Resenhas - As Esganadas

Rosana 20/01/2014

Mais uma vez em formato de crônica do cotidiano, Jô nos brinda com uma trama divertida e cheia de referências históricas. Delicioso!

Teilor 09/01/2014

Fraco, muito fraco
Lembro que quando li O xangô de Baker Street adorei, também gostei muito de O Homem que Matou Getúlio Vargas, mas depois disso não gostei de mais nada que o Jô escreveu.

Em As Esganas, em específico, o vocabulário que ele usa está mais embolado e pedante do que de costume. O autor se esforça demais em mostrar seu conhecimento histórico em relação ao Rio de Janeiro e deixa de lado a trama.

Os personagens são rasos, planos e caricatos ao extremo, do tipo que se encaixariam melhor em uma esquete do Zorra Total do que em um romance.

Mas o pior de tudo mesmo é o vilão deste romance ter um final praticamente idêntico ao romance anterior do autor, Assassinato na Acadêmia Brasileira de Letras, parece que faltou até imaginação para bolar um final diferente.

And 05/01/2014

Bom
Leitura fácil e rápida, a história é boa, mas nada que me prendesse. O lado cômico de Jô foi inserido muito bem, as personagens teem suas caracteristicas distintas e engraçadas.

Pedro 09/12/2013

Maravilhoso!
Eu nunca tinha lido nada do Jô (já havia tentado ler "O Xangô de Baker Street" quando mais novo, mas sem sucesso por falta de hábito) e quando comecei a ler esse livro foi uma surpresa. O livro é divertido, dinâmico (li em dois dias porque ele é quase non-stop) e o Jô escreve do jeito mais delicioso possível! Você se deleita com as frases mesmo que elas não adicionem nada à história. Se os outros livros do Jô forem com o mesmo estilo de escrita, vou adotá-lo como meu escritor nacional favorito.

Yuri 05/12/2013

Esganei-me de ler "AS ESGANADAS"
Quando falamos desse livro, o que se observa frequentemente é um grande descontentamento com a obra, muitos afirmam até que a escrita do Jô perdeu o brilho e o livro não apresenta qualquer literário. Bom, eu discordo, não li nenhum outro romance do Jô, mas esse livro deixou em mim um desejo irrequieto, um gostinho de quero-mais. Achei-o deveras inteligente, fique claro, "inteligente". Concordo que o livro esteja permeado de humor (em certas horas, até de mais) e suas personagens sejam estereótipos, mas isso não diminui a narrativa que prende o autor à espreita do vilão Caronte, pelo menos foi o que parece a mim. Agora, sem mais delongas, darei a sinopse.
Em suma, um Rio de Janeiro em 1938, e um vilão psicótico, Caronte, que vive em meio à obsessão veemente pela figura da mãe, uma mulher que fora gorda e (por medo do filho ter o mesmo destino)o deixa sob um severo regime. Um dia, Caronte a mata e obtém intenso prazer, que o instiga a reproduzi-lo com outras mulheres, que atendessem aos seguintes quesitos: gordas, belas, vorazes e que o fizesse lembrar de sua mãe. Começam os assassinatos, e para os resolvê-los eis que surge (ou melhor: é convocado)o delegado Mello Noronha. Este delegado, com a ajuda de seu auxilar medroso - Valdir Calixto -, e do famoso inspetor português, Tobias Esteves, se envolverão em inúmeras aventuras e cenas macabras, em que o cômico misturar-se-á com o nefando.

Fabiana 28/11/2013

As esganadas - Jô Soares
Escolhi o livro pela capa e por nunca ter lido um livro de Jô Soares.
Achei a leitura pesada, um crime que não me agradou e não me envolvi a ponto de querer saber como seria o final do livro.
Achei melhor abandonar a leitura do que insistir.

Renan 29/10/2013

As Esganadas e Os Enganados
Eu gosto do programa do Jo Soares e comprei esse livro porque achei que ele seria capaz de contar uma boa história. Me venderam que Jô escreveu um ótimo livro de suspense e humor negro. Me enganei. Ta certo que o livro não é ruim, mas também não é bom, ele é mediano.

As partes que foca no assassino são boas e tem detalhes sangrentos, o suspense é legal principalmente na morte da freira. A investigação nem tanto, tirando o burro Calixto que tem partes muito engraçadas os personagens são chatos e desinteressantes, e o fato de a gente saber quem é o assassino só deixa a investigação mais chata ainda.

