Cruzando o Caminho do Sol

Cruzando o Caminho do Sol Corban Addison




Resenhas - Cruzando o Caminho do Sol


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@ARaphaDoEqualize 14/10/2012

[RESENHA] Cruzando o Caminho do Sol
RESENHA ESCRITA PARA O BLOG http://equalizedaleitura.blogspot.com.br/ PROIBIDA COPIA TOTAL OU PARCIAL!

Sita e Ahalya vivem com seus pais na Índia. Elas são felizes, sua família é rica e elas vivem muito bem. São amadas e queridas. Mas tudo isso muda quando um tsunami leva embora tudo delas: sua casa, suas roupas, as pessoas que trabalhavam para seus pais... e levam eles também. Perdidas e sem saberem o que fazer, embarcam na tentativa de encontrar um amigo de seu pai que poderia ajuda - las... No entanto, elas não deveriam confiar em qualquer pessoa. No auge de seu desespero, as meninas vem sua inocência ser perdida quando são vendidas para o mercado negro da Índia e separadas. Cada uma vai ter sua dose de sofrimento e revolta. E nunca vão saber se seus destinos se cruzarão novamente.

Do outro lado do mundo conhecemos Thomas Clarke que está com sérios problemas pessoais, tentando reconquistar sua esposa e decaindo no seu trabalho. Quando aparece a oportunidade para trabalhar em uma ONG na Índia que luta contra o tráfico de humanos, vê seu destino se cruzando com os das duas irmãs. E conhece também o lado obscuro das ações humanas.

- Você não está aqui porque eu sinto prazer no comércio sexual. Você está aqui porque existem homens que gostam de pagar por sexo. Eu sou apenas o intermediário. Alguns homens de negócios vendem objetos. Outros vendem conhecimento. Eu vendo fantasias. É tudo a mesma coisa.


OK *respira fundo* Eu chorei com o livro. Sabe aqueles livros que entram para o clube dos únicos, exatamente por serem isso? Então, Cruzando o Caminho do Sol é o típico exemplo. Eu gosto muito desses livros que falam sobre sofrimento e tragédias. Mas ao mesmo tempo eles me chamam a atenção, por que eu conheço uma história diferente e sei quantas pessoas pelo mundo sofrem com aquele mesmo problema. E sempre cresce a vontade gritante de poder fazer alguma coisa para ajudar, pra fazer a diferença. Principalmente se esses problemas forem relacionados a mulheres. E o Corban traz exatamente isso. A temática me lembrou muito de Cidade do Sol do autor Khaled Hosseini. Mulheres que moram em países onde não são respeitadas e que sofrem desde que nascem simplesmente por serem... mulheres. São abusadas, desmerecidas, ignoradas.

O Corban criou uma história forte, emocionante, trágica e muito verdadeira. Quando eu pensava: 'Meu Deus, agora tudo irá se resolver!' sempre dava uma reviravolta na história. Eu li calma, pacientemente, absolvendo cada palavra, cada frase. Sofrendo junto e separadamente com a Sita e Ahalya e querendo lutar ao lado do Thomas. Eu me senti enojada com o que li, impotente, fraca com a narrativa de cenas fortes. Mas quando eu cheguei no final tudo se encaixou tão perfeitamente que eu respirei em alívio e emocionada. Eu sei que uma história ficcional, mas eu parei pra imaginar: quantas pessoas passaram por algo semelhantes? Foram afastadas das pessoas que amavam e violentadas?

Agora eu não conseguirei buscar o trecho exatamente, mas tem uma parte no livro que o Thomas pergunta para as pessoas que já trabalham na ONG a algum tempo os motivos para eles continuarem ali, se tudo parecia ir contra eles. A resposta é que eles não podem desistir só por que a polícia ou as pessoas com poderes não ajudam. Tinham que fazer o trabalho deles e era isso que eles faziam. Não iam desistir. E eu chorei mais ainda.

- Atualmente temos 25 meninas (...) Todas menores de idade.

- Eu não quero parecer cínico - interrompeu Thomas -, mas existem milhares de prostitutas menores de idade nesta cidade. Duas dúzias não parecem muita coisa.

