Contos de Meigan

Contos de Meigan Roberta Spindler
Oriana Comesanha




Resenhas - Contos de Meigan


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danilo_barbosa 24/02/2012

Uma luta extraordinária
Veja mais resenhas minhas no Literatura de Cabeça:
http://literaturadecabeca.com.br

Já tive a minha safra de livros fantásticos e são poucos os que atualmente me surpreendem. Pulando as sagas mais teens que acompanho com um fervor meio pueril, como House of Night, entre outros, acho cada vez mais difícil achar uma obra desse gênero, mais adulta, que me pegue de jeito.

Principalmente na literatura brasileira. Alguns autores iniciantes, aproveitando a febre do fantástico, introduzem em nosso dia a dia as mais loucas aventuras que, por um momento nos cativam, nos permitem viajar na história mas, infelizmente, ainda não deixam aquela marca definitiva na memória que me caracteriza como fã inveterado.

Por isso, quando peguei na mão o "tijolinho" (afinal, são 617 páginas) escrito pelas hábeis mãos de Roberta Spindler e Oriana Comesanha, pensei com os meus botões - Abusadas essas meninas! Para escrever a primeira obra deste tamanho é preciso ter muita coragem... - Mal sabia que naquela hora ia obrigar a engolir tudo que pensei.

Os Contos de Meigan - A fúria dos cártagos, lançado pela Editora Dracaena, vai além da capa belíssima. A obra transporta o leitor para um mundo fantástico e sanguinário. O mundo de Meigan, paralelo ao nosso, é habitado pelos Magis, pessoas que dominam os elementos - os mantares - como fonte de sua energia. E não digo apenas os quatro que conhecemos - nessa lista também se categorizam luz, sombra, forma, tempo etc.
Eles usam esses poderes de acordo com as suas vontades e evoluem conforme estudam para se tornarem mais poderosos.

Há muito tempo atrás, os humanos descobriram uma entrada para Meigan e tentaram dominar tudo. Alguns magis traíram o seu povo e se uniram aos humanos em busca desse poder. Foi preciso que os grandes sábios de Meigan acordassem Inarion, uma força mais antiga que o próprio tempo, para expulsar os homens e os magis traidores.
Os homens voltaram para seu mundo e esqueceram que Meigan um dia existiu. Os traidores foram chamados de cártagos e confinados aos infernos daquele lugar. Só restaram desse evento as lembranças e os 7 portões que cercam a capital de Meigan, guardados pelos guardiões, seres mitológicos que são proibidos até de mostrarem seus rostos, acobertados por máscaras.

É a esse mundo que pertence nossa heroína, Maya Muskaf. Filha da regente de Meigan, ela foge de qualquer tipo de compromisso com o reino, infiltrada em meio aos humanos, conhecendo seus costumes e histórias - apesar de nós não nos lembrarmos deles, eles tem livre acesso ao nosso mundo.

Mas o dever a a chama e ela decide voltar a Meigan.

Lá chegando, ela encontra o Caos. Os Cártagos conseguiram atravessar a mágica das fronteiras de Meigan e destruir os seus portões. Em um momento trágico, Maya vê sua mãe ser estuprada e morta pelos inimigos. Perdida e desamparada, uma estranha em seu próprio lar, Maya não sabe em quem confiar. Afinal, quem havia facilitado a entrada dos Cártagos? Quem planejava a destruição de seu mundo?
Guerra, vingança, sangue e magia marcarão o caminho de Maya em busca do seu amadurecimento. E o amor também, em um rosto escondido por trás de uma máscara...

Gente, a escrita dessas meninas só tem uma definição - Poderosa! Elas sabem prender a atenção do leitor com suas cenas de ação desenfreada. A gente não consegue tomar fôlego em meio as reviravoltas que Maya e seus companheiros passam durante o decorrer da trama. Toda o desenrolar é pungente, tenso, cheio de nuances e complexidades.

No seu enredo fantástico se mesclam preconceitos, amores e muita batalhas, numa época onde ninguém é de confiança e muitas são as surpresas. Em certos momentos, o livro consegue criar um clima parecido com o conceituado A guerra dos tronos, onde nada é o que parece ser. Isso acaba resultando em uma simpatia imediata de nossa parte por cada um dos personagens e a maneira como eles crescem durante a trama.

Meu personagem predileto, sem sombra de dúvidas é Seth, o guardião. Com um jeito que pode parecer meio turrão, sua imagem oscila entre leveza e a tristeza dos deveres que foram impostos em toda sua vida.

"Que tipo de pessoas os guardiões estariam protegendo por tantos anos? Pessoas que atiravam comidas e objetos em prisioneiros, que tratavam com crueldade a quem deviam respeito? Esse tipo de gente merecia sua proteção e lealdade?
Não conseguindo mais se controlar, Seth socou as paredes à sua volta. Não sabia muito bem quando, mas em algum momento, desaprendera a ser guardião."

O único defeito, na minha opinião, é o final em suspenso, depois da epopéia de ler o livro todo. Mas já fiquei sabendo que outro livro com a conclusão dessa saga será lançado em breve.
Resta aos leitores aguardarem com ansiedade tão esperada conclusão. Enquanto isso não acontece, leiam este livro. E se apaixonem com um mundo tão diferente e, ao mesmo tempo, tão parecido com o nosso.
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Neyara 27/07/2012

Capsula de Banca - Contos de Meigan
Lançado no finalzinho de 2011, Contos de Meigan - A Fúria dos Cártagos é um livro de fantasias escrito em parceria das paraenses Roberta Spindler e Oriana Comesanha e lançado pela Editora Dracaena. Conheci a obra devido o Book Tour do blog da Rapha, apesar de ter ficado um pouco receosa com a leitura, pois livros de fantasias não é o meu forte, me surpreendi muito e AMEI a leitura.

Maya Muskaf é a herdeira do governo de Meigan, depois de passar 3 anos afastada de casa devido sua misteriosa doença e suas diferenças com a Shyrat Liza, sua mãe, ela decide voltar pois está perdendo o controle de seus Mantares, porém é uma péssima hora para o seu retorno. Meigan está em guerra, os Cártagos invadiram o solo sagrado e está destruindo as cidades.