O livro é curto e Jô Soares insiste em detalhar situações que só compromete o andamento do livro, todo o preparatório para uma peça de teatro é cansativo.

A solução do crime por Tobias Esteves é ridícula, os investigadores não tem pista nenhuma até o finalzinho e ai este personagem se torna o Sherlock Holmes e desvenda o crime com um único detalhe. Mas a parte da luta dele com o Assassino e o arranque das perucas é legal.

Um livro pra se pegar emprestado e não comprado.

Caroline Z. 28/10/2013

As esganadas

A obra é fraca. Não é cômica como esperava, a comédia é extremamente sutil; as personagens, no entanto, são tipos singulares. O livro foi escrito com aparência de um roteiro; é o tipo de obra já pronta para ser filmada, e de fato, assistir as cenas deve ser mais interessante. Os componentes históricos da trama misturados com a ficção criam a ambientação de época e realmente pintam o rio de janeiro dos anos 30, no entanto, alguns capítulos, como o do jogo de futebol, e o da corrida são cansativos, embora harmoniosos no contexto do livro. Em suma, é uma obra pra ser lida sem pretensão.

Thais 18/10/2013

Adorei!
Já fazia um tempão que estava querendo ler esse livro e de repente, apareceu uma super promoção e lá fui eu e comprei!
A história se passa no RJ em 1938 e gira em torno dos homicídios que estão ocorrendo da cidade. Pois bem, Caronte, dono da funerária mais famosa do Rio, começa sua série de assassinatos matando sua mãe, uma gorda que ele sentia ódio. Depois disso, tomou gosto pela coisa e não podia ver uma gordinha dando sopa pelas ruas da cidade maravilhosa que já tramava uma maneira de acabar com a vida da fofinha. Então, entra Tobias Esteves na trama, um policial português, amigo de ninguém menos que Fernando Pessoa, que teve que vir para o Brasil depois de protagonizar um escândalo em Portugal. O delegado Noronha, junto com a ajuda de Tobias Esteves e da jornalista Diana tentam elucidar o Caso das Esganadas. A leitura é sem dúvida muito boa, retrata o Rio da década de 30 com ricos detalhes, o final foi o que realmente Caronte mereceu, mas foi preciso morrer muitas gordinhas pra que fosse solucionado o caso. Espero não virar moda sair exterminando as mulheres Plus Size!

JoaoPedroRoriz 13/10/2013

Um Xangô com menor qualidade
Uma vez, o Jô escreveu um ótimo livro: ele se chama O XANGÔ DE BAKER STREET. Agora a fórmula ficou desgastada. É possível ver em AS ESGANADAS os mesmos tipos, os mesmos personagens de sempre. Quase dá pra ver o Marco Nanini interpretando o Delegado Melo Noronha com aqueles trejeitos de brasileiro ignorante que ele sabe fazer bem nas novelas e nos filmes. A obra AS ESGANADAS é melhor do que o entediante "O Homem que matou Getúlio Vargas". Sim, novamente o Gordo dá uma aula sobre o Rio antigo. Mas após viajar muito pelo País, me pergunto: será que o Brasil está tão ligado assim na Cidade Maravilhosa como a gente pensa? Não existe mais Porto Alegre, Salvador, Belém, São Paulo para os bons formadores de opinião? Não fiquem chateado comigo. Jô sabe fazer humor e conquista com aquele humor negro divertido, caricato e rascante. Mas em AS ESGANADAS vi uma novela fria, um romance policial que passa um pouco longe da intenção factual que torna o gênero tão divertido. Caricaturas se tornaram retrô... Xangô, nunca mais.

