Cordeluna

Cordeluna Élia Barceló




Resenhas - Cordeluna


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Ju 17/04/2013

Cordeluna
Espanha, séc. XI.

Sancho, um nobre guerreiro, está disposto a seguir seu senhor por onde for preciso. Filho mais velho de uma numerosa família, tem o apoio do pai para cumprir seu dever, indo com dom Rodrigo até mesmo para o desterro. Corajoso e destemido, torna-se um soldado de destaque. Generoso, nunca se esquece da família e de todos que ama. Apaixonado, não sabe fazer nada pela metade.

Guiomar, donzela nobre, vive somente com a madrasta após a morte do pai. É uma garota que acredita no amor, e que quer que este seja o motivo de seu casamento, ao contrário de muitas moças da época, que levavam mais em conta a proteção, segurança e respeito que poderiam alcançar com o matrimônio.

O caminho desses dois se cruza em uma tarde de festejos, em que Sancho, junto com seus companheiros, cumpre a missão de entregar alguns presentes ao rei, após terem obtido uma grande vitória. Seu senhor, dom Rodrigo, também conhecido por El Cid, pretende, com isso, que o rei comece a perceber o erro que cometeu banindo-o de suas terras.

"Então a viu. (...) Sancho pensou que nunca, em toda sua vida, tinha visto uma imagem tão bela e, independentemente de sua vontade, sentiu que seu coração voava para junto daquela donzela desconhecida. Gostaria de aproximar-se, dobrar o joelho à sua frente e oferecer-lhe sua espada. Para sempre. (...) Guiomar olhava o jovem guerreiro como se ele fosse uma aparição, um arcanjo descido do céu para terra. (...) Sem saber quem era, soube, no entanto, que aquele era o homem com quem ela tinha sonhado toda sua vida e que nenhum poder do mundo poderia separá-la dele."

Espanha, tempos atuais.

Um grupo de jovens atores é escolhido para fazer parte de um importante projeto: a recriação de uma parte da história, mais precisamente da época do séc. XI em que El Cid foi desterrado pelo rei Alfonso e começou a alcançar sucesso na conquista de mais territórios. Entre esses garotos, encontra-se Sérgio. Um jovem ambicioso que pretende mostrar seu valor. E também Glória, uma garota segura de si, que sabe que possui talento e quer descobrir se usá-lo é o que quer para sua vida. O grupo é levado para um antigo mosteiro e, pouco depois de chegarem ao local, Sérgio e Glória se encontram. Ao primeiro olhar, algo inexplicável acontece.

"Tinha sido... Como tinha sido? Como encontrar-se com alguém que só existe na própria imaginação, como ver na vida real a figura de um sonho, como recuperar algo enormemente valioso que se achava perdido para sempre, como... como apaixonar-se, simplesmente?"

Perdoem-me pelos quotes gigantes, rs, mas foram realmente necessários. Cordeluna nos apresenta uma história linda, ou melhor, duas histórias lindas. Na verdade, histórias bem parecidas, separadas por quase 1000 anos. O mesmo casal se reconhece instantaneamente, obstáculos parecidos se apresentam a eles. Para que possam finalmente usufruir do seu amor, terão que vencer uma pessoa que os persegue há vários séculos.

Sou louca por histórias de amor, acho que vocês já devem ter percebido. Essa me conquistou bem rápido. Torci tanto por um final feliz! E sofri absurdamente em todos os momentos em que algo deu errado.

Minha leitura fluiu muito bem. Não que eu tenha lido o livro super rápido. Ele contém bastante informação e, por isso, precisei de pausas para absorver tudo. Conhecemos a história que se passa no séc. XI ao mesmo tempo que a história dos tempos atuais.

Não consegui definir por qual personagem me apaixonei mais. Já a que eu mais odiei, é bem fácil nomear: dona Brianda, a madrasta de Guiomar. Que pessoinha mais mesquinha, burra, invejosa e infeliz! E o pior é que ela é daquelas que não sossega enquanto todo mundo ao seu redor não se torna completamente infeliz também.

Sobre o título... talvez vocês queiram entendê-lo. Cordeluna é o nome de uma espada mágica, dada a Sancho por seu pai. Mais um quote gigante, não me matem, rs, é que ele a descreve melhor do que eu conseguiria.

"- É Cordeluna - disse Ramiro Láinez com um leve tremor na voz -, a espada dos nossos antepassados. Tem esse nome por causa deste emblema gravado na lâmina, vês? Um coração e uma lua que se sobrepõem. E a empunhadura tem uma pedra tão especial que parece feita do próprio coração da lua. Observa-a!
Sancho contemplou-a extasiado, sem se atrever a tocá-la: era uma pedra grande e ovalada, de uma cor leitosa como a luz da lua cheia sobre rochas brancas, e em seu interior pareciam mover-se lentamente volutas coloridas de fumaça. Sem que ninguém lhe explicasse, sentiu que era uma pedra viva, uma pedra mágica."

A Editora Biruta classifica seus livros infantis e juvenis em várias categorias. Cordeluna pertence à categoria Leitor Crítico, que engloba textos com trama mais complexa que impliquem em interpretações mais elaboradas. Maior quantidade de informações, vocabulário mais rico, temas de interesse dos jovens. O livro é indicado para jovens a partir dos 14 anos. Além de tratar de uma época que eu amo, a Idade Média, ele ainda trabalha de verdade o vocabulário. Posso testemunhar isso porque tive que consultar algumas vezes o dicionário.

É muito difícil encontrar um trabalho editorial tão lindo quanto esse. Me deparei com ilustrações muito fofas durante a leitura e, os pequenos detalhes, como letras bem trabalhadas no início de alguns parágrafos e os números das páginas na cor azul, fizeram toda a diferença.

Super recomendo a leitura para todos! Amei demais Cordeluna, como eu já suspeitava que fosse acontecer.