Meigan é um mundo de seres diferentes e poderosos, os Magis, que possuem controle sobre os Mantares (elementos da natureza), controle esse adquirido devido muitos estudos e determinação. Os Cártagos é um grupo de Magis traidores, que devido outras guerras foram proibidos de entrar em Meigan, banidos para uma dimensão paralela. O solo sagrado é a entrada de Meigan, formada por 7 portões, cada um com um guardião, protegido por muito mágia, que só um Magi muito poderoso para conseguir ultrapassa-lo sem permissão.

Em meio ao caos, Maya encontra sua mãe sendo assassinada por um Cártago, tomada pelo desejo de vingança, ela promete que vai até o Inferno pra conseguir vingar a morte de sua mãe, porém o que ela não lembrava é que ela mesmo teria que tomar conta do governo de Meigan, mesmo tendo passado tanto tempo fora. Tomada de medo e ódio ela se aventura na Floresta em busca do inimigo, é lá onde ela conhece o Sábio Keyth, e revê o sétimo guardião Seth e seu apoc Kaos.

Uma trama cheia de intrigas, ódio, traição e poder, Contos de Meigan é um livro espetacular, com leitura fácil e envolvente, que te deixa extasiado com cada palavra, cada passo. Não é só uma história sangrenta, mas uma história de garra, de aprendizado, que demostra que você só consegue as coisas se você correr atrás, se você estudar, se você lutar, se não desistir dos seus ideais. É um livro sobre disciplina, sobre leis, sobre tradições, sobre perfeição, sobre a vida.

Em um ambiente medieval, cheio de magia e muito mistério Meigan me conquistou, perdi o fôlego com algumas cenas e desejei ter um amigo como o sábio Keyth, com suas piadas e sua espiritualidade. Além de ter uma capa linda ilustrada por César Oliveira. Super recomendo essa leitura apaixonante que em breve terá continuação. Ansiosa por mais aventuras e mistérios da Maya, Keyth, Seth e Kaos. *.*

http://capsuladebanca.blogspot.com.br
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Marcelo 07/06/2014

Relato dinâmico e atraente
Curti pacas Contos de Meigan. Relato dinâmico e trama atraente, mesmo para quem não possui costume de ler fantasias. Autora possui habilidade para relatar batalhas e escolher nomes para personagens. Vou me juntar ao clube daqueles que estão aguardando parte II.
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Carpe Libri 31/05/2014

Maya Muskaf está voltando para Meigan após um longo período de ausência. Há um tempo ela e sua mãe não se falam, ambas magoadas por brigas do passado. Agora, ela está de volta, ansiosa para ver Katur, capital de Meigan, e sua mãe Liza mais uma vez. Mas a viagem de volta não acontece como ela esperava: a caravana da qual faz parte encontra um dos portões no Solo Sagrado destruído e corpos por todo o lado. Um dos mortos Maya reconhece muito bem e percebe que a situação é grave: os cártagos conseguiram invadir Katur, mesmo com os guardiões lutando para impedir. No meio da luta, a garota é salva por um deles e ambos correm para a cidade, mas acabam chegando tarde demais. Com a morte de sua mãe, Maya deve assumir o cargo de Shyrat, mas não se sente preparada para isso. Na verdade, seu maior desejo é se vingar pelo assassinato da mãe, Embarcando em uma viagem louca, ela conhece Keyth e descobre mais do que gostaria sobre o guardião que a protege. Quando finalmente se sente preparada para assumir o cargo de sua mãe, um acontecimento inesperado faz com que seu mundo vire de cabeça para baixo. Será que Maya conseguirá derrotar os cártagos e assumir seu lugar como Shyrat? E o que será dos guardiões e Seth?

“Nem mesmo os Sábios podem alcançar os mistérios do Princípio.”

Só por esse início, já dá para perceber que o livro de Roberta Spindler e Oriana Comesanha não é somente mais uma publicação no ramo da literatura fantástica.

Um dos melhores títulos que a Editora Dracaena já publicou. O livro contém todos os elementos que uma excelente fantasia deve ter: lugares sagrados, poderes sobrenaturais que regem o mundo, personagens enigmáticos e cativantes, dimensões paralelas, um romance proibido… Roberta Spindler e Oriana Comesanha são duas escritoras paraenses (minhas conterrâneas, quanto orgulho!) que se aventuraram com sucesso no mundo da literatura fantástica. E o resultado é uma história que prende a atenção desde o início e deixa um gosto de quero mais, tornando esse livro uma excelente leitura para os apaixonados por fantasia.

site: http://carpelibri.com.br/?p=278
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Rafaela 29/10/2012

Resenha do blog: silencioqueeutolendo.com.br
A história começa com um relato misterioso sobre um mundo intrigante chamado Meigan e guerras ocasionadas pela cobiça de seus povos pelo poder. Daí vem a minha primeira observação, as autoras capricharam muito nesse relato que é o prólogo do livro, nele estão todos os fatos históricos de Meigan, esses fatos são essenciais para entender o decorrer da história, mas confesso que fiquei um pouco cansada com tantos pequenos detalhes inclusive tive que recomeçar alguns trechos para poder acompanhar bem o raciocínio das autoras.

Depois da retrospectiva contada no prólogo, a história segue para os dias atuais na Terra, onde conheci Maya, que é natural de Meigan e se refugiou na Terra depois de ter brigado com sua mãe Liza Muskaf, a Shyrat (um tipo de governante suprema) de Meigan. Nesse momento, Maya está decidida a voltar para casa, pois está com medo de ter uma recaída de uma doença de infância e também para tentar resolver os conflitos com sua mãe. Após passar por um portal que divide a Terra de Meigan, ela percebe que terá que ser escoltada pelos guardas mandados por Liza e depois de galopes, pensamentos e nostalgia, Maya e os guardas deparam-se com uma devastação em um dos 7 portões, que até então eram impenetráveis por serem protegidos por Guardiões sinistros, habilidosos e poderosos que zelam pela paz de Katur.

