Incidente em Antares

Incidente em Antares Erico Verissimo




Resenhas - Incidente Em Antares


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Julia.Dani 13/11/2022

Incidente em Antares
Simplesmente perfeito, é uma alegoria que serve como pano de fundo para contar sobre a história do Brasil. O livro é tão atual, é estranho perceber que ainda temos os mesmos problemas, as mesmas questões e as mesmas ideias da época em que foi escrito. O sarcasmo do Verissimo sem dúvidas é a melhor parte!
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Márcia 08/11/2022

Incidente em Antares - Erico Verissimo
Ultimo romance de Erico Verissimo publicado em 1971. A ideia do livro surgiu meio por acaso, Verissimo foi visitar sua filha nos Estados Unidos e leu a respeito de um greve de coveiros em Nova York. Viu uma fotos em que vários caixões aguardavam do lado de fora do cemitério para serem enterrados e pensou: e se os mortos voltassem e fizessem uma greve? A ideia ficou martelando em sua cabeça e, em seguida, ele escreve Incidente em Antares.
Esse é um livro divido em duas partes. A primeira parte do livro é uma introdução da história e o incidente mesmo ocorre na segunda parte do livro.
Na primeira parte do livro o autor descreve para o leitor um panorama histórico da cidade de Antares, do estado do Rio Grande do Sul e do Brasil. O foco desse panorama histórico está na politica desde dos primórdios do país até o início da década de 70.
Antares é uma cidade fictícia criada pelo autor que fica na região de São Borges, as margens do rio Uruguai e essa é uma cidade que antes de ser conhecida como Antares , se chamava Povinho da Caveira.
O nome da cidade foi em homenagem a estrela de Antares, que na região é bastante nítida. Mas, a grande maioria da população acha que a cidade recebeu esse nome porque a região tinha muitas antas.
Nessa cidade fictícia vamos ter a representação da sociedade brasileira daquela época, início dos anos 60. A cidade é dominada por 2 famílias rivais : os Vacarianos e os Campo Largos .
Os Vacarianos representam o lado conservador, o chefe dessa família, no início dos anos 60, como um grande patriarca. Xisto um falso moralista, que preza pela família mas que tem uma amante.
Os Campo Largos é uma família mais voltada para o lado progressista, eles são muito interessados em novidade, sua representante é uma mulher, Dona Quitéria, configurando um matriarcado. Essas famílias aos poucos vão se aproximando e tem interesses e objetivos em comum em se tratando de poder e política.
Ao mesmo tempo que narra as histórias das duas mais importantes famílias de Antares, conta a história política que envolve Getúlio Vargas, representante do Rio Grande do Sul e futuro presidente do Brasil e, que no início de sua carreira política foi muito próximo a uma das famílias de Antares.
A vida da cidade começa a mudar quando um certo dia chega na localidade algumas pessoas que vão fazer uma pesquisa histórica sobre a cidade. Estão registrando os fatos e vão publicar um livro após a pesquisa. Essa pesquisa não é vista com bons olhos pelos moradores da cidade,
Na segunda parte do livro, que descreve o incidente propriamente dito, inicia em 1963 com uma crise no país que vai afetar Antares. O país em greve e Antares vai aderir com uma greve geral na cidade. Nenhum estabelecimento aberto, inclusive o cemitério da cidade.
No dia da greve, para infelicidade geral, morrem 7 pessoas e não há ninguém que os enterrem. Na verdade, a greve podem levar dias para terminar e os caixões com os corpos ficam aguardando na calçada para serem enterrados.
Um ladrão da cidade fica sabendo que Dona Quitéria, a matriarca dos Campos Largos, seria enterrada com suas joias. Na calada da noite, resolve ir ao cemitério roubar as joias de Dona Quitéria e ao abrir o caixão, ele descobre que ela não está com suas joias e que a morta não está propriamente morta, ela levanta do caixão.
Dona Quitéria se dá conta que ela, apesar de morta, continua pensando, se movimentando, resumindo, o corpo continua funcionando. Ela abre o outros caixões e percebe que os outros mortos estão na mesma situação que ela.
Quem são os mortos: Dona Quitéria, a matriarca da cidade; Barcelona, o sapateiro anarquista; Cícero, o advogado da região; João, um militante que morreu torturado pelo delegado de Antares; Pudim de Cachaça, o bêbado da cidade que morreu envenenado pela esposa; Menandro Olinda, o pianista da cidade que comete o suicídio; e por fim, Erotildes, a prostituta da região que morreu em decorrência de uma tuberculose que foi agravada por negligência médica.
Na verdade, esses mortos representam partes da sociedade da cidade de Antares. Os mortos conhecem e conviveram com as grandes figuras da região, eles representam na história, os 7 pecados capitais.
Os mortos se unem em um objetivo comum, serem enterrados com dignidade. Eles deixam o cemitério e vão para a cidade entender o que esta acontecendo e convencer a população que os enterrem o mais rápido possível.
Cada um dos mortos vai fazer uma visita, resolver uma pendência e combinam de se encontrarem no correto da cidade as 12hs e se a situação não for resolvida, eles vão permanecer no correto até que a situação se resolva.
Uma das partes engraçadas do livro é acompanhar as visitas de cada um, cada um vai fazer uma escolha pessoal onde eles devem ir, com quem eles devem falar e as visitas são bem interessantes de acompanhar.
Ao meio dia eles vão para o correto e toda população da cidade está na praça curiosa para saber o que os mortos estão fazendo ali. Os mortos, sem resposta sobre o enterro, decidem contar todos os podres da cidade para quem quisesse ouvir.
Depois da revelação que deixa a cidade em polvorosa, o desfecho é sensacional, bem condizente com a palavra incidente.
O livro tem mais de 50 anos que foi publicado e continua bem atual, parece que a história, apesar de todos esses anos não muda muito.
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Andressa 08/11/2022

