Resenhas - O Estrangeiro

haruurane 08/06/2024

Tendo sido esse meu primeiro contato com camus, estou muitíssimo satisfeita. o estrangeiro, aborda o absurdo no ser humano, que para mim, não se pareceu tão absurdo assim, apenas senti que o personagem era apático e alheio à vida. de qualquer forma, é um ótimo livro para refletir sobre os sentidos da vida, sobre a eficácia dos sistemas judiciários e sobre o absurdo da existência.

Iana.Ina 07/06/2024

Albert Camus, em uma anotação, disse: "O sentimento de curiosidade de um filho sobre a mãe constitui toda sua sensibilidade". E é nesse pensamento que o livro começa, com a falta de interesse do protagonista nos fatos da morte e da vida de sua mãe.
A personalidade e insensibilidade do Mersault causa uma sensação muito estranha, como se o livro quisesse que te ver chateado com o personagem, assim pensei em vários momentos, de como as ações dele são uma coisa extremamente fora da natureza humana, nisso fiquei incomodada. Há de se pensar que a coisa mais perversa que um ser humano pode ser é ser maligno, de fazer mal aos outros, causar sofrimento, mas a natureza de Mersault é quase outra, de imparcialidade e de desprezo. Ele não matou por ódio, matou por que estava incomodado, e é de se esperar que alguém com esse pensamento se abstenha ao ver o sofrimento de outras pessoas, pois para ele isso não importa, não faz diferença, então não está fazendo mal, mas se retira da posição de poder ajudar, negando à vítima a chance de escapar de seu sofrimento.
É um ótimo livro para se entender o absurdismo, adorei a escrita de Camus, e já estou seguindo para ler "A Peste".

elfojonas 07/06/2024

De onde vem?
A indiferença é tamanha, que não chamaria de estrangeiro, mas sim de extraterrestre, pois, o que vejo no protagonista é um ser totalmente sem vínculos algum com a humanidade e totalmente desentendido com as convenções sociais.

giulia.costa 07/06/2024

Tanto faz
Não há, no fundo, nenhuma ideia a que não nos habituemos e nunca se é completamente infeliz.

mersault encara a vida com uma combinação paradoxal de ânsia e indiferença. é incapaz de invocar emoções comuns em eventos cotidianos, no entanto, não é de todo apático: busca encontrar e definir o sentido da sua vida com o seu trabalho e na sua relação com maria. apesar disso, ao se acostumar com os fatos, todos esses sentidos se perdem. num ciclo entre desejar - sentimento qual ele reduz maria muitas vezes - e se tornar desinteressado sobre o objeto de seu antigo/recente desejo, mersault simplesmente se entrega a isenção.
pode-se pensar que devido a ela, o protagonista esteja efetivamente livre. justamente o contrário: se pegarmos a ideia de liberdade por sartre, que diz que "toda pessoa é livre, pois fazemos escolhas a todo momento, e não há como não ser livre, pois não há como não escolher", o fato de se abster o torna um prisioneiro. como ele mesmo vai dizer, mesmo "acusado de um crime, era executado por não ter chorado no enterro da minha mãe". seu crime maior foi o de ter renunciado de suas escolhas, o que o tornou prisioneiro (concretizado assim na segunda parte do livro).
* pra quem gosta de taxi driver esse é o livro perfeito

Dekeji 07/06/2024

Absurdo!
O estrangeiro, apesar de publicado em 1942 é um livro extremamente atual, o personagem principal, senhor Meursault, trás uma visão de mundo que muitos possuem, mas pouco se fala, uma visão "tanto faz" das coisas, só deixando a vida levar e o que tiver que acontecer...que aconteça!
As descrições dos dias, dos cenários, emoções e sentimentos nos fazem imergir com tudo naquilo que é exposto, tendo uma leitura muito tranquila, sem termos pesados e que tornem a obra um tanto quanto maçante.
Pessoalmente falando, foi um dos livros que mais me viciou a ler e que me fez ter essa "ânsia" para saber o próximo passo, a próxima página.
Recomendo muito a leitura, com certeza será uma experiência e tanto para todos, dando um destaque maior para o pessoal de Direito.

mirai0 06/06/2024

Junho 2024
Muito bom mesmo, a narração do Camus é incrível e é muito interessante ver um personagem como o Mersault mudando lentamente durante os capítulos finais.

Só não dou 5 estrelas porque eu não entendi 100% e eu gostaria que tivesse um pouco mais de história. Mas é porque é a minha primeira vez também lendo algo dele e eu sinto que se reler mais uma vez daqui há alguns anos minha experiência vai ser com certeza 5.