Passando pelos portões de Katur e vendo toda a devastação provocada pelos Cártagos (antigos povos traidores que foram banidos de Katur), Maya começa a perceber que tudo está muito diferente dos seus tempos de menina e o caos que ela presencia faz ela se arrepender de ter ficado tanto tempo longe do seu povo e principalmente da sua mãe. A partir daí a história começa a ficar mais agitada, pois os acontecimentos que vieram juntos com a volta de Maya fazem com que ela tenha que mudar seus pensamentos e amadurecer para as novas responsabilidades. E é com personagens amorosos, astutos, mágicos e sutilmente engraçados, que as autoras vão desvendando e nos presenteando com os mistérios do Mundo de Meigan e seus povos.

No geral a história me surpreendeu de uma forma muito positiva, fui sendo conquistada aos pouquinhos e quando me dei conta já tinham se passado 617 páginas de batalhas, histórias, um romance bem encantador e um final que deixou um gostinho ansioso de “quero mais”.
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Vinícius 27/11/2013

O incrível mundo de Meigan
Quando o livro chegou aqui em casa eu já estava esperando demais dele. Não só a capa como a sinopse e algumas resenhas pela rede me encantaram e deixaram super curioso. Posso dizer que não me decepcionei em nenhum momento, e que a capa, sinopse e todo o mistério ao redor do livro fizeram jus ao trabalho que Oriana e Roberta tiveram em criar esse mundo novo. Venha embarcar nessa viagem a Meigan e suas tikz.

O livro começa com um prólogo bem explicativo em primeira pessoa. Contado por um Sábido. Nele somos apresentados a um novo vocabulário, típico de toda fantasia que usa novos termos para explicar sua história. Descobrimos nessas páginas que Meigan a muitos anos atrás teve uma guerra contra os humanos, os mesmos descobriram um método de entrar nas fronteiras do mundo mágico. Como os seres humanos tem esse espírito de dominador e de "eu quero tudo o que é seu" eles ancivão por dominar toda Meigan

Nesse prólogo são revelados dois termos essenciais para o entendimento da história. São eles: magis e mantares. Os magis são seres exatamente como nós, mas eles tem uma afinidade com os mantares. Os mantares são elementos da natureza, não só o ar, água, fogo e terra, mas existem muitos outros, como as sombras, o tempo e até mesmo o controle sobre o próprio corpo. O que achei super interessante a forma como os magis são, seus costumes e o modo como controlam os seus manteres... percebi também que de primeira, em suas lutas, eles não usam os manteres e sim suas técnicas de luta corporal. Ao longo da luta é que eles usam os elementos.
O prólogo te deixa bem apar da situação, e ao mesmo tempo te revela quem são os cártagos. Os magis traidores de seu povo foram banidos para os três Infernos: O Inferno de Pedra (Ethaduhni), o Inferno de Gelo (Pyatermai), e o Inferno de Água (Mafaj).

A história inicia-se com o retorno de Maya Muskaf da Terra. Maya passou um tempo no mundo humano para curar uma doença que a assolava quando criança. Agora ela pretende voltar para Meigan, afim de rever sua mãe, a Shyrat Liza Musfak. Shyrat é o maior cargo político de Meigan, se assemelha a um Presidente.

Maya pega uma caravana com outros magis e, é teletransportada para Meigan por um dos diversos portais existentes no mundo humano. Lá ela encontra seus amigos soldados, os quais a escoltam até Katur, capital de Meigan onde ela poderá encontrar sua mãe. Aqui as autoras são bem explicativas e chegam até mesmo a ser engraçadas - o que elas são ao longo do livro todo! -, mas... nem tudo são rosas.

A garota Muskaf acompanha a caravana que segue até Katur, mas ao chegarem no portão - são sete portões de proteção para chegar até cidade -, não encontram o guardião - o guardião é um ser que guarda os portões, cada portão tem o seu guardião, o mesmo usa uma mascara onde somente os olhos podem ser vistos, assim escondendo sua identidade - e sim um cártago morto ao lado do portão destruído. Espantados, eles retornam fazendo um pequeno acampamento a fim de discutirem o que devem fazer.

Os guerreiros decidem seguir em frente e lutar contra o que esta por vir. Maya se oferece de prontidão para lutar ao lado deles, mas alguns acham errado, a missão deles era levar ela em segurança. Mas fica claro que a vontade dela deve ser seguida. Maya então acompanha os guerreiros em sua busca.

Ao chegarem aos demais portões eles encontram caos e destruição, muitos deles ficam surpreendidos com aquilo. Parece que a paz acabou em Meigan. Até que são surpreendidos por cártagos e um banho de sangue se inicia. Neste ponto a descrição é o ponto forte. As autoras conseguiram descrever a luta sem serem detalhistas demais, o que é bom! Não é chato quando você esta lendo e tudo já esta "mastigado"? O leitor deve imaginar a cena da sua maneira, o autor só precisa dar a base para tal.

Maya luta bravamente com sua agada (essa adaga dá muito o que falar lá pro meio-fim do livro), mas ao matar um cártago é atingida por uma dor súbita e cai em batalha. Ela espera pelo morte, mas então vê um apoc - corpulenta criatura alada com mais de dois metros de altura que acompanha os guardiões - e nele montado um guardião (do sétimo portão, já que eles estão lutando para proteger o último portão remanescente) que desce de seu apoc para lutar contra os cártagos e auxiliar a garota, e ir com ela até Katur para checar se a Shyrat esta em segurança.

Acompanhada pelo guardião, Maya se surpreende com o que vê. Katur está completamente destruída, os cártagos lutam contra o exercito e ao mesmo tempo saqueiam casas e matam famílias. Maya corre até o prédio do Conselho a fim de encontrar sua mãe... mas descobre que era tarde demais.

Novamente o narrador consegue descrever o sofrimento de Maya e o peso de sua decisão. É incrível como os sentimentos da personagem são bem descritos, você toma as dores de Maya.