Publicada originalmente em: http://entrepalcoselivros.blogspot.com.br/2013/04/resenha-cordeluna.html.
Dani 18/04/2013minha estante
Eu gostei imensamente do título do livro, gostaria que meu nome fosse esse ou que eu pudesse tatuar essa palavra nas costas, azul com glitter xD
No entanto, sem coragem, me contento em adimitir que o enredo me lembra extremamente Dom Quixote, fiquei mega interessada e estou doida para ler ^^


Adriane Rod 18/04/2013minha estante
Li a sua resenha lá no blog e tenho que dizer que não foi uma história cativante. Não gosto desse negócio de encarnação, mas as histórias são boas, separadamente.

E sim, também me lembrei de Sancho Pansa, do Dom Quixote. :p

;)

http://pseudonimoliterario.blogspot.com.br/


Thaís 18/04/2013minha estante
Adorei! que bom q vc gostou! isso é apenas mais um sinal q o livro é realmente bom, a resenha esta otima! Só achei o nome um pouco diferente rsrs..


Baah 19/04/2013minha estante
adorei, achei super legal, bem interessante!!!!! vou seguir sua recomendação e vou procurar ler !


Lua 19/04/2013minha estante
Apaixonei só pelo nome Cordeluna *-----*


Mila 22/04/2013minha estante
Olá , esse livro nunca tinha ouvido falar, mas vim conferir suas resenhas :)
Eu fiquei encantada com tanta doçura neste livro, quero ler um dia ..

Bjinhoos


Mila 22/04/2013minha estante
Olá , esse livro nunca tinha ouvido falar, mas vim conferir suas resenhas :)
Eu fiquei encantada com tanta doçura neste livro, quero ler um dia ..

Bjinhoos




Naty__ 04/08/2015

Quando soube que receberia Cordeluna para ler, fiquei parecendo criança com o brinquedo mais desejado que pudesse existir. Estava desejando o livro há muito tempo e confesso que imaginei que não fosse lê-lo tão cedo. Sorte que o meu pessimismo é menor do que a realidade e, quando menos imaginei, estava com a obra em mãos.

O século é XI, estamos na Espanha e vamos conhecer o nobre guerreiro Sancho, filho mais velho de uma grande família. Ele está disposto a seguir o seu senhor a todo custo. Seu pai o apoia em sua missão de ir, com dom Rodrigo, onde for preciso. Qualidade Sancho tem muitas e é um dos personagens que mais agradam o leitor.

Guiomar é uma bela sonhadora, acredita piamente no amor e nos benefícios que ele pode lhe proporcionar. Seu pai faleceu e desde então ela passa os seus dias com sua madrasta muito ciumenta e que esconde diversos segredos. A jovem donzela deseja um casamento em que o amor seja o centro, não o que as outras moças pensam e desejam. Ela não ambiciona riqueza, relacionamento de aparência e nem tampouco um homem para dizer à sociedade que o tem. Ela quer alguém que possa fazê-la sentir um sentimento verdadeiro e eterno.

Algo que não é nada inesperado acontece, claro, ambos se encontram. Alguns ousariam chamar de amor à primeira vista. Sancho se encantou por aquela imagem que viu e sentiu seu coração voando para junto daquela donzela que, até então, ele nunca tinha visto. Em contrapartida, Guiomar o observava como se fosse um arcanjo. Ninguém precisava dizer, mas, no fundo, ela sabia que ele era o homem que ela tanto sonhou.

Como nem tudo tem o seu lado perfeito, mil anos atrás essa história doce e envolvente de amor é interrompida por culpa de uma maldição. Esse poder foi tão grande e maligno que por diversas gerações conseguiu dominar os espíritos. E, acreditem se quiserem, os apaixonados eram “condenados” a esperar para reencontrar o amor, mas a consequência era apenas a ganância do ódio.

A obra não retrata apenas um romance com uma história medieval, ela é composta de fantasia, maldade, bruxaria, religião e tenho certeza que agradará diversos tipos de leitores. Élia envolveu diversos temas para cativar vários gostos. Sem contar que Cordeluna recebeu o prêmio de Edebé de Literatura Juvenil.

Como muitos já estão cansados de saber, não sou fã de romances. Pelo contrário, tenho até repúdio de livros melosos. Porém, o que me fez desejar esse livro é o diferencial que a autora conseguiu me passar apenas com a sinopse, um estilo medieval que logo cativa qualquer um. Fiquei mais curiosa ainda quando vi a capa e o cuidado da editora Biruta com a diagramação. Foi impossível não desejar ler até mesmo pela aparência. Há quem goste ou não, mas, sendo sincera, eu julgo pela capa.

A história foi ótima e a autora consegue envolver e prender o leitor, porém, fiquei desejando e esperando por mais livro, mais história, mais ação e, quando percebi, tinha chegado ao final sem ter esses “mais”. O fato é que o enredo é muito bem criado, mas ouso dizer que a estética do livro, no final, acabou por me arrebatar muito mais do que o seu conteúdo propriamente dito. Não foi uma leitura ruim, pelo contrário, foi uma leitura boa demais e me encantei por isso. Porém, acredito que me apaixonei mais pelo frasco do que pela fragrância.
Danielle Almeida 04/08/2015minha estante
Parece ótimo! A gente lê tanta coisa ambientada na Inglaterra ou na França, é bom sair desses locais um pouco. E eu tbm me encanto pela aparência, rs.


Naty__ 04/08/2015minha estante
Verdade, Dilly, é bom mudar um pouco. Realmente... E a capa deste livro é belíssima.


Eduarda Rozemberg 12/11/2016minha estante
Já fiquei interessada só pela capa, mas o enredo então.... Queria muito conhecer um livro que tem uma ambientação nos séculos mais antigos, e por você ter gostado, parece ser uma boa.


