A morte de Ivan Ilitch

A morte de Ivan Ilitch Leon Tolstói




Resenhas - A Morte de Ivan Ilitch


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Victor 04/01/2021

Morte ainda em vida ?
Após bastante tempo ouvindo falar sobre a literatura russa e sua complexidade, resolvi iniciar o ano por ela. Posso dizer que foi uma experiência enriquecedora.

A narrativa se inicia a partir da morte do personagem principal Ivan ilitch, em seguida recapitulando sua vida e últimos momentos bem como sentimentos.

O ponto chave da obra,na minha opinião, fica por conta das reflexões nada superfíciais acerca da morte e o "processo" de morrer. Desde quando ele se dá conta de que realmente está fadado a morte, assim como todo ser humano, bem como ao não conseguir mais afastar tal pensamento como naturalmente fazemos, além disso os estágios seguintes e a forma que sua visão das pessoas ao redor muda é fascinante.

Ivan viveu uma vida em prol de aparências e padrões sociais, o que no final não se mostrou satisfatório, o que nos leva pensar se o que fazemos é por nós mesmos ou pelos outros.
João 04/01/2021minha estante
Sou doido pra ler




Thamiris.Treigher 28/12/2022

Magnífico!
Como você se sentiria sabendo que a qualquer momento vai morrer? O que faria se soubesse que está vivendo seus últimos dias?

Como o título já antecipa -- não se trata de spoiler -- o livro fala sobre a morte de Ivan Ilitch. Ou melhor, sobre como sua vida muda quando ele descobre que vai morrer em breve.

Mergulhamos profundamente nesses dias angustiantes de Ivan Ilitch, em todo o seu processo no período que antecede sua morte. É espetacular a forma como Liev Tolstói conduz a narrativa, com diversas camadas, com o processo mais íntimo do protagonista. Adentramos em todos os seus pensamentos, sentimentos, angústias, dores e reflexões sobre a vida e, claro, sobre a morte.

Ao tratar tão imersivamente sobre a morte, o livro nos fala, ao mesmo tempo, sobre  importância da vida e sobre vivê-la de maneira verdadeira, sem que sintamos arrependimentos no final da nossa jornada.

Tolstói abre nossos olhos a respeito de como conduzimos nossa rotina, nossas relações, nosso trabalho, nossos amores. Sentimos tudo com a mesma intensidade de Ivan Ilitch, morrendo e vivendo com ele.

Que livro ESPETACULAR!
Carolina.Gomes 29/12/2022minha estante
Minha porta de entrada ao universo de Tolstoi. Um dia vou reler essa obra prima.


Thamiris.Treigher 03/01/2023minha estante
Muito bom!!




Fla 29/09/2023

Venho há um tempo tentando consumir literatura russa. Na verdade, tenho procurado diversificar mais a minha leitura, não apenas no que se refere a gênero, mas também sobre o país de quem escreve. Logo, quando li a sinopse, decidi que era um boa começar por Tolstói.

A gente já sabe o que vai acontecer com Ivan Ilitch, não é surpresa, mas o fato de acompanhar a vida dele até chegar no fim nos angustia um pouco. Em diversos momentos, me peguei pensando em como o fim pode ser triste e solitário.

Quanto mais eu lia, mais tristeza eu sentia, não só pela saúde de Ivan Ilitch, mas também pela jornada dele até aquele momento e, principalmente, pela relação que ele mantinha com as pessoas ao seu redor. Todas as relações pareciam seguir um protocolo, com ausência de afeto e empatia.

O livro nos faz refletir sobre a morte, e esse não é um tema fácil, mas é importante que possamos nos abrir para ele de maneira honesta.

