Resenhas - O Livro Selvagem

Niick 22/07/2021

Um livro que me fez iniciar meu hobby para leitura... Talvez para um adulto não seja tão chamativo, mas para um jovem/criança seja mais atrativo... Um bom livro pra quem está começando.

Selvagem 05/07/2019

Livro selvagem
Juan tem treze anos e já planejou as próximas férias: quer ficar em casa e passar os dias brincando e aproveitando o sol do verão. Mas sua família está passando por uma situação difícil. Os pais acabaram de se divorciar, e, tentando se adaptar à nova vida, sua mãe decide que precisa passar alguns dias sozinha. Juan, então, tem de ir para a casa do tio Tito, um sujeito um tanto excêntrico, que ama os livros mais que tudo e tem estantes espalhadas por todos os cantos da casa. Tito detesta telefone e tudo que possa atrapalhar suas leituras, e como companhia aceita apenas os três gatos e a cozinheira. No entanto, ele adora Juan, que considera um leitor especial. Tito acha que o menino descobre muito mais coisas naquilo que lê do que os outros. E tem um plano: vai pedir a ajuda do sobrinho para encontrar uma obra singular entre as milhares que tem em sua casa, chamada "O livro selvagem", que nunca foi lida por ninguém e que guarda um segredo destinado àquele que a encontrar. 

Eu gostei de ler pois conta a história de um menino que tem que morar com o tio depois da separação de seus pais e descobre vários livros

Aventura de aprender 06/11/2018

A sinopse já fala praticamente toda a história sem dar spoilers. Acrescento apenas que é tocante a inocência do protagonista. Quando o garoto narra o divórcio dos pais ele conta que achou uma carta de uma “amiga do papai” e mostrou para a mãe, todo contente... E ele não entende porque depois disso o pai saiu de casa.

O livro é excelente. Ao mesmo tempo que é fantástico é real demais. Tudo nele é uma metáfora para o mundo da leitura e a vida, principalmente o que é o tal “Livro Selvagem”. Darei um exemplo que não é spoiler: o tio Tito diz que ninguém lê o mesmo livro. Em um dos livros quando Juan lê ele vê dois garotos, mas Catalina vê um casal. Isso parece fantástico demais, mas é uma metáfora para dizer que um mesmo livro pode ser entendido de formas diferentes por cada pessoa que lê.

O livro é repleto de citações e pérolas da mais profunda sabedoria. Se formos escrever todas, provavelmente copiaríamos o livro todo.

“Eu já disse que os livros são como espelhos: cada pessoa encontra neles aquilo que está em sua própria mente. O problema é que você só descobre que existe isso dentro de você quando lê o livro certo.”

Além disso, é impossível não nos identificarmos. Quem não se lembra de querer comprar um livro e acabar comprando outro? Ou de comprar um livro sem nem saber por que está comprando e lermos no momento exato em que estamos precisando?

“Não é o leitor que escolhe o livro, mas sim o livro que escolhe seu leitor.”

O autor ainda fala de livros piratas, livros das sombras, livros que são remédios... Eu fiquei abismada com uma citação referente aos chamados “Livros malignos”. Parecem demais com certos livros de filosofia e até teologia capazes de virar as mentes dos que não buscam discernimento espiritual:

“Me refiro a livros que causam danos e atacam outros livros. Não é fácil reconhecê-los, pois são astutos e escondem sua verdadeira mensagem. Se você os lê, podem parecer agradáveis, mas fazem com que você se esqueça do que os outros livros dizem. Os grandes leitores não se deixam enganar, porém, às vezes até eles são contaminados com esse veneno feito de esquecimento e más intenções”.

Outro ensinamento, sem dar spoilers, é que não devemos ler apenas por ler e para acumular conhecimento, mas compartilhar e dividir porque é isso que faz a leitura valer a pena.

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