Cruzando o Caminho do Sol

Cruzando o Caminho do Sol Corban Addison




Resenhas - Cruzando o Caminho do Sol


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Juliane12 09/08/2015

História chocante
Além da história de amor e da realidade nua e crua esse livro passa uma mensagem de renovação e amor...... na vida temos a escolha do odio e do amor e com certeza esse livro marca a escolha do amor!
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cris.leal 27/06/2017

Angustiante...
Sita e Ahalya são duas adolescentes de classe média alta que vivem tranquilamente junto de seus pais, na Índia. Suas vidas tranquilas mudam completamente quando um tsunami destrói a costa leste de seu país, matando seus familiares. Sozinhas, as meninas tentam encontrar um modo de recomeçar, mas são sequestradas por uma terrível rede internacional de criminosos que explora o comércio sexual de mulheres jovens e meninas. E, assim, Ahalya que tem 17 anos e Sita que tem apenas 15, foram jogadas no submundo da escravidão moderna.

É muito difícil escolher as palavras certas para elogiar um romance que trata de um assunto tão pesado e delicado mas, ao mesmo tempo, é um verdadeiro achado ter em mãos uma obra de ficção que consegue, de forma precisa, chamar a atenção para o verdadeiro horror que é o tráfico de seres humanos.

Ao final do livro, o autor Corban addison, lembra que "Cruzando o Caminho do Sol" é um trabalho de ficção, mas o comércio de seres humanos é totalmente real. É um empreendimento ilegal que afeta praticamente todos os países do mundo e gera um grande lucro anual, forçando milhões de homens, mulheres e crianças à prostituição e ao trabalho escravo. Infelizmente, permanece um negócio envolto em mistério e incompreensão devido à sua natureza clandestina e ao apoio do sistema judicial corrupto que o promove.


site: http://www.newsdacris.com.br/2015/04/eu-li-cruzando-o-caminho-do-sol.html
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Fernanda 01/05/2012

Resenha Cruzando o Caminho do Sol
Quando fui escolher um livro para ler depois do anterior a este, eu nem tinha em mente a idéia de ler este livro, mas não sei porque decidi pegar na última hora. E quando comecei a ler não quis mais parar.

A história é triste, fala da vida de duas indianas, duas adolescentes que possuem uma vida de classe média alta. Elas moram com a família próximo ao mar. Uma vida tranquila, feliz. Mas devido a um tsunami, a família delas morre, a casa é destruída, a vida delas fica...vazia, sem rumo (não to entregando a história não...).

Sozinhas, decidem ligar para uma tia e combinam de se encontrar em um ponto mais ao centro da cidade. Mas chegar nesse lugar não ia ser fácil, e não foi. No caminho encontram pessoas que oferecem ajuda mas que na verdade as levam para uma vida escrava, para um mundo de exploração.

Enquanto isso em outro país, um jovem enfrenta dificuldades, e em meio a esses obstáculos a mulher volta para seu país, o homem , um advogado ambicioso cái na tristeza e em muitos questionamentos. Mas devido uma série de fatores e de acontecimentos ele vai para a Índia, não em busca da esposa mas para satisfazer uma "obrigação" imposta. E a vida desse casal e das adolescentes se cruzando de maneira surpreendente.


O livro intercala capítulos falando das meninas e do casal, até que chega num ponto que parece que os capítulos falam de ambos. Existem cenas fortes, cruéis, tristes, revoltantes, mas também há cenas de amor, de superação, de heroísmo. Apesar do centro da história ser algo revoltante e triste, o livro em si é maravilhoso, o melhor que li nesse ano! Entrou para minha lista de favoritos.


Apesar de longa, a história é tão perfeitamente narrada que não dá vontade de largar o livro. Cada cena, cada descrição dos acontecimentos mais fortes...são colocados de maneira que não encontrei defeitos para citar.

Não é apenas uma história, é uma realidade triste que existe em todos os países praticamente, é um problema mundial que não podemos vingir não ver, é uma história que nos abre os olhos para um sofrimento que precisamos conhecer e tentar ajudar. Este livro é daqueles que marca a gente, que nos traz algo a mais para nossas vidas....
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Luciane 30/12/2015

História forte, mas incrivelmente boa.

Trata do submundo do tráfico humano.

A forma como o autor escreve, intercalando capítulos sobre cada um dos personagens, torna a leitura muito atrativa.

