

Resenha por Gio Vaz

Somos transportados para o ano de 1908. Numa leitura prazerosa, conseguimos visualizar com perfeição o modo de se vestir das personagens, os homens em seus ternos e as mulheres com seus charmosos vestidos, sempre acompanhados de seus chapéus. Charme é algo bem presente inclusive nos vilões deste livro.

Acompanhamos o investigador Isaac Bell se introduzindo no mundo da espionagem. O universo de um detetive participar é bem distinto do de um espião. Logo, conforme ele descobre novas pistas, mais ele aprende. As formas de transporte da época, como navios e trens, e de comunicação, o uso constante de telegramas, ou seja, ausência das tecnologias atuais, só torna a história mais divertida.

Confesso que imaginei um livro com mistérios a serem desvendados junto com a personagem principal, mas não é o que acontece. Antes do meio do livro, o autor já revela a identidade do espião mesmo antes do detetive estar perto de descobrir. Temos acesso aos planos dos vilões, então já sabemos os acontecimentos por vir bem antes de Isaac. Ele tem que ser rápido, pois as sabotagens do Espião estão acabando com o arsenal da marinha norte-americana. Diria que é uma história de ação, com perseguições e armadilhas.

O Espião é o terceiro livro de uma série de cinco que conta as aventuras de Isaac Bell.
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Paula 31/05/2012

Eu confesso que fiquei na dúvida se iria ou não gostar do livro de Clive Cussler e Justin Scott, afinal é um livro que trata sobre espionagem, um gênero que nunca me chamou a atenção. Mesmo quando comecei a leitura ainda estava incerta em como seria a minha "relação" com o livro.

No entanto, O Espião (terceiro livro da série), acabou sendo uma agradável surpresa para mim. Do contrário do que eu imaginava, nada de porrada a toa (era o que eu esperava de um livro de espionagem: porrada, sangue e dentes de ouro (uma verdadeira noob no assunto)), tudo na medida certa.

Isaac Bell, o protagonista, conseguiu me cativar rapidamente. Ele é um investigador nato, inteligente, charmoso e educado. Outra coisa que eu gostei bastante foram os detalhes que os autores passam da sociedade do início do século XX. São detalhes que te prendem a trama, sem se tornarem cansativos.

Os detalhes sobre armas, navios etc., deixaram-me um pouco confusa no início, mas conforme prossegui a leitura tudo acabou ficando mais fácil.

Clive Cussler, um dos especialistas da literatura de espionagem, com mais de 40 livros publicados e Justin Scott, que já publicou 24 livros, conseguiram fazer com que uma leiga nesta área se apaixonasse pela história de O Espião. Acredito que tanto para novatos quanto para os fãs de espionagem, o livro é um prato cheio!
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ElisaMarianaUF 21/05/2012

É 1908 e acumulam-se tensões internacionais enquanto o mundo caminha inexoravelmente para a guerra. Após um talentoso projetista de canhões de couraçados morrer em um aparente suicídio, sua filha, angustiada, recorre à lendária Agência Van Dorn para limpar o nome do pai. Van Dorn põe seu principal investigador no caso, Isaac Bell, que logo percebe que as pistas apontam não para suicídio, mas para assassinato. E quando se seguem outras mortes mais suspeitas, fica evidente que alguém — um ardiloso espião — está orquestrando a eliminação das mentes tecnológicas mais brilhantes... Mas isso é apenas o começo.
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Nanda 13/07/2012