- Uma vez, alguém perguntou à Madre Teresa como ela lidava com a pobreza mundial. Sabe o que ela respondeu? Você lida com o que está na sua frente.


Cruzando o Caminho do Sol é o tipo de leitura que nenhuma resenha, nenhum comentário, nenhuma palavra irá conseguir definir a primorosidade da obra. Você precisa sentir para conseguir entender. Eu li o livro no começo do ano, mas me marcou profudamente: por sua temática, por seus personagens, pela escrita. É totalmente irresistível, um belo exemplo de sobrevivência e amor incodicional, banhado com um pouco de tragédia e irreconhecível desespero. O melhor é saber que essa mistura resulta em um livro tão singular.
@ARaphaDoEqualize 14/10/2012minha estante
Oie Marli! Muito obrigada pelo comentário! Em poucas palavras você conseguiu resumir muito bem tudo que eu senti tbm e que talvez não tenha passado na resenha :*




Ju 22/01/2013

Cruzando o Caminho do Sol
Cruzando o Caminho do Sol trata de um assunto muito delicado e doloroso: o tráfico de seres humanos. É um livro que mexe com a gente. Eu me senti uma inútil por não estar fazendo nada a esse respeito.

O livro conta a história de Sita e Ahalya, duas irmãs que vivem na Índia, com os pais e a avó. Têm uma vida sossegada, ao lado do mar. Até que um tsunami atinge a região em que vivem. As meninas perdem sua família, mas conseguem entrar em contato com o colégio que frequentam. Lá, estão dispostos a acolhê-las, só que para isso elas precisam chegar até o lugar, que fica em outra cidade. Sem parentes, sem dinheiro, sem amigos, as garotas caminham até a cidade vizinha para tentar conseguir um meio de transporte.

Encontram um conhecido de seu pai, e pedem ajuda a ele. É quando começa o martírio que elas passam. São vendidas pela primeira vez. O que se espera delas? Que se tornem prostitutas (ou beshyas, como são chamadas por lá). A mente das garotas é constantemente trabalhada para que aceitem seu destino, e se resignem com a situação, com falas como as seguintes:

"Não adianta lutar contra o seu carma. Aceite a provação que Deus impôs e talvez você renasça em um lugar melhor."

"O desejo é meu inimigo. O desejo pelo passado, pelo futuro, por um amor, por uma família. Por tudo. Uma beshya tem que se desapegar de todos os sentimentos e aceitar seu carma."

Felizmente as personagens principais são pessoas fortes, que não se esquecem em momento algum de quem são. Fazem o necessário para sobreviver, mas apenas para que possam continuar lutando para um dia reconquistar sua liberdade.

Ela seguiu as instruções da mulher e construiu dentro de si uma blindagem contra o sofrimento. Instintivamente, ela compreendeu que demonstrar fraqueza serviria apenas para promover novos abusos.

O livro passa-se inicialmente da Índia, mas depois o cenário muda, incluindo a América do Norte e a Europa nos acontecimentos. Acompanhei, boquiaberta, a rota do tráfico de seres humanos, e pude conhecer várias facetas dele. Aterrorizante.

"Não quero ser pessimista. A guerra pode ser vencida. Mas não colocando os traficantes atrás das grades. O tráfico vai acabar quando os homens deixarem de comprar mulheres. Até lá, o melhor que podemos fazer é vencer uma batalha de cada vez."

No fim, tudo se resume à velha lei da oferta e da procura. Sem demanda, não há oferta. Mas a procura é grande. Triste fato, mas real.

Acredito que Cruzando o Caminho do Sol não possa ser encarado simplesmente como um livro de ficção. A meu ver, está mais para um documentário do tráfico de seres humanos, embora utilize uma história de fundo para cumprir seu papel. Um livro que tem algumas partes felizes, mas que não traz de forma alguma uma história bonitinha.

Sim, eu sempre soube da existência do problema. Mas nunca com tantos detalhes. Apesar de uma leve mensagem de esperança, o livro é um tanto quanto deprimente. Leia quando estiver bem.

