A hora da estrela de Clarice

A hora da estrela de Clarice Clarice Lispector




Resenhas - A Hora da Estrela


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Sirgubler 11/06/2024

A Hora da Estrela
Primeiro livro da Clarice que leio. Amei a estrutura que desconstrói a ideia de narrador onisciente, usando um autor que ainda não sabe tudo, mas vai inventando a história conforme narra. Me diverti muito, dei boas risadas e pretendo ler mais livros dela
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bunnyinfurs 10/06/2024

Hoje pela madrugada eu decidi ler a hora da estrela pela quarta vez, 10 dias depois de ler pela terceira, porque me peguei pensando no filme e fiz uma playlist com algumas músicas que eu acho que combinam com a história da macabéa

sei que na hora dos meus grilos
eu partilho docemente com os seus
e você, só de fricote
tomou banco e chicote só pra se mas-
mostrar mais forte do que eu
mas isso eu sei, isso eu sei
curta a sua, eu curto a minha
parta o nó, eu parto a linha
acabou tudo que tinha
vou partir pra outra você
melhor pra mim, melhor pro meu
bem mais melhor pro seu

não esquecer que por enquanto é tempo de morangos

?
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Sara.Marques300 10/06/2024

Eu acho que Macabéa era oca.
Terminei de ler "A Hora da Estrela", edição com manuscritos e ensaios inéditos e fiquei desolada.
Acabei me afeiçoando a Macabéa, pobre moça, mas que moça estúpida. Tão estúpida que dá dó; ela é a pessoa mais lenta que a literatura poderia me apresentar. Sou devagar também, não vou mentir. Devo também zangar alguém por isso, mas sou devagar na minha inquietude que não para. Macabéa é lenta de dar raiva, dá vontade de chacoalhá-la toda e gritar: "Reage, mulher!" Mas é bem capaz de quebrá-la ao meio e se deparar com seus vazios. Acho que Macabéa era oca.

José Castello certa vez escreveu que Clarice "tem paixão pelo vazio". Lendo "A Hora da Estrela", não tenho dúvidas. E outra coisa, que raio de nome é esse?
A "hora" eu entendo; Macabéa gostava de acompanhar o tempo pelo rádio ?etc, etc e etc?. Mas cadê a estrela? Não tem brilho nenhum, só a escuridão de uma vida pequena e só.

Queria dar um abraço em Macabéa e oferecer-lhe toda a comida do mundo, um quarto espaçoso onde pudesse dançar quando aprendesse a mover seu próprio corpo, depois de descobrir que era dona de si mesma. Lhe compraria todas as Coca-Colas possíveis, mas lhe ofereceria mais que um cachorro-quente, talvez um pingo de dignidade. É uma pena que não lhe ofertaram amor; talvez a preenchesse um tantinho. Acabei de me lembrar da mulher "que só diminuía" de Valter Hugo Mãe. Macabéa era tão miúda. Nem sou de abraços, mas lhe daria pelo menos um.
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Annanda 10/06/2024

Obra prima! 5???
A escrita é muito diferente do que sou acostumada a ler, mas te envolve de jeito. Tanto com a personagem quanto com a escritora. Te faz pensar e refletir.

- Porque é que você pede tanta aspirina?
- É para não me doer.
- Como é? E você se dói?
- Eu me doo o tempo todo.
- Aonde?
- Dentro, não sei explicar.
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Iara Caroline 10/06/2024

Eu vou ter tanta saudade de mim quando morrer.
É assustador como Clarice inicia o livro nos abrindo caminho para seu íntimo, sem em momento algum assumi-lo. Ela vai ditando o que ela sente e dando a entender que espera algo, e que essa história nasce assim. ?É a visão da iminência de. De quê? Quem sabe se mais tarde saberei.? Mas o mais incrível é como iniciamos o livro ouvindo ela, Clarice, e simplesmente do nada ela se transforma em personagem. ?Eu, Rodrigo S.M?