Esse começo é só a ponta do iceberg, enquanto você vai lendo, segredos são revelados e novas dúvidas surgem. Me lembro de ficar com ódio profundo de certos personagens e a ponto de me revirar de raiva durante a leitura. Lembro também de chegar ao ponto de quase chorar pelo sofrimento de uns, e adorar as aventuras vividas por todos. As 617 páginas vão passando quase rapidamente, dando lugar a aventuras inimagináveis. Fugas, intrigas politicas, tribos, uma busca por um artefato, a guerra, os cártagos e um traidor responsável pelo caos... Tudo isso em um só livro, o qual é o primeiro de uma trilogia.

Meigan me encantou, me rir - tem um personagem em especial, o Sábio Keyth que aparece logo nos primeiros capítulos, que é UMA FIGURA! Vocês vão morrer de rir com ele - ter raiva, tristeza e esperança. O final me fez arrancar os cabelos e ir gritar com a autora via chat - com direito a caps lock e tudo. Contos de Meigan vale toda a sua atenção. E é com glória que dou 5 ESTRELAS :)


site: http://momentoliterario1.blogspot.com.br/2013/07/resenha-41-contos-de-meigan-roberta.html
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PorEssasPáginas 03/06/2013

Resenha Contos de Meigan - Por Essas Páginas
Resenha original no blog Por Essas Páginas: http://poressaspaginas.com/a-cuca-recomenda-contos-de-meigan-a-furia-dos-cartagos

Fala aí, pessoal! Faz um tempinho que eu não apareço por aqui com a minha fantasia de Cuca, não é? Bem, acontece que a Cuca foi pega (na verdade, completamente abduzida) por essa obra fantástica brasuca da Roberta Spindler e da Oriana Comesanha. Já falei um pouquinho de Contos de Meigan aqui nesse post de expectativas. Conheci a querida da Roberta através dos meus contatos literários como autora e ela resolveu me mandar o livro quando descobriu que eu postava aqui no Por Essas Páginas. Que sorte a minha, porque esse livro é um achado. Em uma única palavra: épico! ‘Bora lá saber se A Cuca Recomenda?

Meigan é um mundo completamente novo e original criado pelas autoras. E quando você lê esse livro realmente tem a sensação de que Meigan existe. Aplaudo de pé escritores que conseguem criar todo um mundo, um universo em suas histórias, de maneira tão verossímil e detalhista. A leitura traz a impressão de que cada cantinho desse enorme mundo foi cuidadosamente planejado; Meigan tem sua história, suas regras, seus costumes, seus habitantes e seus lugares muito bem descritos. Você percebe todo o cuidado das autoras com o mundo delas e, para quem lê, Meigan é muito real. Temos claramente a sensação de que vamos transpor uma barreira e chegar lá de alguma maneira. E isso é incrível! Não deve em nada a grandes mundos criados pela fantasia como o mundo da magia de Rowling, a Terra Média de Tolkien, o Mundo Médio de King ou Westeros do Martin. Todo esse cuidado e esse universo criado pelas autoras é um ponto incrivelmente forte do livro. Meigan também tem sua própria e complexa política e é disso que se trata em grande parte Contos de Meigan, em minha opinião: política.

Por esse motivo, por ser um livro extremamente político e cheio de intrigas e conspirações, Contos de Meigan é também um livro muito denso. Ele é gostoso de ler, mas é daqueles livros que você algumas vezes tem que parar e arejar a cabeça para não saturar a mente. Ainda não li Guerra dos Tronos, mas quando comentei com meu marido que já leu que tive essa sensação ele disse que é a mesma que ele tem ao ler a série de Martin. Então o fato de ele ser denso e de eu ter demorado um pouco para lê-lo não foi um problema, pelo contrário, é outro ponto forte. Apenas foi uma leitura diferente do que estou acostumada (eu costumo devorar os livros loucamente que nem chocolate, confesso!).

A história começa com Maya, uma jovem impulsiva e corajosa, muitas vezes imprudente, que teve uma infância e uma convivência perturbada com a mãe e, por esse motivo, refugiou-se por anos na Terra dos humanos. Sua mãe é a Shyrat de Meigan (uma espécie de líder maior daquele mundo) e, por isso, Maya sempre se viu à sombra das responsabilidades da mãe. Sentindo-se sozinha e relegada a segundo plano, ela decide se exilar na Terra. Porém, um dia resolve voltar e tentar se acertar finalmente com a mãe, só que o seu timing foi meio ruim: quando Maya retorna Meigan está sendo atacada pelos cártagos, que são os magis (leiam a sinopse que lá explica um pouco sobre os magis) que foram exilados da sociedade de Meigan (em uma explicação bastante resumida) e se tornaram seus inimigos.

Então vocês já perceberam que o livro começa frenético, não? O começo realmente é bastante agitado, para depois desacelerar e, como eu disse, se tornar bem mais denso e político. O início do livro conta com essa batalha entre os magis, os guardiões (já vou falar um pouco deles) e os cártagos. Somos apresentados ao mundo de Meigan e a alguns personagens no meio dessa guerra, o que é um método bastante interessante e até mesmo ousado de começar um livro.

Durante essa batalha, Maya conhece um guardião que salva sua vida e ele ainda vai ser muito importante na história. Guardiões são criaturas, de aspecto humano à primeira vista, mas que utilizam sempre uma máscara que cobre seu rosto (agora entenderam a capa do livro?). Ninguém sabe se por trás daquela máscara há um rosto ou algo horrível. Os guardiões protegem os sete portões que guardam a capital de Meigan. Eles têm poderes incríveis e são praticamente uma lenda nesse mundo.

Após esse conflito inicial, Maya se vê em uma encruzilhada, uma situação terrível na qual precisa tomar uma decisão: assumir suas responsabilidades como Shyrat ou continuar fugindo? Inicialmente, ela escolhe fugir e é devido a esse ato pouco responsável, impulsivo e até negligente que Maya começa a crescer como personagem, conhece melhor o sétimo guardião, Seth, e também um dos personagens mais carismáticos e importantes da trama, o Sábio Keyth. Aliás, uma das coisas mais incríveis é como Maya evolui; confesso que não tinha muita paciência com ela no começo, porém, aos poucos, ela vai se tornando uma pessoa melhor e mais madura, e o leitor acompanha essa mudança e vai se envolvendo com a personagem mais e mais.

