Angústia

Angústia Graciliano Ramos




Resenhas - Angústia


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mlly.maia 25/05/2024

A gente fica angustiado junto com o protagonista
Comecei a ler esse livro puramente por dever acadêmico rs. No início não achei interessante, não me prendeu, parecia confuso rs. Mas aparti da metade do livro os acontecimentos começaram a me chamar a atenção e não parei mais de ler.
O enredo é a angustiante vida de Luís da Silva, um funcionário público de Maceió, e de figuras que marcaram sua vida.

No final terminei gostando muito do livro, recomendo a leitura.
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Euarzc 21/05/2024

Angustiante
Esse livro foi o meu primeiro contato com a obra de Graciliano Ramos, li esperando algo parecido com "Crime e castigo" de Dostoiévski; eles se parecem por esmiuçarem o psicológico de um criminoso antes, durante e depois de um crime hediondo, mas, apesar disso, são obras bastante diferentes.
O livro realmente nos causa essa sensação de angústia, nos leva para dentro da alma do protagonista de maneira surpreendente, tão surpreendente que me fez sentir aquilo que o protagonista sentia ao longo da trama: todos os seus devaneios, incômodos e motivações foram tão bem descritos que me causaram a impressão de estar vivendo na pele do personagem. A escrita do Graciliano é envolvente e ele soube trabalhar muito bem o vocabulário popular que nos apresenta.
Definitivamente não é um livro fácil de digerir, e, talvez, incomode aqueles que sejam mais sensíveis. Apesar disso, é uma leitura que vale a pena se feita no tempo certo: se eu tivesse lido este livro ainda mais jovem, talvez tivesse me escandalizado, então não posso recomendar para leitores mais jovens ou que não tenham tido tanto contato com livros mais "amargos". Para os outros leitores, poderia considerar "Angústia" uma leitura quase obrigatória
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Octavio.Greco 13/05/2024

Durante a leitura acho que consegui ir desenvolvendo a visão que queria ser passada do tal Luis da Silva: cara mediano, vida mediana, picos negativos e positivos normais, até o momento que ele perde o controle talvez pela própria inclinação humana de querer ser mais, deixou se levar porque tinha um melhor, porque ele não era o melhor de certa forma. Não necessariamente por conta do outro. Tentar se colocar na cabeça dele, analisando o que ta acontecendo na perspectiva dele e da época também é um exercicio bacana
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Mânica 06/05/2024

Olhei e falei CINEMA! (ou LITERATURA!)
Aqui meus amigos Graciliano Ramos ensina como se escreve um livro bom, tenho kin nesse ferrado aí desse protagonista me identifico muito com a depressão dele
ele surtando no final e tudo se repetindo é maestral, você percebe ele se afogando cada vez mais e no final a pergunta é: valeu a pena?
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Erich 13/04/2024

Angústia não chega a ser angustiante como ler Kafka, mas de fato busca representar incômodos.
Acompanhamos um homem ridículo e pobre, e aqui isso me leva a lembrar muito de alguns russos. Porém, para tentar representar a confusão mental do personagem o autor usa de um artificio que me chateou: ficar misturando o presente com o passado e com delírios.

O livro demora para começar de verdade. Tanto que fiquei bem chateado no início com a sensação de que a história não iria iniciar nunca... Vemos o personagem principal narrando episódios da própria vida e percebemos que ele é, como diria Dostoiévski, um homem ridículo. Ele é uma pessoa que simplesmente segue o fluxo e não tem nada de significativo na sua vida. Não é nem um herói, nem um vilão. Chega nem a ser uma pessoa comum, pois é inferior à normalidade. Vemos que mesmo sem condições financeiras e sem ter de fato uma paixão ele pensa em encontrar alguma mulher.

Sinto que o livro começa de verdade quando ele encontra alguém. E esse "encontrar alguém" é sem romantismo nem análise racional. O que o guia é sua insensatez. Vemos então o desdobrar gradual dos acontecimentos... E o relacionamento dele segue um caminho bem ruim. Vai realmente de mal a pior.