[Resenha] O Espião - Clive Cussler
Pra início de conversa, livro de espião é a melhor coisa que existe, e possivelmente um dos gêneros literários que eu mais gosto. Minha paixão por leitura começou com Harry Potter, mas teve outra autora que me arrebatou totalmente, a Agatha Christie. Sempre adorei os livros dela, que me deixavam louca de tensão pra saber como seria o desfecho, por muitas vezes o mais improvável.
O Espião é um desses livros, eu praticamente não parava de ler, ficava até de madrugada o lendo e imaginando as consequências do ato do protagonista Isaac Bell. A história do livro se passa em 1908, antes da 1ª Guerra Mundial. Confesso que de início eu achei o livro meio tedioso, muito cheio de detalhes, mas ao longo da narrativa eu fui percebendo que esses detalhes seriam de muita importância para a história do livro e que não podiam passar despercebidos.
Isaac Bell é um detetive de alto escalão de uma agência, e se envolve pessoalmente em um caso que de início parecia simples de resolver, mas ele vai descobrindo que existe muito mais que apenas um caso de "suicídio". Envolvendo questões políticas, a marinha e a construção de couraçados (um tipo de navio utilizado na guerra), Isaac vai perseguindo várias pistas que o levam ao espião que está por trás de todo o caos.
Eu fiquei super intrigada com a noiva do Isaac, mas descobri que ela não tinha nada de mais. Outros personagens servem de uma base super importante para a história, como o parceiro de Isaac, John Scully. O livro também apresenta membros de gangues, que de início eu achei que seriam só para ter um ponto de partida, mas novamente me enganei.
Mesmo o livro nos apresentando o espião em si, eu ainda levei vários sustos quando Isaac descobriu quem era. Há uma personagem muito misteriosa também, chamada Katherine Dee (e não é a de TVD rs), eu sempre desconfiei dela, mas o desfecho que dão para a personagem e toda a sua história é surpreendente.
A leitura do livro é fácil e não é cansativa. Eu consegui facilmente imaginar todas as cenas, e a ação que elas nos passam é incrível. Clive Cussler conseguiu escrever uma obra prima, sério. Em relação à gráfica do livro, eu simplesmente amei a capa do livro, a Novo Conceito está de parabéns!
A todos que me pedirem uma boa leitura para as férias, eu recomendo O Espião, tem aventura, mistério e todos os bons elementos de um romance policial de tirar o fôlego, realmente adorei o livro.
Nanda 19/08/2012minha estante
Originalmente postada em: http://www.entrelinhascasuais.com/2012/06/resenha-o-espiao-clive-cussler.html




Poly 22/05/2012

Investigação pura!
Quando eu era criança meu pai tinha uma coleção de literatura policial com vários livros de detetive. Acho que ele nunca leu e eu nunca consegui ler. Sempre achei que era porque a temática era madura demais para mim. Mas minha mãe se desfez dos livros e depois que cresci nunca mais tive contato com esse gênero.
Felizmente, a Novo Conceito lançou esse kit maravilhoso de O Espião e eu pude desfrutar um pouco do gênero de investigação.
Vi algumas resenhas por aí falando que se trata de um livro escrito de forma clássica. Narrativa seca e voltado especialmente para o público masculino. Apesar de não ter tido contato com nada do tipo antes, minhas conclusões também foram nesse sentido.
É um livro “macho”, com investigação pura, trechos de lutas e brigas e quase nenhum romance.
Achei o início da narrativa um pouco parado. Esperava um início com mais ação. Também não gostei muito do fato da história se passar no início do século passado. Não é meu período histórico favorito, mas achei interessante. Algumas coisas eu demorei um pouco para entender, mas acho que deve-se a fato de eu nunca ter lido um livro sobre o Isaac Bell (esse é o terceiro da série que conta as aventuras do investigador). Mas isso não interferiu na leitura.
A partir do meio, o livro ganha um dinâmica muito gostosa e não dá vontade de largar. E quanto mais perto do fim da investigação melhor ele fica. Apesar de não ter gostado muito do fim (esperava um final diferente), gostei da experiência no gênero.
Espero que a Novo Conceito lance os outros livros contando a história do Sr. Bell, com certeza leria outros livros assim, mesmo preferindo romances e histórias com temáticas mais “atuais”.
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marcelo augusto 13/04/2012