Igor 02/10/2013

Doce crueldade
Não há muito o que falar sobre o Livro de Jô Soares, também porque não seria eu o maestro digno de compor tal crítica sobre algo tão majestoso. Pode confiar em mim, assim como sempre confiou quando digo se um livro é bom ou ruim, pois simplesmente posso dizer assim: Leiam AS ESGANADAS! Leiam e se encantem, um livro de mistério tão incrível quanto as narrativas de Sir Arthur Conan Doyle e Agatha Cristie.
Mas enfim, deixem-me explicar um pouco mais sobre o universo de As Esganadas, para que entendam melhor, ou relembrem, se caso já tenha lido, pois o livro explodiu em vendas, tornando-o um verdadeiro e bem sucedido Best-Seller:
As Esganadas conta a história de Caronte, um homem que sonhava ser músico, mas pela pressão dos pais se tornou o herdeiro da agência funerária da família. Mas não se engane, Caronte não é o mocinho dessa trama, pois assim como Alfred Hitchcock, Jô despreza os romances policiais cujo objetivo se resume a decifrar quem é o criminoso (o famoso "Whodonit"), sendo assim, Caronte é revelado logo de início como aquele que nos causará problemas no decorrer da história, o desalmado, a deliciosa ponta de sombra no canto dos olhos dos protagonistas mas também lhe é revelado sua motivação, um causo com sua mãe, sua primeira vítima, uma bela mulher gorda, e a partir de então isso se torna sua obsessão, a cada gorda ele via o rosto de sua mãe, lembrava de como ela lhe foi cruel, mas também lembrava de como fazia doces portugueses maravilhosos e é então que a história começa, gorda após gorda ele vai matando, entupindo-as cada uma com uma receita diferente até desfalecerem esganadas pela coisa que mais amavam (comida!) e enfurecendo a policia de 1938, que não podia usar de novos métodos científicos pois Caronte não possui digitais nos dedos e a guerra se inicia a partir dai, em uma deliciosa narrativa, com muito humor, suspense e fetiches de crueldade que só mesmo um gênio como Jô poderia criar com tanta destreza. Recomendo a leitura, vale muito a pena.

site: http://igormaion.blogspot.com.br/2013/09/doce-crueldade.html

Wagner 24/09/2013

É BRASILEIRO...

(...) Reconheço que ele é meio exótico, mas interessante? Não, meu amigo, o rapaz não é interessante, é brasileiro (...)

SOARES, Jô. As Esganadas. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. Pp 151.

/QMD/ 22/09/2013

André quer se esganar doces portugueses.
As Esganadas é um livro que mistura investigação policial com humor. A história é narrada em 1938, no Rio de Janeiro, quando um serial killer anda assassinando mulheres gordas, que são encontradas em condições peculiares, sempre preenchidas com um doce português e um bilhete a quem encontrar a vítima.

Para a investigação, temos um ex-policial português, Tobias Esteves, um delegado mau-humorado, Mello Noronha, o medroso assistente policial, Calixto, e uma bela jornalista investigativa, Diana. Sendo feitos de cães e gatos pelo assassino, o quarteto pensa que está sendo esperto, mas acaba levando um fora ou perdendo uma pista. Diferentes, muitas vezes eles não se entendem, mas precisarão de união e foco para resolver o Caso das Esganadas, que anda amedrontando todas as adiposas da cidade.

Geralmente, livros policiais são marcados pela investigação com os detetives e o leitor tentando analisar indícios e descobrir juntos quem é o assassino. Porém, Jô Soares resolve fazer diferente. Logo nos primeiros capítulos ele revela quem é o serial killer, quantos anos tem, onde trabalha, qual suas motivações para assassinar as gordas, o motivo de todas elas morrerem pela boca. Mesmo não escondendo do leitor este fato, o autor consegue manter o livro em uma linha interessante e não deixar a peteca cair, deixando-nos instigados ainda assim.

A trama se passa com os novos assassinatos, que ocorrem em locais distintos e vítimas que tem somente o excesso de peso como semelhança, e a conclusão dos investigadores sobre o caso, tentando pensar mais rápido que o assassino e premeditar as futuras esganadas. No meio dessas histórias fictícias temos também conteúdo real, o que deixa o livro mais rico e dá uma localidade no espaço-tempo. Narração de jogos de futebol e ascensões e quedas políticas no Estado Novo dão o tom ao livro, com comentários honestos de um dos maiores comunicadores do país.

A Companhia das Letras completa o livro com um ótimo acabamento. A fonte e o tamanho das letras é ótimo, dando margem para ninguém reclamar (ba-dum-tsss). A capa é bem pensada e bonita, apesar da lombada ter me incomodado um pouco (ela tem um retângulo laranja em um fundo preto; seria melhor termos uma lombada totalmente laranja). O papel escolhido é bem grosso — e deve ter um daqueles nomes com Soft ou Premium. Outro capricho vem das ilustrações, que ajudam a visualizar os objetos da cena, como bolas de futebol, cachos de banana, mapas, recortes de jornais.

Apesar de As Esganadas funcionar bem sem o mistério do assassino, chega uma hora em que você, assim como os investigadores, consegue prever o que vai acontecer. O modo com o qual capturaram o serial killer é deveras previsível.

Outra decepção foi o desfecho. A trama termina de um jeito sem-graça e que não tem muito senso, não é muito tangível.

site: Mais: http://www.quermedar.com/2013/09/esganadas.html