O estrangeiro

O estrangeiro Albert Camus




Resenhas - O Estrangeiro


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eunbin 01/06/2024

A vida não tem sentido.
| Deparar-me com uma forma de viver a vida diferente da minha é esquisito. |
Eu assumo que eu mesma sou um tanto quanto niilista. Encarar certos aspectos da vida com um pouco de indiferença é bom para manter a sanidade, mas o personagem de "O estrangeiro" leva tudo isso muito ao pé da letra.
Ao ponto que se percebe que muita indiferença pode ser, na verdade, um problema. As pessoas ao redor não sabem lidar com outras pessoas que não colocam emoção em toda e qualquer situação da vida e isso é, na realidade, bem compreensível.
O absurdismo que tange a vida de Meursault é até um pouco desconfortável. A vida não tem sentido... para que lutar por ela?
A leitura do livro é bem simples, dá para terminar todo o livro em apenas um dia. Existe um certo "entrucamento" em algumas passagens (não sei se isso é uma expressão usada em todo o país, mas goianos vão me entender), mas ela não afeta de maneira alguma a compreensão da história.
Camus é, assumidamente, o maridão de todas nós tristes leitoras de livros intelectuais com vício em café.
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zztao 31/05/2024

;)
Uma coisa que eu esperava era refletir, mas não dá forma que esse livro foi proveitoso para mim. Adorei tudo nele tudinho mesmo.
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Kaue sousa 31/05/2024

O cara é indiferente demais,tudo é literalmente um tanto faz pro cara,o protagonista mais fds pra tudo que já vi cara kkkkkk
Livro mt bom aliás
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Naty 30/05/2024

Ótimo!

A história é bem rapidinha, muito bem escrita e tem a capacidade de nos deixar refletindo por horas. Confesso que não conheço muito a respeito da filosofia do autor e ainda pretendo ler mais coisas sobre ele para conseguir captar tudo que ele quis transmitir em O Estrangeiro.

Apesar de ser confessadamente ignorante, o livro me deixou pensando sobre várias questões humanas e o quanto as nossas emoções são condicionados por nossas relações sociais. A sociedade impõe regras do que devemos ou não sentir, de como devemos ou não agir e qualquer coisa que fuja dessa lógica é considerado estranho. O protagonista se vê diante de inúmeras situações em que ele é considerado um estrangeiro, por não sentir ou agir da forma como deveria.

O livro me deixou pensando sobre até onde nossas reações, nossas sensações e nossos atos são individuais ou condicionados por fatores sociais aos quais estamos inevitavelmente expostos.
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Aura Lune 30/05/2024

Interessante, mas não é um livro para todos
Boa parte do motivo de ter dado 4 estrelas é por já conhecer um pouco sobre Camus e o absurdismo. Toda a teoria é muito interessante, mas a execução numa narrativa acabou por ser um pouco entendiamte em alguns momentos.
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Vinicius.Escorce 28/05/2024

O autor mostra a angústia que um simples erro de um homem incomum trás. A consequência gravíssima disso é o desespero acometido de quanto mais essa se aproxima. Isso faz a leitura ser ótima.
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debora-leao 28/05/2024

A diferença entre ouvir falar e ler uma obra...
Já tinha ouvido muito falar sobre este livro, mas não tinha, ainda, coragem de lê-lo. Muito "niilista", me diziam. E é. Pode ser pesado, pode incomodar. Mas também me encantou.

Mersault vive por si, não pensa sobre nada, reage com verdade e está distante de tudo e de todos. É um personagem cativante. Peguei-me querendo entendê-lo, analisar sua psique, ver seus sentimentos, trabalhar em cima do tão pouco que Camus nos dá. Mas não é possível. Qualquer preenchimento seria meu, seria a Débora agindo sobre Mersault, e acredito que era essa a intenção do autor. Mersault apenas é. Apenas vive. Poderia ter vivido diferente, mas viveu como viveu.

Comentário rápido sobre a escrita: as frases rápidas, sucessivas, dinâmicas, criam um ritmo frenético que alterna entre pensamento e fato, gerando uma densidade de linguagem na qual seu efeito é o pretendido, justamente. Não é por acaso. Quando se espera que o conteúdo seguirá de uma maneira, por exemplo, explorando aquele determinado flash de sentimento do narrador, tudo muda, o foco narrativo, as declarações, e nada mais segue. Não consegui deixar de me maravilhar com como cada vez que Mersault concordava (verdadeiramente, e não apenas para fingir) com algo que seu interlocutor lhe colocava, aquilo acabava ali. Afinal, o que mais haveria de ser dito, então?

