Jogando xadrez com os anjos

Jogando xadrez com os anjos Fabiane Ribeiro




Resenhas - Jogando xadrez com os anjos


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Prisci B. 20/01/2013

http://literaturaummundoparapoucos.blogspot.com.br/2013/01/resenha-jogando-xadrez-com-os-anjos.html
Autor (a): Fabiane Ribeiro;
Editora: Universo dos livros;
Páginas: 399;
Status No Fim Da Leitura: Apaixonada, emocionada e melancólica.

"Inglaterra, 1947. A Europa está devastada pela Segunda Guerra Mundial, assim como o coração da pequena Anny. A garota vê seu mundo desmoronar ao receber a triste notícia de que seus pais precisarão ficar longe dela, por tempo indeterminado. Ela é levada para morar com um casal que parecia não saber da existência do amor. Acompanhada apenas por sua ovelhinha de pelúcia e pelo tabuleiro de xadrez que ganhara de seu pai, Anny viverá dificuldades pelas quia suma criança não deveria passar. No entanto, ela mostrará que a felicidade está presente em detalhes tão sutis que só mesmo um anjo seria capaz de revelar."



“ Só quero vê-la feliz... Quando a neve cair, vou estar com você... E quando a neve se for, vou lembrar de você... Faça chuva ou sol, vou sorrir ao pensar... Que a levo em meu coração...” - página 247.


Anny era uma linda criança de 8 anos que tinha uma vida normal, tirando o fato de que seus pais nunca foram tão presentes em sua vida. Ela não sabia o motivo pelo qual eles viviam viajando, era ciente apenas de que era a trabalho, mas eles nunca a revelavam nada.

Para ela, os finais de semana era divinos, pois os pais podiam estar em casa para lhe fazer companhia. Um dia ela recebeu um jogo de xadrez de cristal de Jefferson, seu pai, e ele ensinou-lhe tudo o que deveria saber, porém sua felicidade for devastada pela notícia de que ela ficaria sem os pais, pois eles iriam viajar sem data de volta e ela teria que morar com outra família.

Sua nova família odiava crianças pelo fato de nunca terem tido uma, e Anny vivia sozinha. Até que misteriosamente apareceu Pepeu, que virou seu grande e fiel companheiro. Virou seu anjo.
A menina conseguia ver a felicidade nas piores coisas, principalmente na única visita a cada ano que seus pais faziam.

Eu tentei continuar essa resenha sem soltar spoiler, mas foi impossível, então desisti.

Jogando Xadrez com os Anjos é o tipo de livro que te faz chorar, sorrir, te deia bobo em alguns momento, te deixa indignado e muito lhe faz refletir. É uma lição de vida dentro de um livro.

Eu sou o tipo de pessoa que ama um livro reflexivo e inspirador. Aquele livro que marca, que traz aquela emoção boba que se sente pelas coisas simples e grandiosamente tocantes. (Talvez eu seja a única que sinta isso).
Em primeiro lugar é impossível falar de Anny sem mencionar a palavra Anjo para descrevê-la. Quando me lembro do que ela passou no livro eu passo a achar que nós somos ingratos por não sermos felizes com o que temos. Ela apanha, vive -praticamente- sozinha, não têm amigos no início e vive feliz, sem reclamar de nada.

" — Cada um tem a sua história, com conquistas e vitórias - ela pensou -, porque a vida é como um jogo de xadrez: devemos estar sempre prontos para ganhar ou perder; o importante é tentar." - página 118.


Encontrei poucas falhas no livro, então vou citar elas e explicar-las:
1°: Achei alguns erros de digitação. Nada que altere o sentido de uma frase, mas é péssimo ler coisas faltando letras.
2º: Houve uma cena no livro que foi muito pesada para ser passada com uma criança. Certo, entendo que foi a cena que deu um "UP" no livro todo, mas na minha opinião, poderia ter sido um pouco amenizada, um pouco menos cruel.
3º: Adorei a Anny, mas acho que ficou bem forçado. Uma criança que não tem 1 rancor se quer, que ama até aquela que a agrediu? Eu acho isso fantasia demais, mas pensando bem, o livro a cita como um anjo, não? Então, isso fica a rigor de cada leitor.

Tirando essas pequenas falhas, eu gostei muito da escrita da Fabiane. Algumas partes foram arrastadas, mas outras, tiveram um bom desenvolvimento, e não deixaram eu parar de ler de forma alguma. Como também tinham umas que me faziam colocar o livro pro lado e procurar um motivo para continuar a lê-lo.

O PAI de Anny, Jefferson, me cativou mais para o final do livro, mas a mãe, Cindy, a ODIEI do início ao fim. É, raiva, muuuita raiva dela.

E eu encerro a resenha com meu quote preferido.

