Noite sem Fim

Noite sem Fim Roberto Campos Pellanda




Resenhas - Noite sem Fim


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Daiana Malabarba Wiedemann 15/08/2020

Pode virar filme
Leitura leve com um mistério no ar. É uma estória de aventura juvenil, com potencial para virar filme de sessão da tarde. Me remeteu as leituras de J. K. Rowling e de George Orwell.
Roberto 20/12/2020minha estante
Oi, Daiana.
Que bom que você curtiu o livro!
Grande abraço e feliz Natal,
Roberto




naniedias 03/02/2012

Noite Sem Fim, de Roberto Campos Pellanda
Quem mora na Vila está acostumado ao lugar. Mas para nós é algo realmente assustador. É sempre noite na Vila e as pessoas são obrigadas a viver segundo a Lei Anciã - um conjunto de leis que imperam há séculos e que não podem ser contestadas por nenhum cidadão.
"Na verdade, ninguém na Vila [...] conhecia qualquer outro lugar."
Como se isso tudo não bastasse, a Vila ainda é um lugar isolado. Delimitada pelo mar e por Cercas (as quais a ninguém é permitido ultrapassar), ninguém sai e ninguém entra. Aliás, existem duas exceções. A primeira são os Knucks - monstros terríveis que aparecem do Além-Mar, matam e sequestram pessoas. A segunda é pela embarcação semestral - a cada seis meses, alguns cidadãos são obrigados a partir e nunca mais voltar.
Martin é apenas um garoto, mas depois que perdeu o pai para um desses navios, ele não consegue mais ficar simplesmente na escuridão. Ele precisa saber mais - mesmo que, para isso, tenha que recorrer aos perigosos livros proibidos.

O que eu achei do livro:
Eu não sabia muito bem o que esperar quando recebi esse livro do autor. Eu já havia lido outra história dele, mas era um policial - então, não fazia ideia de como ele poderia escrever algo tão diferente.
Em Noite Sem Fim, Roberto Campos Pellanda não deixa o mistério totalmente de fora. E pode-se dizer que Martin é praticamente um detetive - um personagem forte, decidido e que corre atrás para descobrir tudo o que pode (e até mesmo o que não pode) sobre a sua vida e os acontecimentos que o cercam. Com uma narrativa simples e fluidia, o autor conta em terceira pessoa a história de uma sociedade completamente diferente. Seria possível dizer que esse livro é uma distopia infanto-juvenil? Acho que poderíamos chamá-lo assim. A Vila é uma sociedade fechada e não sabemos se a história se passa no futuro, no passado ou mesmo em um mundo distinto. Os Anciões estariam apenas ludibriando os moradores? Já adianto que não é nada tão simples assim e alguns elementos fantásticos são inseridos pelo autor - que recheia a sua história de mistérios.
Aliás, quem acompanha o blog sabe o quanto mistérios me deixam nervosa - ainda mais quando somente novos mistérios são inseridos na trama. Isso não totalmente verdade nesse livro - já que o autor revela algumas coisas no decorrer da história. Mas mesmo entendendo que as demais eram importantes para a continuação da trama no segundo volume da série, eu ainda fiquei um tanto frustrada pelo pouco que foi revelado ao final da trama. Entretanto, é importante destacar que o livro tem um final bem traçado (apesar das pontas soltas); não poderia se manter como volume único, mas fecha a história de maneira satisfatória.
Eu adorei o enredo criado pelo autor e a originalidade que permeia a obra! Os personagens são bem construídos e bastante encantadores, embora eu tenha ficado com um gostinho de quero mais em relação a Omar e Maya que não aparecem tanto quanto eu gostaria. Martin, entretanto, é um personagem maravilhoso!
Ressalto ainda que o livro traz algumas reflexões, justamente por tratar de uma sociedade super controladora onde a liberdade individual praticamente não existe. O assunto não é diretamente ligado à nossa realidade, porém o leitor atento irá conseguir fazer algumas conexões que o levarão a pensar bastante na sociedade em que vivemos (o que sempre é muito importante).
Agora eu mal posso esperar pela continuação desse livro, pois quero muito descobrir tudo o que há para ser descoberto!


PS: Uma das coisas que mais gostei no livro foi da criação das Morfélias! Elas são uma espécie de ser especial, embora sejam quase humanas. Com aparência humana, todas elas simplesmente aparecem na Vila e sempre ficam por conta das crianças e de alguns afazeres domésticos. Nunca questionam e são capazes apenas de respostas monosilábicas e que sigam uma lógica linear. Somente lendo o livro para entender o quanto essas personagens são estranhas e interessantes ao mesmo tempo. Espero que o próximo livro explore um pouco mais as Morfélias e revele um pouco mais sobre elas.
"Estavam em toda parte, invariavelmente tinham algo lógico para dizer e nunca eram imprevisíveis, como as pessoas muitas vezes são."

