Incidente em Antares

Incidente em Antares Erico Verissimo




Resenhas - Incidente Em Antares


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venusy 21/09/2023

A minha tristeza é pensar que nunca vão escrever algo como isso aqui outra vez.

erico veríssimo construiu nesse livro uma narrativa instigante e envolvente, combinando assuntos como política e história com devido humor. os personagens são retratos vívidos da sociedade brasileira em um reflexo microscópico do nosso país, representado pela figura da cidade de Antares.

o melhor aqui, além de entender o contexto geral da obra, é conseguir compreender tudo que o autor tenta expressar nas entrelinhas, tendo em vista a política brasileira da época.
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Kleylton.Bandeira 18/09/2023

História Viva do Brasil
Sem sombra de dúvidas, um dos livros mais fantásticos que já li em toda a minha vida!

Um passeio pelas páginas vivas da história do Brasil, desde a República Velha até a Ditadura Militar.

De uma forma genial, colocando cada pingo em seu devido i, numa hora de maneira dura, noutra de maneira bem humorada, o autor nos agracia com um testemunho sobre o seu tempo, fazendo duras críticas à violência praticada sob todas a matizes ideológicas e ao modelo de gestão patriarcal, alimentado por uma sociedade serviçal, desonesta e hipócrita, que o Brasil insistia em mantê-lo desde os tempos do império.

Se eu pudesse descrever essa obra prima em poucas palavras eu a descreveria como sendo um verdadeiro "libelo pela liberdade".

Uma nação somente saberá pra onde vai se ela souber de onde vem, e essa obra nos coloca no mapa da nossa existência!

Tenho dito que a história reside na vanguarda do presente.

"A liberdade é, e sempre será, a matéria-prima das artes e do pensamento".
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Tati.Lima 08/09/2023

Esse livro é uma comédia, literalmente...
Genteeeeeee...Vc pense num livro q narra os acontecimentos após a morte de 7 cidadãos da Cidade de Antares. Nunca imaginei q um dia leria um livro sobre 7 fantasmas fofoqueiros. Sériooooooo...7 fantasmas fofoqueiros. Descobrimos q o ser humano, mesmo depois da morte pode não conseguir se libertar do seu lado fofoqueiro. Basicamente, essa é a treta desse livro. 7 pessoas da cidade de Antares morrem, bem no dia da greve dos funcionários do cemitério, então, nenhum deles consegue ser enterrado, então, revoltados eles saem dos caixões começam a vagar pela cidade pra ver o q o povo responsável pela greve, faz quando ninguém tá vendo e se reúnem na pracinha pra tacar titica no ventilador. Realmente rende muita coisa engraçada. Sinceramente, o livro é dividido em 2 partes, mas a cerejinha do bolo, com certeza é a segunda, q é onde rola a revolta dos mortos, seguido pelo puro suco da fofoca pós-morten...É uma leitura realmente muito boa. Meu primeiro contato com Érico Veríssimo, é eu realmente amei.
Davi785 08/09/2023minha estante
Vc conseguiu despertar minha curiosidade para ler esse livro, vou até por em minha lista, obrigado! kkkkkk




Procyon 20/08/2023

Incidente em Antares ? comentário
?Às vezes neste mundo é preciso mais coragem para continuar vivo do que para morrer.?

O último romance escrito pelo conterrâneo gaúcho Érico Veríssimo é uma obra magistral que utiliza elementos do realismo fantástico e discute o contexto do Brasil no século XX. Usando do sobrenatural, o autor faz um jogo assaz astuto do irreal com o real para realizar uma crítica social que envolve tanto dimensões micro (relações familiares, hipocrisia, rivalidade) quanto macro (a violência do regime militar, a chegada da indústria estrangeira no país, a tortura, a corrupção, o mandonismo, coronelismo etc.).

?A progressão social repousa essencialmente sobre a morte. Os vivos são sempre e cada vez mais governados pelos mortos.?

Esta ?ficção distópica?, ou sátira política, de Veríssimo, serve como uma alegoria: Antares, a ?terra das Antas?, parece se dar como um microcosmo do Brasil (ou mesmo da América Latina). Aliás, há ambiguidade tanto no nome da cidade ? pois, além de ?terra das Antas?, pode representar a estrela, localizada na constelação de Escorpião, de mesmo nome, e, que, em algumas culturas estava associada às grandes transições (apesar da própria ser conhecida como um astro de variabilidade lenta) ? quanto no seu final nem tão loquaz, mas eloquente. Desse modo, fica clarividente no livro de Veríssimo a dificuldade de se encarar os mortos, que representam um passado. Das máscaras das representações sociais, os mortos mostram não só ?um país de antas? ? até porque é muito fácil assim dizê-lo ?, mas também um país que se apressa em esquecer, e um país onde as mudanças, o dito ?progresso?, se demora a chegar.

