maite_zanella 15/05/2023
Muito rápido e sem detalhes
Acabei de ler 20% desse livro e o abandonei. Eu entendo que seja política do app so postar resenhas quando já se tenha lido o livro por completo, porém eu não posso deixar de expor o meus motivos desse abando para os meus caros companheiros leitores (que se vem na vontade formigante de ler sobre uma escola de magia brasileira).
O primeiro desses é a rapidez dos acontecimentos, no primeiro capítulo ele já está a caminho da escola, no terceiro está comprando os materiais e no oitavo, dois dias após entrar na escola, já tinha espulsado um dos professores, com nada mais do que duas perguntas e umas frases desrespeitosas para o mesmo. Nesse ritmo frenético, não tem como se conhecer os personagens, nem as localizações, de forma a se ambientar nesse universo. Isso me deixa com uma noção de falta de planejamento da história e não me conecta com o plot. Eu entendo que se passa no mundo de Harry Potter, durante o último ano de Hogwarts e a batalha final, mas isso não me ajuda a entender a vida e os pensamentos dos bruxos do Brasil de 97, só me mostra a falar de criatividade da autora para criar um novo mundo ou, pelo menos, novas formas de magia mais bem aclimantadas ao Brasil e a nossa cultura.
Dito isso, não posso deixar de mencionar a falta de detalhamento dos personagens e, principalmente, ambientes. No início, o Hugo é o único personagem que realmente é necessário se conhecer com clareza, o que se justifica vendo que ele não irá ficar muito mais tempo na sua favela, e os problemas que lá estavam são só um estopim para ele sair de casa com tanto fervor. Porém com o passar da história, o detalhamento vai ficando cada vez mais necessário e cada vez menos presente. Os personagens vão sendo apresentados aos montes e pouco distrinchados, entendo que conforme o livro progredir o leitor irá se entendendo mais e mais os personagens secundários, mas nesse caso o que poderia ter sido feito era apresentar mais esparssadamente esses personagens. Como isso eu tenho a impressão que eles serão estremamente rasos e lineares, sem importância para a história e consequentemente pra mim como leitora. Além disso, um dos meus maiores problemas com esse livro são as descrições dos locais, principalmente da Escola. Eu li e reli, e ainda não consegui enteder o funcionamento dessa escola, parece que falta uma maior discriminação do espaço. É magia, mas não devia ser impossível de descrever se a autora consegue imaginar como é esse local. Isso atrapalha muito a imersão no mundo da Arma Escarlate, porque, pra mim, cada vez que o Hugo mudava de sala ele entrava por um portal e saia por outro, não tinha dimensão de espaço e de transição.
Não é o Harry Potter brasileiro nem aqui nem na China.