PS2: Sempre me chama a atenção quando alguma história menciona livros proibidos! Fiz um post há pouco tempo sobre a censura de livros - http://naniedias.blogspot.com/2012/01/censura.html - e não é à toa que ela acontece! Os livros são uma arma muito importante para a população: uma arma de desalienação.
"Os livros à venda eram todos aprovados pelos Anciãos, que antes os examinavam e diziam se eram seguros ou não para a população. Martin nunca compreendera aquela censura e sempre se perguntara de que forma um livro poderia 'não ser seguro' para alguém."

Nota: 9
Dificuldade de Leitura: 6


Leia mais resenhas em http://naniedias.blogspot.com
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Priscilla 31/05/2012

Desde o primeiro contato com o livro, me interessei. Só a sinopse já me deixou curiosa. Posso dizer que o livro me surpreendeu. Foi melhor do que imaginava e com certeza um dos melhores lidos este ano.


No começo da leitura somos recheados com mistérios. Conhecemos Martin, um garoto de quatorze anos, morador da Vila. Na Vila sempre foi noite, sempre é noite. Ela é cheia de lampiões que brilham e iluminam as ruas constantemente. A Vila é subjugada pelos Anciãos. Eles que a governam e a Lei Anciã deve ser seguida à risca. Uma das leis é que a cada seis meses um navio deve partir para o além-mar. Ele nunca retorna. Martin agora é órfão porque seu pai partiu no último navio. Ele está cercado de dúvidas: por que um navio deve partir? Por que ele nunca retorna? O que há no Além-Mar?

Ele divide essas dúvidas com seu melhor amigo, Omar, um apaixonado pelos livros. Decidem perguntar com cuidado para alguém discreto sobre Cristóvão, o pai de Martin. Maya, amiga dos dois e a paixão de Martin, os ajuda a descobrir a pessoa correta. Martin então acaba descobrindo que seu pai teve grande importância na Vila, ele, juntamente com um amigo, montaram uma editora e publicavam livros dos moradores. Livros incríveis. Tanto que foram proibidos pelos Anciãos. Martin e seus amigos decidem então criar um clube de leitura, onde o tema dos livros são coisas que nem imaginavam.

Não só a história do livro é boa e nos prende a cada letra, os elementos nela são muito bem construídos. Um deles que gostei bastante foram as morfélias. Elas são uma espécie de serventes. Sempre mulheres rechonchudas, muito parecidas. Elas que ensinam as crianças a ler e escrever. Elas só respondem o necessário, o óbvio e ficam confusas quando algo não é feito na lógica comum. Há também o canhoneiro, sempre sentado em uma grande cadeira de madeira com um canhão voltado para o mar, os Capacetes Escuros, a polícia da Vila. Todos esses elementos deixam a leitura ainda mais gostosa e interessante.

Noite sem Fim é um livro escrito por alguém apaixonado por livros. Vemos isso conforme avançamos na história. Os livros proibidos, o clube da leitura secreto, tudo isso mostrando como a leitura pode (e é) importante para nós. Omar, amigo de Martin é apaixonado pelos livros, Maya, paixão de Martin, é filha do livreiro. Em cada parte vemos o amor pelos livros aparente e quem também sente o mesmo amor delicia-se com cada um desses aspectos.

Noite sem Fim é o primeiro livro de uma série. O final é surpreendente e me deixou muito curiosa e ansiosa para o próximo volume.

Se você é apaixonado por livros, se eles fazem parte da sua vida e tem certeza de que são muito importantes nela, Noite sem Fim com certeza alimentará essa paixão. Super recomendado.
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Policial da Biblioteca
http://policialdabiblioteca.blogspot.com/2012/05/resenha-noite-sem-fim.html
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Sheila 01/02/2012

Resenha: "Noite Sem Fim - O Além Mar" (Roberto Pellanda)
Segundo as sinopses do livro, "A Vila é um lugar onde é sempre noite". Somente isso já bastou para aguçar minha curiosidade em desvendar o por quê desta noite sem fim (com o perdão do trocadilho) na qual desenrola-se a trama do livro.

Já de início somos apresentados ao personagem principal, Martin, um adolescente de 14 anos que tem dificuldade em entender as normas que regem a pequena sociedade onde cresceu. Neste lugar, onde as únicas luzes são as proporcionadas pelos lampiões e "sol" não é um conceito estabelecido, imperam normas rígidas, ditadas pelos Anciãos, que desde tempos remotos repassam a poucos escolhidos - e futuros Anciãos - o que encontra-se escrito nos livros da Criação, vedado a todos os outros.