Rossana Batista 19/01/2017minha estante
Eu gosto de livros passados em séculos anteriores. Interessante que ele consegue reunir vários gêneros e conseguir lidar muito bem com toda a história que se passa. Parece bom!


Lana Wesley 20/01/2017minha estante
Será que só eu não consigo ler livros que se ambientam, e passam em outra época, por mais legal que seja sair da nossa zona de conforto, ainda sim para mim, e uma leitura que não flui, muito pelo contrário. Quem sabe futuramente dou uma chance a essa leitura, porém no momento não me despertou interesse.


Marta 24/01/2017minha estante
Nossa fiquei mega curiosa para ler esse livro!! Não conhecia mais a história é bem instigante!!
Beijoss




Isabela Minati 16/09/2012

Sancho Ramírez é um jovem rapaz guerreiro, vivendo no século XI, na Alta Idade Média, junto de seus pais e irmãos. A família Ramírez é vassala de dom Rodrigo de Vivar, também chamado de El Cid, e, quando este é acusado de roubo pelo Rei Alfonso, é condenado ao desterro. Sancho acredita na honestidade de seu Senhor, mas só o que pode fazer é acompanhar El Cid, então resolve partir com ele.
Antes de sair de casa, o pai de Sancho lhe entrega uma espada que era de seus antepassados e diz que seu nome é Cordeluna, por causa do emblema de um coração e uma lua sobrepostos em sua lâmina. Três dias depois, Sancho parte para o desterro com seu Senhor.
Então ele conhece Guiomar, uma jovem muito bonita. Os dois sentem que é amor à primeira vista, mas ela é uma condessa nobre e ele é apenas um guerreiro plebeu. Para piorar, temos Dona Brianda, uma mulher poderosa que começa a fazer de tudo para ter Sancho para si. Só que ela é a madrasta de Guiomar, então, assim que descobre que Sancho não vai querê-la por causa de sua enteada, ela passa a ter ódio dos dois. Mas, apesar de tudo, eles vão lutar para ficar juntos.

Já no século XXI, conhecemos Glória, uma menina que parte com um grupo de atores para um mosteiro para participar de um teatro, onde será encenada a vida de El Cid, que aconteceu mil anos atrás. Lá ela conhece Sérgio, um jovem lindo e que parece ser perfeito para a peça, pois tem até a aparência de um guerreiro medieval. Eles vão, aos poucos, descobrindo um amor que não esperavam sentir dessa forma.
Uma das monitoras do grupo de teatro é Bárbara, uma mulher que, apesar da diferença de idade, se sente atraída por Sérgio, mas se decepciona cada vez que tenta conquistá-lo, pois descobre que ele não tem interesse nela, e sim em Glória.
Já percebemos por aí que o passado está, depois de mil anos, se encontrando com o presente.

A autora alterna essas duas histórias com uma narrativa apaixonante. O livro é escrito de uma forma maravilhosa e você termina a leitura com um enorme sorriso nos lábios.
Eu não tive como não marcar esse livro como favorito, simplesmente me apaixonei pela história!
A diagramação também é fantástica, o livro tem imagens lindas e fiquei muito feliz de não ter encontrado nenhum erro de digitação/ortográfico/de revisão.
Agradeço MUITO a Gabi, do blog Fluffy (fluffy.com.br), que fez esse book tour e me proporcionou a oportunidade de me encantar com Cordeluna!
Gabi 16/09/2012minha estante
Que bom que você gostou do livro, Isa! Fiquei bem feliz com isso, porque também achei que a autora foi muito feliz em sua narrativa e na forma como ela fez com que mil anos não foram capazes de apagar um amor verdadeiro. É um livro lindo, mesmo.
Obrigada por postar a resenha! Beijos :)




Guzz 10/03/2013

Cordeluna - Élia Barceló
Você gosta de clichês? A minha opinião particular é que eles são muito importantes, porque ditaram fórmulas e jeitos especiais de contar histórias totalmente diferentes. Mas o clichê usado somente por ele, sem nenhuma pitadinha de algo diferente para a história, me incomoda bastante.

Élia tentou fazer isso, trazendo uma história de época para acontecer nos dias atuais, no maior estilo “predestinação”. Mas não rolou, pelo menos na minha opinião.

Sérgio e Glória são dois adolescentes que sonham em brilhar como atores e, por conda disso, acabam se conhecendo em um acampamento de preparação para um espetáculo. Eles são realmente bons, pois pararam ali devido a uma seleção bem criteriosa.

Assim que se conhecem, eles percebem que há algo de errado, pois sentem que já se conhecem de “algum lugar”.

Em paralelo, a narração em terceira pessoa também conta a história de Sancho, um cavaleiro que se vê obrigado a fugir com seu senhor, devido a um mal entendido que só será resolvido com o tempo.

Sancho conhece dona Guimar, uma donzela que possui uma madrasta muito ciumenta e que esconde muitos segredos também. E, a partir daí, você já deve imaginar que isso é um triângulo amoroso e que muita coisa vai acontecer, não é?

Ah, e adivinha: no acampamento de Sérgio e Glória existe uma instrutora que também esconde alguns segredos e sentimentos sobre Sérgio. E pra terminar, adivinha o que dá nome ao livro? Claro que Cordeluna é uma espada.

Pegou o nível de clichês?

Mas o livro não é tão ruim, só não é o meu estilo de leitura e creio, como a própria descrição diz, deve dar uma ótima novela. De preferência das seis horas na Globo.

Se você gosta de linguagem de época, cavaleiros, donzelas, reis, bruxos, magia e clichês, leia Cordeluna.
Laura.Covolan 02/08/2016minha estante
Eu achei meio confuso esse livro! Com certeza este também não é meu tipo de leitura!




Adriana 05/04/2012

Impecável!