Eu li pela edição da Antofágica e preciso dizer o quão incrivel foi. A edição tem ilustrações ótimas, que enriquecem a história e conta com textos que nos ajudam a entender melhor o período em que o livro foi escrito. Fiquei realmente encantada com o capricho da Antofágica e quero ler mais livros publicados pela editora. Aliás, para a nossa sorte, A Morte de Ivan llitch, nessa edição primorosa, tá disponivel no Kindle Unlimited.
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Pepe 13/09/2010

Me parece impossível ler este livro e não olhar a vida - e a morte - com outros olhos.
Me lembrou a história do Big Earl do filme Magnólia. De como é cruel só na iminência da morte se perceber que durante toda a vida se foi dado valor às coisas sem importância, negligenciando-se aquilo que realmente tem valor e, justo nesse momento tão delícado que é a espera da morte, se serem jogados na cara todos os erros cometidos.
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Patrick 30/03/2020

Fenomenal
O sentido da vida para Ivan Ilitch estava nas suas conquistas pessoais e materias: uma boa carreira e posição social, uma bela casa, uma família respeitável, boas roupas e comida. A doença e decadência física o obrigam a repensar o sentido não só da vida, mas da morte.
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Diana Garcia 17/01/2022

Foi muito agoniante ver o processo de morte do Ivan, o modo como o escritor passa o sofrimento do personagem é muito forte, não esperava muito desse livro, mas me surpreendi.
Dinho.Evangelista 17/01/2022minha estante
Me surpreendi bastante com esse livro tb.


Su 17/01/2022minha estante
A escrita do Tolstoi é maravilhosa e nesse acho muito angustiante como ele retrata não apenas a morte, mas os sentimento e moções sobre a vida. Tornou-se os dos meus favoritos.


Diana Garcia 17/01/2022minha estante
Simm, a escrita dele é muito boa, e eu sempre evitei por achar que seria entediante ou algo do tipo, mas tomei coragem pra ler esse, e foi a melhor coisa que fiz.




Fernando.Araujo 22/05/2022

A perspectiva da morte
Nesse clássico russo, temos uma básica, mas completa visão das perspectivas da morte. Talvez seja isso que surpreenda tantos leitores com seu texto verdadeiro e sincero. Para mim, que talvez já tenha presenciado a morte mais de perto, não me pareceu novidade ou inovador, apenas um texto bem escrito e articulado. As intrigas costumeiras, o sentimento de tristeza, de normalização, de entrega à morte são bem trabalhados e interessantes nesse contexto. Acredito que sua linguagem básica e fluida ajude a ingressar nessas reflexões e dilemas.
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Lud 03/01/2022

?Talvez eu não tenha vivido como deveria?
A morte de Ivan Ilitch é o retrato de um homem comum, trabalha diariamente, cumpre suas funções de marido e pai, joga com os amigos nas horas vagas, dá festas e atende todos os pré-requisitos da alta sociedade russa, porém, depois de um acidente banal, o protagonista encontra-se cara a cara com a morte.

Além do óbvio, a novela de Tolstói é sobre mudança de perspectivas, é sobre entender sua cruel realidade após finalmente encontrar um distanciamento desta. Ivan Ilitch só percebeu a banalidade de sua trajetória quando colocou-se como espectador de sua própria vida e contemplou a falta de sentido e felicidade que nela havia. A real reflexão que o autor nos traz com tudo isso é: será preciso uma mudança de ponto de vista tão drástica quando a de Ivan para que nós, leitores, percebamos se estamos vivendo uma vida pela qual vale a pena morrer?

Essa foi a primeira obra da literatura russa que eu li, especialmente por causa do tamanho, mas ela não falhou em me trazer uma série de crises, questionamentos e reflexões como se é esperado de autores russos. Liev Tolstói soube mexer exatamente no meu ponto fraco nos últimos 3 capítulos da novela, ali a solidão e o desespero do Ivan tornam-se ainda mais palpáveis.

Pensei que não tinha sentido tanto o propósito do livro, porém depois de ler as resenhas e reler alguns trechos, mais do que nunca? eu me encontrei com as mesmas preocupações que Ivan Ilitch (mesmo que eu só tenha 17 anos, mas aí já é outra história). A novela é incrível e, até certo ponto, perturbadora, recomendo a leitura, principalmente para quem, como eu, quer começar a ler literatura russa, contudo, cuidado com as crises existenciais!!!
Andressa 03/01/2022minha estante
Eu comecei e até hoje não terminei haha talvez eu volte


Lud 03/01/2022minha estante
demorei 3 meses pra ler kkkkkk, mas vale muito a pena insistir na leitura!!


Andryos.Lemes 03/01/2022minha estante
Também foi meu primeiro da literatura russa. Realmente abalam as nossas emoções. A minha sensação ao ler foi ter morrido junto com o Ivan.