Postada originalmente em: http://entrepalcoselivros.blogspot.com.br/2012/08/resenha-cruzando-o-caminho-do-sol.html
Leilane 14/02/2013minha estante
Pena que só ganhei o livro no segundo final de semana da Bienal, acabei ficando sem autógrafo e foto com o Corban. Estou muito curiosa para ler, com o pouco de receio em relação a temática, mas acho que será um excelente aprendizado.
Beijo!


Lua 01/03/2013minha estante
Esse tema mexe com qualquer um, deve se ter uma mente muito perversa para fazer isso com outras pessoas. O livro já me chamou atenção pelo tema, e parece ser muito bem escrito, adoraria lê-lo também.


Adriane Rod 01/04/2013minha estante
Eu quero muito ler esse livro, e até coloquei na minha lista de desejados.

Esse assunto do tráfico é muito série e eu quero ter mais conhecimento.

;)

http://pseudonimoliterario.blogspot.com.br/


Thaís 12/04/2013minha estante
Parece bem interessante, não sei se é cansativo mas axo que eu iria gostar! Precisamos cada vez mais saber sobre a nossa realidade e que o mundo n é um conto de fadas!


Baah 14/04/2013minha estante
bem intrigante esse livro, gostei demais do toque misterioso da capa , narrativa boa! um otimo livro


Dani 16/04/2013minha estante
Eu acredito 100% que a história é boa mas acho forte demais pra mim... fico deprimida quando leio algo assim =/




Rodrigo 05/07/2020

Fantástico!
Uma envolvente narrativa e com muita tensão envolvida. Corban Addison nos apresenta o submundo podre do tráfico humano nos fazendo refletir sobre todas as vidas que foram maculadas por ele e as consequências da busca pelo prazer, mesmo que cause sequelas e morte em um indivíduo. Ao mesmo tempo que a história é pesada, o texto se desenvolve de maneira flúida e cativante nos mostrando um pouco da vida de cada personagem que são muito bem desenvolvidos.
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Janaina.Granado 17/05/2013

Cruzando o Caminho do Sol
Ao começar a leitura desse livro pensei: por quê não li esse livro antes?

Por causa da novela "Salve Jorge" o tema tráfico de pessoas está em alta, e o livro retrata a história de duas indianas que foram traficadas.

Ahalya com dezessete anos e Sita com quinze anos, duas jovens de família de classe média alta, estudam em colégios bons, o pai sempre fez de tudo por essas meninas, dando a melhor educação, até que uma terrível tragédia acontece levando consigo a família das garotas e seus sonhos.

Elas se vêem sozinhas, sem saber o que fazer e em quem confiar. Nesse nosso mundo não devemos confiar em palavras bonitas e falsas promessas. As meninas são levadas a um bordel e a partir daí começa toda a história de horrores, tristezas, descrenças. As meninas sofrem demais. Um fato que me chamou a atenção foi que por serem indianas, tudo para elas se tratava de "karma", estar passando por aquelas situações era o "karma" da vida delas, e elas não podiam reclamar, apenas aceitar o "karma" da vida.
Foi por pensarem dessa maneira que as duas tiveram forças durante momentos terríveis.

As emoções que eu sentia ao ler eram diversas, vontade de chorar, de matar, raiva, muita raiva, medo, desprezo, e pensar que não é uma história que existe apenas no livro, isso está na vida real e no mundo todo, todos os dias tem garotas sofrendo com o tráfico, um crime que é mantido em silêncio, que ninguém vê ou acredita que exista de fato. Espero que com a novela e com os livros, esse assunto seja mais abordado e combatido, e que as autoridades cheguem cada vez mais perto de acabar com esse crime hediondo, que faz muitas e muitas vítimas.

O livro é contado mesclando as histórias das indianas e também de Thomas, um advogado renomado que trabalha em uma super empresa, mas que está insatisfeito com a vida que leva, por conta de se dedicar demais ao trabalho e a empresa, acabou perdendo sua esposa, ela não aguentou a "barra" de viver praticamente sozinha, era casada mas quase não via seu marido, mesmo o amando muito, ela decidiu voltar para junto de seus pais na Índia.