"— Sabe, Anny, nunca se esqueça de sorrir e nunca se esqueça de como é ser criança. — Mesmo quando eu for adulta? — ela indagou, confusa. — Principalmente quando você for adulta - falou o rapaz. - Preste atenção no que eu vou lhe dizer. A diferença entre os adultos e as crianças é que, quando crescemos, aprendemos a usar palavras difíceis, achamos que entendemos tudo, aprendemos a nos distanciar dos sonhos e fingimos, fingimos muito. Porque sempre nos preocupamos em manter a aparências, e não em fazer coisas que nos deixam realmente felizes. Deixamos de nos encantar, de dar valor ao que tem valor, de fazer o mundo os nosso redor sorrir, e de sorrir de volta para ele. Não nos permitimos fazer coisas diferentes, porque seguimos regras o tempo todo. Aí, cada vez mais pensamos que podemos controlar tudo e todos; e ensinamos as crianças, quando, na verdade, elas é que deveriam nos ensinar.
— Como as crianças podem ensinar os adultos, Pepeu?
— É simples - ele continuou -, as crianças sabem o que realmente importa na vida, acreditam nos sonhos e transformam tudo com pureza e sorrisos. Os adultos deveriam apenas se lembrar de carregar tudo isso, mas sempre esquecem. Aquilo que realmente importa é perdido ao longo do tempo." - página 80.
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Anna Gabby 06/10/2012

Triste e Encantador
Olá meus queridos e minhas queridas!!! Como estão?
Esse é o segundo livro da Fabiane Ribeiro que eu leio, como o primeiro (Corações em Fase Terminal), Xadrez me deixou encantada. Foi um leitura relativamente lenta e extremamente prazerosa. Quero deixar claro que gostei da leitura, mas foi difícil pensar em uma criança sofrendo como a pequena Anny sofreu.
Não acelerei a leitura de Xadrez, mas também não fiquei enrolando para ler, simplesmente a leitura fluiu e quando eu notei já estava na última página com a sensação que ele iria continuar.
Algumas das situações passadas por Anny não seriam superadas com tanta facilidade por pessoas de espirito fraco. Essa adorável criança ensina a sempre ter fé e esperança de uma forma leve e tocante. Uma forma de aliviar os problemas era sonhar e o com o que ela sonhava? Com um reino todo xadrez, onde as peças do jogo coexistem pacificamente e ela era a pequena grande rainha Anny.
Uma coisa, ou melhor uma personagem, me deixou bem irritada: Cindy, mãe de Anny. A forma como ela trata ou fala da menina é detestável.
Vocês podem estranhar tantos elogios, mas essa obra me tocou muito. Eu a indico para todos.

Para mais informações sobre esse e outros livros acesse:
http://anna-gabby.blogspot.com/ - Letras & Versos
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Mylloka 13/07/2012

Não tem como não se apaixonar pela garotinha Anny, ela tem apenas 8 anos e é muito inteligente para a idade dela.
Anny ama muito os pais e é um amor tão grande e intenso que até comove. Infelizmente os pais não tem tempo para ficar com ela, devido ao trabalho, visitando-a apenas aos sábados, mas em um dia, seus pais dão uma terrível notícia: receberam uma proposta de emprego irrecusável e com esse novo emprego eles terão menos tempo para ficar com a filha, por isso eles resolvem pagar uma outra família para cuidar de Anny.

O pior é que essa nova família a trata com desprezo, como se ela fosse um entulho e um atraso de vida. Proíbem a garota de sair de casa, comer fora de horário, obrigando-a a fazer todos os serviços domésticos como passar pano, tirar pó, limpar as janelas, varrer a casa toda e etc. Imagina uma garotinha tão pequena fazendo todas essas tarefas, que dó! =(
Para passar o tempo, Anny brinca com a sua ovelhinha de pelúcia, chamada Tiara, ou joga Xadrez, mais admirando as belas peças de cristal do que jogando propriamente dito.

Na verdade o livro é uma lição de vida, pois nos mostra que devemos perdoar aqueles que nos fizeram sofrer; e ter fé em Deus mesmo nos momentos mais difíceis.

"Papai do Céu é tão bom, eu nem merecia tanto (...) Ele me enviou duas companhias de uma só vez. Eu sempre me senti sozinha e pedi a Ele que me ajudasse. Então, Ele enviou você, que já é um amigo muito querido; e a minha pequena flor, que representa esperança e coragem em meio a tantos obstáculos."
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Luana Rodrigues 23/07/2012

Você jogaria xadrez para esquecer o mundo?
Confesso que entrei no booktour do livro pelo fato de todo mundo (ou quase) falar do livro da autora e de quanto ele é bom e prazeroso de ler, e claro que ele é triste. Mesmo ele sendo triste, eu resolvi le-lo pois estava curiosa sobre a história, e sobre a protagonista ser uma criança.

O livro conta a história de Anny uma menina de apenas oito anos, que vê sua vida mudar, quando derrepente tem que mudar de casa e ter uma "nova família". Isso para ela (e para qualquer um) é o fim do mundo, pois seus pais já eram bastante ausentes, e depois de ela ter que se mudar para a casa de sua professora (nada) querida, eles serão mais ainda, pois só voltarão uma vez ao ano.

Quando ela se muda pra lá tudo é completamente diferente de seu mundo antigo, mas pelo menos ela tem o conforto de sua ovelinha, um jogo de xadrez (dado pelo seu pai) e agora um novo amigo chamado Pepeu.

