spoiler visualizar@ARaphaDoEqualize 28/03/2012
[RESENHA] Amante Meu
RESENHA ESCRITA PARA O BLOG http://equalizedaleitura.blogspot.com PROIBIDA CÓPIA TOTAL OU PARCIAL
Bom, confesso que depois do Zsadist, John é o meu predileto – meu, da Gabi aqui. Sério, ele aparece no segundo livro tão pequeno que era quase como se nada de interessante fosse acontecer na sua vida, mas isso muda radicalmente no decorrer dos livros. E aqui e agora, finalmente chega sua vez. Deliciem-se com este menino que forçadamente virou homem de um dia pro outro – e um belo homem, por sinal – devido às circunstâncias da vida. Não se enganem pelo rostinho inocente, ele pode ser feroz. Afinal, já dizia o ditado: “Os quietinhos são os piores”.
O oitavo e último livro resenhado da série no blog conta a história de John Matthew. Ele procura Mary, shellan do Irmão Rhage, no segundo livro depois de falar ao telefone com a humana em um programa de prevenção ao suicídio do qual ela participava. John não teve sorte na vida, tendo sido parido em um ponto de ônibus e tendo vivido em orfanatos. Sempre fora sozinho e sempre tivera que se virar. O fato de ter nascido sem o a habilidade da fala apenas somava mais um problema ao pacote. Nada disso é tão ruim, no entanto, quando em uma noite ao voltar para seu pequeno apartamento – ou cafofo – ele é violentado por um humano desconhecido. Definitivamente, ele estava precisando de uma luz na vida dele.
Esta luz aparece quando conhece a Irmandade, mas infelizmente depois que Wellsie, shellan do Irmão Thor, é morta por um redutor e o Irmão desaparece, John vê a família pela qual havia mais se apegado se desintegrar. Outra vez, ele estava sozinho. Por meses, ele espera o Irmão voltar. Passando por diversas coisas sozinho, inclusive sua transformação, quando o anjo Lassiter – até então desconhecido para os leitores da série – encontra Thor e o traz de volta para seus irmãos, John percebe o quão estúpido ele estava fazendo de esperar que o homem, o qual fora o mais próximo de um pai que ele teve, fosse voltar ao normal. Ele sabia bem que um macho sem sua shellan simplesmente deixava de viver. Desiludido com a primeira mulher que ele desejou de verdade, sem temer o sexo pelo que fora feito com ele: Xhex, ele muda.
Xhex é uma meio sympath que fora criada por humanos, e que se libertará ao perceber que por mais que sua família de criação fosse, em termos gerais “adequadas”, ela nunca se encaixaria naquele lugar. Conhecendo Rehvenge, que era alguém quem entendia perfeitamente quem ela era por ser o mesmo, ela encontra finalmente um rumo. Ela trabalhava com ele na boate ZeroSum como segurança, o que com certeza condizia com sua personalidade forte e intimidadora. Ela havia percebido aquele garoto – como se referia – que ia constantemente ao local, e sentava e bebia com seus amigos até que eles desapareciam com mulheres nos banheiros. Ele não, no entanto. Ele permanecia ali sentado, sozinho, e tentando sem sucesso fingir que não estava a encarando. Por quê?, ela se perguntava.
Em uma noite, aconselhado por seu amigo Qhuinn, ele finalmente resolve tomar uma atitude em relação à segurança, deixando a timidez de lado, ele descobre seu segredo. Xhex usava cilicios para manter seu lado sympath adormecido, por que a dor a ajudava a manter o foco. John vê os cilicios e imediatamente relaciona uma coisa com a outra. Quando em um momento ruim, John resolve usufruir do “presente” que em troca de seu silêncio, a segurança tinha dado a ele, é que a história começa a se desenrolar. Eram dois corpos, gritantes de desejo, em uma cama. A conseqüência daquela noite viria em prestações, e ocasionaria em o nascimento de um forte sentimento.
Flores? Sim. Espinhos? Com certeza. Se por um lado Qhuinn, amigo de John responsável pela morte de Lash, achava que a única conseqüência de seu ato seria o estabelecimento, pelo rei, de que ele seria uma espécie de guarda-costas para seu amigo John, algo que era relativamente fácil. Por outro lado, ele estava redondamente enganado. Pois é, Lash era muito mais maléfico do que realmente parecia. E como dia outro ditado, “Vaso ruim não quebra”, o próprio membro de sua família veio resgatá-lo da morte. É, Tal Pai Tal Filho.
Olhem, este livro é ma-ra-vi-lho-so! É, eu sei, “conte-me uma novidade”. Todos são, certo? Sério, eu me emocionei demais por que já era apaixonada pelo John desde que ele apareceu há muitos livros atrás. Eu sentia que ele seria mais do que parecia, e ele realmente é. O romance do livro é tipo... Surpreendente. Pra mim, foi. Particularmente, eu não gostava muito da Xhex não. Ela era, a meu ver, masculina demais. Até que... Eu a conheci. E te digo, a superfície pode ser gelada, mas o núcleo... Pode sim te derreter.
O caso entre eles é a princípio conturbado, até por que depois do seqüestro, eles passaram a ter um inimigo comum, e nenhum dos dois queria desistir da idéia de vingança. Ele queria proteger sua fêmea como era o dever de cada macho, mas para ela essa história não funcionava assim: sempre se defendera sozinha, e não era agora que isto ia mudar. Pois bem, grandes cabeças-ocas. E enquanto o Lash em questão surtava pelo desaparecimento de “sua” Xhex, o Omega recrutava mais e mais Redutores para o clube – oh bichinhos ruins, se multiplicam mais do que baratas.
E acrescentando ainda que, minhas queridas, as cenas hot são simplesmente... Uau. Para quem gosta, pode ter certeza de que vai passar boas horas suspirando com este livro. Era simplesmente um tal de uma necessidade incontrolável surpreendente; eu confesso que fiquei com calor. Mas enfim... O livro ainda vai tratar de uma outra historinha bem legal com os dois amigos do John, Qhuinn e Blay. Vou confessar a vocês: Sou completamente apaixonada pelos dois também!
Mas é assim: A história desenvolve os traumas que o casal tem que superar, os traumas do passado e alguns que aconteceram há pouco tempo, John ainda trabalha o problema do relacionamento dele com Thor, que depois de muito resolveu acordar outra vez para vida; O personagem também descobre afinidades interessantes e até então desconhecidas com o Irmão Zsadist – uma das melhores partes, em minha humilde opinião; a sede de vingança contra Lash que acaba tomando mais conta da cabeça do casal do que realmente era saudável, e conseqüentemente, a busca pelo vampiro que parecia ter desaparecido na fumaça... É simplesmente muita coisa como sempre.
E quem é que vai reclamar? Eu é que não! E eu duvido que depois que vocês começarem a ler, o façam. A autora tem o dom de fazer brotar aquela ansiedade bem no fundinho de seu ser para garantir que não saia de lá. A história ganha mais características, assim como a Irmandade ganha mais razões para se preocupar. Em um lugar onde o mar nunca está calmo, a Irmandade vai enfrentar tempestades ainda mais longas e furiosas. E o pior: sem previsão de um final.