008..
Confesso que parei para ler este livro com muita expectativa, já tinha ouvido falar da história e fazia um tempo que procurava um livro com muita ação. Uma leitura envolvente, cheia de mistérios, aliás coloca mistério nisso. Mas acho que fui com muita sede ao pote.
É um bom livro, não achei excelente, mas quem gosta do tema vale a pena!
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Gil 15/10/2012

O livro trás uma narrativa em terceira pessoa. Ocorrem histórias paralelas que se interligam em um único mistério. Temos o detetive Isaac Bell, O Espião, os bandidos de segunda linha rsrs e outros personagens, mas os fatos contados são dirigidos a estes citados. Mesmo quando a narrativa conta a história pelo olhar do espião, seu anonimato vai até próximo do fim da história, meu lado Sherlock não tava aguçado não rs.

A filha de um importante criador de canhões da Marinha foi morreu, cometeu suicídio, mas sua filha tem certeza que foi assassinato e então contrata o Sr. Bell para investigar. E a partir disso vai saindo mitas outras coisas desta investigação. Um importante caso de espionagem é descoberto, muitas mortes "acidentais" e um grande mistério envolvendo homens da Marinha, criadores de canhões, blindagens, navios com maior poder de destruição, tudo isso emaranhado em uma enorme trama. Quem está por trás quem é o espião? Todas estas perguntas são respondidas no livro.

A narrativa flui bem, o autor consegue manter as informações e cada vez mais trás detalhes e um novo caso. O livro é grosso, algumas partes tem ação, outras não. A minha leitura até o meio não foi rápida, mas isso foi no meu caso, porém do meio até o fim eu queria descobrir quem era o espião e assim a leitura flui melhor. A capa mostra detalhes reais da história. Páginas amarelas, diagramação simples. A história é concluída e não tem continuação.
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Aline T.K.M. | @aline_tkm 25/11/2012

Ação constante não deixa lugar para o tédio
O ritmo frenético da narrativa é sentido desde o início. Nomes e acontecimentos que parecem surgidos do nada não demoram a tomar forma e a delinear com precisão a história a ser contada – e que história!

A riqueza de detalhes e um aspecto histórico que marca presença são dois grandes trunfos do livro. Detalhes e descrições mais técnicas dos couraçados e canhões podem desanimar alguns, mas pessoalmente não achei que estiveram em excesso; ao invés de entediar, criam certa curiosidade e não chegam a fazer com que o leitor se perca.

A ótima elaboração em termos de momento histórico é um plus que faz toda a diferença. Sim, porque livros do gênero precisam convencer, e este aqui certamente o faz.

Leia mais em:
LivroLab.blogspot.com
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Românticas 27/04/2012

As românticas também gostam de livros com espiões e detetives!


Isaac Bell está de volta*, dessa vez a Agência de Detetives Van Dorn está envolvida numa investigação que envolve segredos da marinha estadunidense.

O passamento de uma das cabeças pensantes e executoras de projetos da Marinha de Guerra dos Estados Unidos é o começo para uma série de mortes que a princípio parecem coincidências, mas que se revelam como um grande plano. Na época o mundo está se preparando para uma guerra (afinal 10 anos após a ambientação do filme o globo está envolvido na 1ª Guerra Mundial).

Gosto de detetives, sendo o inglês Sherlock Holmes o meu favorito, mas Isaac Bell conquistou com coração com seu charme, inteligência e com um trabalho em equipe fenomenal.

A Novo Conceito nos deu a chance de trazer para os leitores e leitoras do blog um livro com muita ação, reviravoltas e com um charme que só o início do século XX tem (afinal um cara alto, loiro, usando terno branco e já apaixonado pela noiva é bom demais).

Os personagens são bem construídos e cada um (incluindo o vilão) conquistam o leitor a cada página.

*Apesar de ser o terceiro livro da série que conta as histórias de Isaac Bell (ao todo são 5 livros) conseguimos nos familiarizar logo com os personagens e com o trabalho em equipe da Van Dorn, que resolvia os mais complexos casos sem ter a aparato tecnológico que hoje outras histórias de detetives/espiões dispõem.