Com uma escrita fluida, poética e misteriosa a autora espanhola Élia Barceló me cativou e fez com que desejasse ardentemente viver uma história de amor no passado, presente e futuro *-*

Cordeluna é um livro do qual, admito, nunca havia ouvido falar embora tenha ganhado um importante prêmio da literatura, o Edebé. A editora Biruta não é muito conhecida no meio, mas possui diversas publicações legais, além de fazer um trabalho incrível na edição de seus livros infantis e infanto-juvenis (farei um post sobre isso em outro momento, pois achei tão maravilhoso o catálogo que eles mandara que quero dividir com vocês)!

Adorei ter a oportunidade de ler esta obra porque ela é bem diferente do que estou acostumada e, mesmo assim, trata de um tema universal: o amor. Sim, há sobrenatural envolvido, mas é daquele tipo com bruxas e duendes maléficos. Um livro em que o passado de um jovem casal se mistura ao presente de Sérgio e Glória.

Ambos são estudantes de filologia, e foram escolhidos entre poucos para fazer parte de um projeto ambicioso. Um grupo de jovens é levado a um mosteiro em Burgos para gravar um documentário e ensaiar uma peça de âmbito nacional. O lugar é rico em história e logo Sérgio e Glória sentem uma química que parece inexplicável.

Entretanto, antes de tudo isso o leitor já pode entender o que se passa com eles porque é apresentado a Sancho Ramírez e Guiomar, um filho de fidalgo e uma nobre dama que tiveram suas vidas entrelaçadas mil anos atrás e que foram separados por forças desconhecidas.

Ao longo do livro vamos conhecendo tanto a história de Sérgio e Glória quanto a de Sancho e Guiomar. Nos apaixonamos por cada casal e torcemos por eles, vibrando por eles, chorando por eles. A autora entrelaçou a trama de forma magnífica, é raro achar um livro em que temos dois tempos distintos narrados e minha ansiedade por cada um seja a mesma. Geralmente o passado é a parte mais “chatinha” e eu fico torcendo para chegar de volta ao presente, mas em Cordeluna isso não acontece de jeito nenhum!

Alias, falando em Cordeluna, vocês devem estar se perguntando que nome é este. Simples: este é o nome da espada de Sancho, que é indispensável para a história e que tem um papel tão fundamental que eu não posso contar aqui (sou anti spoilers gente)!

O importante mesmo é vocês visualizarem esta leitura tão rica, que tem juventude e modernidade aliadas a nobres damas com seus vestidos suntuosos, cavaleiros lutando pelo amor destas donzelas e muita magia enriquecendo tudo isso. O livro é incrível e acho que estava mesmo precisando de um livro “com cara de livro” se vocês conseguem me entender. Uma obra que, além de ter início, meio e fim não fique só enrolando nas divagações de uma adolescente, mas sim te conte um enredo lindo e bem estruturado.

Isso é uma das coisas que às vezes sinto falta nas publicações atuais: boa estrutura. Inúmeros são os casos de obras que tem tudo para serem fantásticas, mas não conseguem manter um rumo e se perdem por falta de um componente básico como este.

E voltando a falar de Cordeluna, nada mais posso dizer além de leiam este livro. Além de um enredo que vale a pena, a edição, revisão e projeto gráfico da obra são impecáveis. Mostrei as ilustrações para vocês no vídeo deste post, mas ao vivo são ainda mais lindas! E minha nota final não podia ser outra né… 5 estrelinhas!!!

Resenha em http://mundodaleitura.net/?p=3343
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Camila 04/05/2012

Conrdeluna
Cordeluna nos conta a história do amor entre Guiomar e Sacho. Ela é uma dama da corte de D. Afonso e ele, um guerreiro a serviço de El Cid. A união deles é proibida e D. Brianda, madrasta de Guiomar, fará de tudo para separá-los. O ódio de D. Brianda é tão grande que ela não mede esforços e se alia a forças malignas para separar os amantes. Como resultado de tudo isso, uma maldição recai sobre todos os envolvidos com esse relacionamento. Mil anos mais tarde, os jovens Sérgio e Glória se encontram em um curso de teatro, para encenar uma peça justamente sobre o período em que viveram Guiomar e Sacho. O "reconhecimento" entre Glória e Sérgio é quase imediato, um verdadeiro amor a primeira vista! Mas é óbvio que não será fácil para eles viverem esse amor! Bárbara, uma das professoras do curso, está obcecada por Sérgio e fará de tudo para tê-lo.
Um livro que se destaca por fugir do comum. Vale bem a pena para quem quer escapar dos cenários americanos e adolescentes. Os costumes da época e as lutas entre cristãos e muçulmanos são muito bem retratados nesse livro.

www.leitoracompulsiva.com.br
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Maria Fernanda 08/09/2012

Pode vê-la em: http://thebutterbeer.blogspot.com
"– Cordeluna, a espada dos nossos antepassados. Tem esse nome por causa deste emblema gravado na lâmina, vês? Um coração e uma lua que se sobrepõem. E a empunhadura tem uma pedra tão especial que parece feita do próprio coração da lua”.

Cordeluna para mim foi uma grande surpresa. Não pensei que fosse gostar tanto, porque livros românticos nunca foram a minha praia – o que me chamou atenção nesse foi a parte da maldição. Mas a Élia Barceló me mostrou que nem todo romance é chato e meloso ao extremo. Eu encarei Cordeluna mais como um conto de fadas e acabei gostando bastante.

"No coração de Castela, na escuridão, um poder aguarda o momento. Passaram-se mil anos e o tempo está se acabando. As linhas do passado convergem para o presente para que o futuro possa existir."

Sancho e Guiomar. Sério e Glória. Dois casais. Uma maldição. O livro conta duas histórias ao mesmo tempo (é como se ambas estivessem acontecendo juntas, cada uma no seu espaço temporal): uma que se passa no século XI e outra que se passa no ano 2000. No início isso me confundiu um pouco porque a autora não demarca claramente quando a época do enredo muda, acho que devia ter pelo menos a indicação entre parênteses, depois me acostumei.

