Ca Melo 01/08/2016Uma carta de amor - Por Nicholas SparksEu já li mais de 10 livros do “Tio Nick” e tento ler pelo menos um livro desse autor no ano, porque tenho a impressão de ser sempre “mais do mesmo”, o autor sempre utiliza uma fórmula em seus romances que conta sempre com uma “desgraça” para acabar com os nossos corações, e isso me deixou mais crítica em relação aos seus livros. Mas vamos direto a esse livro em específico ;)
Como de costume com os livros de Nicholas Sparks esse também ganhou uma adaptação cinematográfica em 1999 estrelado por Kevin Costner e Robin Wright nos papéis principais, eu ainda não assisti ao filme.
“Como o curso de todas as garrafas entregues aos caprichos do oceano, o desta era imprevisível. Os ventos e as correntes têm papel importante na direção de qualquer garrafa; tempestades e detritos boiando à deriva também podem mudar seu rumo… Não há como prever onde uma garrafa pode ir parar, e isso é parte do mistério.” (Pág. 7)
Um dos pontos que mais gostei no livro foi o fato da estória se passar numa época em que a internet estava apenas engatinhando entre nós, então se deparar com as pesquisas feitas por telefone e biblioteca é muito interessante, de verdade, ver o quanto a tecnologia evoluiu da época em que o livro foi escrito (1998) com hoje é incrível!😉 E poxa não é tão romântico (e arcaico) encontrar uma carta de amor dentro de uma garrafa na praia?❤
Um dos pontos que mais gosto dos livros do “Tio Nick” é a sua escrita, sim, a forma com que o autor escreve me encanta muito. Ele consegue escrever suas histórias pelo ponto de vista feminino de uma forma tão real que até parece que é realmente uma mulher descrevendo seus sentimentos e experiências. Porém, nesse livro eu não sei se a ideia do autor foi proposital ao escolher o foco narrativo utilizado (influência do curso de Letras para análise;) hahaha), pois a estória se inicia narrado pelo ponto de vista da Theresa, e assim que se encontra com Garret o foco muda para o ponto de vista dele por uma grande parte do livro e ao final volta para ela novamente sem nenhuma transição de mudança, então achei um pouco “estranho”.
Com essa estrutura eu me identifiquei muito com a personalidade da Theresa, sua vida, trabalho e questionamento, pude entender e compreender as razões por cada uma de suas atitudes em relação à Garret. O maior problema foi lidar com as atitudes desse moço, eu sei que ele estava vivendo um trauma desde a morte da esposa, mas achei muitas atitudes imaturas em relação à Theresa, e justamente quando ele decide tomar uma atitude à favor do relacionamento….. “desgraça“!😉 Em contrapartida, as cartas de amor escritas para a esposa falecida eram muito lindas, mas não, não chorei! rs
“Mas agora, sozinho em casa, acabei compreendendo que o destino pode ferir alguém, assim como pode abençoá-lo, e fico perguntando por que, entre todas as pessoas no mundo que poderia ter amado, tive que me apaixonar por uma que foi levada para longe de mim.” (Pág. 48)
O que me prendeu à leitura foi descobrir como o relacionamento do casal iriam funcionar, nem tanto pelos seus traumas do passado (a traição e separação de Theresa e a morte da esposa de Garret), mas a questão da distância, cada um já tem a sua vida estabelecida em seu respectivos lugares e queria muito saber como seria no final. O casal conta com dois “conselheiros” para auxiliá-los e guiá-los nessa difícil decisão a ser tomada, e sendo pessoas mais experientes e bem próximas do casal.
Ao final depois de ler 15 livros do autor ( sim 15 livros), esse não me impressionou muito e nem foi um dos meus favoritos, acredito que toda minha experiência lendo os livros do “Tio Nick” tiraram um pouco do brilho e do elemento surpresa durante a leitura, mas não encontrei nenhum “problema” grande de escrita ou de enredo na estória. Super recomendo o livro para os amantes de romance e que querem derramar algumas lágrimas ao final da leitura!
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