Leitura Recomendada.
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tiagoodesouza 04/04/2012

O Espião | @blogocapitulo
Existe uma diferença entre a literatura policial e a literatura de espionagem que muito me agrada. Quando um leio um livro policial, não sinto que sou levado a pensar e elaborar teorias sobre o plot central que move a história. Arrisco a dizer que me sinto enrolado com as divagações que ocorrem nesses livros.

A narrativa de um livro de espionagem já é bem diferente. O foco é quase 100% no desenvolvimento do plot, não dando uma importância maior, algumas vezes, às subtramas. O leitor recebe a todo momento uma pista que o leva a pensar furiosamente, junto com o personagem principal da história, afim de desvendar o caso apresentado. E quando descobrimos algo crucial, outro acontecimento importante surge e novos elementos são adicionados à narrativa, fazendo com que a história siga em frente. E essas coisas estão fantasticamente mostradas em O Espião.

A história do livro se desenvolve a partir de um homicídio configurado como suicídio de uma das grandes mentes responsáveis pelas tecnologias de construção e melhorias de couraçados. Couraçados são navios de guerra fortemente blindados e armados com artilharia de longo alcance e calibre existente.. Quando o investigador Isaac Bell entra em cena a pedido de Dorothy Langner, que não acredita que seu pai se matou, ele descobre que há um esquema muito maior por trás daquela primeira morte.

Os autores conseguiram passar todo o ambiente de 1908 de forma crível. Conseguimos visualizar a grandiosidade dos navios, os estaleiros, as ruas escuras da cidade e os salões de festas daquele tempo como se fossem uma lembrança nossa. Apesar da ação se manter constante - não há uma página que não seja de importância para a história -, ela não cansa. O que apenas a princípio parece um jantar romântico, é um meio de obter informações preciosas. A única coisa que eu não gostei foi o fato do nome das ruas terem sido mantidas em inglês. Não é todo mundo que conhece os ordinais ingleses. Assim, preferia que tivessem traduzido "7th Avenue" para "7ª Avenida", "42nd Avenue" para "42ª Avenida".

A diagramação do livro segue o padrão da editora. A capa tem muito a ver com a história e transmite um pouco desse clima de espionagem e da ambientação da história. Recomendo esse livro para todas as pessoas que gostam de uma história bem escrita, envolvente e movimentada. É um livro que funciona para todos os públicos; mesmo as mulheres se sentirão envolvidas com as aventuras de Isaac Bell.

"– Mas a tragédia do suicídio – interrompeu Van Dorn – é que a vítima não vê outra saída em relação a algo que não consegue suportar. É a morte mais solitária."
Pág. 27.

Leia essa e outras resenhas no blog: http://ocapitulodolivro.blogspot.com.br/
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stsluciano 22/06/2012

Para começar, nos romances policiais, considero os detetives tão ou mais importantes que o enredo. Construa um detetive chato e eu não o lerei. Cada detetive tem que ter um charme especial, algo que o faça diferente em um universo de colegas de profissão que habitam a literatura policial, e, neste ponto, Isaac Bell, o protagonista de “O Espião”, se sobressai, pois é diferente da maioria deles. Estou acostumado com os detetives clássicos do noir, como Philip Marlowe, caras do tipo que adoram um trago e vendem o almoço para ter o que comer no jantar, coisas assim. Isaac Bell é o oposto. Ele toma champanhe, ele nada em dinheiro, ele dá gorjeta de 10 dólares em moedas de ouro lá nos idos de 1900 e pouco. É algo que foge a realidade que o gênero policial – e também de espionagem – sempre representou para mim; e só recebemos uma explicação disto, tanto dinheiro em um bolso só, em um diálogo para lá da metade do livro.