"Sancho deixou sua espada sobre a fonte do claustro e abraçou Guiomar. Um instante depois, se beijavam desesperadamente, iluminados por Cordeluna.

"Sérgio queria lhe dizer o que temia [...], mas lhe dava muita vergonha, de modo que se limitou a aproximar-se dela, e a beijou nos lábios, timidamente, com doçura, [...]"

A leitura foi rápida, a linguagem é de fácil entendimento, e a trama tem um jeito inocente. É um conto juvenil que indicaria para qualquer idade. Tem várias batalhas, conflitos e uma bela história de amor. Lembra um pouco (como eu disse antes) os contos de fadas, pois os personagens bons são amáveis – totalmente bonzinhos – enquanto os maus são puramente isto, sem meio termo. Uma boa leitura para entreter; a estória é bonita e bem contada.
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Cláudia 27/07/2012

Cordeluna é uma espada poderosa que consegue influenciar o seu dono e as pessoas a sua volta. A narração em terceira pessoa apresenta duas histórias. Uma acontece em um passado distante – na Espanha, época do Rei Alfonso. A outra se passa no mesmo lugar, só que nos dias de hoje, nela um grupo de jovens atores vai para um retiro no campo para desenvolver um projeto que pode lançar as suas carreiras. A história que eles devem recriar é a de alguns guerreiros exilados pelo Rei Alfonso, incluindo a história de amor entre um dos líderes e sua dama. A trama vai e volta, alternado os capítulos entre o passado e o presente, mostrando ao leitor alguns pontos em comum entre as duas épocas.
No passado um casal de jovens (não o do projeto dos atores), um corajoso guerreiro e uma garota de boa família, se apaixonam perdidamente, mas uma pessoa mal intencionada faz de tudo para separá-los. O guerreiro é o dono da Cordeluna, uma espada que deve ser usada com cuidado, afinal como na história do Homem Aranha, com o poder vem a responsabilidade. Enquanto no presente um casal do grupo de atores começa a encontrar pistas sobre essa história, junto com as pistas, acontecimentos estranhos passam ser cada vez mais frequentes com eles e seu grupo de amigos. A narração vai desenrolando com um clima de suspense, os capítulos terminam em momentos estratégicos e como o próximo vai para outra época, deixa o leitor muito curioso. São alguns mistérios, qual a ligação entre as duas épocas, o que aconteceu com os amantes no passado, e como vai ser desfecho.

A leitura foi rápida, a linguagem é acessível, e a trama tem um jeito inocente. É uma aventura juvenil que indicaria para qualquer idade. Achei legal o ritmo, tem várias batalhas, conflitos e uma bela história de amor, lembra um pouco os contos de fadas, pois os personagens bons são íntegros e amáveis – totalmente bonzinhos, enquanto os maus são pura maldade, o que foge bem a realidade, sem meio termo. Uma boa leitura de entretenimento, o que poderia comentar como ponto negativo é que não vi algo que destaque esse livro entre outros do gênero, mas a história é bonita e bem contada.

http://www.concentrofoba.com.br
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Gabriele 31/05/2012

Cordeluna conta a história de um casal que foi separado por uma maldição há mil anos atrás. Eles se reencontram nos dias atuais, e talvez, dessa vez, eles consigam finalmente ficar juntos.
Comecei a ler sem muitas expectativas, não sabia muito que esperar do livro e me surpreendi. A narrativa da autora é muito bem trabalhada, eu me senti na Idade Média, me senti na pele dos personagens e eu simplesmente adoro quando isso acontece.
Eu demorei um pouquinho no inicio para entrar na história, para ver que rumo a autora iria seguir, mas logo depois, já não conseguia mais soltar o livro. A narrativa altera entre passado e presente e é viciante. É uma história maravilhosa, inteligente e diferente.
Eu adoro história, então ler algo ambientado na Idade Média, sendo essa época retratada muito bem, com todos seus costumes, foi algo muito bom.
Nunca tinha lido nada de autores espanhóis, e foi uma ótima primeira experiência. Foi como fazer uma viagem há mil anos atrás, uma ótima viagem.
Os personagens ao se reencontrarem no presente, sentem uma conexão inexplicável e começam a ter sonhos, onde elementos do passado tentam se comunicar com eles. Nessas horas eu simplesmente ficava vidrada nas páginas querendo saber o que iria acontecer. Sabe quando você senta para ler, não percebe o tempo passar e quando olha no relógio já se passaram duas horas e faltam pouquíssimas páginas para o livro terminar? Foi assim minha leitura de Cordeluna.
E vendo com um olhar estético, Cordeluna é também, um livro lindo. A diagramação interna é muito bem trabalhada, a revisão de texto, os desenhos, a capa... Tudo é lindo. Recomendo muito! É diferente do que eu estou acostumada a ler, mas vale muito a pena.
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Moonlight Books 09/09/2012

Cordeluna
Por Cida Oliveira

Leia mais resenhas em http://www.moonlightbooks.net/
O casamento perfeito entre a era medieval e os dias atuais.
Apaixonante novela que combina história e fantasia, amor e maldade, bruxaria e religião.


Nem sempre os livros mais divulgados e polêmicos são os melhores, existem certos livros que são como pedras preciosas, estão bem escondidinhos e precisamos garimpar, cavar bem fundo para encontrar, como uma caçada ao tesouro, quando terminamos temos em mãos algo de valor inestimável. Cordeluna é um destes livros, pouco divulgado, não são muitas as pessoas que o conhecem, mas para os que tiveram este prazer, depararam com uma história fascinante e inteligente.