Muitas coisas aconteceram na vida de Thomas depois que sua esposa o deixou, ele se viu totalmente perdido, até no seu trabalho onde tudo era "perfeito" as coisas começaram a desandar. Ele recebe uma proposta para mudar de ares, tirar férias ou trabalhar em uma ONG.

Resolve aceitar uma dessas propostas, sendo assim ele vai para a Índia em busca de novos ares, e está disposto a reconquistar sua esposa Prya que está na Índia, sendo assim muitas águas vão rolar. Essas duas histórias irão se entrelaçar.

Corban nos faz mergulhar em um romance belo e comovente, nos leva a um mundo desconhecido, a escravidão moderna. Esse livro me surpreendeu, jamais imaginei que pudesse ser tão bom, por se tratar do primeiro romance do autor esperava que fosse algo mais simples, mas não, Corban foi a fundo em sua pesquisa, e ele não nos priva de nada em seu romance, nos conta realmente como as coisas acontecem sem poupar detalhes. Um livro para ler, reler e refletir.

Recomendadíssimo, o melhor livro que li em 2012, e com certeza ficará em minha memória por muito tempo. Difícil esquecer uma história tão bem escrita, onde a felicidade nos parece algo impossível.

Mais Resenhas em : http://livrospuradiversao.blogspot.com.br



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Ana Ferreira 22/03/2012

Uma história de fraternidade universal
"Para as milhares de pessoas mantidas em cativeiro pelo tráfico sexual.
E para os homens e as mulheres do mundo inteiro que, com seu trabalho heroico, lutam incansavelmente para conquistar sua liberdade."

Uma das possibilidades mais louváveis que a Literatura nos permite é a capacidade de viajarmos por todo o mundo, de transcendermos culturas e costumes dos mais distintos povos, vindos de todos os cantos do planeta. Em Cruzando o Caminho do Sol, mais uma vez, fui de encontro a uma Índia de tradições milenares e uma rede de crimes assustadores contra o ser humano que marcam a trajetória das duas irmãs protagonistas, Ahalya e Sita.

Corban Addison utiliza-se, como pontapé inicial, do tsunami que assolou o sudeste da Ásia no ano de 2004 para dar vida a uma história fictícia, mas que poderia e pode estar ocorrendo com qualquer garota indiana ou de todo o mundo neste exato momento. Ahalya e Sita, sua irmã caçula, vêm de uma família de classe média indiana e moram na costa do país: levam uma vida cômoda e tranquila ao lado de seus pais e da avó, que as apoiam em sua educação e em qualquer coisa necessária, até o momento em que a grande onda se aproxima da praia e as duas garotas só têm tempo de prenderem-se a dois coqueiros, responsáveis por salvar suas vidas. Infelizmente, entretanto, todos os outros habitantes da casa não resistiram à força do mar e morreram, deixando-as à mercê da própria sorte. Em meio a muito sofrimento e medo, partem em busca de auxílio e transporte para a cidade onde fica a escola em que estudam, mas caem em uma armadilha e acabam sendo vendidas a um bordel clandestino que negocia a virgindade de Ahalya, a irmã mais velha, e escraviza todas as esperanças restantes nos corações de ambas.

Paralelamente a isso, nos Estados Unidos, temos Thomas, um advogado que acaba de ser abandonado por sua esposa indiana e que, na mesma semana, presencia um terrível sequestro de uma menina de poucos anos que o remete à sua filha morta. Sensibilizado com a situação e vivendo um momento de crise no emprego, recebe uma proposta de ser voluntário em Mumbai, Índia, numa ONG chamada ACES, responsável por tentar extinguir o tráfico sexual e recuperar meninas menores de idade perdidas em meio a esse mundo de dor e tristeza. Sutilmente, ao longo do enredo, a história das irmãs indianas e do advogado americano hão de se encontrar para formar uma narrativa que emociona, angustiante e dramática, inebriada dos melhores, e também dos piores sentimentos humanos.