Claro que Bell é sedutor como todos os bons detetives devem ser – exceto Poirot, que não é média para ninguém, pois é incomparável – mas até mesmo essa beleza loura estonteante incomoda. Culpa do autor? Claro que não, foi apenas uma questão de eu me habituar ao cenário que me era oferecido. Acostumado com a Los Angeles úmida nas madrugadas, e bares escuros e cheirando a bebida barata, os salões de grandes hotéis e vagões-restaurantes de trens luxuosos me assustaram um pouco, mas, admito, combina perfeitamente com um livro onde a espionagem é tema principal. Bell é diferente de seus colega, e tudo o que é diferente assusta um pouco.

Mas o livro é muito bem construído, tem um vilão diabólico como poucos, inteligente, sagaz, e dez passos à frente do destemido detetive durante quase todo o tempo. Ele não tem um rosto, mas sua presença é tão marcante que você começa a conjecturar quem ele é, e acaba percebendo que a dupla de autores dispôs o texto, e contou sua estória de tal forma que ele pode ser qualquer um, exceto o próprio Isaac Bell. Poderia até mesmo ser a bela diretora de cinema, namorada de Bell. Mas, se há uma coisa que Cussler e Scott não são, são óbvios.


Mais no blog: http://www.pontolivro.com
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P. M. Zancan 30/04/2012

Os EUA a beira de um conflito sem precedentes...
O Espião, lançado recentemente pela editora Novo Conceito, apesar de ser o primeiro publicado no Brasil sobre o detetive Isaac Bell, é o terceiro de uma série sobre este detetive. Isto, contudo, não traz qualquer problema ao leitor. Como em “O Código Da Vinci”, de Dan Brown, os personagens são descritos do zero, tornando desnecessária a leitura prévia dos livros anteriores, assim como fatos e referências abordados (presumivelmente) nos livros anteriores, são explicadas.

De inicio, devo reconhecer que este livro me surpreendeu, mas não do modo como imaginei. (...) diferente de Sam Spade (de “O Falcão Maltes”), Isaac Bell, com seu terno branco e seus cabelos e bigode loiros, é apresentado como elegante, abastado, bem instruído (reflexos de sua genealogia), forte, destemido e fiel a sua noiva, a cineasta Marion Morgan. Em resumo, um “herói perfeito”. A agência de detetives de que faz parte, diferente do humilde escritório de Spade, é um conjunto de escritórios impecavelmente equipados e espalhados por praticamente todos os cantos dos EUA. Tal estrutura é justificada devido aos serviços de investigação prestados pela agencia de detetives Van Dorn ao governo, antes da formação do FBI (em julho de 1908).

O livro inicia, em março de 1908, com (...) um assassinato, “camuflado” como suicídio, de um cientista americano, (...) orquestrado pelo “Espião”. (...) A seguir, a filha deste cientista contrata a agencia Van Dorn para investigar o suposto “suicídio” e, se possível, desmenti-lo. Ate aí, imaginei que seria uma estória ao estilo “Columbo” (onde previamente se conhece o assassino e seus motivos, mas não como o detetive desvenda o caso), mas a estória é mais complexa.

O Espião asemelha-se ao “Código Da Vinci”, que intercala trechos referentes ao investigador com os referentes ao vilão, seus capangas e cúmplices. Este estilo de narrativa facilita o acompanhamento da estória pelo leitor. Mas o autor acaba se precipitando e expõe não só detalhes que levam a resolução prematura de certos mistérios como acaba por revelá-los antes mesmo que Isaac consiga encontrar pistas que o direcionem para tal conclusão. Um problema desta “anciosidade” do autor é que o mistério se esgota rapidamente, se o leitor for atento.

(...)

Este livro pode não ser o melhor exemplo de estória policial, mas é uma excelente estória de aventura histórica. (...) Perseguições e violência, em uma investigação a margem de policiais corruptos e em áreas urbanas alheias a lei, guiam Isaac Bell ao exótico mundo da espionagem internacional, enquanto procura convencer a si mesmo que não se trata de um complô internacional, mas a busca de “um assassino”.

(...)

Resenha completa está em:
http://ladyweiss.blogspot.com.br/2012/04/resenha-de-o-espiao.html

P. M. Zancan
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