Contudo, apesar do tema, há no livro uma forte pitada de romance:

"Não, não chore; nova esperança, novos sonhos, novos rostos,
E a alegria não vivida dos anos que estão por vir
Vai mostrar que o coração pode enganar o sofrimento,
E que os olhos podem as próprias lágrimas iludir"

"Não, não sofra, embora viva a escuridão de seus problemas,
O tempo não vai parar, e nem andar atrasado;
O dia de hoje que parece tão longo, tão estranho e amargo,
Breve estará esquecido no passado"

"[...] Senão, pense nisso: e se você fosse atrás dela na Índia? E se desse uma última oportunidade ao seu casamento? Eu sei que parece loucura. Pode ser que ela rejeite você. Você pode voltar para casa se sentindo um fracasso. No mínimo, porém, você terá o desfecho que não consegui ouvir em sua voz. Você terá tempo de construir uma carreira. E o amor é algo muito mais raro. [...]"

"Thomas sentiu como se estivesse sendo partido ao meio. Ele percebeu o quanto ainda a amava e nunca deixara de amá-la. Nem quando sua filha morreu. Nem quando seu olhar se tornou cruel e, sua língua, cortante. Se fosse preciso, ele se casaria com ela novamente. Ela era a melhor coisa que lhe acontecera na vida."

Recomendo!!

Este livro é do Grupo Livro Viajante.

site: http://www.skoob.com.br/topico/grupo/1284
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iluj 07/05/2012

www.meninadabahia.com.br
Um belíssimo romance que nos atenta para uma cruel realidade. Cruzando o Caminho do Sol, de Corban Addison (Novo Conceito, 448 páginas, R$ 29,90), conta a história de duas irmãs, e do advogado americano Thomas, onde suas vidas se cruzam, nos mostrando um lindo entrelace e ao mesmo tempo abordando um tema muito importante, o tráfico humano e sexual.

Ahalya e Sita são duas imãs indianas de classe média alta, elas tinham a vida perfeita até que tudo é destruído por um tsunami; em busca de ajuda, Ahalya e Sita acabam confiando em quem não deveriam e vêem a sua inocência e liberdade serem roubadas. E, como simples objetos ou até mesmo um mero pedaço de carne, elas são vendidas e passadas de mão em mão, ao que se revela ser só a ponta do iceberg de uma rede de tráfico humano gigante. O destino final ou temporário acaba sendo um bordel em Mumbai e lá Ahalya não tem para onde fugir, tem que aceitar o que lhe foi imposto, para o seu próprio bem e o da sua irmã mais nova Sita. Assim ela acaba virando uma “beshya” (prostituta) e passa os dias seguintes suplicando para que o mesmo não aconteça sua irmã. O que parece ser um pedido atendido pode ser mais um desafio do destino.

Ahalya despertou no dia de Ano-Novo como um pássaro de asa quebrada. Ela falou, mas a alegria havia desaparecido de sua voz.
Pág. 92


Em contrapartida temos Thomas, um advogado americano que tenta construir a sua carreira de sucesso na empresa em que trabalha, mas todo seu trabalho lhe custou um preço, sua esposa e sua filha, um casamento que foi ficando desgastado, quando sua esposa mais precisou ele não estava inteiramente lá. Agora ela partiu voltando para sua terra natal e como se não bastassem no trabalho às coisas também não estão boas, e um ultimato lhe é dado, e um acontecimento presenciado por ele influenciará na decisão tomada. Escolha essa que mudará a sua vida de uma vez por todas, trabalhando para ACES – uma ONG que luta contra o tráfico e a exploração sexual -, Thomas irá conhecer um novo mundo.

Os destinos de Thomas e Ahalya se cruzam, quando ele participa de uma operação na Índia. No entanto, é um pouco tarde para Sita. Ela se foi, ninguém sabe seu destino. Uma promessa é feita e a partir daí três vidas seriam mudadas completamente.

- Você sabe o que isso significa?
-O quê?- ele perguntou, levemente exasperado...
- Você nunca ouviu falar sobre a pulseira de rakhi?...
Ela tentou organizar os pensamentos.
- É uma tradição indiana que remonta há milhares de anos. Uma mulher entrega a um homem uma pulseira para ser amarrada em seu pulso. A pulseira significa que aquele homem é seu irmão. Ele assume o dever de agir em sua defesa.
Pág. 219


Sem dúvida, Cruzando o Caminho do Sol superou as minhas expectativas. O livro aborda um tema forte, que é o tráfico humano e sexual, e o autor foi feliz nisso. Ele conseguiu tratar este tema de forma brilhante, não deixando o livro pesado; a história flui normalmente, os capítulos vão se intercalando, ora mostrando Ahalya e Sita e ora mostrando Thomas.