Ainda que tenha ouvido muito falar neste livro, antes de lê-lo, em comentários do Vassoler e do Pondé, por exemplo, de fato acredito ter chegado a uma obra na qual o peso resta não nos seus atos (que já estão dados na própria orelha do livro), mas na forma do personagem enfrentar a vida. No seu comportamento, na sua ética. A experiência é única e difícil de explicar. O absurdo me fez querer rir, chorar, pensar e prosseguir. Este livro está com releitura prometida e agendada. Indispensável.
Vania.Cristina 30/05/2024minha estante
Que legal, Debora! Contagiante a sua emoção. Li esse livro, mas já faz muito tempo e eu era muito jovem. Lembro que gostei mas duvido que tenha sido com essa intensidade. Tá chegando a hora de reler...


debora-leao 30/05/2024minha estante
Vania, eu acho que alguns livros falam com a gente devido às nossas inclinações e aos nossos momentos. Eu pessoalmente fui relembrada, durante a leitura, de algumas das minhas inquietações existenciais (rsrs) que se relacionam muito com a minha história especificamente, então por isso eu acho que se tornou especial. Mas isso significa que não será sempre assim para todos. O livro pode ser bom, mas nem todos os bons têm essa "aura". Daí, mesmo que vc releia, pode ser que discorde de mim... E tá tudo bem hehehe


Vania.Cristina 31/05/2024minha estante
Também entendo as coisas dessa forma, Debora. ?




Raquel | @booksecafe 26/05/2024

Absorvendo
Há tantos jeitos de se ver a vida, que quando nos deparamos com a visão de outra pessoa é como se uma nova porta se abrisse diante de nós.

Talvez eu deva me preocupar por me encontrar neste livro, mas na verdade pouco me abala.

Recomendo-o como leitura para pensar e absorver com o decorrer dos dias
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Eliane406 26/05/2024

A consciência e a Natureza
? O que é o absurdo? Começo meu pensamento com um questionamento. Diante de coisas que não fazem sentido no cotidiano, que faltam o senso ou à racionalidade costuma-se bradar "isto é um absurdo". Mas será que tudo que acontece deve ter um sentido, a vida humana deve ser explicada a cada acontecimento ou podemos apenas existir e deixar que as coisas aconteçam sem dar importância para as consequências ou achar que mesmo se importando o resultado será o fim inevitável?

A antropologia filosófica busca compreender a origem e destino do que é ser humano, Camus estabelece a relação do ser humano com o mundo partindo de pessoas conscientes que buscam uma ordem diante da realidade, mas a natureza não se submete a essa racionalização, nossos planos muitas vezes são frustrados porque não dá para moldar o mundo de acordo com nossos desejos ou expectativas. E esse é o Absurdo, confronto entre consciência e natureza.

Acompanhar Meursault em sua narrativa é um tanto incômodo, porque ele simplesmente não se importa com o que está à sua volta, ele vai existindo e consentindo em conformidade aos acontecimentos, sem arrependimentos, sem paixões, sem planos, só observando e dando de ombros, apenas atendendo aos instintos de sobrevivência.

?"[...] Compreendi, então, que um homem que houvesse vivido um único dia poderia sem dificuldade passar cem anos numa prisão. Teria recordação suficientes para não se entendiar."pág.83

?"[...] -- meus impulsos físicos perturbavam com frequência os meus sentimentos."pág.69
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Tali 26/05/2024

A compreensão sobre o protagonista se atualiza a cada página
Camus apresenta uma descrição detalhista dos passos de Meursault. O tédio, a falta de conexão afetiva, ao mesmo tempo o estar presente a cada encontro. Não é um personagem no qual a gente se solidarize, ou tenha empatia, na verdade gerou em mim desconfiança. Com o crime feito. A história toma outros rumos,o julgamento, a pena, como as pessoas buscam diz sobre seu valor, suas atitudes, começa praticamente uma dissociação feita pelos outros. Como as pessoas o interpelam sobre Deus, e aí vemos um Camus existencialista, que na voz de seu personagem fala sobre a absurdidade da vida.
Um livro super interessante.
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BeatrizLeone 25/05/2024

Antes de começar a ler, vi uma pessoa que estava detestando o livro, pois o personagem é ?desinteressante, desinteressado, sem propósito, sem ideias??..? e, pra mim, foi o que tornou o livro fascinante

Podemos discordar de 99% das ações de Mersault, mas é interessantíssimo vê-lo se mover pela vida sem certezas, sem prisões morais, simplesmente se deixando levar. Um grande ?tanto faz?. Descobrir enquanto vive

?Vivera de uma certa maneira e poderia ter vivido de outra. Fizera isto e não fizera aquilo. Não fizera determinada coisa, ao passo que fizera esta outra. E depois? Era como se durante todo o tempo tivesse esperado por este minuto e por essa madrugada em que seria justificado. Nada, nada tinha importância?
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