Apesar de o livro ser narrado em 3° pessoa, a história de início é bem focada em Anny, por isso não somos capazes de saber o porque de ela estar se mudando e muito menos a profissão de seus pais. Preciso dizer que eu entendo alguns dos motivos de os pais dela terem feito isso, mas realmente acho que eles forão realmente muito frios com ela, pois acho que com nenhuma criança se deveria fazer aquilo.

Anny é uma tipica menina de oito anos, ingenua algumas vezes, e por muitas vezes pensando sempre o bem. Em muitas vezes ela viajava em sonhos, e confesso que não sei dizer se era imaginação dela, ou se era seu segundo sentido de criança.

Uma das coisas que eu goste nas crianças é elas serem autênticas e sempre esperarem o bem das pessoas! Talvez seja isso que os adultos precisem.

Voltando a resenha, gostei bastante do livro em vários momentos eu me derreti de tanto chorar! O livro realmente é muito triste mas, passa uma mensagem realmente muito bonita, que só quem lê vai realmente senti-la.

O final eu gostei, mas preciso dizer que gostaria que tivesse mais. Algumas das coisas que aconteceram eu já previa mas, mesmo assim eu adorei.

Um livro emocionante e mais que recomendado.

A resenha aqui também no blog: Confesso que entrei no booktour do livro pelo fato de todo mundo (ou quase) falar do livro da autora e de quanto ele é bom e prazeroso de ler, e claro que ele é triste. Mesmo ele sendo triste, eu resolvi le-lo pois estava curiosa sobre a história, e sobre a protagonista ser uma criança.

O livro conta a história de Anny uma menina de apenas oito anos, que vê sua vida mudar, quando derrepente tem que mudar de casa e ter uma "nova família". Isso para ela (e para qualquer um) é o fim do mundo, pois seus pais já eram bastante ausentes, e depois de ela ter que se mudar para a casa de sua professora (nada) querida, eles serão mais ainda, pois só voltarão uma vez ao ano.

Quando ela se muda pra lá tudo é completamente diferente de seu mundo antigo, mas pelo menos ela tem o conforto de sua ovelinha, um jogo de xadrez (dado pelo seu pai) e agora um novo amigo chamado Pepeu.

Apesar de o livro ser narrado em 3° pessoa, a história de início é bem focada em Anny, por isso não somos capazes de saber o porque de ela estar se mudando e muito menos a profissão de seus pais. Preciso dizer que eu entendo alguns dos motivos de os pais dela terem feito isso, mas realmente acho que eles forão realmente muito frios com ela, pois acho que com nenhuma criança se deveria fazer aquilo.

Anny é uma tipica menina de oito anos, ingenua algumas vezes, e por muitas vezes pensando sempre o bem. Em muitas vezes ela viajava em sonhos, e confesso que não sei dizer se era imaginação dela, ou se era seu segundo sentido de criança.

Uma das coisas que eu goste nas crianças é elas serem autênticas e sempre esperarem o bem das pessoas! Talvez seja isso que os adultos precisem.

Voltando a resenha, gostei bastante do livro em vários momentos eu me derreti de tanto chorar! O livro realmente é muito triste mas, passa uma mensagem realmente muito bonita, que só quem lê vai realmente senti-la.

O final eu gostei, mas preciso dizer que gostaria que tivesse mais. Algumas das coisas que aconteceram eu já previa mas, mesmo assim eu adorei.

Um livro emocionante e mais que recomendado.

A resenha aqui: Confesso que entrei no booktour do livro pelo fato de todo mundo (ou quase) falar do livro da autora e de quanto ele é bom e prazeroso de ler, e claro que ele é triste. Mesmo ele sendo triste, eu resolvi le-lo pois estava curiosa sobre a história, e sobre a protagonista ser uma criança.

O livro conta a história de Anny uma menina de apenas oito anos, que vê sua vida mudar, quando derrepente tem que mudar de casa e ter uma "nova família". Isso para ela (e para qualquer um) é o fim do mundo, pois seus pais já eram bastante ausentes, e depois de ela ter que se mudar para a casa de sua professora (nada) querida, eles serão mais ainda, pois só voltarão uma vez ao ano.

Quando ela se muda pra lá tudo é completamente diferente de seu mundo antigo, mas pelo menos ela tem o conforto de sua ovelinha, um jogo de xadrez (dado pelo seu pai) e agora um novo amigo chamado Pepeu.

Apesar de o livro ser narrado em 3° pessoa, a história de início é bem focada em Anny, por isso não somos capazes de saber o porque de ela estar se mudando e muito menos a profissão de seus pais. Preciso dizer que eu entendo alguns dos motivos de os pais dela terem feito isso, mas realmente acho que eles forão realmente muito frios com ela, pois acho que com nenhuma criança se deveria fazer aquilo.

Anny é uma tipica menina de oito anos, ingenua algumas vezes, e por muitas vezes pensando sempre o bem. Em muitas vezes ela viajava em sonhos, e confesso que não sei dizer se era imaginação dela, ou se era seu segundo sentido de criança.

Uma das coisas que eu goste nas crianças é elas serem autênticas e sempre esperarem o bem das pessoas! Talvez seja isso que os adultos precisem.