Quando vamos nos aproximando do fim do livro, tudo leva a crer que teremos um final trágico. E de fato o foi, só que não exatamente como eu tinha imaginado. Ele se perde em si mesmo. Se antes do relacionamento ele já era perdido, os efeitos do relacionamento se mostraram mais danosos... Angústia talvez seja um bom nome para o estado de espirito do narrador, e é angustiante de ler o fim da obra.
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bru_padoca1986 12/04/2024

O travis bickle da rua da lama
Sociopaticamente terapêutico

satisfatoriamente sociopata

cruelmente satisfatório

terapeuticamente cruel

universalmente angustiante
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toriviane 30/03/2024

Reflexões sobre a pobreza e miséria no Brasil e como isso afeta profundamente um indivíduo. achei algumas partes do livro bem difíceis por conta do vocabulário, mas gostei de acompanhar o desenrolar dessa história
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laviniax 30/03/2024

Tortura não é entretenimento
é simplesmente impossível existir uma coisa, um livro, que seja capaz de te fazer sentir tão mal, mas ele existe e aqui está ele. durante a leitura tudo vai escalonando de uma maneira que te prende a respiração e não de um jeito bom, mas quando eu percebi, era só a vida comum do brasileiro médio, funcionário público e sem grandes felicidades na vida. absolutamente desesperador, sufocante e dolorosamente real.
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Beca 30/03/2024

Muito, muito, muito bom!
Simplesmente, uma das melhores leituras obrigatórias que já fiz para a escola. Comecei o livro já achando q seria muito complexo de ler e que eu iria ficar entediada com a história, mas foi totalmente o contrário. Quando pegava pra ler, não conseguia mais parar. Sem falar na profundidade das críticas de Graciliano Ramos, que, com toda certeza, valem debates que transcendem barreiras.
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Sonic Judeu 26/03/2024

Angustiante.
"Das visões que me
perseguiam naquelas noites compridas umas sombras permanecem, sombras que se misturam à realidade e me produzem calafrios" pag 1.

Angustia, foi meu primeiro contato com Gracilianos Ramos, um aclamado escritor Brasileiro. Pouco eu sabia sobre ele ou sobre suas obras, mas quando comecei a ler, só sei que não pude parar.

Angustia é sem sombras de dúvidas, Angustiante. Vemos a vida de Luis da silva, um funcionário, redator, que vive uma vida massante e banal, sem contar dos tormentos que passa tanto em sua mente, que é o ponto principal do livro, quanto os tormentos onde mora, com uma vizinhança que o pertuba e atrapalha seu sono, sua casa completamente decante, contando com ratos que roem todo seus livros, pulgas que lhe pertubam toda a noite, e seus problemas de comunicação com pessoas a sua volta. É um livro tão bem escrito que em certos momentos você consegue sentir o que o Luís sente, e se sente tão sufocado quanto ele.

Apesar do seu início ser confuso, e eu pensar que era algo completamente massante, me enganei completamente, pois quando ele conhece Marina, a história avança surpreendentemente. Muitas vezes ficamos em duvida se a história se passa no presente ou no passado, mas isso se dá pois toda a história se passa na mente dele. E isso é algo fenomenal, algo que senti tão bem feito, quanto no livro "Psicopata Americano" pois entendemos muito mais sobre o seu ressentimento com sua vida atual, o quão ele sente ódio por passar por tanto no passado, pra viver de forma tão mediocre, sua saudade da infância e o quanto ele se degrada conforme tudo se avança.

"Haveria dentro de vinte anos criaturas assim encaracoladas que, tendo corrido o mundo, se resignavam a viver num fundo de quintal, olhando o canteiros murchos, respirando podridões, desejando um pedaço de carne viciada?" pag 111.

Também é interessante observar seus julgamentos a Marina, mesmo que ame ela, demonstrando ainda mais seus sentimentos sombrios com as relações humanas.

"O amor para mim sempre foi uma coisa dolorosa, complicada, e incompleta." pag 98.

Também há seu ódio pelos poderosos enquanto ele se sentia impotente diante de tudo. O que o leva ao Julião Tavares, onde todo o climax ocorre, oque é se não um dos melhores momentos do livro. Onde ficamos sem saber... quem é realmente o mal da história?

"Um crime, uma ação boa, dá tudo no mesmo. Afinal já nem sabemos o que é bom e o que é ruim, tão embotado vivemos." pag 152.

E como ele termina louco, insano, e onde toda essa dor e sofrimento o levou, ou melhor, onde levou a sua mente insana. A angústia.

"Não sou o que era naquele tempo. Falta me tranquilidade, falta-me inocência, estou feito um molambo que a cidade puiu demais e sujou." pag 18.

Graciliano Ramos é mestre de demonstrar esse lado do ser humano, e brasileiro. Esse lado inconformado com a vida, buscando algo a mais. Nosso lado ao mesmo tempo realista com nossa situação, mas sonhador de algo melhor.

Isso é Gracilianos Ramos.
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