Seth também é um personagem interessantíssimo; aos poucos vamos conhecendo-o melhor também e ele passa por sua própria mudança durante o livro. Porém não vou falar muito sobre ele, caso contrário posso soltar spoilers. Só digo que ele é o tipo de personagem que as pessoas costumam se apaixonar. Misterioso, interessante, corajoso, teimoso, duro e ao mesmo tempo com um bom coração: esses são alguns adjetivos que consigo usar para descrevê-lo.

Mas, ah, o Keyth! Vou abrir meu coração aqui e confessar: ele é o meu queridinho! Se ele não fosse tão velhote, eu casava com ele. Aliás, se tivesse um sidestory ou algo assim sobre ele, principalmente se fosse com ele jovem, juro que eu pegava! As autoras conseguiram construir um carisma incrível para com esse personagem. Keyth é leve, engraçado e delicioso de ler, porém, mesmo com essa aparência suave, ele também é uma figura importantíssima para a trama, com seus segredos obscuros, sua carga emocional altíssima e seus momentos de seriedade. Grande parte do livro se passa com a dinâmica entre ele, Maya e Seth e, posso afirmar que essa dinâmica é muito bacana, mas ela é ainda mais fantástica devido ao personagem de Keyth.

Só falando sobre esses três personagens principais já temos uma ideia de que as autoras são extremamente habilidosas ao criar personagens, não? E realmente elas são. Todos os personagens são bem construídos, reais e com um background que nos faz acreditar e torcer/vibrar/odiar/nos surpreender com eles. É de admirar quando um autor consegue, mesmo em um livro e um mundo tão grandes como Meigan, criar personagens memoráveis, daqueles que você não consegue esquecer. Apesar de seres vários os personagens do livro, quando eles aparecem é uma experiência única e você sabe muito bem de quem se trata. Eu detesto quando há confusão de personagens em um livro, sabem? Quando você lê o nome de uma pessoa e fica pensando meia hora para descobrir quem raios é aquele cidadão. Isso acontece bastante em livros com muitos personagens, porém em Contos de Meigan isso definitivamente não ocorre. É uma habilidade genial de um autor gerir tantos personagens e ainda assim dar uma identidade única a todos eles; uma qualidade que encontrei em poucos, como J.K. Rowling, para citar um exemplo.

Ah, se eu fosse falar de todos os personagens interessantes desse livro… Allan, Isabel, Joen, os mestres de Anahat, Sebastian… (se abana aqui porque esse é quente). Mesmo os personagens que foram adicionados no final do livro são intensos e atraentes, e logo você se completamente envolvidos por eles. É de tirar o chapéu mesmo.

Em certo momento também conhecemos e vivemos um pouco junto a Maya do aprendizado em Meigan. Maya frequenta uma academia onde aprende a melhorar suas habilidades de combate e habilidades com os mantares. Essa foi uma parte muito interessante do livro, é quando a gente tem vontade de se mudar para Meigan e aprender tudo aquilo, participar dos treinamentos… É também aqui que conhecemos outros personagens que vão se integrar à trama e onde muitas das conspirações do livro são reveladas. Como eu disse, Contos de Meigan é um livro extremamente político.

E é essa política e todas as conspirações que nos conduzem por toda uma história complexa, na escrita cuidadosa dessas autoras brilhantes. Por causa disso sim, o livro é denso e algumas vezes lento, porém as partes das aventuras compensam e o leitor passa de momentos pesados para situações alucinantes de tirar o fôlego. Só acho que em alguns momentos havia muitas descrições e algumas cenas que não eram assim tão necessárias, o que contribuiu para o livro ser enorme como é. Mas isso tá mais para uma cisma minha com fantasia do que para outra coisa, porque eu também teimo em reclamar disso em vários outros livros de fantasia, principalmente em Senhor dos Anéis, como já falei em alguns posts por aqui no blog.



Agora, vocês reparam como eu citei sagas fantásticas super conhecidas e aclamadas nessa resenha? Bem, eu fiz isso porque Contos de Meigan não deve em nada a nenhuma delas. Dá um enorme orgulho ler uma saga tão complexa, bem escrita e épica como essa e, de brinde, saber que ela é produto nosso, nacional. Um livro como esse só demonstra como os nossos autores estão crescendo e se destacando, e como existem várias obras de qualidade despontando aí no mercado. Portanto, se você aí tem algo contra livros nacionais, pode ir se despindo desse preconceito sem fundamento: leia esse livro e descubra como existe gente muito boa escrevendo aqui na nossa terra. Contos de Meigan é uma das leituras nacionais mais ricas e é altamente indicado para todos, mas principalmente para aqueles que curtem fantasia e histórias épicas.

O livro também conta com algumas referências nerds deliciosas – e referências feitas do jeito certo, sem aquele negócio de jogar uma citação entre aspas a todo momento, mas sim inseridas no contexto da história, do jeito que tem que ser. Abri um sorrisão quando vi que a moeda de Meigan se chamava rupi, uma clara referência ao game The Legend of Zelda, no qual as moedas se chamam rupees. Comentei com a Roberta e ela confirmou e disse que eu fui a primeira a encontrar essa referência! Ela também disse que há referência ao game Final Fantasy, mas essa eu deixo para o meu marido achar, que ele gosta mais desse jogo. Será que vocês conseguem encontrar todas as referências?