Voltando a resenha, gostei bastante do livro em vários momentos eu me derreti de tanto chorar! O livro realmente é muito triste mas, passa uma mensagem realmente muito bonita, que só quem lê vai realmente senti-la.

O final eu gostei, mas preciso dizer que gostaria que tivesse mais. Algumas das coisas que aconteceram eu já previa mas, mesmo assim eu adorei.

Um livro emocionante e mais que recomendado.

A resenha aqui: http://partesdeumdiario.blogspot.com.br/2012/07/jogando-xadrez-com-os-anjos-fabiane.html
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Guilherme 13/04/2013

Jogando xadrez com os anjos.

Como não se apaixonar pela pequena Anny. Tão pequena e ao mesmo tempo tão sabia, forte, inocente...eu não consigo nem descrever esse livro sem contar partes da história dele, a unica coisa que sei, é que, com toda certeza não vou esquecer tão cedo as lições de vida e a determinação da pequena Anny.

Recomendo a todos esse livro, vale a pena mesmo.
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Vanessa Sueroz 15/05/2013

O livro conta a história da pequena Anny que mora com seus pais em uma bela casa. A história se passa na pós segunda guerra mundial. Anny é uma criança adorável e inocente.

A pequena criança só tem os dias de sábado para passar com os pais (Cindy e Jefferson) e isso torna todos os sábados especiais, pelo menos até que seus pais a avisam que eles precisaram viajar e ficaram muitos meses fora, forçando a pequena Anny a ir morar com sua professora Jane que mora ali perto de sua casa.

“ Só quero vê-la feliz… Quando a neve cair, vou estar com você… E quando a neve se for, vou lembrar de você… Faça chuva ou sol, vou sorrir ao pensar… Que a levo em meu coração…”

Anny começa a morar com Jane e Hermes – seu marido – e descobre que as coisas não serão tão fáceis como eram antes, além de ficar longe de seus pais descobre que Jane não gosta de crianças e faz Anny começar a ajudar na casa e tem regras bem rígidas a respeitar, como por exemplo, não pode se sentar no sofá ou comer fora do horário das refeições (e somente duas refeições por dia), não pode usar o banheiro durante o dia, pois não é a dona da casa. Anny teve que deixar todos os seus brinquedos em casa e agora só tem uma ovelhinha de pelúcia – Tiara - como companhia e claro seu jogo de xadrez de crital qu foi o último presente que seu pai lhe deu.

Resenha completa: http://blog.vanessasueroz.com.br/jogando-xadrez-com-os-anjos/
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Juliana ;* 13/10/2012

Jogando xadrez com os anjos - Fabiane Ribeiro
O livro conta a história de Anny, uma menininha de oito anos que vive na Inglaterra no ano de 1947, e por ter pais que vivem viajando a trabalho, só os vê aos sábados o dia mais especial de toda a semana. E quando finalmente o sábado chegava o dia eram só dos três, seus pais chegavam de suas viagens com presentes e muito carinho para dar. Foi num destes sábados que seu pai lhe dera de presente um tabuleiro de xadrez com lindas peças de cristal. Tabuleiro este que acompanharia Anny em toda sua grande jornada. A relação de Anny com os pais, principalmente com o seu pai Jefferson, é de muito carinho. E tanto ela quanto nós leitores ficamos desolados ao descobrirmos que por conta do trabalho deles a criança poderá vê-los apenas uma vez por ano.

Após a difícil e dolorosa despedida a garotinha é deixada aos cuidados de Jane, sua professora, e seu marido Hermes, mudando-se para a casa do casal. Mesmo que ainda muito nova Anny é apresentada a uma realidade dura e assustadora. Proibida de fazer quase tudo, a garota leva uma vida quase miserável. Dorme num quartinho pequeno e o único cobertor que tem é pequeno demais até pro seu corpo. Além disso, é obrigada a fazer todo o trabalho de casa e a grande parte do tempo é completamente ignorada pelo casal. Tendo como companhia apenas sua ovelhinha de pelúcia e seu tabuleiro de xadrez, que é sua grande conexão com pai, a menina nunca perde a esperança de viver novamente feliz com as pessoas que ama.

Enquanto os dias vão passando, e Anny tenta acostumar-se com sua nova vida, ela visita em seus sonhos o Reino Xadrez, onde ela é a rainha e seu pai é o rei. O Reino reflete sua vida, em todos os aspectos, é lá onde se encontram todos os seus sonhos, medos e os reflexos de suas ações. Enquanto sua fé continua inabalável, o seu Reino está de pé, porém, quando ela deixa-se vencer pelo desespero se Reino sofre grande destruição. A ligação que a menina tem com este reino é simplesmente fantástica! De repente, sem que se perceba, somos crianças, temos um reino, e enxergamos o mundo de uma forma quase inocente novamente. Incrível!

Ao desenrolar do livro, vamos acompanhando o desenvolvimento e crescimento de Anny que passa de menininha a uma mulher forte e inteligente, e ainda assim, pura, sensível e sábia do jeito que apenas uma criança pode ser. Ela ainda conserva sua vontade de ser feliz, sua crença no amor e na força da esperança, e sua inabalável fé. Fé em Deus, fé na vida, nas pessoas e principalmente em si mesma.