É notável por algumas postagens do blog o apreço e a curiosidade que sinto pela cultura asiática, especialmente em tratando-se da Índia, um país semelhante ao Brasil no que diz respeito a desenvolvimento e economia, mas muito diferente em alguns costumes e problemas. Logo, quando tive a oportunidade de ler este volume que, se não me falha a memória, é um pré-lançamento, não tardei a me introduzir na história de Ahalya, Sita e Thomas. E, de verdade, como me emocionei!

Num primeiro momento, o leitor há de se horrorizar com a realidade em torno do da indústria ilegal do sexo. É cruel presenciar a quantidade de moças e até jovens meninas que têm todos os seus sonhos fadados à desgraça ao serem vendidas, sem qualquer pudor, completamente despurificadas a homens poderosos que estão ligados até mesmo à polícia indiana, capaz de fechar seus olhos a todo o mal por qualquer propina... Addison disseca o mundo podre da criminalidade indiana e, dando ao seu leitor a possibilidade de tal conhecimento, também mostra órgãos que tentam solucioná-lo e estimula qualquer auxílio que possamos dar. O trabalho de Thomas e de todos na ACES (ONG fictícia) é louvável e serve como modelo humano de bondade e bravura, tendo em vista os tantos perigos que envolvem cada ação, sempre com grandes chances de fracasso.

Acima de tudo, é impossível não nos envolvermos e não torcermos todo o tempo para que as vidas de Ahalya e Sita caminhem para um final feliz. Em diversos momentos, senti uma enorme compaixão por elas, responsável por me arrancar lágrimas silenciosas. Thomas também pode ser muito simpático ao leitor em sua condição de herói. Passível de erros, mas inabalavelmente heroico.

Por detrás de toda a maldade e do lado ruim em Cruzando o Caminho do Sol, todavia, temos uma corrente de sentimentos bons que contagia cada uma das 447 páginas do livro: a esperança pura quando nada mais o é; o amor fraterno que une Sita e Ahalya num laço mais forte que qualquer certeza em suas vidas; a perseverança de Thomas em salvar vidas caídas em desgraça e uma narrativa bela e consciente, que sobrepõe toda a feiura das tristezas do mundo e toda a ignorância que permeia o silêncio dos inocentes.

‎"Ela sempre se lembraria da pessoa que ela foi e da Índia que conheceram antes de toda aquela loucura. O mundo podia roubar sua liberdade; podia acabar com sua inocência; podia destruir sua família e arrastá-la por caminhos para além de seu entendimento. Mas não podia privá-las de sua memória. Apenas o tempo tem esse poder, e Sita iria resistir a todo custo."
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Beatriz Gosmin 18/05/2012

Resenha por Beatriz Gosmin - www.livroseatitudes.com.br
...............

Desde o momento em que assisti ao {booktrailer} deste livro no site da editora onde o autor fazia um relato sobre do que se tratava o livro, me apaixonei. Então fiquei ansiosa para tê-lo em mãos e assim que ele chegou o agarrei e coloquei como primeiro da fila da minha lista de leitura. Tive medo de iniciar a leitura do livro com tanta expectativa, já que geralmente isso causa decepção. Mas isso não aconteceu comigo. Eu não me decepcionei com a história e tudo o que falarei nessa resenha será de coração. Espero conseguir passar para vocês tudo de bom que o livro transmitiu para mim.

Para começar, o livro é narrado em 3ª pessoa pelo ponto de vista de vários personagens, principalmente pelos principais.

O livro já começa com uma situação muito triste onde Ahalya e Sita, duas jovens indianas de 17 e 15 anos respectivamente, perdem toda a sua família em um Tsunami que ocorre em seu país (Índia)causando muitos estragos. Felizmente as duas conseguem sobreviver, agarradas a uma árvore.

Ahalya, a mais velha, imediatamente toma o posto de protetora e assume o comando da situação não se deixando abater pelo momento: tinham que procurar ajuda para chegarem até o colégio St. Mary, onde uma conhecida de lá saberia o que fazer. Mas infelizmente, as duas acabam sendo sequestradas e vendidas para um homem que depois as levam para a grande cidade de Mumbai, e as aprisionam no porão de uma pensão.