Minha única e exclusiva ressalva para o com o livro é essa: é uma série e eu não tinha a mínima ideia disso quando comecei a ler o livro. Quando vi esse livro enorme pensei: “para ter esse tamanho só pode ser um livro único”. E nas vezes que esbarrei com comentários sobre o livro não encontrei nada falando sobre ser uma série. Só que eu fui lendo e percebendo que alguns conflitos não se resolviam, apesar de estar muito próxima do final. Eis então que vi a Roberta falando no twitter dela que estava revisando Contos de Meigan 2. Fiquei em choque, falei com ela e ela me confirmou. Aí eu abri os dados catalográficos do livro, virei e revirei capa, contracapa e orelhas e não encontrei nada que indicasse que esse é o livro 1 de uma série. Não fiquei decepcionada com o livro: quando o terminei tive uma vontade absurda de botar as minhas mãos na continuação. E também acho extremamente corajoso e louvável construir uma saga – uma trilogia, como a autora me disse – aqui no Brasil. Quer dizer, mesmo que você tenha um texto incrível nas mãos, sabemos muito bem que publicar no Brasil ainda é um fato heroico, quanto mais publicar uma série?! É de se admirar. De fato, eu fiquei foi bastante decepcionada com a Editora Dracaena, que deveria ter deixado um pouco mais claro no livro e nos dados dele que se tratava de uma série. Um livro fantástico desses a editora tem a obrigação de assumir o compromisso de apoiar a publicação dos demais livros da série, não ficar com receio de publicar o restante, mas a gente também sabe que o mercado funciona desse jeito: só importa se o negócio vende. Posso até estar errada, mas foi isso que senti. Apesar de que essa atitude não é novidade: também me senti assim lendo A Pousada Rose Harbor, só para citar outro livro que descobri só no final que se tratava de uma série. Sério, gente, isso deveria ser avisado logo de cara. Então fica aqui uma sugestão para as editoras: avisem seus leitores, sejam honestos com eles. Se o livro for bom, nós vamos ler o livro 1, 2, 3, 10, 15, 20… Se não, não adianta que não rola, gente. Mas fiquem tranquilos, o livro em questão aqui vale muito a pena ser lido, bem como suas sequências que espero de coração que as autoras já tenham se acertado para publicar, porque quero muito ler!

E então, A Cuca Recomenda? A resposta é com certeza! Contos de Meigan é um livro recomendadíssimo. Roberta Spindler e Oriana Comesanha: fiquem de olho nessas duas autoras, pessoal. Elas são talentosíssimas. E Contos de Meigan – A Fúria dos Cártagos é um livro grandioso e brilhante que deve ser lido e apreciado. Uma grande obra caprichosa e muitíssimo bem escrita que vale a pena ser lida.
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João 30/05/2013

Resenha originalmente postada no blog Lá na Minha Estante
Fantasia de Classe alta.

Maya sempre teve seu destino traçado, filha da Shyrat ( governante mais importante) de Meigan, ela já sabia o que o futuro lhe reservava; Assumir o posto de sua mãe e passar a governar Meigan, mesmo que não seja o que queira para sua vida.

Com medo das responsabilidades, fugiu para a terra, onde pôde se concentrar um pouco em sua própria vida, porém, os sintomas de uma antiga doença que a atingiu durante a infância começam a lhe tirar o sono. Com medo de que as coisas fujam de seu controle, decide voltar para casa - Meigan-.

Depois de pegar carona com uma das caravanas que viajam de Meigan para a Terra e vice-versa, algo estranho é avistado, um Cártago morto. É impossível, já que tal raça foi banida muitos anos atrás para uma outra dimensão. O Que é pior, há grandes e poderosos Guardiões que guardam os portões dessa terra, como Meigan foi Invadida?

Com o andar da caravana, Maya percebe que a situação está pior do que poderia imaginar, uma guerra se alastra e a força dos inimigos é surpreendente. Em meio ao susto e a surpresa, a necessidade de ver sua mãe, ter certeza de sua segurança se torna presente.

Tudo em "Contos de Meigan" é grandioso, desde sua premissa, passando por seu tamanho até a forma como é narrado. Em uma época em que livros são feitos para serem vendidos e só, é admirável uma obra primorosamente escrita como essa ter sido composta por autoras estreantes.

Em 617 páginas o ritmo é mantido, em parte alguma o livro se torna entediante.O que não quer dizer que seja narrado de forma rápida. As coisas acontecem na hora certa, quando são necessárias, de modo que informações de suma importância são mescladas com uma leveza impressionante, impossibilitando a quebra de ritmo, que é algo que por mais que não pareça, atrapalha demais durante a leitura.

Leia o restante aqui: http://laanaminhaestante.blogspot.com.br/2013/05/contos-de-meigan-furia-dos-cartagos.html
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Ronaldo 08/10/2012

[Destaque Nacional #10] "Contos de Meigan - A Fúria dos Cártagos" - Roberta Spindler e Oriana Comesanha
Esse livro foi realmente uma surpresa para mim. Serio *suspira*. Ainda não consegui me desligar total e completamente do livro.
Posso dizer com toda a certeza que é um dos, senão o, melhores livros de literatura fantástica que eu já li.
“Contos de Meigan – A fúria dos cártagos” conta a estória de Maya Muskaf que após fugir de Meigan, e viver um tempo na terra, decide voltar e resolver de uma vez por todas as desavenças que tem com sua mãe, a Shyrat ( maior governante do mundo Meigan) de Katur (capital de Meigan).
Meigan nada mais é que um mundo paralelo ao nosso, habitado por seres que denominam-se magis, e controlam os mantares, que vão muito além dos quatro elementos conhecidos como: terra, ar, fogo e água.
Cartágos, são os magis que foram renegados por seu povo, por trair os mesmos, em uma grande guerra, à muito tempo.
Desde já deixo claro que o livro não se trata de contos, e sim de uma estória como um todo.
E você deve estar se perguntando “Que grande trapalhada é essa?”. Vou explicar.
Existe um canal de comunicação entre o mundo Meigan e a terra, e é através desse canal que Maya consegue chegar até o seu mundo.
O que ela não esperava era encontrar o caos e a destruição. Os cártagos invadiram Katur, destruíram os 7 grandes portões (as grandes fortalezas de Meigan) e até mesmo conseguem utilizar seus poderes no solo sagrado.
Começa uma grande guerra entre magis e cártagos, que desencadeia muitos e muitos acontecimentos ao longo do livro.
Você pode estar assustado com o número de páginas do livro, mas digo, a leitura flui de uma maneira fácil, e fico impressionado com a conexão das duas autoras, em criar uma estória tão fantástica (usando o termo agora como adjetivo).
Em cada um dos portões temos os guardiões (realmente esses seres me encantam demais). E o guardião do sétimo portão em meio a trancos e barrancos sente-se ‘meio que’ atraído por Maya e vice-versa.
Temos aí um impasse. Guardiões tinham o rosto coberto por uma máscara e era estritamente proibido por lei, um guardião mostrar seu rosto ou falar e se relacionar de alguma maneira com algum magi.
Eu adorei a estruturação das frases ao longo do livro, e me surpreendi com todos os personagens. Os capítulos têm o tamanho certo, o que torna a leitura ainda mais rápida e fascinante.
Não posso deixar de falar de Iash (um magi que ensina na escola), *esse realmente foi um personagem muito marcante*; O Sábio ( que com suas ironias em horas próprias e imprópria torna o livro mais descontraído) e Sebastian (líder dos magis de fogo, que têm papel fundamental na estória). Além dos apocs, um tipo de ‘animal’ totalmente esquisito e encantador, que acompanha cada um dos guardiões.
Confesso que ler Contos de Meigan, foi como ler Harry Potter pela primeira vez (não, eu não estou exagerando, nem querendo fazer algum algum tipo de comparação), mas não posso deixar de ressaltar nessa resenha que toda a magia do livro foi realmente impressionante e eu me vi envolvido na estória total e completamente.
Assim como torci por alguns personagens, tive excesso de raiva de outros, e o final foi surpreendente.
O que mais me afligiu mesmo foi virar a última página e não ter como correr *desesperadamente* para o próximo volume (que ainda está em fase de produção).
Há, e também foi impossível não querer entregar o livro nas mãos dos produtores de “Game of Thrones”. Sério. Eu, o tempo todo só conseguia imaginar uma série de grande sucesso, assim como a que citei.
Destaque também para o trabalho de produção da capa do livro, que traz um dos guardiões. Na verdade tudo no livro é perfeito.
Por isso digo, TODO mundo tem que ler o livro. Um livro de literatura fantástica que é realmente fantástico.
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Moonlight Books 20/09/2012