Durante a leitura outras vidas acabam entrelaçando-se á vida da nossa menina, o que enriquece ainda mais a narrativa e acrescenta ainda mais as nossas vidas. A Fabi foi unindo aos poucos cada personagem e ligando cada uma de suas experiências, tecendo assim, uma só história. Grande história!

A Fabiane tem uma forma de escrever muito diferente. Apesar de conseguir descrever os fatos extremamente bem, e de forma real, ela consegue passar através de cada linha a sua grande carga de sensibilidade. Ela consegue mexer com todos os seus sentimentos, e por mais incrível que parece, consegue transformá-los ao logo do livro. O que antes foi raiva agora é compreensão, o que foi decepção agora é perdão e o que antes foi pura tristeza agora é uma alegre lembrança.

Mesmo tendo toda essa sensibilidade e toda essa leveza na escrita, os livros da Fabi (tanto esse quanto "Corações em fase termina) são muito intensos, tanto por contarem histórias fortes quanto pelo modo como envolvem o leitor. A autora descreve muito bem os seus personagens, com uma riqueza de detalhes que torna possível a compreensão quase total dos que eles sentem, de como eles pensam e de quem eles são. Tudo isso é muito positivo porque faz com que nós, leitores, possamos desenvolver um grau de intimidade muito grande com os personagens.

Todo o enredo foi muito bem construído, muito bem formulado e cuidadosamente escrito. O que resultou numa obra incrível, sutil e de uma sensibilidade cativante.
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Grazy 23/10/2013

“… – Quando a neve cair, vou estar com você… E quando a neve se for , vou lembrar de você… Faça chuva ou sol , vou sorrir ao pensar…Que a levo em meu coração…”

Sabe quando você entra em uma livraria e se apaixonada à primeira vista por um livro? Então, apesar de acontecer comigo todas às vezes que entro em uma, dessa vez, de alguma forma, foi diferente. Não sei explicar ao certo como foi, mas houve essa ligação. A única certeza que eu tinha, é que precisava do livro; precisava ler e tê-lo em minha estante. A história gira em torno Anny, uma garotinha incrível, de apenas 8 anos, que vive os momentos de tristeza herdados pela Segunda Guerra Mundial, e que afetou muitas pessoas. Porém, em meio a todo o sofrimento, a pequena Anny nos apresenta uma história incrível e fascinante à cada página lida. Ela vive em um casarão, apenas com a empregada, pois seus pais, que tem um trabalho muito suspeito, ficam fora a semana inteira e só tem o sábado para ver a filha. Seu amoroso pai, Jefferson, a trata como uma verdadeira princesa, e faz de cada sábado único e inesquecível; principalmente a partir do dia em que ele trouxe um jogo de Xadrez feito de cristal para eles jogarem sempre que possível, devido a mãe, Cindy, não ser gostar muito da filha. Extremamente fria e focada no trabalho, a determinada Cindy não faz com que o amor da pequena Anny por ela diminua. A pequena ama os pais de uma forma tão linda e pura, que da toda uma magia especial para o livro. Em determinado momento Anny recebe uma triste notícia, que muda todo o rumo da sua história: os pais vão ter que ficar fora por mais tempo, devido ao trabalho. Com isso ela terá que morar com Jane, sua vizinha e também professora particular. A menina não aprova a ideia, mas não reclama. Aliás, Anny nunca reclama. A menina é de uma fé admirável e um coração enorme, aceita tudo o que lhe é dito e agradece sempre ao Papai do Céu. Acho que o que mais me prendeu neste livro é a fé da Anny, pois ela passa por momentos horríveis na casa de Jane; além de ter que cuidar da casa, come pouco, sai raramente e sofrer muito. E nada disso fez com que sua fé diminuísse. Cada vez mais aumentava junto com a saudade que sentia dos pais, que passaria a ver apenas uma vez por ano, sempre quando a neve começasse a cair, o que fazia dos dias de verão tão longos. Mas o destino tem várias surpresas para a pequena, uma delas é personagem Pepeu, que de cara virou seu melhor amigo, seu irmão, aquele que lhe dá carinho e amor enquanto os pais estão fora. Pepeu passava as tardes inteiras com Anny. Os dois jogavam Xadrez, contavam histórias, se conheciam melhor e se amavam. O amor mais puro que possa existir, a propósito. A jovem evoluiu sem deixar a inocência de criança, recorrendo ao seu próprio refúgio nos dias difíceis, onde, em sua mente criativa, criou o reino Xadrez, com seu Amado Rei Jefferson e tantas outros personagens que lhe davam força para enfrentar a vida. O Livro é encantador, não só pela forma que o autor narra a história, mas, também, pela mensagem que nos é transmitida. Confesso que me deixei muito abalar pela tristeza e sofrimento que a menina passa, o que me fez quase desistir do livro, mas ao mesmo tempo a força de vontade e a fé que ela tem, nos faz querer percorrer cada página com o intuito de saber o que vai ocorrer com a adorável e determinada Anny. A grande curiosidade é chagar ao final do livro para descobrir se ela vai conseguir passar por tudo sem desistir. Bem, com certeza, é uma história incrível, cada capítulo é uma surpresa diferente. E a pequena Anny - ah a pequena Anny hoje é meu exemplo de fé e amor. O que aprendi com ela, a tornou inesquecível em minha vida.

