Beatriz Gosmin 01/09/2011Resenha por Beatriz Gosmin - www.livroseatitudes.blogspot.com
- Estou orgulhosa por tudo que você está tentando fazer aqui, Natalie. Sempre soube que você era especial. Outras garotas da sua idade, bem... elas só pensam em garotos. Você, minha querida, é totalmente independente. Tem inteligência, e , francamente, me dá esperança de que o feminismo não morrerá com sua geração.
Natalie Sterling é uma veterana do tipo certinha. É inteligentíssima, super preocupada com suas notas e sempre tenta engajar-se no maior número de projetos sociais possíveis.
Sua melhor amiga é a Autumn, uma garota que, por causa de um erro no primeiro ano, ganhara o apelido de "Isca de peixe" e por isso vive a 'se esconder' de certa forma das pessoas da escola.
Natalie, depois de vencer Mike Domski - um dos meninos mais populares da escola e um dos mais retardados também - e se tornar presidente do Conselho Estudantil, sente como se tudo estivesse perfeito: seu último ano seria incrível, tiraria ótimas notas e teria um magnífico histórico escolar, e no final, por ser uma brilhante aluna, encontraria as portas de uma das faculdades mais importes do país abertas para ela.
Tudo ocorria perfeitamente bem, até que uma caloura com atitudes nada dignas de uma dama chega à escola.
Natalie descobre então que a menina é Spencer: uma garota que ela fora babá anos atrás.
Como seu instinto é de 'salvadora da pátria', Natalie se vê na obrigação de acender uma luz no caminho da menina, principalmente por já ter cuidado dela quando menor. Mas, pelo jeito Spencer não quer ser ajudada, pois continua fazendo coisas inadequadas na concepção de Natalie. Então, com o apoio do diretor e da sua professoa Srta. Bee - uma professoa feminista que mais puxa saco à admira - ela monta um grupo só para meninas com a intenção de ajudá-las a fazerem escolhas certas, principalmente em relação aos garotos (não queria mais uma 'Isca de Peixe').
Mas, a coisa só tente a piorar, uma vez que Spencer continua sendo uma menininha malvada e Natalie começa a perder o controle da situação. Não de Spencer, mas dela mesma.
Sem mais nem menos ela se apaixona pelo melhor amigo de Mike, o Connor. Então começa a tomar atitudes e a fazer coisas que jamais faria em sã consciência.
Com o afastamento de Autumn, envolvimento com Connor e as resposábilidades de presidente e estudante, Natalie começa a mudar o tipo de garota que ela achava que era.
Essa era a pior parte de tudo: saber que era errado, mas fazer mesmo assim, não me importando com o qunato aquilo ia profundamente contra o tipo de pessoa que eu era.
Sabe o livro que você lê e lê esperando que algo aconteça e quando percebe já está no final do livro e não aconteceu praticamente nada? Pois é. Tive esta triste sensação ao ler este livro. Mas, creio que seja porque ele tem o objetivo de passar uma "moral" para nós, e não de ser uma história cheia de coisas diferentes acontecendo. Em um ritmo bom, ele mostra acontecimentos que podemos assimilar com nosso dia-a-dia para que possamos tirar nossas próprias conclusões. Ele nos faz pensar no tipo de garota que queremos ser.
Assim, gostei bastante do livro. Em alguns momentos senti raiva, pena e decepção pela Natalie, no entanto, apesar de reprovar algumas de suas atitudes, eu acabei me identificando muito com ela.
O livro faz com que façamos algumas comparações da história com a nossa vida, e aposto que assim como eu, várias estudantes que lerem o livro irão parar e pensar: "Nossa, isso já aconteceu na escola!" ou "Eu já fiz isso...".
Achei muito legal como o livro conseguiu relatar o cotidiano dos adolescentes no colégio, envolvendo amizade, amor, apelidos, fama, atitudes, certezas e incertezas de modo cativante.
Creio que seja um livro mais feminino, por isso indico para todas as estudantes ou ex-estudantes de plantão, que sabem muito bem como é lidar com o dia-a-dia do colégio!