O cenário é a Espanha, em duas épocas distintas, a medieval e os dias atuais.
Na era medieval, conhecemos o amor dos jovens Sancho e Guiomar, ele um jovem e corajoso guerreiro do grupo de El Cid, ela uma bela donzela da nobreza espanhola, criada por sua cruel madrasta, Dona Brianda.
Temos aqui aqueles amores que nascem de um primeiro olhar, contagiantes e totalmente insanos; amores que levam os amantes a jurar lealdade com a própria vida, que vão contra as convenções de uma época e despertam a inveja de muitas pessoas, tornando -se assim um amor proibido.

Ele é apenas um guerreiro, sem linhagem nobre e fortuna, não pode ser o escolhido para o marido de Guiomar, que de acordo com os desejos da família deve casar -se com um homem mais rico que ela, afim de unir duas enormes fortunas e mais poder. Além de não ser o noivo perfeito, Sancho desperta os desejos de outra mulher, que ao ser rejeitada pelo rapaz, busca uma vingança.
Quem deseja Sancho mais que tudo no mundo, é Dona Brianda, sentindo - se desprezada pelo rapaz, ela busca os conhecimentos de um poderoso bruxo afim de impedir a felicidade do jovem casal, tomada pela inveja e pela raiva, Brianda vende sua alma e liberta uma terrível maldição sobre o casal, mas além de Sancho e Guiomar, todos os que estão ligados a história de amor deles, inclusive Brianda, são amaldiçoados.
Uma eternidade sem descanso, para a alma de cada personagem desta história e três chances em 1000 anos para reverter tal maldição.

Já nos dias atuais, temos um grupo de jovens artistas, que trabalha na montagem de uma apresentação sobre a época de El Cid e para melhor caracterização dos personagens, viaja aos locais que El Cid viveu.
Entre eles, temos Glória e Sérgio, que desde seu primeiro encontro, percebem que tem uma estranha conexão. Quando cruzam seus olhares, são tomados por algo desconhecido e agem como se fossem outras pessoas, são inundados por fortes sentimentos.

"Tinha sido… Como tinha sido? Como encontrar-se com alguém que existe na própria imaginação, como ver na vida real a figura de um sonho, como recuperar algo enormemente valioso que se achava perdido para sempre, como… como apaixonar -se, simplesmente…"


Hospedados em uma antiga casa religiosa, os jovens encontram vários símbolos de um passado distante, peças de uma tragédia marcante, que trazem consigo a história infeliz de dois amantes, segredos e uma força tão grande, que causa pesadelos e mudanças de comportamento no grupo de atores.
Cercados por algo além da imaginação, envolto em muito misticismo, eles percebem que algo muito estranho aconteceu ali, que existem almas perturbadas gritando para serem libertadas de uma maldição e cabe à cada um deles, desvendar os mistérios escondidos naquele local, afim de libertar à todos de tanta dor e sofrimento.

A construção desta história é perfeita, até a metade do livro, a escritora conduz as duas épocas paralelamente, fornecendo diversos detalhes, que podem parecer sem sentido, mas ao unir as épocas cada um encontra seu lugar no enredo, esclarecendo cada situação ocorrida e guiando tanto leitor, quanto personagens à desvendar os segredos da trama.
Os dramas vividos pelos amantes são comoventes, não há como segurar as lágrimas; a coragem dos jovens atores, nos contagia e faz ter vontade de ajudar na busca de uma solução, o que faz de Cordeluna uma leitura muito viciante.

A história é narrada em terceira pessoa, apresenta fatos históricos muito bem descritos, é um romance de primeira, bem ambientado, poético, dramático, envolvente.
Não posso deixar de citar a diagramação do livro, desde uma capa de um tom azul magnífico e uma textura gostosa de manusear, até as belas ilustrações, as divisões internas até a forma como as páginas são numeradas, na lateral, não no rodapé e no mesmo tom azul da capa.
A linguagem utilizada é muito rica e não encontrei nenhum erro de revisão.


Mas e Cordeluna? O que é Cordeluna?

Me perguntei as mesmas coisas, e confesso que enriqueceu a leitura a busca por estas respostas, foi proposital a omissão disto na resenha, pois gostaria que a descoberta de Cordeluna fosse para vocês tão mágica, quanto foi pra mim.

Amei este livro, além de 5 estrelas, entrou para os meus favoritos.




Livro premiado pelo Prêmio EDEBÉ de Literatura Juvenil
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@APassional 27/09/2012

Cordeluna * Resenha por: Elis Culceag * Arquivo Passional
Sancho Ramírez era um jovem guerreiro medieval de 18 anos, que servia fielmente ao seu senhor Dom Rodrigo. Após cumprir sua 1ª missão oficial, retorna a seu lar para despedir-se novamente de sua família, já que Dom Rodrigo (conhecido futuramente como El Cid), foi injustamente condenado ao exílio pelo Rei de Castela (Dom Alfonso), e Sancho, como um cavaleiro honrado e fiel, decide acompanhar o amo na tristeza ou na glória.

Antes da partida, seu pai lhe confere a posse de Cordeluna, uma espada ancestral que possui um coração e uma lua gravados na lâmina, uma pedra especial e misteriosa em sua empunhadura, acompanhada de um par de pedras menores, não menos intrigantes.

Logo no primeiro capítulo, mergulhamos no mundo medieval através dos olhos de Sancho e vislumbramos sua vila, família, hábitos, obrigações e costumes da época.

Paralelamente, também no início da história, conhecemos Glória, uma estudante do século XXI, que aproveita as férias escolares para participar de um projeto de teatro, a montagem de uma peça sobre El Cid e a Alta Idade Média. Seu destino, juntamente com o dos demais participantes do projeto, é a cidade de Burgos, na Espanha, em um antigo Mosteiro Medieval chamado "Nossa Senhora das Pedras", onde o diretor Bernardino deseja recriar a atmosfera do século XI, para que os atores possam construir seus personagens da melhor maneira possível.