" Ela seria como uma mãe para Sita. Faria o sacrifício que fosse necessário para que Sita encontrasse uma nova vida depois que findassem aqueles dias de horror. A existência de sua irmã lhe dava energia.
Ela não podia falhar "

Ali era um prostíbulo e eles as venderiam para homens como objetos.
E na noite em que Ahalya fora comprada pela primeira vez, Sita fora obrigada a ouvir os abusos sofridos pela sua irmã por detrás da porta.

Aquele seria o fim para elas? Seria um carma? Os deuses a haviam deixado?

Do outro lado do mundo nos Estados Unidos, Thomas, um advogado, passava por problemas pessoais: perdera recentemente uma filhinha e sua mulher, Priya, o havia deixado, partindo para seu país de origem: a Índia.
Sufocado de problemas ele acabara se envolvendo com uma colega de trabalho, e também começa a cometer alguns erros nos casos em que atuava em seu emprego.

Então seu superior lhe pede que tire umas férias. Que faça uma viagem, esqueça um pouco o trabalho para se recuperar de tudo o que estava passando.
Então Thomas recebe uma proposta para ir trabalhar por um tempo na Aces, uma associação que tinha como objetivo resgatar garotas vítimas do tráfico humano. Então decidiu que este seria um ótimo jeito de passar suas férias. E também poderia procurar Priya uma vez que ele iria atuar na Índia: o país que mais sofre com o tráfico sexual.



Um tema tão triste e assustador quanto este não poderia ter sido mais bem escrito senão por este autor e desta maneira. Falar sobre o tráfico de seres humanos garotas sem perder o foco inicial e manter uma história equilibrada, deve ser realmente difícil, mas o autor conseguiu.

O livro é bem triste, mas nada tão perturbador quanto o livro Menina Morta-Viva (resenhado). Você fica na expectativa quando algo bom é proposto, quando tudo parece se resolver, e se entristece, sente raiva, quando tudo saí errado.

Ler este livro me fez conhecer mais sobre a Índia e devo dizer que estou fascinada. Apesar de alguns apesares citados no livro (que me aborreceram muito), adorei tudo, os nomes, os lugares, o jeito do povo de lá em si.

O livro é altamente viciante, te agarra e faz você querer ler e ler até chegar ao último ponto final. E quando ele chega, comemora. E uma luz de esperança brota em seu peito ao pensar em tantas outras pessoas que estão passando por algo semelhante, em todo o mundo.

É um livro que vale a pena ser lido simplesmente pela mensagem deixada.

" O mundo podia roubar sua liberdade; podia acabar com a sua inocência; podia destruir sua família e arrastá-las por caminhos para além de seu entendimento. Mas não podia privá-las de sua memoria. Apenas o tempo tem esse poder, e Sita iria resistir a todo custo.
O passado era tudo o que restava para ela. "

> Você pode conferir esta resenha publicada no blog neste endereço:
{ http://livroseatitudes.com.br/2012/05/resenha-sorteio-cruzando-o-caminho-do-sol-corban-addison.html }
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Juliana 22/03/2020

Triste e lindo
Livro conta a história das irmãs Ahalya e Sita, que perderam a família e tudo o que tinham no Tsunami. Depois sozinhas sofrem na mãos de pessoas que participam do tráfico de pessoas!
Muito bom, recomendo
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Thamis 06/06/2023

É uma leitura intensa com temas muito relevantes e sofridos
Achei que a história focou um pouco demais no Thomas o que deixou tudo até mais leve pois as cenas das meninas são sempre muito pesadas, gostei da transformação do Thomas
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Nivea Ceroni 01/04/2020

Emocionante
O livro já começa com um choque e só continua. Parece que a vida das irmãs está fadada a desgraças. Quando você acha que tudo será resolvido a história da uma reviravolta e toda a angústia se inicia. Você quer ler um capítulo depois outro e outro para saber o que irá acontecer. Infelizmente o livro relata fatos que sabemos que é real dessa rede escrota de comércio.
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Família Literária 23/12/2015

Resenha: Cruzando o Caminho do Sol - Corban Addison
Sita e Ahalya são irmãs adolescentes de classe média alta e moram na Índia com sua família. Quando as garotas estão se divertindo na praia com seus pais, um tsunami destrói a costa leste do país. Os pais e a avó são mortos pelas ondas, deixando as meninas sozinhas, e a vida tranquila que elas tinham muda completamente.