Outro ponto a se destacar é o embasamento que o autor teve para construir a trama, nota-se que ele se aprofundou e pesquisou bastante nesse universo e, apesar de se tratar de algo fictício, ele se baseou em muitas ONGs e instituições às quais visitou.

Este foi um livro - não só enquanto lia, mas também ao terminar - me fez ficar pensando no que somos capazes de fazer com o próximo, até que ponto chegamos e como coisas idênticas a estas acontecem em nossa volta e muitas vezes não nos damos conta; isso não é só uma força de expressão, é a mais pura verdade, o tráfico humano e sexual se alastra por todo o mundo e é nos locais mais subdesenvolvidos que ele se alimenta.

Este é um livro ao qual recomendo, se tornou uns dos melhores que já li neste ano.
Naty 07/05/2012minha estante
Me deixou com vontade de ler!




Vanessa Meiser 29/04/2012

http://balaiodelivros.blogspot.com/
Um dos livros mais fortes que li nos últimos tempos e exatamente por este motivo é que a resenha demorou tanto para ser escrita já que terminei ele há umas três semanas e fui enrolando até criar coragem para sentar na frente do pc e falar sobre Cruzando o Caminho do Sol.
Bem, o livro nos trás a comovente história de Sita e Ahalya, duas adolescentes de classe média alta que vivem tranquilamente junto de seus familiares em uma confortável casa à beira da praia, na Índia. Os sonhos de uma futura faculdade e de um bom casamento vão literalmente por água a baixo quando um forte tremor de terra na madrugada prenuncia um tsunami avassalador que destrói toda a costa leste da Índia e as deixa órfã de pai e mãe e sem parentes que a pudessem ampará-las.
Sita e Ahalya saem em busca de uma maneira de chegarem até a escola em que estudam para lá abrigarem-se porém no meio do caminho encontram um amigo do pai que as leva a um homem que poderá conduzi-las à escola, o que até então elas não poderiam prever era que este homem não hesitaria em vendê-las como mercadoria no tráfico humano a fim de serem aproveitadas como objeto para satisfação sexual de homens.
No outro lado do continente, Thomas, um renomado advogado enfrenta uma séria crise em seu casamento e a empresa para qual trabalha lhe dá a oportunidade de passar 1 ano fora do país prestando serviço para alguma entidade escolhida por ele mesmo. Thomas então decide ir para a Índia que é onde sua mulher se encontra no momento. Além do fato da esposa ser de origem indiana, outro fator que o levou a escolher este destino foi um sequestro que Thomas presenciou em um parque da cidade. A mãe da menina de 11 anos que foi sequestrada o fez prometer que descobriria para onde esta teria sido levada. Com seus contatos Thomas descobre que o tráfico humano é muito forte na Índia e que muito provavelmente a criança teria sido levada para àquele país.
Thomas parte então para a Índia, chegando lá ele vai trabalhar na Aces, uma ONG que visa combater o tráfico humano. É aí que os caminhos de Sita, Ahalya e Thomas se cruzam. Ele num incansável desejo de justiça, enfrenta muitos percalços, desencontros e dificuldades até descobrir o paradeiro das duas irmãs e solucionar ao menos este caso de sequestro já que é infinito o número de crianças que passam por este tipo de situação.
O livro todo chega a ser revoltante, é angustiando conhecer e saber tudo o que estas crianças passam e ter o cohecimento de que muito pouco pode ser feito para amenizar a situação, mesmo aqueles que tentam, quase nada conseguem fazer de efetivo para que estes abusos deixem de ocorrer.

Bem, acho que era isto, muito provavelmente eu não tenha conseguido passar exatamente o que senti ao ler este livro, mas esta foi uma história que me consumiu, que me deixou depreciativa e muito triste com as injustiças que existem no mundo e que a cada dia crescem ainda mais, para desespero e desestímulo daqueles que lutam para combatê-la.
É um excelente livro, muito bem escrito e de um conhecimento profundo sobre o assunto, mas para ler Cruzando o Caminho do Sol você tem que se considerar uma pessoa de mente aberta e que não se deixa envolver totalmente com a história.