Da mesma forma que no passado Sancho conhece e se apaixona por Guiomar, causando a inveja e a ira de Dona Brianda, no presente Glória conhece e se apaixona por Sérgio, despertando o ciúmes de Bárbara, desencadeando uma série de acontecimentos iniciados há mil anos atrás, e a possibilidade de quebrar de vez ou não uma maldição que persiste há séculos.

É incrível a forma como a autora descreve os personagens do passado e do presente, ao mesmo tempo tão diferentes em suas culturas e experiências de vida, mas possuindo os mesmos tipos de sentimentos, amplificados pela presença dos espíritos amaldiçoados de seus ancestrais.

Nessa história temos amor, ódio, beleza, feiura, luta, resignação, espera... alcance. Não há heróis perfeitos, mocinhas sem defeitos ou vilões sem argumentos. Todos erram, e pagam o preço de suas escolhas, pelo tempo que for preciso.

A narração é feita em 3ª pessoa, e os capítulos curtos alternam entre a Espanha medieval e a Espanha contemporânea. Os personagens principais e coadjuvantes, tanto os do passado como os do presente, são plenamente desenvolvidos em suas características físicas e psicológicas, funções dentro do enredo, e todos possuem finais bem delineados. As histórias estão entrelaçadas o tempo todo, o que acontece no presente tem sua origem no passado, e influência direta da maldição milenar.

Um livro juvenil que nenhum adulto conseguirá parar de ler. Ricamente trabalhado, sem diálogos gratuitos ou cenas supérfluas, tudo tem um porquê e não restam pontas soltas no final.

Cordeluna é uma história especial e mágica, como a espada que leva o seu nome.

Recomendo!
Beijos... Elis Culceag.

Resenha publicada no Blog Arquivo Passional em 26/09/2012:

http://www.arquivopassional.com/2012/09/resenha-cordeluna-de-elia-barcelo.html
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Jaque 03/12/2012

Resenha do Blog: Meus Livros, Meu Mundo. http://www.estantevirtual-silva.blogspot.com.br/
Confesso que o inicio de leitura deste livro foi complicado, eu estava, digamos assim, de ressaca literária. Mas quando consegui mergulhar na historia de Cordeluna, foi impossível largar.


O livro relata uma história de amor que sobrevive à uma maldição de mil anos e sobre a espada de um guerreiro que pode salvar esse amor. Um amor puro e forte, um poder sobrenatural, um guerreiro, jovem, valente e apaixonado, uma donzela, herdeira da família real no séc. XI. E um feiticeiro com poderes das trevas.

É assim que começa historia...

O livro conta a história de maneira intercalada, saltando do passado para o futuro no atual século XXI. Mas acreditem isso não torna a leitura cansativa, nem nos deixa perdidos.

A leitura é deliciosa, fácil de entender e se deixar levar pela magia que envolve os personagens. Estes por sua vez, são apaixonantes. Tanto os do passado quanto os do presente.

Sancho e Guiomar se apaixonam, mas esse amor é impossível. Sancho é um desertor do reino onde vivia e Guiomar, Condessa, herdeira de um reino. Ainda assim o amor deles os torna fortes e eles lutam contra tudo e todos, quando estão próximos a tão sonhada felicidade, por conta da inveja e do ciúme de sua madrasta, Guiomar sofre ao ver seus sonhos serem destruídos.

Desse ódio, dessa inveja, nasce um pacto, uma maldição. Esta aprisiona as almas envolvidas no ocorrido, eles permanecem ligados por 1000 anos, se reencontrando de tempos em tempos.

Para tentar quebrar a maldição e reparar os erros cometidos. Agora no século XXI eles têm a última chance, ou viverão em sofrimento eterno e Sancho e Guiomar jamais vão poder ser feliz.

A história é repleta de magia, mistério e muita aventura e claro, recheada de romance.

O Mundo descrito pela autora é fantástico, nos faz imaginar como era viver naquela época, de guerreiros, damas, reis e rainhas. Nos leva a fantasiar à cada página que lemos.

O Mosteiro descrito onde se passa toda a historia vivida no século XXI, eu me peguei diversas vezes imaginando cada comodo descrito e ao final do livro senti como se tivesse ido aquele lugar.

Tudo é descrito com riqueza de detalhes. É um livro valioso como um pergaminho, deveria ser eternizado tanto quanto a história que ele conta.

Eu não conhecia a autora, muito menos o livro. O recebi em parceria pela Editora Biruta e agradeço imensamente a oportunidade de ler um livro tão maravilhoso.

Quanto à parte física do livro, é linda, a capa e as primeiras páginas de cada capítulo são em um tom de Azul maravilhoso, acredito ser Azul Real, a numeração das páginas também são neste mesmo tom de azul e ficam na lateral das páginas e não no rodapé como de costume.


Quanto à revisão do texto encontrei alguns pouquíssimos erros que não atrapalham em nada o seguimento da leitura. Acredito que a Editora veja isso numa próxima edição.



É um livro que eu recomendo de coração. Tenho certeza de que, quem o ler, vai amar cada linha lida.
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Núbia Esther 24/10/2012

Élia Barceló é uma autora espanhola de bastante sucesso mundo afora. A autora escreve romances policiais, ficção científica e literatura fantástica para adultos e jovens, e foi esse último gênero o escolhido pela Editora Biruta para começar a publicar seus livros no Brasil. E começaram com o pé direito, escolheram Cordeluna, um romance juvenil, ganhador do Prêmio Edebé de Literatura Juvenil, que mescla história medieval, romance e magia no melhor estilo conto de fadas.

“E enquanto os protagonistas atuais da história que vai começar vivem sua vidas cotidianas, outros protagonistas que já não têm nada, exceto seu amor e sua esperança, aguardam nas trevas geladas que o milagre aconteça.