Como sentir o que a Clarice diz? O que ela pensa, na verdade. É simples e ela mesma nos diz. Sabemos muito mais do que pensamos que sabemos. Tanto é que histórias jamais vividas, de povos e tempos que não pertencemos, nos cativam tanto. Não estive lá quando Jorge Amado ditou a história de tanto heróis e heroínas, ainda assim os sentia na alma. A humanidade é nosso átomo e é por isso que tudo que flui do pensamento de Clarice pode ser tão significativo para mim, mesmo sem eu ser ela e sem ela jamais ter sido eu. Por mais que pareçam pensamentos soltos ? o que são, aliás ? permito-me compreender o que ela quer dizer a cada frase, mas permito-me de forma desprendida, buscando o sentido mais subjetivo para mim e não justificando cada margem do que ela possa ter dito.

A vida do escritor, aliás, é algo que jamais irei entender. Por mais que me confundam com uma escritora ou uma poetisa as vezes, disso nada sei. Mas a arte da linguagem ainda é a minha favorita. Gosto do sentido, dos trocadilho e das intertextualidades. E nesse livro, não sei de antemão os outros, Clarice reflete essencialmente sobre a arte de escrever. Mesmo sendo o livro uma fotografia muda, como ela o diz. Saber que esse foi seu último romance antes de sua morte justifica muito da sua reflexão, o que enriqueceu muito minha leitura.

?Estou absolutamente cansado da literatura; só a mudez me faz companhia. Se ainda escrevo é porque nada mais tenho a fazer no mundo enquanto espero a morte.?

Quanto a Macábea, essa personagem interessantíssima. A relação que o autor mantem com essa ?nordestina? avistada por acaso é a essência do livro. Tenho para mim que essa Macábea, com nome, trabalho e endereço, nasce de Rodrigo S.M apenas e se concretiza na literatura. É ele quem faz nascer essa personagem curiosa e ironiza sua vida de um quase significado, uma miudeza e uma tragédia. Ele é essencialmente cruel, mas a arte de fato imita a vida. O mágico é ele, ou a própria Clarice, ter enxergado tanto em um único olhar passageiro.
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Luiza 10/06/2024

Esse livro consegue comunicar tantas coisas em tão pouco tempo... Para além das questões socias, vejo Macabéa como aquela parte oprimida da gente, sabe? Acho que principalmente nós, mulheres, temos um lado tão inseguro de si... lendo esse livro eu só quis levar essa mulher pra comer, pra viajar, viver. Ouvi muito a expressão "não seja uma Macabéa", mas acho que, para além disso, nós temos que cuidar da Macabéa que existe em nós e no outro. A agonia da Clarice é perceptível em cada linha. Nossa, eu mesma me agoniei toda com essa história, mesmo já imaginando o fim, eu só tive certeza no último momento e o mais cômico é que o autor(a) também? Que incrível sentir que você descobriu o final do livro junto com a pessoa que escreveu. Enfim,,,
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alntbr 10/06/2024

A Hora Da Estrela
Meu primeiro livro de literatura brasileira. Quando comecei meu hábito de ler, nunca pensei que tocaria em um livro de um autor ou autora brasileiro (a). Adquiri um trauma de livros e especificamente da literatura nacional depois de uma tentativa frustada de uma antiga professora minha fazer com que a sala (onde a maioria não tinha o hábito de ler) tentasse ler As Memórias Póstumas de Brás Cubas. Porém, depois de alguns anos, estamos aqui e cheguei na marca de 100 livros lidos.
A Hora da Estrela é a última obra de Clarice Lispector, seguimos a vida desinteressante da ingênua e feia Macabéa sendo contada por um narrador chamado Rodrigo S.M.
De início, não fui fisgado pelo livro, mas com o tempo, fui sendo hipnotizado por ele. A forma como a trama é narrada, os personagens, as indagações do narrador, a familiaridade do ambiente.
Não poderia pedir por algo melhor do que iniciar minha jornada de clássicos nacionais com a saudosa Lispector.
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Eduardo2093 10/06/2024