Gabriel Hudson 23/11/2021

Ivan está morto já nas primeiras páginas...
... aliás, na capa, mas é no decorrer da história que essa morte vai encontrar seu desfecho.

A morte do juiz que ocupa invejável posição no tribunal é surpreendentemente precedida de outras mortes: morrem as forças, morre o prestígio, morre a admiração, morrem as aparências, morrem as frivolidades e enfim, morre a hipocrisia.
Os gritos que perpassam a história não são os gritos de um homem que sofre de fortes dores, são na verdade os gritos da aparente vida perfeita que assim insiste em se manter.
Quem esta morrendo não é apenas Ivan, é toda a vida que não se soube viver e por isso a morte dói, porque o brilho do tesouro só se revela quando ele já não lhe pertence.
Essa é a história de um homem que precisou da morte para saber que vivia da maneira errada. É um alerta aos vivos e um louvor aos mortos. Aos vivos que vivam, aos mortos que vivam como a morte lhes permitir.
Quando todas as aparências da vida de Ivan Ilitch morrem, ele percebe que a vida não está terminanda, só está começando. Não é a morte que chega, é a libertação que vem logo.
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Giovanna1242 28/06/2020

"Eu não existirei mais, o que existirá então? Não existirá nada. Onde estarei então, quando não existir mais? Será realmente a morte? Não, não quero."

"Cometeu na Faculdade algumas ações que, antes, pareciam-lhe grande ignomínia e que suscitaram nele asco por si mesmo, no momento em que as cometia; mas, percebendo ulteriormente que essas ações eram cometidas também pelas pessoas altamente colocadas e não eram consideradas por elas como ações más, não é que ele as tivesse considerado boas, mas esqueceu-as de todo e não se entristecia um pouco sequer ao lembrá-las."
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Duda.Anjos 01/07/2021

?Talvez eu não tenha vivido como é preciso?.
Esse foi meu primeiro livro de Tolstói e também o meu primeiro contato com a literatura russa. Antes de comprá-lo, resolvi pesquisar e tudo me levou a crer que seria uma leitura intensa. Ouvi dizer, principalmente, quão profundos são os escritores russos e, agora sim, devo concordar.

?Do incompreensível, do imensurável, poucos autores são capazes de destilar alguma lucidez. Tolstói o faz neste livro com tal maestria que nós, seus leitores, sentimos por um instante a possibilidade de alcançar a mesma clareza, de apreender o inapreensível: de entender a morte, a um só tempo própria e alheia. Na morte de Ivan Ilitch todos morremos.???
? Julián Fuks

Minha conclusão ao fim da obra foi: a morte não promove o medo, pensar na morte, sim!
Ivan Ilitch é um homem que fugiu de sua própria vida. A essência da vida foi jogada para baixo do tapete enquanto as futilidades tomavam conta de sua atenção. Apenas ao se dar conta de que estava cara a cara com ela (a morte), sem poder fugir, Ivan Ilitch se viu obrigado a pensar nela. E pensar na morte, é pensar na vida. E dessa ele se escondeu, porque sua covardia era maior do que tudo. No fim, tudo que restava era a angústia de uma vida perdida e de uma certeza inevitável. De fato, quem pensa muito na morte aproveita mais o tempo que tem.
Esse livro é um espelho. Projetar-se no protagonista é refletir se está realmente vivendo a vida que lhe foi dada.
rebeca 02/07/2021minha estante
arrasou! fiquei com muita vontade de ler


Duda.Anjos 02/07/2021minha estante
Leia sim, Rebeca! É maravilhoso, pode confiar??


Luan 02/07/2021minha estante
????????


Ester 02/07/2021minha estante
Eu amei!!


Duda.Anjos 02/07/2021minha estante
Que bom, Ester, muito obrigada??




Gustavo195 22/01/2023

Carpe Diem
"Ele começou a repassar em sua mente os melhores momentos de sua vida, mas, coisa estranha, tais momentos não lhe pareciam agora tão agradáveis, salvo as recordações da infância. Na meninice sim havia algumas coisas verdadeiramente prazenteiras que gostaria que se repetissem, se pudesse viver outra vez, mas aquele menino estava morto."