Contos de Meigan
Confiram mais resenhas no blog Moonlight Books, em http://www.moonlightbooks.net


Meigan é um mundo diferente do nosso, morada de seres especiais e poderosos que se denominam magis.
Na aparência são exatamente como nós, mas as diferenças não podem ser ignoradas por muito tempo.


Os magis tem uma relação especial com a natureza e seus elementos, moldando-os a sua vontade e apoderando-se de sua força. Esses elementos, chamados mantares, não se limitam apenas aos conhecidos fogo, terra, ar e água. Existem muitos outros, como as sombras, o tempo e até mesmo o controle sobre o próprio corpo.
Contos de Meigan – A Fúria dos Cártagos começa com Maya Muskaf preparando-se para voltar para casa. Depois de três anos vivendo na Terra, o momento de retornar a Meigan finalmente havia chegado. Assim, abandonou sua vida terrena e entrou na primeira caravana que encontrou. Entretanto, seus planos acabaram tomando um rumo muito diferente daquele que imaginara. No caminho de volta, os soldados que a escoltavam acabaram encontrando destroços e um corpo no chão. Logo que avistou o homem morto, com os cabelos tão brancos quanto sua pele e os olhos inteiramente negros, Maya soube que se tratava de um dos cártagos – antigos magis que traíram seu povo e por isso foram banidos para uma dimensão paralela. As implicações para tal presença em território magi eram gravíssimas e não demorou muito para que a garota e seus companheiros descobrissem que os magis traidores estavam tomando o Solo Sagrado e derrubado seus portões de defesa. Agora, em meio ao caos de uma violenta batalha, Maya vai precisar lutar para sobreviver e conseguir responder as perguntas que tanto lhe afligem. Como os cártagos conseguiram acesso ao Solo Sagrado? Onde estavam os guardiões dos portões, os mais poderosos guerreiros de Meigan? E, a mais importante de todas, conseguiria chegar a Katur a tempo de encontrar sua mãe?

Quando comecei a leitura fiquei um pouco confusa, li o prólogo mais de uma vez, para poder me familiarizar com os termos magi, mantares, entre outros, e sou sincera em dizer que não adiantou muito, então resolvi partir para o primeiro capítulo do livro.
Conforme a leitura foi seguindo, fiquei totalmente envolvida na história e aquela confusão inicial deixou de existir, conforme vamos acompanhando a saga da protagonista Maya, nos mudamos para Meigan; fiquei totalmente familiarizada com as particularidades deste mundo e admirada com a criatividade das escritoras ao criar este lugar, por isso, caso sintam esta mesma dificuldade, deixo a dica para prosseguir na leitura.

Em Contos de Meigan, temos batalhas épicas, travadas por seres de poderes incríveis, vamos ter também grandes conspirações políticas, magia, mentiras, traições, morte e maldade.
Em relação aos personagens temos Maya, uma garota que não enfrenta muito bem problemas, sempre achou mais fácil fugir, do que tentar resolve - los, mas ao voltar à Meigan e ver toda a devastação causada pelos cártagos, entendeu que não poderia continuar sendo tão imatura, ela ainda reluta em crescer, mas a série de situações que viverá, fazem Maya mudar sua maneira de viver.
Várias vezes tive vontade de bater na garota, mas ao ver o crescimento dela, passei a admirar sua atitudes e torcer por seu sucesso.
Acompanhando Maya em sua saga, temos o sábio Keith e o guardião Seth, estes foram meus personagens prediletos, Keith é um velho muito esperto, de coração enorme e um humor maravilhoso, ele nos piores momentos, consegue ter uma piada para contar, tirando os outros do sério e cativando o leitor com sua irreverência. Seth é um guardião, um ser criado para proteger Meigan e não sentir nada, apenas cumprir suas funções, mas ao conhecer Maya e suas atitudes impensadas, Seth começa a viver um conflito pessoal e questionar o conceito que rege os guardiões, mesmo sendo um grande guerreiro, dono de imensos poderes, suas dúvidas, permitem que possamos ver um homem nobre, leal e sensível.
Existe uma ligação muito forte entre Maya e Seth, algo que me deixou tensa durante cada encontro deles, pois não dava para imaginar o que aconteceria aos dois.
Existem alguns personagens muito duvidosos, eles não mostram claramente suas ideias e nos deixam super desconfiados se são bons ou não; e também aqueles que são misteriosos, quase não aparecem, mas estão orquestrando a maioria dos acontecimentos, são como sombras perseguindo Maya.