Uma dessas Leis inclui viagens semestrais de homens para o "Além-Mar" - de onde na maioria das vezes estes nunca voltam - para as quais não existe explicação e não se permite questionamentos. É algo que simplesmente é. Além disso, a Vila é limitada por uma cerca que nunca deve ser transposta, às custas de o transgressor ser punido de forma extremamente severa caso se aventure a tal.

Martin, com a partida recente do pai em um destas viagens sem volta, passa a morar com seu tio e primo, com quem possui uma convivência conflituosa, e acreditar que há na partida de seu pai - voluntária, e não imposta como à maioria - muito mais do que se imagina. Começa a questionar-se fortemente a respeito de algumas destas leis tão absolutas e certezas que regem esta pequena cidade com aspecto medieval.
"Na verdade, ninguém na Vila (com exceção daqueles que iam para Além-Mar) conhecia qualquer outro lugar. os Anciãos, aqueles que supostamente sabiam de tudo, afirmavam com veemência que a Vila era única no universo. Eles diziam que era por isso que os navios que se afastavam muito jamais retornavam: eram engolidos pelo vazio".

Mas ha outras coisas piores que o vazio para aqueles que partem: há os seres que não devem ser nomeados, que mantém a cidade em uma clima de alerta constante, além de uma misteriosa névoa que aparece na Vila de tempos em tempos e parece tragar consigo uma boa parte de seus cidadãos, de forma aparentemente aleatória - tendo a mãe de Martin desaparecido numa das vezes em que esta surgiu.

Junto com seus amigos Omar, que trabalha com o pai em uma padaria, e Maya, cuja família trabalha com livros, Martin embarca em uma busca pela verdadeira história de seu pai, intimamente relacionada à busca pelas origens dos costumes e Leis dos Anciãos, o que parece estar encerrado em livros proibidos há muito tempo pelo regime vigente.

"Os livros à venda eram todos aprovados pelos Anciãos, que antes os examinavam e diziam se eram seguros ou não para a população. Martin nunca compreendera aquela censura e sempre se perguntara de que forma um livro poderia ser 'não seguro' para alguém".

Bom, eu acabei batendo um recorde particular com esse livro - li todas as 300 páginas em menos de 1 dia - e quase gritei de frustração quando terminei. Afinal, ele é apenas o primeiro volume, e por mais que muitos dos mistérios que envolvem a Vila sejam decifrados, ficam ainda muitas perguntas e questões por esclarecer (e que eu não vou contar quais são, vocês terão que ler!).

Lendo o livro, não tive como não me remeter a Harry Potter, J. K. Rowling - os três amigos, órfão, nomes impronunciáveis e outras coisas que deixarei para vocês descobrirem. Além disso, para quem viu o filme A Vila (The Village) escrito e dirigido por M. Night Shyamalan, há muita semelhança na demarcação imaginária dos limites desta cidade, o protecionismo paterno representado pelos Anciãos, e a coerção da vontade pela junção da inocência/ignorância que produzem medo.

Em resumo: eu achei um livro maravilhoso, bem escrito, envolvente e cativante pela forma como pode ser usado, ao olhar mais atento, como uma metáfora para o verdadeiro sentido da palavra Política e Poder. Recomendadíssimo.

http://www.dear-book.net/2012/02/resenha-noite-sem-fim-o-alem-mar.html
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RLeitora 22/03/2012

Resenha RLeitora - Noite Sem Fim
Este livro, eu recebi pelo booktour que estou participando junto com mais 4 blogs. Eu fui a primeira, e estou deixando meus pensamentos sobre a obra:

* Opinião sobre o estilo do autor
Roberto Pellanda tem uma escrita leve, com palavras simples e precisas. Ao que parece, o autor gosta muito do oceano, assim como o protagonista, pois em determinadas cenas é visto de longe o sentimento que o autor deixa em suas palavras - ou estaria eu muito errada?
Gosto muito da maneira como o autor escreve.