Sem saber o que fazer, as garotas voltam para sua casa para ver se alguém havia sobrevivido e pegar seus pertences mais valiosos perdidos no caos que o tsunami tinha causado. Tentando buscar ajuda para ir a um lugar seguro onde pudessem ficar, e já cansadas de tanto caminhar, Sita e Ahalya param para descansar um pouco e encontram um suposto conhecido de seu pai, Ramesh Narayanan, que oferece ajuda à elas, uma carona na caminhonete de outro homem... e a partir daí a vida das meninas se torna um pesadelo.

As meninas se tornam vítimas do tráfico humano e acabam sendo vendidas e trancadas no sótão de um bordel. Enquanto isso em Washington, D.C., Thomas Clarke, um advogado, depois de ser abandonado por sua esposa Priya e enfrentando uma crise em sua vida profissional, resolve embarcar para a Índia - onde está sua ex-esposa - e trabalhar em uma ONG que denuncia o tráfico de pessoas.

Já na Índia, Thomas resolve participar de uma invasão em um bordel e conhece Ahalya, mas durante a ivasão, a irmã da garota simplesmente sumiu do local. Ele não descansará até encontrar Sita. Mas será que Sita está viva? Ahalya luta para manter as esperanças diante das poucas chances de isso ser verdade...

"Cruzando o Caminho do Sol" é um romance policial que nos faz conhecer um pouco do submundo da escravidão moderna, um tema importante, retratando bem a realidade e abrangendo três continentes e duas culturas. Na minha opinião, esse é o tipo de livro que todo leitor deve ler.

site: http://familialiteraria1.blogspot.com.br/2015/07/resenha-cruzando-o-caminho-do-sol.html
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Luciane 30/12/2015

História forte, mas incrivelmente boa.

Trata do submundo do tráfico humano.

A forma como o autor escreve, intercalando capítulos sobre cada um dos personagens, torna a leitura muito atrativa.

Contudo, apesar do tema, há no livro uma forte pitada de romance:

"Não, não chore; nova esperança, novos sonhos, novos rostos,
E a alegria não vivida dos anos que estão por vir
Vai mostrar que o coração pode enganar o sofrimento,
E que os olhos podem as próprias lágrimas iludir"

"Não, não sofra, embora viva a escuridão de seus problemas,
O tempo não vai parar, e nem andar atrasado;
O dia de hoje que parece tão longo, tão estranho e amargo,
Breve estará esquecido no passado"

"[...] Senão, pense nisso: e se você fosse atrás dela na Índia? E se desse uma última oportunidade ao seu casamento? Eu sei que parece loucura. Pode ser que ela rejeite você. Você pode voltar para casa se sentindo um fracasso. No mínimo, porém, você terá o desfecho que não consegui ouvir em sua voz. Você terá tempo de construir uma carreira. E o amor é algo muito mais raro. [...]"

"Thomas sentiu como se estivesse sendo partido ao meio. Ele percebeu o quanto ainda a amava e nunca deixara de amá-la. Nem quando sua filha morreu. Nem quando seu olhar se tornou cruel e, sua língua, cortante. Se fosse preciso, ele se casaria com ela novamente. Ela era a melhor coisa que lhe acontecera na vida."

Recomendo!!