Eu recomendo!
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ElisaMarianaUF 21/05/2012

Sita e Ahalya são duas adolescentes de classe média alta que vivem tranquilamente junto de seus familiares, na Índia. Suas vidas tranquilas mudam completamente quando um tsunami destrói a costa leste de seu país, levando com suas ondas a vida dos pais e da avó das meninas. Sozinhas, elas tentam encontrar um modo de recomeçar a vida. Mas elas não devem confiar em qualquer um...

Enquanto isso, do outro lado do mundo, em Washington, D. C., o advogado Thomas Clarke enfrenta uma crise em sua vida pessoal e profissional e decide mudar radicalmente: viaja à Índia para trabalhar em uma ONG que denuncia o tráfico de pessoas e tenta reatar com sua esposa, que o abandonou.

Suas vidas se cruzarão em um cenário exótico, envolto por uma terrível rede internacional de criminosos.

Abrangendo três continentes e duas culturas, Cruzando o Caminho do Sol nos leva a uma inesquecível jornada pelo submundo da escravidão moderna e para dentro dos cantos mais escuros e fortes do coração humano.
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Paula 31/05/2012

Cruzando o Caminho do Sol é um livro que arranca lágrimas e ódio, mas também é um convite para refletir sobre o poder da convicção, seja ela qual for. Emocionante e doloroso, no entanto, por se tratar de um assunto tão pesado, o autor conseguiu passar muito bem toda a sujeira que envolve o mundo do tráfico sem sensacionalismos, utilizando-se da sutiliza (sempre com os dois pés na realidade).

Leia a resenha completa: http://electricbeans.blogspot.com.br/2012/05/cruzando-o-caminho-do-sol.html
Silvia 15/01/2013minha estante
Amei este livro, achei ele intenso e lindo.




Lay 03/06/2012

Em uma palavra: IMPERDÍVEL!!!!
Fiquei um pouco receosa para inciar a leitura desse livro justamente por saber que o tema abordado era muito forte e não me sentia em um momento propicio para esse tipo de leitura, mas parei de adiar e resolvi encarar que é um tema importante e devo dizer, não me decepcionei. É possível perceber que o autor se debruçou muito em pesquisas para escrever esse lindo livro.

A historia é contata em 3ª pessoa alternando capítulo sobre as irmãs indianas Ahalya (17 anos) e Sita (15 anos) e outro sobre o advogado norte-americano Thomas Clarke. Mas você pode se perguntar como essas historias se cruzam. Ahalya e Sita, que estão passando as férias com os pais numa cidade afastada, veem toda sua família morta após um tsunami. Garotas de classe média alta e cultas veem-se perdidas diante dos fatos e sem saberem a quem recorrer e onde ficar decidem ir para o Colégio onde estudavam, no entanto, para chegar lá elas teriam que percorrer um longo caminho sem saber em quem confiar. Porém, após encontrarem um conhecido de seu pai e conseguirem uma carona até a cidade onde ficava o colégio tudo começou a desandar. Após verem-se sozinhas com o motorista, as garotas foram sequestradas e vendidas para um bordel em Mumbai. Dessa forma começa a se apresentar a rede de tráfico humano.

Há milhares de quilômetros dali, Thomas se vê em um momento infeliz em sua vida. Após a morte de sua filha de meses de vida, ele vê seu casamento desabar e sua mulher, Prya o abandona e volta para a casa dos pais na Índia. Para completar o cenário, seu trabalho também não vai bem, e com a derrota de um caso importantíssimo, ele é colocado como bode expiatório. Com as opções dada pela empresa, Thomas decide-se por um ano sabático na Índia trabalhando para a Aces (Aliança Contra a Exploração Sexual). Esse parecia apenas um acidente de percurso, pois, para ele, após um ano voltaria para a empresa e poderia novamente seguir seu caminho rumo à uma cadeira em um tribunal federal (seu objetivo desde os 15 anos) e para chegar lá, tinha que estar nos melhores lugares, nos melhores escritórios de advocacia.


Chegando em Mumbai, Thomas se vê em um mundo completamente diferente do seu. Morando com um amigo dos tempos da faculdade, ele inicia seu trabalho como estagiário na Aces e passa a conhecer o trabalho burocrático por traz das ONGs. E é em uma operação de resgate da Aces que Thomas conhece Ahalya, embora seu trabalho não seja em campo, sempre em algum momento, os advogados, que trabalham no escritório vão à campo para ver com seus próprios olhos.