* Opinião sobre a história do livro
A história tem uma espacialização de 2 anos, e como um todo é muito inteligente e interessante. Martin, de início, é jovem e inconsequente, e com os tombos que vai levando, aprende a ser responsável. Seu romance com Maya é bonito e inocente - raridade hoje em dia! É uma obra sem vampiros, anjos, ou qualquer assunto bastante trabalhado pela literatura, porém há muito mistério e sobrenatural. Posso dizer que a história não é comum ou clichê.
Além do mais, é a primeira vez que leio um livro que fala sobre... livros! Na Vila só é permitido ler as obras permitidas pelas Anciãos - ou seja, quase nada. Como seria não poder ler o que desse vontade? Sinceramente, a angústia me tomou diversas vezes com este pensamento.
A Vila é uma cidade com características medievais, à beira do mar. É sempre noite na Vila. A cada seis meses sai um navio para o Além-Mar com recrutas que nunca retornam. Motivo? Leis dos Anciãos, que o leitor acaba descobrindo ser... algo surpreendente (não acharam que eu ia contar a surpresa, né?)
Gostei muito das passagens de Martin com seus amigos - não só Maya e Omar.
Interessantíssima a cena onde há a luta entre os moradores da vila e o Knucks - realmente é de perder o fôlego!

* Opinião sobre a forma, o modo como a história é contada
Não há floreios. Sua narrativa é muito interessante, em terceira pessoa, o que dá muito mais visualização do leitor sobre a obra.
A maior parte do livro está centrada em pensamentos e descrições. Poucos diálogos, e mesmo assim o texto não é cansativo.


* Aspectos positivos
O livro como um todo é muito interessante. O romance de Martin e Maya é bacana, assim como Omar - me diverti muito com ele!A questão tratada sobre os livros também é inovadora e fantástica. São detalhes que fazem toda a diferença!


* Aspectos negativos
Penso que foi avisado cedo demais que o pai de Martin era dono de editora. Assim o leitor já desconfiava porque ele foi para o Além-Mar - sendo que o legal é quando o leitor descobre junto com o personagem.


* Observações
O livro tem uma qualidade excelente e a diagramação é muito bem feita. A capa tem um desenho que representa a vila onde Martin mora, o que acaba deixando o leitor muito à vontade para imaginar as cenas desenrolando - já que o livro é bastante descritivo sobre o cenário.


* Correções ortográficas e/ou gramaticais
Não encontrados.


* Avaliações de conteúdo e coerência
O livro tem história e narrativa muito boas. Acredito que é uma das obras mais bem escritas da atualidade no Brasil. A história é concisa e interessantíssima. Já estou ansiosa pelo segundo volume!


Vale à pena ler, sim! Muito!
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Adriana 13/05/2012

Noite Sem Fim chegou até mim através da Book Tour mega concorrida que o autor organizou e da qual tive a sorte de participar. Antes de mais nada, preciso elogiar enormemente a organização e rapidez no BT. Não querendo desmerecer o trabalho de outros autores, mas podendo comparar, fiquei com a impressão de que vale mais a pena organizar melhor o projeto e enviar o livro para menos gente do que se estressar e ainda correr o risco de perder o livro, como já houveram casos. Para vocês terem uma ideia, entrei no BT de Guardians em outubro do ano passado e era a quinta do grupo a receber o livro. Recebi o livro na mesma semana que Noite Sem Fim, cujo BT começou no início de março e minha posição era a número quatro o.O Sem contar a comunicação clara… Guardians eu recebi de surpresa, enquanto Noite Sem Fim recebi o código de rastreamento antecipadamente e pude acompanhar a entrega. Em grande parte as dificuldades nos outros BT’s se deveram à falta de noção de alguns participantes sério, teve gente que ficou mais de dois meses com o livro, outros que sumiram com o mesmo, mas mesmo assim, valeu a pena poder ter duas experiências tão distintas.

O livro em duas palavras: leitura obrigatória! Este é mais um livro nacional que eu tenho o prazer de recomendar aos quatro ventos. Uma obra que tem tudo para agradar aos jovens leitores e aos nem tão jovens assim. Distopia, romance, ação, aventura e muito mistério são os ingredientes usados por Roberto Campos Pellanda para criar esta obra magnífica.

A história é tão fantástica que eu gostaria de compartilhar com o mundo. E começo com vocês, meus leitores. A narrativa gira em volta de Martin, uma garoto cujo pai partiu para o Além-Mar. Ele e seus amigos se veem as voltas com os mistérios que rondam a Vila e viverão altas aventuras para chegar ao fundo da questão.

Se a história já tinha tudo para me conquistar com estes ingredientes, o fato de ser uma declaração mágica de amor aos livros só serviu para confirmar minhas altas expectativas. Com citações tão belas e tão verdadeiras para mim logo no início da obra, como não amá-la?

“Há algo mágico: continuo comprando livros. Não posso ler todos, mas sua presença me ajuda… Essa gravitação silenciosa, sentir que estão ali…”

“Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de livraria.”