Um passeio pelo cenario politico brasileiro de 1930 a 1964!
Erico Verrisimo me conquistando sempre! Pra quem gosta da história política do Brasil, esse livro mostra bastante detalhes da época. Atrqvés dessa leitura podemos observar como a polarizaçao politica do Brasil é intrínseca a nossa história. Achei q Érico conseguiu fazer uma bela crítica a nossa sociedade, trazendo questões atemporais.
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tilito 03/11/2022

Incidente em Antares é uma obra crua sobre a história e realidade brasileira. Apesar de o seu foco ser uma análise impressionante sobre a ditadura, a história se inicia desde os distantes tempos de formação do Rio Grande do Sul.

Foi uma das coisas que mais gostei na história, aliás, porque apesar de ser longo, foi uma descrição tão calma e precisa para construir toda a identidade da cidade de Antares.

A parte 2, que trata realmente do incidente, se torna genial justamente por toda essa base criada desde o começo. Conseguimos sentir a hipocrisia e a comicidade brasileira no seu maior caos. Sem contar que a ideia do Érico de fazer defuntos das diversas classes da cidade resolverem pendências e causarem o caos foi muito divertido e genial.

É interessante essa ideia que o Érico quis passar sobre a história brasileira desaguando na ditadura militar, de que cada vez mais somos governados pelos mortos, refletido no caos que os defuntos causam.

Mas, apesar disso, a história se tornou muito cansativa, principalmente na segunda parte. Érico Veríssimo é ótimo nas descrições, ele sabe muito bem pormenorizar cenas em detalhes incríveis, mas também senti que passou do limite contando cada detalhe da história por todos os ângulos. No final eu já tinha perdido totalmente o interesse pela história.
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igsuehtam 25/10/2022

Incidente
Incidente em Antares começa com a hsitoria do Brasil, contando sem muita pressa até chegar numa época em que o país sofreu com o regime militar. O livro foi um grito de protesto por meio dos mortos que retornam à vida para denunciar as agruras da população.