Apesar da atmosfera fúnebre, este não é um livro sobre a morte, mas sobre a vida. 
Ivan Ilitch é um funcionário público do judiciário russo que vive uma vida extremamente medíocre. Totalmente influenciado e guiado pelas convenções, Ivan se formou por conveniência, se casou por conveniência, teve seus filhos por conveniência e viveu uma vida conveniente ao que a sociedade esperava dele, não dando muita importância às suas ambições legítimas. Em razão disso, Ilitch teve uma vida vazia, e só se deu conta disso quando adoeceu. Caminhando lentamente na estrada em direção à morte, o juiz compreende o óbvio, por fim: a vida é para ser vivida.

Não esperava que esse livro fosse me agradar tanto, apesar da atmosfera funesta e o ambiente sepulcral que permeia a leitura, Tolstói deu seu jeito de tornar a experiência confortável. É uma leitura calma, sem muita - ou nenhuma - reviravolta ou momento de tensão. É uma descrição delicada da vida e da morte de uma pessoa que perdeu sua vida tentando agradar as convenções sociais. Um manuscrito de advertência para aproveitar mais a vida, já que a morte é a nossa única certeza.
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Aline Casellato 09/09/2020

Lição para a vida
Primeira obra que li de Tolstói e me interesso por mais.
Esse é um pequeno grande livro: em poucas páginas nos coloca para refletir um tabu da modernidade: a morte.
Engraçado como mesmo tantos anos depois esse livro é tão atual.
Pra mim a lição que fica é que nossa vida é um ciclo, e que somos frágeis. Devemos viver de forma completa, felizes conosco, com nossas escolhas e tudo que construirmos. E no final a verdade é que estamos sozinhos. Acabamos por não ser nada: uma hora estamos aqui e logo em seguida já não estamos mais, restando somente uma casca mundana.
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@resenhandooslivros 09/05/2021

Tolstói deixou sua marca no mundo.
Assim que eu comecei a leitura fiquei pensando ?como um livro de mais ou menos 70 páginas vai impactar na minha vida do jeito que todo mundo fala??

Mas veja bem, impactou. Durante essa obra de Tolstói você vai conhecer um pouco sobre a vida de Ivan Ilitch, a qual, diga-se de passagem, foi bem medíocre. Se você for olhar para si mesmo agora, não vai encontrar um Ivan dentro de si? Se a morte batesse na sua porta agora, você acha que viveu? REALMENTE viveu?

Esse livro vai te levar a uma reflexão sobre vida e morte de uma forma absurda. As vezes nos preocupamos tanto com futilidades que esquecemos de olhar para a felicidade nas coisas pequenas. Todos nós temos um Ivan dentro da gente. Queremos seguir alguns padrões, fazer certas coisas para nós encaixar e por aí vai.

Mas agora eu te pergunto, você está vivendo a vida que realmente quer? Quando estiver no leito da morte, a marca que você deixou no mundo vai ser suficiente? Vai além de dinheiro e coisas supérfluas?

Deixo aí a minha indicação de leitura obrigatória. Não tem como ler essa obra sem refletir sobre a sua existência.
Cami Nogueira 10/05/2021minha estante
Me convenceu, agora quero ler ??


Leo 02/02/2022minha estante
Maria, você por aqui? Fiquei com ainda mais vontade de ler!!!




Juliana.Rissardi 28/07/2020

Duas mortes
Esse livro pede pra pensarmos no que fazemos da nossa existência, com o que nos preocupamos e com o que perdemos nosso tempo. Morrer lentamente em vida, talvez seja pior que a própria morte.Bem aquela típica pergunta: Se vc voltasse a ser criança e pudesse ver o futuro,você gostaria de ser o adulto que se tornou ? Ivan Ilitch , com uma vidinha esperada pela sociedade, sem sal e sem açucar, se arrepende de tudo o que fez e do que não fez, como desperdiçou seus dias vivendo com pessoas que não o faziam feliz, e de suas escolhas, mas quando ele se dá conta disso, ele já está morrendo. É hora de se deitar, olhar para o teto e refletir.
Gabriel Farias Martins 28/07/2020minha estante
Assisti uma resenha sobre esse livro faz pouco tempo
Aguardo ansioso uma chance de ler ele!


Juliana.Rissardi 28/07/2020minha estante
Esse livro foi ótimo! E é pequeno, da para ler rápido.


Gabriel Farias Martins 28/07/2020minha estante
Comprarei o mais breve possível:D




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