Jorge Luís Borges (citações de abertura)

A narrativa é rápida, fluída e daquele tipo que prende o leitor sem dar chance ao sono, aos estudos ou qualquer outra tarefa que se interponha entre você e o final da história. Estou em polvorosa pela sequência, que segundo o autor poderá ser publicada ainda este ano e tem o título de O Primeiro Amanhecer.

Não posso deixar de reafirmar o quanto esta é uma leitura obrigatória. Os fãs de livros, num contexto geral, vão amar uma obra onde eles são basicamente o foco de tudo, pois como disse, há inúmeras declarações de amor a eles. Sem contar que é uma distopia, gente: gênero literário que está em alta por um bom motivo, né =P. E Roberto adaptou muito bem este estilo a um cenário sombrio e misterioso, uma Vila onde sempre é noite.

Durante a leitura fiquei me perguntando inúmeras vezes como seria a experiência de viver num lugar onde sempre é noite o.O Se formos parar para nos colocar no lugar da população da Vila, veremos o quanto isso é assustador… Claro que para eles não existe outra forma de ver o mundo, mas mesmo assim, noite é uma coisa tão desagradável que a usamos para dormir, hehehe! Brincadeirinha, eu até gosto da noite, mas acho que definitivamente não conseguiria viver nela eternamente, não!

Vocês podem conferir maiores informações sobre o livro na fanpage, no Skoob, no site do autor ou no Twitter. De qualquer forma, deixo aqui a minha recomendação de um dos melhores YA books eu já li. É uma felicidade ser nacional ainda por cima, mercadoria totalmente brazuca!!! Dúvidas de que recomendo?!

Resenha em: http://mundodaleitura.net/?p=3547
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Lívia 29/07/2012

Vale a leitura!
O livro de Roberto Pellanda, Noite sem Fim, eu peguei sem pretensão alguma, confesso. O livro, sim, me chamou a atenção pela capa e sinopse (que vocês podem conferir neste LINK), afinal, como assim alguns livros são proibidos nessa vila que nunca viu o sol nascer?

O personagem principal, Martin Durão, é encantador. Com seus 14 anos, é um jovenzinho determinado, adorador da leitura por influência de seu melhor amigo Omar e apaixonado pela linda Maya. A Vila, entretanto, tem segredos que esses três não entendem. Segredos perigosos que, se desvendados, podem mudar tudo o que eles conhecem.

O que tornou Martin encantador para mim é justamente sua personalidade. Ele quis seguir os passos do pai, entender por que algumas pessoas somem sem explicação na Vila, por que os Anciãos apenas dizem que tal coisa é certa ou não, por que não pode ultrapassar a fronteira da Vila e, ainda, o que há de tão perigoso no Além-Mar?

Há, sim (e confesso que remeti bem ao início), algumas similaridades com Harry Potter, pois Martin é órfão, vive com um tio mal-amado e um primo mimado, tem dois amigos, o garoto Omar e a menina Maya, e uma cicatriz a princípio sem explicação em seu peito. Mas tudo para por aí!

Contudo, buscar explicações, desvendar segredos, nem sempre é uma coisa boa. E as consequências podem ser desastrosas. E é tudo isso que torna a noite da Vila a noite mais escura de todas.

Depois dessa mostra surpreendente em Noite sem Fim, anseio pelo lançamento de O Primeiro Amanhecer, segundo livro da série O Além-Mar, cujo prólogo pode ser lido ao fim de Noite sem Fim para nos atiçar ainda mais!

Respondo, então, à dedicatória da Roberto C. Pellanda que há em meu livro, e que ele tão carinhosamente a escreveu na I Odisseia de Literatura Fantástica, em Porto Alegre:

"Lívia,
Espero que você encontre muitas alegrias nas ruas da Vila!"

Pois eu encontrei, Roberto! Muitas! E anseio pelo segundo volume dessa série deliciosa.
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Lina DC 01/09/2012