Mesmo socorrida dos abusos que sofreu no bordel de Mumbai, o sofrimento de Ahalya, ainda não tem fim, pois sua irmã foi vendida. A partir daí ela pede à Thomas que encontre sua irmã.

Uma historia envolvente, forte e que nos faz refletir muito sobre o que vemos no mundo e o que fazemos de conta que não vemos. O tráfico de seres humanos existe. A escravidão existe. E Corban traz esse assunto em forma de romance para ser debatido. No final do livro, o autor nos dá informações sobre como ajudar e o que ler para ter maiores informações sobre o assunto.

Assim como Linhas e Brilhos, o cunho social desse livro é muito forte e impactante.

Confiram o texto completo em: http://layalmeida.blogspot.com.br/2012/06/resenha-cruzando-o-caminho-do-sol.html
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Rose 03/06/2012

Como vocês podem ver é uma capa belíssima, e ainda mais bela pessoalmente. O autor John Grishan disse que este é "um romance belíssimo com uma importante mensagem." Acreditem, ele não mentiu.
Comecei a ler este livro no dia seguinte da postagem que fiz sobre pedofilia e chorei em algumas passagens do livro.
A capa e a história do livro são hipnotizantes e você se vê envolvida no drama desta história. Você começa a pensar na vida, na sua vida e como eu disse na postagem da pedofilia, começa a ver como o ser humano pode ser tão cruel e mesquinho. Sim, é um romance fictício, mas tem muita gente que vive este drama diariamente. Penso no momento que enquanto estou aqui digitando estas palavras, alguém está sofrendo a dura realidade descrita nas páginas deste livro.
Em nenhum momento pensei em largar o livro. Em nenhum momento lembrei que a história era fictícia, já tinha até decidido verificar na internet sobre o grupo ACES que depois o autor conta que é ficção. O livro é tão bem escrito, com detalhes na medida certa, sem se tornar chato e cansativo, e ao mesmo tempo consegue nos deixar com os níveis de tensão lá em cima que fica difícil largar. Tá bom, deixa eu falar um pouco melhor da história em si do livro.
Cruzando o Caminho do Sol, conta a história de duas irmãs indianas, Sita e Ahalya, que são amadas e protegidas por seus pais. Suas vidas são viradas ao avesso quando um tsunami destroi a cidade em que moram e mata toda sua família. Sozinhas e sem saber o que fazer, elas partem em direção a escola onde estudam, mas no caminho infelizmente cruzam com maus elementos que a levam ao submundo do crime, para ser mais clara, elas se tornam vítimas do tráfico de pessoas e viram escravas sexuais. É isso mesmo, elas são duas entre milhares de pessoas que sabemos existirem pelo mundo que são raptadas ou enganadas com promessas de emprego mas que na verdade terminam sendo obrigadas a se prostituírem para não morrerem.
As meninas vão parar em Mumbai, sem conhecer nada nem ninguém, tendo apenas uma a outra em que confiar e amparar. Não sabem o que esperar do futuro além do medo e do terror de terem seus corpos usados.
A história destas meninas se cruzam acidentalmente quando Thomas, um advogado americano, recém separado de sua mulher indiana Pyra, é obrigada a tirar "férias" de um ano de seu emprego. Ele escolhe então trabalhar como voluntário na sede da Aces em Mumbai e aproveita a oportunidade para tentar reconquistar Pyra.
Ao chegar em Mumbai, Thomas perceber que a Aces será muito mais que "um ano sabático" como dizem no escritório, e que seu trabalho pode de alguma forma fazer a diferença no mundo e para algumas garotas.
Em um dos trabalhos da Aces, os caminhos de Thomas e Ahalya se cruzam, Ahalya é resgatada de um bordel, mas sua irmã desaparece. Comovido com a história das irmãs, Thomas acaba tomando para si a responsabilidade de encontrá-la. Sem nenhuma garantia e com muitos mistérios para serem resolvidos, começa a busca de Sita pelo submundo do comércio sexual.
Neste meio Thomas ainda tenta reconquistar sua mulher, ou melhor o pai dela que nunca o aceitou, e ele sabe que se quer voltar com Pyra, precisa da aprovação de seu pai.
Entre idas e vindas, perdas e ganhos, encontros e desencontros, Thomas segue o rastro de Sita e conhece o comércio online da prostituição, onde meninas são vendidas como gado e valem ouro se são virgens. Em uma tentativa de salvar Sita e outras meninas, além de desbaratar uma grande e importante rede de tráfico de pessoas e de prostituição, Thomas junto com o FBI e a Swat, armam um plano onde muita coisa está em jogo, principalmente a vida de vários rostos desconhecidos.
Como eu disse, um romance envolvente e hipnótico, e sim, tem uma mensagem sem igual. Se para qualquer mulher é difícil encarar um estupro, fico imaginando o peso do ato para pessoas com a cultura de Ahalya e Sita que são indianas, que como sabemos não tem tanto amparo como no mundo ocidental.
Nem sei mais o que dizer deste livro sem acabar revelando toda a história, só posso dizer que acho difícil encontrar alguém que não o aprove, seja como romance, seja como alerta. E pensar que este é o primeiro livro escrito por Corban Addison.
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Mel 26/03/2020