Acho que gostei mais do começo, e claro, da parte do coreto. Mas considero muitas partes desnecessárias. Pra mim o livro de tornou cansativo. Eu me esforcei muito para terminar envolvido na correria do trabalho e causou se tornando uma leitura arrastada. Realmente é um livro que requer tempo e calma para ler. É um pedaço da história do Brasil. Muito interessante!
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Marcela.Alessandra 22/10/2022

Nossa que livrão. Erico Veríssimo era um gênio, só um gênio como poucos, sabe misturar, história, política, crítica social e realismo mágico sem se tornar uma leitura chata e parada. Já tinha visto a adaptação quando era criança, mas o livro consegue nos aprofundar ainda mais na história pq explica o contexto histórico do que estava ocorrendo no Brasil não focando só no incidente que diga de passagem só enriqueceu ainda mais com os mortos jogando toda a merda no ventilador em busca dos seus direitos de serem enterrados dignamente como qualquer um.
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Rodrigo.Barros 21/10/2022

Antares: fotografia atual do Brasil
Publicado há um pouco mais de 50 anos esse romance capturou a essência (podre) do Brasil. Uma sátira mordaz das origens obscuras da elite brasileira, Antares é uma cidade fictícia que demonstra o modus operandi da perpetuação do poder nesse país e como o pensamento conservador (de direita) é na verdade a grande força retrógrada que promove o atraso em todas as áreas dessa nossa república de bananas.
A primeira parte do romance é um apanhado da história brasileira até o ano de 1963. Na segunda parte temos a história do "incidente".
De maneira dinâmica e muito bem humorada Érico Veríssimo conduz uma narrativa bem estruturada que prende o leitor do início ao fim.
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Rafaelah 19/10/2022

...
? Li-ber...
? Cala a boca, bobalhão!

Que livro maravilhoso! Até hoje continua sendo uma leitura muito atual, adoro livros assim
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GAssika 12/10/2022

Leitura incrível!!!
É minha segunda leitura do Érico Veríssimo, e fiquei mais encantada com a escrita do autor. Incidente em Antares é dividido em duas partes, que pra mim se complementam perfeitamente. O realismo mágico da história brinca com o bizarro que é a nossa realidade política. Amei do início ao fim, com personagens muito complexos o autor faz um retrato de uma sociedade que costuma ignorar seus absurdos.
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Graziele.Rodrigues 10/10/2022

Um dos melhores livros que eu já li
Quando eu peguei esse livro na biblioteca, só peguei por causa da fofoca, que esse livro trazia com gente morta saindo dos túmulos fofocando da vida dos familiares, mas não esperava que eu ia AMAR, primeiro tava esperando fofoca de cidade pequena, ganhei discussões sobre política amei demais. Na primeira parte é a introdução que fala sobre o contexto político da época e as ideias das pessoas que viviam nesse contexto, traz uma crítica perfeita, na segunda parte e a fofoca, gente morta saindo dos túmulos que é muito bom kkk, a cenas de cada personagem, as críticas sociais da época que se encaixa com o cenário atualmente do Brasil. Por fim só leia essa obra é PERFEITA.
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Simonne.Ferrer 07/10/2022

Livro de 1970 porém bem atual
Esse livro retrata bem a sujeira no cenário político e realmente nada vai mudar, muita sujeira e traição.
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AleixoItalo 05/10/2022

Quem teve o prazer de ler alguma coisa do excelente 'O Tempo e o Vento', já tem uma ideia do que irá encontrar aqui. 'Incidente em Antares' mistura história e fantasia, usando o humor negro para criticar a sociedade brasileira.

Assim como em sua obra prima, Érico Veríssimo situa a trama num lugar perdido do Rio Grande do Sul, numa cidadezinha isolada onde em determinado momento os mortos se levantarão para reivindicar seus direitos...