Apesar de semelhante a O Tempo e o Vento (pelo menos O Continente), Incidente em Antares difere um pouco desse na tratativa de um aspecto mais nacional, enquanto o primeiro se aplicava mais a um tipo de regionalismo muito particular de ?nosso? Érico Veríssimo. Ainda assim, assemelha-se também na estruturação como um épico, todavia Veríssimo assimila um certo valor experimental, e até mesmo pessoal, pois tem a coragem, digamos assim, de se inserir na narrativa (tanto nominalmente, quanto na figura do professor Terra), abdicando do distanciamento confortável da narração e adquirindo um teor de fragilidade. E é talvez dessa fragilidade que advém seu caráter transcendente e atemporal, seu aspecto lírico, épico e sublime.

?Pense na História e me diga quando, em que tempo o ridículo não andou de braço dado com o sublime.? (p. 147)
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Edy 17/08/2023

Uma leitura leve e fluida, que fala sobre o cenário político do Brasil de maneira cômica. Uma leitura que expõe a forma que política brasileira funciona.
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BarbaraDSB 11/08/2023

Incidente em Antares se refere ao incidente com os sete mortos que servirá para representar os pecados capitais que desde o início do povoamento de Antares foram demonstrados. O autor utiliza a linguagem simbólica, própria da literatura e da teologia, para possibilitar observar elementos dentro da obra que indiquem a ambivalência da natureza humana, em que o Bem (virtudes) e o Mal (pecados) inevitavelmente coexistem.
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Jeff_Rodrigo 28/07/2023

Não existe melhor livro de apocalipse zumbi que este!
Livro incrível! Foi o segundo do Érico Veríssimo que li. A construção do enredo, com um retorno ao passado da cidade e dos antepassados dos principais personagens, revela uma interessante homenagem ao materialismo histórico-dialético. Os mortos não sepultados assustam os habitantes não só pela situação em si, mas também pelos segredos e cicatrizes não fechadas que as suas histórias, contadas através de suas próprias bocas, revelam. Esse é um livro que me divertiu e me fez refletir sobre mim e o meu próprio lugar - ainda mais no ano de 2021, no auge da Pandemia de COVID-19.
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Nicole 26/07/2023

Amei!
Apesar de muito longo e demorado em trechos que a principio sao irrelevantes, todas as passagens servem pra dar o tom da história. Não é uma leitura que agrada a todos, mas pra mim foi bem gostoso de ir lendo aos pouquinhos o desenrolar da fantasia e tentar ler as entrelinhas. As criticas políticas pontuais também foram de extrema relevância na leitura pra mim.
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Clio0 21/07/2023

O primeiro que li de Verissimo e ainda é o meu favorito.

Nesse livro, o autor traça a formação política-social das cidades pequenas no interior do Brasil. Não importa de que estado você é, a história é sempre a mesma.

Os personagens mortos são todos arquétipos conhecidos: a Matriarca, o Coronel, o Jornalista, etc. que voltam a vida e resolvem tomar parte daquele ato democrático que faz parte da vida de todo mundo - a greve. Assim, não confunda esse com um livro de zumbis, a trama não é sobre eles, e sim sobre como sua aparição mudou ou não a rotina de Antares.

Recomendo.
Mateus.Frota 29/03/2024minha estante
Também é meu favorito!




Julia 16/07/2023

O livro é dividido em 2 partes: a primeira parte contextualiza a cidade fictícia de Antares no decorrer de toda a história do Brasil e do Rio Grande do Sul, numa linha do tempo que contém mais de um século, já a segunda parte se concentra de forma intensa nos poucos dias que envolvem o desenrolar do incidente em questão.

A leitura me surpreendeu pois imaginei que seria apenas uma obra cômica sobre mortos não sepultados que voltam para atormentar alguns de seus conhecidos, mas percebi que a essência da obra não está no incidente em si, mas em todo o pano de fundo político que sustenta a narrativa. É surpreendente pensar que este livro, que foi lançado em 1971, em plena ditadura militar, não tenha sido censurado na época, pois traz diversas críticas a esse regime e apontamentos irônicos sobre os personagens que o defendem. Apesar de ter sido escrito há cerca de 50 anos, as questões abordadas no livro são muito atuais e mostram como a história se recicla e se repete.

Embora a leitura tenha se arrastado em alguns momentos, finalizei ela com um apego a alguns personagens e com a sensação de ter sido realmente marcada pela sua história.
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Alexlivros 12/07/2023

Livro rico e criativo
Incidente em Antares desenrola-se como pano de fundo cronológico o 11 de dezembro de 1963. A história descreve uma greve geral ocorrida na cidade fictícia de Antares, no interior do Rio Grande do Sul. Relata-se que o fornecimento de energia é interrompido, os telefones não funcionam, e os coveiros também decretam greve. Dois dias depois, numa sexta-feira 13, sete pessoas morrem, dentre elas Dona Quitéria, uma matriarca e rica da cidade. Insepultos e indignados, os sete defuntos resolvem agir: exigem ser enterrados. Assim, reunidos no coreto da praça da cidade, decidem empestear o ar da cidade com a podridão de seus corpos em decomposição. Enquanto ninguém os enterra, eles resolvem acertar as contas com os vivos e passam a bisbilhotar e infernizar a vida dos familiares. Assim, podridões dos vivos são escancaradas em plena praça pública da cidade para que todos tenham acesso, causando uma confusão social, familiar e pessoal na vida dos habitantes.
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