Se eu tivesse que descrever esse livro em uma única palavra: mágico. Vou explicar melhor: quando comecei a ler o livro, não sabia muito bem o que esperar. A sinopse me intrigou (principalmente por ter a situação de livros proibidos – esse é o problema de quem gosta muito de ler rs) e eu comecei a ler o livro com muita curiosidade. Geralmente, eu me programo para ler dois livros por semana, mas Noite sem fim foi lido em uma noite, ou melhor, em uma madrugada, porque simplesmente não consegui largá-lo até chegar à última página, curiosa para saber o que iria acontecer no próximo livro. O autor, Roberto Campos Pellanda, soube descrever de modo fantástico, uma história que envolve monstros, anciões, livros proibidos e cientistas malucos rs (ou melhor, excêntrico rs – outro motivo pelo qual eu amei o livro. Gostaria de ter habilidades para me tornar uma cientista maluca!). Como explica a sinopse, Martin é um jovem que ficou órfão e foi morar com o seu tio e o seu primo (os personagens para quem eu mostrei a língua o tempo todo durante a leitura). Até aí, seria considerado uma situação normal dentro da Vila, mas Martin acaba ouvindo uma conversa que não devia, onde ele é visto como uma preocupação pelos anciões. Com a sua mente curiosa, Martin, junto com o seu melhor amigo Omar e Maya, vão descobrir uma grande conspiração que assola a vila. O legal dessa história, é que essa conspiração é elaborada com calma, ocorre passagens de tempo importantes, não é aquela correria onde um adolescente, recém-saído da infância luta contra tudo e todos. Outro ponto que me fez amar o livro é a integridade dos personagens. Personagens que sofrem opressão, que são ameaçados e mesmo assim lutam pelo que é certo, defendem seus amigos e protegem aqueles que amam. Omar e Maya são fiéis a amizade com o Martin até o fim, e vice-versa. Martin se arrisca pelos amigos também, mas não só pelos amigos, por estranhos, apenas porque é o certo a se fazer. Sério, como não se apaixonar pelo livro?
Estou na expectativa pela continuação do livro, e quero finalizar minha resenha deixando os parabéns para o autor, por criar um local tão mágico.
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Danielle 07/12/2012

Simplesmente fabuloso
Só com a capa eu já perdi uns bons minutos, achei linda. Mas o conteúdo em si me deixou encantada. Martin é jovem, curioso, um verdadeiro amigo. Omar é daquele tipo de amigo que mesmo sabendo que vai acabar em encreca apoia o Martin. A Maya sabe o que quer e não admite que tomem decisões por ela.

O que esperar destes três juntos?

Uma demonstração terna de amizade, uma série de confusões.

Leitura rápida, enredo envolvente.

Sinceramente fiquei doente só de imaginar a restrição quanto aos livros. Ter de ler o que cinco anciãos liberam e nada mais, sem possibilidade de surgir um novo escritor.


E quando chega a ação. Uau, eu fiquei nervosa, orgulhosa, apreensiva, aliviada. Não pense que tudo acalma, pois tem a reviravolta.


Recomendo totalmente. E já estou aqui ansiosa para que "O primeiro amanhecer" seja lançado.
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Rosana 17/01/2013

Noite sem Fim
Olá!

Literatura fantástica é sempre um prazer ler e quando bem escrito e nacional, melhor ainda.

Eu tive uma agradabilíssima surpresa com a história de Noite sem fim. Da diagramação à trama. A história é bem desenvolvida e cheia de mistérios.

Ao iniciar a leitura somos transportados para um mundo onde é sempre noite e muitos mistérios estão para ser descobertos. Conhcemos a Vila através dos olhos de Martin, um garoto de 14 anos, muito inteligente e órfão há pouco. Há muitos anos ele perdera a mãe durante um episódio parte dos muitos mistérios da Vila, e há pouco seu pai, na viagem do navio Tierra Firme.

Seguindo a Lei dos Anciãos, parte um navio a cada seis meses e que quase nunca volta, ninguém sabe o motivo dessas viagens para Além-mar, ninguém conhece Além-mar e é proibido aos pesqueiros se afastar muito da Vila, também há proibições sobre outras áreas, como passar da Cerca que divisa o fim do Vila, há livros proibidos e quem questiona ou faz algo que os Anciãos possam desaprovar são punidos.

"Martin sempre percebera que os Anciãos defendiam aquele ponto de vista com muito vigor, talvez até mesmo com raiva. Mais de uma vez teve vontade de qustioná-los; como podiam ter tanta certeza? Eles próprios nunca haviam deixado a Vila. E por qual motivo os navios zarpavam a cada seis meses para o Além -mar? Por que haveriam de partir se não existia nada lá fora?"

Pouco a pouco o adolescente vai descobrindo o que há por trás dos acontecimentos que cercam os habitantes da Vila. E que a Lei dos Anciãos que dita tudo por lá pode estar escondendo um segredo que talvez seja parte de uma horrenda conspiração. E junto com Martin vamos pedaço por pedaço, juntando esse emaranhando de mistérios.

O tempo é dividido em hora de descansar e hora de trabalhar,como mencionei só há noite e as ruas e casas são iluminadas por lampiões e velas, as crianças vão até os doze anos para escola onde são educadas pelas Morfélias – seres que parecem humanas, mas tem um pensamento direto, sim ou não, e também são em muitas casas as que cuidam das tarefas da casa. E a sociedade não tem muitos direitos, são controlados, até o que pensam, pelo pulso firme dos Anciãos.E há também outros seres, afinal é um livro de fantasia e uma realidade diferente , apesar dos simbolismos e outras similaridades com a nossa realidade.