site: http://www.sayhiforthemoment.com/2013/10/hilivros-jogando-xadrez-com-os-anjos.html
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27/11/2013

Como descrever um livro cujo conteúdo seja de uma magnificência assombrosa? Por onde começar a contar sobre a pureza, a bondade e a esperança que recheiam as páginas de Xadrez de forma tão maravilhosa?
Talvez seu conteúdo seja o principal motivo para eu ter demorado mais de um ano para finalizar a leitura. Pois é. O que encontrei em Xadrez foi algo completamente diferente, intenso e emocionante. A história de Anny poderia ser a de qualquer criança com pais que passavam mais tempo viajando do que propriamente em casa, mas o que a faz diferente de qualquer personagem que eu já tenha visto é a sua inocência e enorme bondade, que a acompanhará mesmo nas piores tempestades.
A autora cria uma personagem especial, que terá como sua principal missão espalhar o amor, o perdão, a esperança e ensinará a todos que não importa quão ruim sua vida pode parecer, haverá sempre espaço para a felicidade, mesmo que seja nas pequenas coisas.
Quando Anny é deixada aos cuidados de sua antiga tutora, em uma casa humilde bem ao lado de sua enorme moradia, ela sabe que o que a moverá dali para frente será o enorme desejo de voltar a ver seus pais, que voltarão em breve, dali a um ano, para vê-la. O trabalho misterioso deles os faz viajar constantemente, mas a menina nunca se incomodou de verdade, aproveitando ao máximo todos os momentos que passavam juntos.
No entanto, a senhora Jane em nada se sente animada com a chegada de Anny e não demora muito a transformar a vida da pequena garota no que todos nós acharíamos um inferno. Mas não Anny. Essa pequena é movida por uma fé e paz de espírito tão grande que é impossível não sorrir enquanto viramos as páginas, ao mesmo tempo com o coração muito apertado pelo o que ela está passando, mas esperançosos, querendo aprender como é que uma menina tão jovem já pode encontrar o melhor, mesmo nos piores momentos.
Mesmo reclusa à pequena casa, sendo submetida a muitas limitações, tarefas e o medo (mais do leitor, é claro) das consequências, Anny não se deixa abater e aguarda ansiosamente pelo dia em que seus pais voltarão para vê-la. Tentando transmitir sua alegria de viver para Jane e seu marido, Hermes, ela começa pelo pequeno jardim nos fundos da casa, cuidando para que nasçam novas e belas flores.
É em uma dessas tardes no jardim que Anny conhece Pepeu, um jovem artista que parece perdido e vai e vem misteriosamente. Logo eles se tornam muito próximos e o carinho entre eles só se faz crescer. Anny tem esse efeito, parece saber como levar a paz aos corações das pessoas sem que ao menos se dê conta. O que ela sempre deixa muito claro é sua fé no Papai do Céu e isso a fortalece de tal forma que muitas vezes os papéis se invertem: Anny dá conselhos e tem uma visão de mundo muita adulta para a idade, mas o que a diferencia de um adulto propriamente dito é sua inocência, digna de uma criança.
Grande prova disso são os sonhos que ela tem em um reino onde tudo é xadrez e ela é sua rainha. Os sonhos são uma poderosa válvula de escape e refletem tudo o que lhe acontece em sua vida pela forma como se encontra, às vezes em paz, quando sua rainha está em paz, e às vezes caótico, quando sua rainha está com problemas.
O xadrez é uma parte muito importante na história, pois é a conexão entre Anny e seu pai, que não só a ensinou a jogar, como também, antes de partir, lhe deu um jogo belíssimo feito de cristal. Além disso, é a estampa dos sonhos de Anny.
Xadrez foi uma leitura emocionante. Anny nos ensina tanta coisa que, em muitos momentos, ela me lembrou Pollyanna e seu jogo do contente. Essa garota leva a cura para as pessoas ao seu redor, pessoas essas que tem seus próprios medos, suas tristezas, confusões. Ela é capaz de tocar a todos com seu jeito de ser e isso, para mim, foi magnífico. Nunca encontrei leitura mais encantadora, inocente e, ainda assim, cheia de lições e uma conclusão que foi, no mínimo, libertadora.
Por muitos capítulos me senti angustiada, temerosa e revoltada. Como é que uma criança como Anny poderia enxergar o arco-íris quando estava no meio de uma tempestade horrível? Mas ela consegue, ah, como consegue! Cada pessoa que se aproxima dela, é uma cura que começa. O mundo que a cerca é caótico, mas Anny torna-se o sol e traz cor para tudo ao seu redor. Essa menina é mais que especial, é uma personagem cativante e a história simplesmente incrível.
Se dermos as mãos à Anny durante a leitura, tenho certeza de que somos capazes de nos sentirmos em paz também, assim como as pessoas com quem ela se relaciona: a senhora Jane, o senhor Hermes, Pepeu, Nicole e até o próprio pai.
O título atual do livro é "Jogando Xadrez com os Anjos", mas você só pode entender o real significado dele na parte final, mesmo que suspeite um pouco antes. Foi uma história excepcionalmente bem escrita, com uma carga muito forte de esperança e doçura, que eu nunca tinha visto antes. Uma leitura muito especial que, com certeza, me tocou e me fez compreender que Anny é tudo o que cada um de nós deveria ser, ela soube preservar o que muitas pessoas perdem ao longo da vida e isso fez dela uma garota muito carismática e especial. Ensinou-me que nós devemos encontrar o lado positivo em tudo que nos acontece, por pior que seja, alimentar a esperança e sempre ajudar o outro a encontrar a paz. A bondade, aqui, foi a cura para muitas pessoas; o perdão, a redenção delas.