Mas é realmente um livro excepcional

Emily977 05/06/2024

"(...) Como se esta grande cólera me tivesse purificado do mal, esvaziado de esperança, diante dessa noite carregada de sinais e de estrelas eu me abria pela primeira vez à terna indiferença do mundo."

A leitura me cativou muito. O livro tem uma história simples mas com reflexões muito complexas.
Acho que foi uma leitura essencial para minha vida.
Recomendo.

fabio.orlandini 05/06/2024

Para que vivemos
Gosto muito das reflexões sobre nossa existência contidas nesse livro. Podemos observar que há toda uma gama de coisas que acrescentamos na nossa vida para dar sentido a ela. E como viveríamos se não houvesse nada disso? Camus questiona tudo isso, além de coisas como o amor materno, o casamento, Deus e q própria morte.

Ju 03/06/2024

Me deixou pensando por dias
O livro tem um história de certa simples, mas tão complexa que deixa espaço pra muitas questões. Na primeira parte me senti julgando o personagem o tempo todo, sem compreendê-lo e na segunda parte tive muita compaixão por estarem fazendo com ele o eu fiz o tempo todo.

Lucas Ribeiro 03/06/2024

A filosofia do absurdo
Albert Camus, em "O Estrangeiro", oferece uma reflexão profunda e perturbadora sobre a condição humana através da vida de Meursault, um protagonista cuja indiferença e desinteresse pelo mundo ao seu redor desafiam as normas sociais e emocionais.

euathos 03/06/2024

A indiferença mata
O sentimento de indiferença do personagem principal no início desta obra de Camus parecia inofensivo. Mas ao longo da história passei a repugnar a falta de posicionamento de Meursault, que acaba em assassinato. Esse livro me fez refletir inclusive sobre minha própria falta de posicionamento em certas situações. Alguém que não sinta nada, não pense em nada, não fale nada... é quase simplesmente nada.

americonovais29021968 03/06/2024

MUITO BOM MEU NETO QUE DEU
MEU NETINHO JOSIAS ESQUECEU AQUI EM CASA PEGUEI PRA LER. APROVADO.

"O ESTRANGEIRO", DE ALBERT CAMUS, É UMA OBRA QUE REFLETE SOBRE A CONDIÇÃO HUMANA E O ABSURDO DA VIDA. COM UMA NARRATIVA SIMPLES, ABORDA TEMAS COMPLEXOS COMO LIBERDADE E MORTE. ATRAVÉS DO PROTAGONISTA, MEURSAULT, CAMUS EXPLORA A ACEITAÇÃO DO ABSURDO COMO FORMA DE LIBERDADE. UMA LEITURA QUE DESAFIA CONVENÇÕES LITERÁRIAS E CONVIDA À REFLEXÃO PROFUNDA SOBRE A EXISTÊNCIA.

eunbin 01/06/2024

A vida não tem sentido.
| Deparar-me com uma forma de viver a vida diferente da minha é esquisito. |
Eu assumo que eu mesma sou um tanto quanto niilista. Encarar certos aspectos da vida com um pouco de indiferença é bom para manter a sanidade, mas o personagem de "O estrangeiro" leva tudo isso muito ao pé da letra.
Ao ponto que se percebe que muita indiferença pode ser, na verdade, um problema. As pessoas ao redor não sabem lidar com outras pessoas que não colocam emoção em toda e qualquer situação da vida e isso é, na realidade, bem compreensível.
O absurdismo que tange a vida de Meursault é até um pouco desconfortável. A vida não tem sentido... para que lutar por ela?
A leitura do livro é bem simples, dá para terminar todo o livro em apenas um dia. Existe um certo "entrucamento" em algumas passagens (não sei se isso é uma expressão usada em todo o país, mas goianos vão me entender), mas ela não afeta de maneira alguma a compreensão da história.
Camus é, assumidamente, o maridão de todas nós tristes leitoras de livros intelectuais com vício em café.

zztao 31/05/2024

;)
Uma coisa que eu esperava era refletir, mas não dá forma que esse livro foi proveitoso para mim. Adorei tudo nele tudinho mesmo.

Enzo186 31/05/2024

O Absurdo é presente no livro constantemente, tão constante que incomoda o leitor. A apatia presente no protagonista perante me confunde ainda, não sei se é ?devemos imaginar ele feliz? ou outra coisa.
É um romance rápido e tranquilo de ler, mas que irá te fazer ter umas crises de angústia e é isso que o faz especial.