Beatriz Gosmin 18/05/2012Resenha por Beatriz Gosmin - www.livroseatitudes.com.br...............
Desde o momento em que assisti ao {booktrailer} deste livro no site da editora onde o autor fazia um relato sobre do que se tratava o livro, me apaixonei. Então fiquei ansiosa para tê-lo em mãos e assim que ele chegou o agarrei e coloquei como primeiro da fila da minha lista de leitura. Tive medo de iniciar a leitura do livro com tanta expectativa, já que geralmente isso causa decepção. Mas isso não aconteceu comigo. Eu não me decepcionei com a história e tudo o que falarei nessa resenha será de coração. Espero conseguir passar para vocês tudo de bom que o livro transmitiu para mim.
Para começar, o livro é narrado em 3ª pessoa pelo ponto de vista de vários personagens, principalmente pelos principais.
O livro já começa com uma situação muito triste onde Ahalya e Sita, duas jovens indianas de 17 e 15 anos respectivamente, perdem toda a sua família em um Tsunami que ocorre em seu país (Índia)causando muitos estragos. Felizmente as duas conseguem sobreviver, agarradas a uma árvore.
Ahalya, a mais velha, imediatamente toma o posto de protetora e assume o comando da situação não se deixando abater pelo momento: tinham que procurar ajuda para chegarem até o colégio St. Mary, onde uma conhecida de lá saberia o que fazer. Mas infelizmente, as duas acabam sendo sequestradas e vendidas para um homem que depois as levam para a grande cidade de Mumbai, e as aprisionam no porão de uma pensão.
" Ela seria como uma mãe para Sita. Faria o sacrifício que fosse necessário para que Sita encontrasse uma nova vida depois que findassem aqueles dias de horror. A existência de sua irmã lhe dava energia.
Ela não podia falhar "
Ali era um prostíbulo e eles as venderiam para homens como objetos.
E na noite em que Ahalya fora comprada pela primeira vez, Sita fora obrigada a ouvir os abusos sofridos pela sua irmã por detrás da porta.
Aquele seria o fim para elas? Seria um carma? Os deuses a haviam deixado?
Do outro lado do mundo nos Estados Unidos, Thomas, um advogado, passava por problemas pessoais: perdera recentemente uma filhinha e sua mulher, Priya, o havia deixado, partindo para seu país de origem: a Índia.
Sufocado de problemas ele acabara se envolvendo com uma colega de trabalho, e também começa a cometer alguns erros nos casos em que atuava em seu emprego.
Então seu superior lhe pede que tire umas férias. Que faça uma viagem, esqueça um pouco o trabalho para se recuperar de tudo o que estava passando.
Então Thomas recebe uma proposta para ir trabalhar por um tempo na Aces, uma associação que tinha como objetivo resgatar garotas vítimas do tráfico humano. Então decidiu que este seria um ótimo jeito de passar suas férias. E também poderia procurar Priya uma vez que ele iria atuar na Índia: o país que mais sofre com o tráfico sexual.
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Um tema tão triste e assustador quanto este não poderia ter sido mais bem escrito senão por este autor e desta maneira. Falar sobre o tráfico de seres humanos garotas sem perder o foco inicial e manter uma história equilibrada, deve ser realmente difícil, mas o autor conseguiu.
O livro é bem triste, mas nada tão perturbador quanto o livro Menina Morta-Viva (resenhado). Você fica na expectativa quando algo bom é proposto, quando tudo parece se resolver, e se entristece, sente raiva, quando tudo saí errado.
Ler este livro me fez conhecer mais sobre a Índia e devo dizer que estou fascinada. Apesar de alguns apesares citados no livro (que me aborreceram muito), adorei tudo, os nomes, os lugares, o jeito do povo de lá em si.
O livro é altamente viciante, te agarra e faz você querer ler e ler até chegar ao último ponto final. E quando ele chega, comemora. E uma luz de esperança brota em seu peito ao pensar em tantas outras pessoas que estão passando por algo semelhante, em todo o mundo.
É um livro que vale a pena ser lido simplesmente pela mensagem deixada.
" O mundo podia roubar sua liberdade; podia acabar com a sua inocência; podia destruir sua família e arrastá-las por caminhos para além de seu entendimento. Mas não podia privá-las de sua memoria. Apenas o tempo tem esse poder, e Sita iria resistir a todo custo.
O passado era tudo o que restava para ela. "
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