Mas Martin não está só, conta com seus amigos Omar e Maya que juntos criam um clube do livro, com edições banidas pelos Anciãos e isso leva a um desfecho duro para Martin, mas que é crucial para o entendimento dele desses grandes mistérios que envolvem a trama.

Estou muito ansiosa pela continuação – O primeiro amanhecer – que está em pré-venda.

Agradeço e muito pelo livro que recebi do autor, que diz ser sua declaração de amor aos livros e realmente é.

Uma escrita e revisão impecáveis. A capa e gravuras nos remetem diretamente a história.

Recomendo e muito.

http://livrologos.com.br
Rosana Gutierrez
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Núbia Esther 31/01/2013

A Vila é um lugar onde sempre é noite e vive sobre a rígida Lei dos Anciãos, lei essa que determina que a cada seis meses um navio deve partir para o Além-Mar, navios esses que nunca retornam…

É sob a ótica de Martin, um garoto de 14 anos, que conhecemos a história. Ele ficou órfão há seis meses, quando o pai embarcou em um desses navios. O garoto vive atormentado por perguntas sobre o regime Ancião e tem como companheiros de indagações o melhor amigo Omar e a garota de seus sonhos Maya. Além disso, os três também partilham uma paixão: os livros. São esses os fatos que Roberto Campos Pellanda nos conta sobre seu livro no Prefácio de apresentação e ele soube vender sua obra muito bem, eu que já estava curiosa sobre o enredo de Noite Sem Fim fiquei ainda com mais vontade de iniciar a leitura.

“- É verdade. Ainda somos um grupo, Martin. Um grupo clandestino de pessoas que querem ver todos os livros liberados na Vila e que gostariam de discutir a Lei Anciã. Ainda existem pessoas como o seu pai lá fora.”

A Vila é o típico mundo distópico. Para começar, os cidadãos estão confinados à ela, vivem aterrorizados com os limites marítimos, lar de criaturas selvagens que ocasionalmente visitam a Vila espalhando o terror, e o responsável por levar para longe seus entes amados, e por outro lado temos as fronteiras terrestres, ultrapassar a cerca é crime severo e os que já o fizeram experimentam sensações alucinantes. O sistema político também é dos mais severos, atende os interesses de uma minoria que usa artifícios antigos para exercer seu poder usurpador, poda qualquer tentativa reacionária e transforma o poder do conhecimento em algo criminoso.

“A medida era chocante. Quem seria ele se não tivesse lido todos os livros que havia lido ao longo da vida?”

Desde que seu pai partira e Martin está condenado a viver com o tio e o primo que não gostam dele, o garoto vive descontente com a situação que a Vila enfrenta, com as leis severas dos Anciãos e com as injustiças provocadas contra aqueles que não pertencem ao grupo dominante. E junto com os amigos ele começa a buscar por respostas às suas inquietudes, descortinando para o leitor uma série de personagens folclóricos e excêntricos, que tiveram no passado uma relação estreita com seu pai. Eles também se deparam com misteriosos livros (proibidos pelo regime) que falam sobre ciência, política, história e suscitam ainda mais questionamentos nos garotos. Questionamentos que os colocam em sérios perigos… Qual o grande segredo Ancião? Que fenômeno misterioso é esse que faz a Vila estar condenada eternamente à noite escura?

Literatura juvenil envolvendo o amor pelos livros, a luta pela liberdade, política, ficção fantástica e científica… e com ótimos personagens: um protagonista cativante, com amigos igualmente cativantes e antagonistas no sentido estrito da palavra, maus e asquerosos. E ainda que o clichê garoto órfão com uma cicatriz ocasionada por um passado traumático e que desperta o interesse dos que estão no poder, seja utilizado, o enredo criado por Pellanda é bastante envolvente. Só tenho ressalvas quanto ao trabalho de diagramação que deixa a desejar em alguns momentos, como por exemplo, nas citações que encerram a primeira parte do livro. Elas são apresentadas na mesma fonte e estilo do resto do texto, o que deixou tudo muito confuso. Umas aspas e uma grafia em itálico fariam toda diferença. Mas, tirando isso Noite Sem Fim é uma leitura que recomendo à todos que curtem um bom romance juvenil, vale a pena dar uma chance às aventuras de Martin. Não vejo a hora de saber como essa história irá terminar, a boa notícia é que a continuação e conclusão dessa história não tarda a ser publicada: logo mais O Primeiro Amanhecer já estará por aí.