site: http://onlythestrong-survive.blogspot.com.br/2013/11/resenha-xadrez-fabiane-ribeiro-book.html
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LetAcia637 29/11/2013

O LIVRO MAIS LINDO QUE JÁ LI!
A melhor parte em ser apaixonadas por livros, é quando aquilo que você lê, toca não só seu coração, mas também sua alma. "Jogando Xadrez com os Anjos" é exatamente assim, é tão intenso que você é capaz de sentir tudo que acontece com Anny. Você sorri, chora, se surpreende e sente tudo como se estivesse também no Reino Xadrez.
Anny é um exemplo de superação e vitória, e muitas vezes no decorrer da leitura me deparei com dúvidas de que se há realmente necessidade de às vezes, reclamar da minha vida, reclamar de algo que eu julgue necessário e não tenho. Há pessoas no mundo todo que vivem uma vida infeliz, e existem problemas piores que o meu. Tenho certeza de que serei uma pessoa melhor depois dessa leitura!
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Ana Luiza 28/07/2012

Classificação: 4/5
Resenha do blog Mademoiselle Love Books - http://mademoisellelovebooks.blogspot.com.br

Anny vivia tranquila em uma bela casa na Inglaterra pós Segunda Guerra Mundial. Apesar da constante ausência dos pais, a garota é feliz e ocupa seus dias com brincadeiras e lições, enquanto aguarda ansiosamente pelos dias de Sábado, que são os únicos dias da semana em que interage com os pais.
Em um Sábado do início de 1947, os pais de Anny se atrasam pela primeira vez. Ao chegar, eles transmitem a péssima notícia à filha: eles passaram os próximos anos viajando, voltando a Inglaterra por apenas um dia para ver a menina. Assim, Anny vai morar com sua professora Jane e o marido dela, Hermes, na pequena casa em que o casal vive, que curiosamente fica atrás da antiga morada de Anny.
O que parecia um ano inteiro de espera, também se mostra um ano de sofrimento. Jane e Hermes tratam Anny como um estorvo, apesar de que eles são pagos para cuidar da menina. Com apenas seus oito anos de idade, Anny passa a ter que lidar com os trabalhos forçados, além da humilhação e maus tratos que passa a sofrer na mão do casal, principalmente na de Jane.


“No calendário da pequena Anny não havia mais sábados, havia apenas dias iguais. Era um calendário sem graça. O relógio, então, parecia estar em greve e movendo os ponteiros a passos lentos e pesarosos.”
(Pág. 61)

Apesar de ter motivos para odiar Jane e Hermes e para ter raiva de seus pais por deixá-la ali, Anny se mostra muito madura na sua atual situação. A garota trata Jane e Hermes com respeito e obedece as limitações impostas pelos dois. A menina ainda reza sempre para o casal que a acolheu e também para os pais. Mesmo com a vida quase miserável que passa a ter, Anny continua sendo uma garota alegre, nunca perdendo sua fé em Deus e nas pessoas.


“-Então, você confia em mim? – ela perguntou alegre.

- Confio, - falou Pepeu – confio e isso significa o mundo.”
(Pág. 82)

É a graças a sua personalidade bondosa e alegre, que Anny consegue superar as dificuldades e conhecer pessoas tão maravilhosas quanto ela. A garota faz amizades preciosas, o que torna sua vida mais alegre e seu coração menos sofrido. Com a companhia de seus novos amigos e com as constantes visitas ao Reino Xadrez (um reino mágico com que sonha), Anny acaba superando as dificuldades e não só aprendendo lições valiosas, mas também as compartilhando com os amigos.


“Ela sabia que na existência de qualquer pessoa há espinhos e flores pelo caminho. No entanto, ela escolheu ver somente as flores, sem importar-se com os espinhos. Aí residia toda a diferença do mundo.”
(Pág. 379)