Este livro é do Grupo Livro Viajante.

site: http://www.skoob.com.br/topico/grupo/1284
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HeloisaPacheco 15/09/2015

Na pequena província de Chenai, India, conhecemos as irmãs Ahalya (17 anos) e Sita (15 anos). Filhas de pais amorosos, elas são duas meninas felizes, cheias de sonhos e com uma vida toda pela frente, mas que, repentinamente, como o tremor que assusta Ahalya numa manhã, as águas levam a vida de seus pais, de sua avó, de sua empregada, destrói sua casa, sua família, sua província. Molhadas, sujas e com uma imensa responsabilidade sobre as costas de Ahalya, as meninas buscam socorro na tentativa de chegar até escola de freiras aonde estudam. Mas como se o destino não já tivesse sido cruel o suficiente e mesmo que o instinto de Ahalya tivesse tentado precavê-la, o caminho das meninas é atravessado pelo desumano mercado do tráfico sexual.
Nos EUA, Thomas Clarke é um advogado empenhado em galgar o cargo de juiz, mas vê a sua história marcada por exigências profissionais que o destroem, pelo falecimento de sua filha, por uma separação cruel com a sua amada esposa, Priya, por um sequestro de uma criança num parque que o coloca diante do destrutivo tráfico sexual internacional e o faz questionar o sentido de todos os esforços que tem despendido e de sua própria vida.
Mumbai, Índia. Na populosa Mumbai, os caminhos de Thomaz, Priya, Ahalya e Sita se cruzam. Thomaz na tentativa de recuperar o relacionamento com Priya e de compreender melhor tudo o que passou e os seus próximos passos, tudo isso enquanto trabalha contra o tráfico sexual. Priya também tentando dar sentido para sua vida e se recuperar de todos os golpes que sofrera. Ahalya e Sita tentando reviver enquanto são vítimas de homens que vendem e compram mulheres.
Disputando com interessantes internacionais poderosos, movendo-se pela India, França e EUA, observamos o cruel tráfico sexual de crianças e adolescentes e a luta por dignidade para as mulheres, por um mundo aonde não sejamos objetificadas, vendidas, compradas, estupradas, acompanhamos a existência de resistência nos momentos mais inóspitos, a busca por esperança em meio a desgraça (o cuidar de flores em meio a pedras) e a luta pelo amor.
Ler Cruzando o Caminho do Sol foi duro, dilacerante, necessário! Sofri, chorei! Em todo momento me lembrei do livro do Khaled Hosseine, O Caminho do Sol, sempre me reafirmando que nós mulheres jamais seremos livres se uma de nós estiver acorrentada, mesmo que nossas correntes sejam diferentes!
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Juliane12 09/08/2015

História chocante
Além da história de amor e da realidade nua e crua esse livro passa uma mensagem de renovação e amor...... na vida temos a escolha do odio e do amor e com certeza esse livro marca a escolha do amor!
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Hellen @Sobreumlivro 20/10/2015

Um relato comovente
Esse é, sem dúvidas, um dos melhores livros da editora @novo_conceito, da qual eu esperava que divulgasse melhor o livro, já que passa uma mensagem tão importante para os seus leitores. Além de uma capa MARAVILHOSA, a história é muito envolvente e extremamente comovente.

A história acontece quando um grande terremoto invade a costa leste da Índia, causando destruição e levando por onde passa, menos Ahalya e Sita que se veem desoladas, depois de toda a sua família ter sido levada pelas ondas. Com a tentativa de chegarem até o convento onde estudavam, as irmãs tomam o caminho mais errado possível, violam uma das principais regras que toda mãe sempre fala - Não pegue carona com ninguém que não conheçam. A partir daí, elas vão entrar num submundo que poucas pessoas conhecem, o tráfico humano.
Enquanto isso, do outro lado do mundo, um advogado passa por uma crise pessoal e profissional. Thomas Clarke perdeu a sua filha, a sua esposa e o seu trabalho está por um fio, até que ele decide mudar radicalmente. Viaja para a Índia, onde lá começará a trabalhar numa ONG que atua na proteção de milhares de pessoas que são sequestradas e exploradas todos os dias. E onde tentará recuperar o seu casamento com Priya, que voltou ao seu pais de origem quando se separou de Thomas.

A história se passa em meio a um cenário exótico, onde a vida deles se cruzaram. Abrangendo três continentes, Cruzando o Caminho do Sol vai te levar a um submundo desconhecido, onde há crianças e mulheres traficadas para a indústria pornográfica e ou para a escravidão.

site: https://instagram.com/sobreumlivro/
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