[Blablabla Aleatório] - http://feanari.wordpress.com/2012/11/06/noite-sem-fim-roberto-campos-pellanda/
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Estante Mofada 05/05/2013

Noite sem fim
Martin é um menino de 14 anos que mora na Vila, uma cidade onde sempre é noite e que é administrada pelo conselho Ancião, um grupo de cinco homens que seguem rigidamente os princípios apontados nos Livros da Criação, cujo acesso é restrito apenas aos Anciãos.
Um desses princípios é que, a cada seis meses, um navio deve partir para o Além-mar, embora, por razões desconhecidas, esses navios quase nunca voltam, exceto muito raramente, em casos especiais.
A mãe de Martin, Joana, desapareceu quando ele ainda era um bebê, e seu pai, Cristóvão, nunca falava dela. Foi ele que criou Martin, mas ele teve que abandonar seu filho seis meses atrás, quando foi selecionado para participar da tripulação do Tierra Firme, um dos navios que partiu para o Além-mar
Um dia, após ouvir uma conversa de seu tio com o Zelador da Vila (lá, o Zelador era como o prefeito; organizava a construção e a reforma dos lugares, ajudava aqueles que precisavam, participava dos julgamentos, cobrava impostos e etc.), e começa a pensar na razão - que, até agora, havia sido mantida em segredo pelos Anciãos - da constante partida dos navios para o nada, sabendo que eles, provavelmente, não voltariam...
Aí é que entram Maya, amiga de Martin (que sofre de uma 'quedinha' por ela) cujos pais eram donos da Livraria da cidade e Omar, melhor amigo dele, filho dos donos da Padaria da Vila.
Os três amigos formam um clube do livro, o que é considerado ilegal, para descobrir o porque dessa lei sobre os navios. Mas, infelizmente, as informações que precisam são extremamente restritas, e só podem ser encontradas nos livros proibidos. Esses livros eram proibidos pelos próprios Anciãos, que não aprovavam qualquer tipo de questionamento sobre as leis que eles se baseavam, já que isso poderia gerar uma revolta.
Juntos, eles vão descobrindo cada vez mais coisas sobre a origem de sua constituição e suas leis, e começam a ter ideias e hipóteses de como levar amais à fundo suas investigações, porém, sem serem descobertos pelos Capacetes Escuros (que são os policiais locais).
Embarque nessa grande aventura com Martin, Maya e Omar, e descubra os segredos mais obscuros que a Vila tem a esconder...
Eu acho que não sei bem o que dizer desse livro, pois ele foi, para mim, realmente surpreendente. Os personagens são super reais e originais. O cenário da Vila é simplesmente perfeito para um livro desse tipo, já que lá, sempre é noite, e tudo fica mais empolgante e tenso durante a noite.
Enfim, foi um livro perfeito, que nunca esquecerei, de tão bom que ele é! Super recomendado para absolutamente todos; meninos e meninas de todas as idades!!

Resenha extraída de: www.blogestantemofada.blogspot.com.br
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Caverna 07/07/2013

A Vila é um local escuro e com um clima um tanto quanto sombrio e sereno. Os dias de quem lá vivem, os horários de trabalho, são sob a escuridão de um céu sem Sol, iluminado apenas pela luz amarela dos lampiões que recobrem a Vila.
Os cidadãos da Vila vivem às regras das Leis Anciãs, Leis absolutas que foram criadas apenas para a prosperidade da população e não devem ser contestadas. Eles se acostumaram a viver com medo de tudo: da Cerca, do Além-Mar e dos monstros que este traz... Acostumaram, inclusive, a ver os navios partirem a cada seis meses para o Além-Mar, numa viagem sem volta, mesmo sem nem mais terem certeza do porquê era feito.
Restrições, medo, escuridão e um toque invisível de magia encobrem a vida de Martin Durão, que vive agora, órfão, com seu tio e seu primo, após a partida do pai para o Além-Mar no Tierra Firme. Martin possui dois melhores amigos, amantes dos livros como ele: Omar, o filho do padeiro, e Maya, filha do livreiro.
Contudo, Martin sempre foi de pensar e questionar demais. E a coisa começa a piorar quando ele presta cada vez mais atenção nas injustiças das Leis que regem a Vila desde sempre; assim, ele começa a se questionar e a questionar seus amigos...
Por que os navios têm que partir a cada seis meses? O que acontece se eles não partirem? Por que apenas um navio voltou, durante toda a História da Vila? O que há no Além-Mar? E por que uma mãe não pode chorar e se revoltar pela perda de seus filhos para o Além-Mar, sem que seja presa pelos Capacetes Escuros?

site: http://hangoverat16.blogspot.com.br/2013/02/noite-sem-fim.html
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