Tudo começou há mil anos.

E, para o bem ou para o mal, acabará agora.”

A autora toma emprestada uma figura histórica espanhola e recria em volta dela um romance atemporal. Como ponto de partida uma antiga espada, chamada Cordeluna, que parece encerrar estranhos poderes e que faz parte de uma lenda de amor.

Com o jovem cavaleiro Sancho Ramírez, mergulhamos na Idade Média. O rapaz era vassalo do senhor Dom Rodrigo de Vivar (mais conhecido como El Cid), bom guerreiro e que vivia despertando as atenções das mulheres, sua última fã foi a viúva Dona Brianda, relacionamento esse que até poderia ter tido algum futuro se o rapaz não tivesse se enamorado pela jovem enteada dela, Guiomar. Um amor que desde o início já tinha tudo para dar errado, Guiomar era uma jovem da nobreza, Sancho um humilde ginete. Apesar dos empecilhos lutaram para viver seu amor, mas só puderam presenciar ele ser destruído pelo ódio e pela inveja e ser relegado às profundezas de uma maldição que só mil anos depois terá sua última chance de redenção.

Na Espanha atual conhecemos Glória e Sérgio, dois jovens que foram selecionados para participar de um projeto de uma peça teatral em homenagem a El Cid. Eles e outros jovens irão ficar alojados em um antigo mosteiro na região dos Burgos, vivenciando os costumes da Idade Média. No primeiro encontro dos dois, sentimentos fortes brotam e ambos começam a ter estranhas sensações e visões. Como a história de Sancho e Guiomar mil anos atrás se espelha na vida de Sérgio e Glória? Conseguirão eles quebrar essa maldição tão antiga?

Barceló intercala com propriedade os fatos passados e presentes, e tal como uma colcha de retalhos, os pedaços vão sendo adicionados aos poucos e um padrão vai emergindo lentamente. A transição entre um período e outro é bem marcada pelas mudanças no estilo narrativo e a forma como a autora nos conta a história é cativante. Palavras de pouco uso, termos técnicos ou fatos históricos eventualmente utilizados são explicados por meio de notas de rodapé. E no final, Barceló ainda traz um posfácio com informações históricas importantes sobre o período em que se passa a história e sobre El Cid. Outro adendo positivo é a excelente diagramação e o cuidado da edição brasileira.

Um romance juvenil, mas com um enredo que poderia muito bem servir para um romance mais adulto também. Acho até que seria interessante, e não é muito difícil imaginar um Cordeluna mais maduro, com batalhas sangrentas, conspirações políticas e religiosas mais afiadas e intrigas, muitas intrigas. Mas, esse é o meu lado viciado em romances históricos falando, a parte que curte romances juvenis ficou muito satisfeita com a história. Enfim, Cordeluna agrada desde os que gostam de romances juvenis, quanto os que nutrem uma predileção pelo período medieval. E eu, virei fã do trabalho da Barceló e fico na torcida para que novos romances da autora aportem por aqui.

[Blablabla Aleatório] - http://feanari.wordpress.com/2012/10/23/book-tour-cordeluna-elia-barcelo/
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Jaqueline 02/12/2012

O começo da leitura desse livro foi bem difícil pra mim, acho que por culpa de uma ressaca literária que resolveu me fazer companhia por esses dias. O livro faz parte do Book Tour que a Gabi organizou *--* Obrigado pela oportunidade, Gabi.

Cordeluna é um livro muito marcante e intenso. Conta à história de um casal do século XI (Sancho e Guiomar), que vê seus planos ser levados por água abaixo por culpa de uma tal Brianda, essa mulher não é gente, sério.

Sancho, um cavaleiro do grupo de El Cid, acaba conhecendo primeiro Brianda, e essa tenta convence-lo a casar-se com ela, pois é viúva e precisa de um homem pra manter o controle de suas terras. Mas o cavaleiro se apaixona perdidamente por Guiomar, sua enteada, e então quando ela descobre que perdeu o “seu homem” pra garota, ela não se da por satisfeita.Brianda recorre à magia negra, e com a ajuda de um feiticeiro acaba jogando uma grande maldição no jovem casal.

Já no século XXI um grupo de jovens vai pra um mosteiro para participar de um grande projeto medieval, e a peça se passa no ano de 1081 data do primeiro desterro de El Cid.

Glória e Sérgio após chegarem ao mosteiro passam a sentir coisas estranhas, sonhos estranhos. Eles em alguns momentos passam a se comportar como se estivessem mesmo no ano de 1081, eles encarnam mesmo os personagens.

A história trágica de Sancho e Guiomar se passou há mil anos atrás, e só agora Glória e Sérgio poderão da um fim na maldição, trazendo assim paz para as almas dos apaixonados.

Como eu falei no início, esse foi um livro que ao começar a ler eu senti um pouco de dificuldade, por causa da ressaca e porque os personagens do século XI têm suas falas bem complicadas, por se passar a mil anos atrás. Isso foi no início, depois que você começa a juntar as coisas você fica louca pra entrar na história e tentar ajudar, você sofre por não poder fazer nada pra ajudar o casal. A história é tão trágica, mas tão bonita.

Esse livro foi uma grande surpresa, eu não esperava tanto, ele conseguiu me prender, me emocionei bastante, eu senti muita raiva, e muita vontade de agir. Infelizmente eu não consigo me expressar tão bem, mas uma coisa eu digo, esse livro vale a pena ser lido.

E por que o livro se chama Cordeluna? No decorrer da história você irá descobrir, mas já adianto que é uma espada, e ela não é uma espada qualquer, ela tem um grande poder de vingança. Só posso falar isso rsrs

Esse foi o primeiro livro com tema medieval que eu li, e confesso que adorei a história. *--*

Leia ,você não irá se arrepender!
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