MamaLivros 18/04/2024
"Cause tramps like us, baby, we were born to run"
Que leitura sensacional, eu simplesmente amei como a história é narrada, ela é em terceira pessoa e mostra o ponto de vista de vários personagens, muito bom de acompanhar.
Gosto como o autor desenvolve os personagens e como ele constrói uma personalidade e história diferente para cada os 42 estudantes (Confesso que não me confundi, porque eu anotei um pouco sobre cada estudante para não me perder).
As cenas de violência são relativamente pesadas, no meu caso, não pude deixar de contrair o rosto várias vezes ao longo da narrativa. Se você tem uma imaginação potente e não gosta de gore, não recomendo não.
A construção do mundo e das regras do jogo são fantásticas, elas transmitem muito bem a sensação de se sentir preso e monitorado, conforme o jogo era explicado, maior era a sensação de desesperança que me invadia, não conseguiria me imaginar em uma situação assim, em um país tão opressor quanto esse.
Apesar de tudo que eu amei no livro, uma coisa me incomodou, é a forma como o autor, na minha concepção, não soube escrever jovens de 15 anos. Com todo o respeito, não sei se sou só eu, mas criança de nono ano não tem a cabeça tão evoluída não, ele poderia ter colocado eles mais velhos.
Tem um moleque em especifico que é simplesmente Jesus de tão foda que ele é, nessas horas eu só ficava "ah mona, então ta". Mas vou dar aquela passada de pano, porque o livro provavelmente ficaria menos interessante, não haveria diálogos interessantes e combates tão frenéticos.