Refletindo a boa e velha Macondo ('Cem Anos de Solidão'), vemos o surgimento e o desenvolvimento de Antares, com seus personagens folclóricos e gerações que vem e vão contando toda história do local. A maior parte do livro é uma excelente análise sobre o povo brasileiro, hierarquia política e sobre a guerra entre conservadorismo e progressismo.

Essa é talvez a principal proposta do livro: fazer uma síntese da história do Brasil usando como objeto de estudo uma típica cidade brasileira. Mais poderosa do que o próprio enredo, é a análise que Érico Verissimo faz da história de Antares, discorrendo sobre toda política nacional e as mudanças que foram passando cada geração.

Mais do que uma obra literária regional ou fantástica, 'Incidente em Antares' é um ensaio sobre política e sociedade brasileiras, e uma síntese de nosso momento atual. Em pleno século XXI, com os ânimos acirrados pelas eleições e o medo constante de um futuro incerto, a obra não nos deixa esquecer que o Brasil quase nada mudou nesses últimos 50 anos. Nossa sociedade continua engessada num conservadorismo tacanho e de fachada, e as narrativas ideológicas se repetem numa eterna ladainha vazia. De toda forma não é um livro triste, mas sim uma comédia tragicômica sobre nosso estado atual!
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Fernanda Melo 01/10/2022

Incrivelmente atual!
Li pela primeira vez em 2006 e como esse livro cresceu pra mim.
" Povo que não conhece a própria história está condenado a repetí-la."
E se, durante uma greve geral, os insepultos resolvessem voltar para um acerto de contas? Tem realismo mágico, mas também muita história do Brasil mesclando o enredo.
Antares não está nos mapas, mas existiu, ou ainda existe!
Márcia Naur 01/10/2022minha estante
Concordo plenamente com você. Preciso reler essa obra prima.
Aliás, Érico é fantástico. Teve uma época da minha vida que eu lia um atrás do outro, todos do Verissimo
?


Fernanda Melo 01/10/2022minha estante
Deveria ser mais conhecido, né? Lerei agora Olhai os lírios do campo, mas para 23 o desafio será O tempo e o vento. Cia das letras bem que poderia fazer um edição melhor de Incidente, pois essa edição de bolso é sofrível!


Márcia Naur 01/10/2022minha estante
Concordo com você.
A série O tempo e Vento e Um certo Capitão Rodrigo são demais. Muita espiritualidade envolvida.


Márcia Naur 01/10/2022minha estante
Série Clarissa é linda também.




Adriana1161 28/09/2022

Alucinação coletiva?
Escrito em 1971, o romance continua atual.
É dividido em duas partes, sendo a primeira um relato histórico, uma linha do tempo, apontando os principais acontecimentos no Brasil, e seus participantes. Na segunda parte, vem o realismo mágico, o fantástico, e a história, ou o "incidente" propriamente dito.
São várias vozes narrativas.
Aborda violência, regime militar, relações humanas, abuso de poder.
Escrito com muita imaginação, com nomes sugestivos, irônico e bem humorado, na medida do possível!
Eu fico imaginando como esse livro passou pela censura da ditadura!
Eu, ao contrário da maioria das pessoas, achei a segunda parte um pouco mais enfadonha do que a primeira. Achei um pouco repetitivo e arrastado.
Mas mesmo assim, é muito bom!
"Fé sem flexibilidade, fé sem dúvida pode acabar em fanatismo"
Personagens: Tibério Vacariano, Zózimo Campolargo, Quitéria, Lucas Faia, Padre Pedro Paulo, e muitos outros
Local: Antares - RS/ 1830 a 1970
@driperini
Atalo.Muratori 28/09/2022minha estante
Eu fiquei super empolgado pra ler mas eu achei a primeira parte taaaao chata que não consegui terminar




aguiasou 24/09/2022

Muito bom
Livro que retratou uma época conturbada no Brasil mas que infelizmente continua a retratar a sociedade atual. Uma crítica a politica, a sociedade, a inversão de valores. Um livro que se faz necessário nos dias atuais. Recomendo muito.
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