Cruzando o Caminho do Sol
Este é, sem dúvidas, um dos livros mais emocionantes e marcantes que já li. A escrita é perfeita, consegui sofrer com os personagens, tem boa descrição de ambientes e personagens, o jogo de troca de narradores é ótimo e a história é simplesmente cativante.

Considero uma leitura essencial para nos sentirmos mais humanos e conhecermos um mundo real e diferente dos nossos (espero).
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Evellyn 04/05/2012

Cruzando o caminho do Sol é um livro extremamente comovente. Ele tem uma historia densa e muito bem articulada, que trata de um problema mundial, mas que nós costumamos não ter acesso/conhecimento (pelo menos a vista grossa). É um livro que não trata de romance e sim de fatos bem mais profundos na vida de três personagens principais.

A narrativa em 3ª pessoa varia entre Thomas Clarke, um advogado de uma grande firma em Washington DC. O casamento dele acabou depois que ele a esposa não conseguiram super uma tragédia envolvendo a filha recém-nascida, além disso, a firma o pôs de licença obrigatória depois que ele foi acusado de ser responsável pelo fracasso de um caso importante.

Enquanto isso na Índia, duas irmãs, Ahalya e Sita Ghai se veem sozinhas no mundo depois que um tsunami atinge a casa e as redondezas onde elas viviam com a família e não restou nada – além das duas. Sem ter a quem recorrer, num golpe de sorte elas encontram ajuda, mas as coisas acabam tomando um rumo sombrio quando a ajuda às vende para um estranho casal. Mas essa é só a primeira de muitas negociações que as irmãs passam, indo de um canto para o outro como se fossem objetos.

Envolvidas num terrível submundo do tráfico humano, as irmãs Ghai veem a cada dia suas esperanças de voltarem a ter uma vida melhor afundarem. As duas histórias se cruzam quando Thomas vai trabalhar numa organização que trata de casos de exploração sexual na Índia (como um programa de licença que a empresa oferece) e acaba conhecendo a historia das irmãs Ghai.

O autor é detalhista e/ou conciso nos momentos certos, sem cansar o leitor. O enredo trás muitos termos/siglas específicos sobre polícia, politica, leis, organizações e mesmo assim é tudo bem explicado para não ficarmos perdidos [as notas de rodapé são bem úteis, até para termos em híndi, que não foram traduzidos para manter a característica do texto]. Também fazemos uma viagem pelo mundo, da Índia aos Estados Unidos, passando pela França. E eu nem fiquei cansada pelo Jet-Lag!

É uma história que nos cativa e nos faz sentir muito próximos dos acontecimentos, mesmo sendo algo distante da nossa realidade (pelo menos eu espero). Eu torci para que as irmãs tivessem um final feliz após toda a tragédia que passaram, torci para que Thomas conseguisse fazer tudo que se dispôs e que os criminosos pagassem pelos seus crimes. Achei que o final foi suficientemente emocionante, dramático e justo, ao mesmo tempo em que não foi fantasioso, e se manteve bem 'próximo ao que aconteceria na vida real'.