Eu gostei muito deste livro, apresenta um mundo fantástico, com personagens bem construídos, e uma história bem consistente. É aquela fantasia, que faz você acreditar que algo mais existe, ultrapassa a imaginação, dando impressão que podemos, através de um portal, viver outra realidade. Acredito que esta sensação, seja em grande parte, decorrente da semelhança dos magis com humanos, porém eles são seres muito mais evoluídos.
Preferi na resenha colocar mais sobre os personagens e o cenário, pois se fosse falar das aventuras de Maya, poderia soltar alguns spoilers, e isso é muito chato, preferi mostrar que é uma história com elementos muito atraentes, que vai entreter bem o leitor.
Já aviso que é uma saga, então muitas coisas não serão resolvidas neste primeiro livro, ou seja estou roendo as unhas, por causa do final incrível.
Galera, se puderem, vão para Meigan.
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Vitor Emmanuell 04/07/2013

“Sete guardiões para os sete portões que dividem o mundo humano do mundo Meigan. Sete máscaras para cobrir seus rostos dos olhos de qualquer um. Suas vozes só são ouvidas quando a morte se aproxima(...)”.

Roberta Spindler e Oriana Comesanha são duas escritoras com um talento maravilhoso! Com um ritmo incrível elas conseguem manter a história eletrizante. São 618 páginas que não deixam a desejar em nenhum momento. É tão maravilhoso ficar preso a um livro que te deixa eufórico a cada página! E eu ainda digo que estas duas autoras vão dar o que falar! Nós ganhamos um presente na Literatura Fantástica!

Ainda não sei ao certo como começar essa Resenha, não sei se começo falando da protagonista Maya, que eu tive vontade de espancar em algumas partes de do livro, mas em outras, eu tive vontade de abraçá-la e dizer que tudo iria ficar bem. Infelizmente isso não foi possível. Mas eu também queria começar falando do guardião Seth, e de como eu fiquei apaixonado pelo seu apoc.
Passei alguns dias sem tocar no livro por conta das provas (Ah, aquelas malditas provas!). E quando retornei ao livro, até reli alguns trechos e continuei a história. Gente, fiquei tão preso que terminei o livro em apenas um dia! Com direito a 5 estrelas, o livro se tornou um dos meus favoritos e ainda falo dele pra todo mundo!

Bom, vamos lá! Meigan é um mundo totalmente diferente do nosso, um mundo onde vivem seres que são chamados de magis. Aparentemente são pessoas comuns, porém com dons extraordinários. Dons que poucos conseguem controlar.
Há 3 anos atrás, Maya – a nossa linda, maravilhosa protagonista – saiu do mundo Meigan e veio viver conosco, os humanos. – cara, juro que eu queria ter conhecido Maya! – ela não queria assumir suas responsabilidades. E como eu disse, ela se adequou muito bem aos humanos e aqui ficou.

Porém, como todo filho tem que retornar um dia para seu lar, Maya precisa retornar a Meigan.
Quando ela retorna a Meigan, algo terrível está acontecendo. Os Cártagos estão atacando Meigan e aparentemente, estão ganhando a batalha.

Os Cártagos eram magis que traíram seu povo e foram banidos de Meigan. Mas o que ninguém sabe:

Como eles conseguiram acesso ao Solo Sagrado?

O Solo Sagrado é guardado por sete portões, sete guardiões que protegem cada um. Eles são guardiões extremamente poderosos e temidos.

“Enquanto era analisado com curiosidade, o guardião desfez a técnica que prendia as pernas da garota e a ajudou a levantar.”

Mas não demora muito para todos perceberem que existem traidores dentro de Meigan que ajudaram os Cártagos. Muita informação ainda é revelada, em meio a traições, segredos, Maya passará por muito até descobrir coisas perturbadoras.

São tantas batalhas emocionantes, eu sou louco não liguem, mas eu ficava falando alto, indignado com as batalhas, com o temperamento de Maya. Ficava torcendo em voz alta, gente é muita emoção! Ah e o Sábio? O livro já acabou e estou com saudades daquelas piadas sem graça! E aí Roberta? Queremos o livro de piadas!

Ah, encontrei algumas ilustrações - tudo indica que as ilustrações sejam de João Silveira (Ilustração) e André Ciderfao (Cores). - na fan page do livro, e eu tinha que mostrar pra vocês! Esta primeira, é uma ilustração dos sete guardiões, preciso dizer que o meu favorito, é o sétimo portão?!

E como eu disse à Roberta no Twitter: Eu queria um apoc pra chamar de meu!
PS: Apoc é uma criatura muito interessante que é digamos, o fiel escudeiro de um guardião. Eles são grandes, com garras e possuem asas. E quando eu penso em um apoc, me lembro de Kaos, o apoc de Seth. E não sei o motivo, mas por mais agressivos que sejam – só me vem à cabeça como criaturas fofas. Querem uma ilustração de Seth e seu apoc?

Como eu não posso revelar mais nada sobre o enredo, vou deixar alguns trechos maravilhosos que eu catei ao longo do livro!

“O guarda-costas seguiu a ordem do sábio e afastou o capuz. Maya sentiu seu coração acelerar ao ver que se tratava mesmo de Seth, sua máscara de chamas não deixava margem para dúvidas.”

“Sem tempo para chorar as dores de suas feridas, logo se puseram de pé, ágeis como felinos, e correram para a floresta que cercava a cidade-prisão. Enquanto avançavam, uma chuva de flechas voou sobre suas cabeças.”

“Após o desaparecimento dos fugitivos e dos guardiões, o clima de medo e suspeita tomou conta das ruas de Katur.”

(Ei Roberta, um dos meus sonhos secretos é ganhar uma Caneca de Contos de Meigan tá?)

Título: Contos de Meigan – A Fúria dos Cártagos
Autoras: Roberta Spindler & Oriana Comesanha
Editora: Dracaena
Páginas: 618

site: http://paposobrelivros.blogspot.com.br/2013/07/resenha-contos-de-meigan-furia-dos.html#.UdWdVfm1HwI
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