Jogando Xadrez com os anjos é uma história lindíssima sobre superação, amizade, amor e fé. Com seus personagens tão completos e reais, Fabiane conseguiu criar uma história boa de ler, que não apenas nos emociona, mas que também nos faz refletir.
A escrita de Fabiane é simples e leve. A história flui com naturalidade, mas sempre nos deixando envolvidos com a trama.
Os personagens são completos e bastante reais. Eles foram bem aproveitados, cada um teve seu papel na trama. Anny foi minha personagem favorita, ela é simplesmente incrível! A garota toca o coração do leitor com sua fé e sabedoria, além de dar uma bela lição sobre amor, superação e amizade. Cada personagem tem sua própria trajetória e suas próprias lições e é impossível não simpatizar com todos eles. Mesmo a Jane, que se mostrou cruel e vingativa na maior parte da história, acabou aprendendo sua lição e se redimindo no final.
Falando em final, o de Jogando xadrez com os anjos foi completo e satisfatório. A autora não deixou nenhuma “ponta solta”, apesar de que o livro é tão gostoso de ler, que fiquei com um gostinho de quero mais.
A edição que li não possui nenhum ponto negativo. A capa é bonita e tem tudo haver com a história. Não encontrei nenhum erro e o tamanho das letras, não muito grandes, mas também não muito pequenas, deixou a leitura mais confortável.
Enfim, Jogando xadrez com os anjos é um livro fácil de ler e que nos faz refletir, mas de maneira agradável e bastante sutil.
Recomendo esse livro para aqueles que gostam de boas histórias, mas que também nos ensina algo. Jogando xadrez com os anjos me lembrou livros como A menina que não sabia ler (John Harding), O Arquiteto do Esquecimento (Marcos Bulzara), Para Sempre Ana (Sergio Carmach), Um Mundo Brilhante (T. Greenwood) e A Menina Que Roubava Livros (Markus Zusak).
Fico feliz de ter tido a oportunidade de ler mais um livro da Fabiane, que mais uma vez se mostrou uma escritora de talento. Desejo tudo de bom para ela e espero ler muitas outras obras dela.

“- (...) Não me arrependo de nenhuma decisão que tomei, muito menos de algum lágrima que derramei... Arrepender-se é julgar-se. Não posso julgar aquilo que meu coração mais queria. Quando a gente arrisca, a gente perde a razão por uma fração de segundo, mas, quando a gente não arrisca, a gente perde a razão de viver”
(Pág.239)


Autora da resenha: La Mademoiselle

Resenha do blog Mademoiselle Love Books - http://mademoisellelovebooks.blogspot.com.br
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Rose 28/06/2012

O livro nos conta a história de Anny, uma linda garotinha que vivia praticamente sozinha até seus 8 anos. Seus pais por conta do trabalho passavam a semana fora e ela ficava em casa com a empregada e com a professora particular que a visitava 2 vezes por semana para dar aulas.
Ela nunca saia de casa, obedecendo a um pedido de seus pais que alegavam que a época em que viviam (fim da segunda guerra mundial) era muito perigoso. Cercada pelos muros de sua grande casa, ela vivia a segurança e os sonhos de uma criança.
Mas sua vida mudou drasticamente quando seus pais avisaram que aceitaram um serviço onde teriam que ficar longe por 1 ano, e ela teria que viver com sua professora. Mesmo sem entender o motivo deste afastamento, mas amando os pais incondicionalmente ela jurou que seria forte e esperaria a volta deles.
Foram os 365 dias mais duros da vida de Anny, pois antes ela sabia que sábado seus pais voltavam, agora os dias se arrastavam iguais, e para piorar era maltratada por quem deveria lhe cuidar.
Mesmo sozinha e isolada ela não perdeu as esperanças e em seu coração de criança o xadrez que ganhou de seu pai era o reino que vivia em sua perfeição de amor e carinho.
Ela aprendeu muito até a volta de seus pais, aprendeu mais ainda quando se viu abandonada novamente por conta do serviço misterioso deles, mas acima de tudo, ela ensinou aqueles que a conheceram. Ensinou que o amor e a esperança são a força da vida, que transformam os dias e dão um colorido as nossas horas vividas.
Um menina que cresceu com o sofrimento que a vida lhe impôs, mas que soube ver em cada sofrimento o degrau para se tornar uma pessoa melhor, o que fez a diferença na vida de quem estava ao seu redor.

Xadrez é um livro cheio de histórias, onde o amor ou a falta dele se faz presente em todas elas. Anny é como um anjo que mesmo ainda criança consegue passar ensinamentos preciosos para os corações endurecidos dos adultos. Mesmo passando por problemas que nenhuma criança deveria passar, ela segue com seu coração cheio de amor e esperança, e se nega a odiar quem quer que seja. Coisa que eu não consegui fazer ao longo da leitura. Juro que se visse os pais dela ou a Jane na frente, adoraria dar uns bons tapas neles. Mas a Anny é bem mais superior do que eu, e claro não guardou rancor de ninguém. Em seu coração só coube amor e compreensão.
Um livro que me fez lembrar de dois outros que li no ano passado, com histórias bem diferentes, mas com o mesmo fundamento, o amor ao próximo e o perdão, são eles O Menino que Colecionava Sonhos de Darlan Hayek Soares e Deus Não Abandona da Vanda Amorim.

Xadrez é um lindo livro, com uma história comovente, em alguns casos achei que houve um pouco de enrolação no decorrer da história, deixando-a um pouco cansativa, mas nada que tirasse o brilho que tem por trás de cada linha. Um livro que deve ser lido com calma e de coração aberto, assim como a Anny vivia seus dias.
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Marcela 13/06/2014

Amei o livro sem duvida o mundo seria um lugar melhor se aprendessemos a enxergar o mundo com os olhos da pequena Anny!
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