O livro é dividido em 4 partes. Na primeira começa o drama, conhecemos o que leva os personagens ao grande ápice do livro. A segunda e terceira parte são cheias dos detalhes sórdidos e fizeram meu estomago embrulhar porque é cada coisa terrível que eu preferia pensar que isso não acontece na vida real [sério, eu tenho TANTA fé na humanidade, e aí leio algo assim, só pra me dar um tapa na cara que não, o mundo não é tão legal]. Eu sofri com o sofrimento delas e vibrei com Thomas e sua busca. Ele se mostrou muito altruísta ao final das contas. A quarta parte é quando as coisas tão tomando rumo e eu me emocionei porque são os momentos onde esperamos a resolução. Esse livro tem um dos RARÍSSIMOS casos em que eu GOSTEI do epílogo! Achei ideal, fechou o livro bem e foi suficiente para me deixar tranquila.

Eu chorei com o final do livro, não só pela emoção das coisas que deram certo e tristeza pelas que deram errado, mas porque é uma historia comovente e eu pensei que seria tão bom se isso só acontecesse na ficção e nunca no real... Então acho uma leitura que super acrescenta e nos faz pensar em coisas que normalmente não damos valor, por serem simples e comuns, como a liberdade.

O livro trata-se de uma ficção, mas o autor esclarece que muitos dos pontos citados são baseados em organizações/casos reais, a questão do tráfico humano é uma realidade do mundo e existem mesmo grupos trabalhando contra isso. Ao fim do livro a gente até encontra informações sobre como ajudar e o que ler/visitar para se informar mais.

Cruzando o Caminho do Sol traz uma historia muito interessante, com uma base ótima e um desenvolvimento espetacular. Fiquei impressionada em como o autor soube criar algo tão detalhado e verossímil. Não costumo ler coisas assim, mas eu gosto quando uma historia ficcional acaba trazendo elementos da vida real – acho que essa contextualização atrai e deixa o leitor curioso, algo parecido acontece em Linhas, onde a autora fala sobre a (semi)escravidão de pessoas e sobre as crianças invisíveis.

Com quotes: http://heyevellyn.blogspot.com.br/2012/04/eu-li-cruzando-o-caminho-do-sol-walk.html
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Mari 29/09/2020

"A MAIS ALTA LEI MORAL É QUE DEVEMOS TRABALHAR INSISTENTEMENTE PELO BEM DA HUMANIDADE."
Tudo começa com a tragédia enfrentada por Sita e Ahalya, a perda de toda a família depois de um tsunami. Sozinhas, sem ter pra onde ir, acabam aceitando ajuda de pessoas que depois descobrem estar envolvidas com um extenso e perigoso esquema de tráfico de mulheres. Incapacitadas de fugir, as irmãs encontram no silêncio a única forma de permanecerem vivas, mesmo quando a incomparável tristeza da separação entre elas chega.

Por outro lado, o advogado Thomas está buscando no trabalho voluntário um novo caminho para si, e se junta a Aces, uma ONG que trabalha justamente com o resgate e acolhimento das vítimas de tal violência. Por isso seu caminho se cruza com o das irmãs Ghai, e ele se vê cada vez mais envolto na situação, determinado a ajudar de todas as formas.

Esse livro é sensacional. O autor consegue transmitir o sofrimento de Sita, Ahalya e tantas outras meninas que acabaram levadas para o meio do tráfico humano, nos deixando envolvidos, emocionados, frustrados, furiosos com tamanha crueldade. Os relatos das vendas, trocas, acordos, violações a que essas jovens foram expostas são absurdamente reais e dolorosos.

Ao mesmo tempo, faíscas de esperança vão sendo lançadas com as novas pistas sobre o caso e a própria fé das meninas, e nos vemos durante todo o livro esperançosos de que a situação se resolva (pras protagonistas e todas as outras meninas).

A trajetória de Thomas para além do trabalho voluntário também é ótima e verossímil; ele busca reconstruir seu casamento, sua carreira e a si mesmo após uma terrível perda. Ele também é um personagem muito bem construído.

Addison acertou muito na forma de trabalhar o tema; com realidade, mas também sensibilidade, respeito pela cultura abordada e pelas mulheres de história. Os detalhes impressionam, mas é importante que um tema como esse seja discutido. É um livro triste, mas único, que eu favoritei!


site: https://bibliotecaparticular.home.blog/
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Line 26/07/2020

Muito Bom!!!
O livro nos leva a conhecer a realidade que muitas vezes não nos atentamos, nos fazendo conhecer até o lado mais brutal da natureza humana.
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