Fico confuso, seus alter egos eram fases, histórias para se comprar ou para vender?
Enquanto você contava, varias pessoas se identificam com suas histórias. Você cria um caos e simplesmente some, deixa a interpretação tão em aberta, que as ideias não se fecham.
As vezes saber de outra pessoa que você não merece passar por tal coisa, te faz enxergar a decadência que você é.
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vrspky 09/06/2024

A hora da estrela - Clarice Lispector
O livro fala sobre Macabéa, uma alagoana criada pela tia, que foi morar no Rio de Janeiro, sua realidade é deplorável e ela mal tem consciência de si.
A leitura foi boa, no início é complicado pelo narrador enrolar bastante antes de começar realmente a história, mas acredito que isso a deixou mais interessante e instigou a curiosidade. Algo bem intrigante é o fato de que o narrador é hipócrita, ele reclama mas faz o mesmo, isso deixa o livro mais cobiçado e acaba sendo não só focado na vida da personagem principal.
A obra mostra o quão a Macabéa é ingênua e sua conformidade com o que vive, gostei demais do livro e recomendo a adolescentes e adultos, aborda uma temática importante que se assemelha a realidade de muitos brasileiros.
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eduanton 09/06/2024

Um estímulo para reflexão sobre a mulher
Um livro muito rápido de ler, mas que nos estimula a refletir muito sobre a sociedade e a opressão da mulher. Não só Macabea, mas todas as mulheres do livro são retratadas de forma pejorativa. São muitas as oportunidades para reflexão e debates. Um livro ?cabeça?, mas não faz o meu estilo.
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marcela 09/06/2024

Macabea era gente?
Li esse já tem um tempo mas vim aqui deixar a minha resenha pois, que leitura incrível foi essa.

no começo fiquei meio sem jeito, era um pouco difícil acompanhar a linha de raciocínio mas com o tempo consegui pegar o jeito.

para mim, macabea era tudo oq ela poderia ser. era sem parâmetros, sem critério, nunca teve repertório de vida. tudo que tinha eram suas certezas mais palpáveis: datilografa, virgem e gostava de coca cola. macabea era oq poderia ser, era sem jeito e por isso era tão genuína, pura de alma...talvez até insossa. ou talvez inocente, pq macabea nunca se deu conta de fato de que também era gente. ela só tinha isso para ser. mas então, percebeu que o futuro a esperava, aí sim. sim, finalmente, ela percebeu que poderia ter a sua hora da estrela. e teve.

preciso ler de novo!!
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valentt 09/06/2024

A HORA DA ESTRELA
Um livro de muita interpretação!!
Me senti desafiada lendo!
Clarisse nunca erra! Amei esse livro!
Mas que vida ruim que Macabéa teve hein
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nick.1 09/06/2024

'A Hora da Estrela'
Tive que esperar algumas horas depois de terminar o livro para, aí sim, escrever sobre. No início, achei uma baboseira; páginas e páginas de um escritor falando sobre sua própria vida e humilhando a pobre Macabéa, mas depois que entendi tudo.
Como uma primeira experiência com a Clarice, foi maravilhosa. Um misto de emoções que queria poder ter vivido antes e com mais calma, anotando cada pensamento para poder guardar.
Sinto que existem duas versões minhas: uma antes de ler esse livro e a minha atual versão.
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Lalaudeazkban 08/06/2024

A hora da estrela?
No começo,eu não entendi esse livro,as palavras eram muito complexas e eu achava tudo meio sem ligação,mas,com o tempo ele foi melhorando e eu fui me adaptando a escrita da Clarice! Eu recomendo muito pois ele ensina muito sobre classes sociais e sobre mulheres que são rotuladas como inferiores,que é o 'significado' do livro! Eu recomendo muito!!
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